Interpretação e Aplicação da Constituição, 7ª edição
– Páginas 305 a 384.
Luís Roberto Barroso Pós-positivismo na visão de Luís Roberto Barroso: Conceito de pós-positivismo: corrente filosófica e jurídica que busca superar as limitações e os problemas do positivismo, reconhecendo a importância dos valores, dos princípios e dos direitos fundamentais para o direito. Teve grande influência de autores como Ronald Dworkin e Robert Alexy. Principais características e contribuições do pós-positivismo na visão de Roberto Barroso: o A reaproximação entre direito e ética,
valorizando os ideais de justiça e
legitimidade, e rejeitando a separação radical entre direito e moral proposta pelo positivismo. o A distinção entre regras e princípios, sendo
as regras normas jurídicas que têm
aplicação direta, imediata e definitiva, e os princípios normas jurídicas que têm aplicação indireta, mediata e prima facie. Os princípios são dotados de normatividade e vinculam os poderes públicos e os particulares. o A defesa da força normativa da constituição, que significa que a constituição é a norma suprema do ordenamento jurídico e que deve ser interpretada de forma a garantir a efetividade dos seus preceitos. A constituição é vista como um projeto político, social e ético, que deve orientar as demais normas e as decisões judiciais. o A proposta de uma nova hermenêutica
constitucional, que consiste em um
conjunto de métodos e técnicas para interpretar a constituição de forma adequada ao seu caráter principiológico, valorativo e aberto. A nova hermenêutica constitucional inclui elementos como a interpretação conforme a constituição, a ponderação de princípios, a argumentação jurídica e o ativismo judicial. Desafios ao pós-positivismo: o A dificuldade de definir os limites entre
direito e moral, entre regras e princípios,
entre interpretação e criação do direito, entre ativismo judicial e autocontenção judicial. o O risco de subjetivismo, arbitrariedade ou
relativismo na aplicação dos princípios e
dos valores constitucionais, especialmente pelos juízes e tribunais. o A necessidade de equilibrar a força normativa da constituição com a preservação da democracia, da separação dos poderes e da segurança jurídica.