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2° bimestre
09/05
TEMA: Introdução à Teoria do OJ (perspectiva da Dinâmica Jurídica)
Dinâmica jurídica é pensar no conjunto, perspectivar que as normas jurídicas são
produzidas, revogadas
OJ - conjunto de NJ que pretende ter as características de unidade, coerência e
completude
Constatação
Comunidade alguma é regida por apenas UMA norma jurídica; mas por milhares, um
ordenamento jurídico
Teoria é do Kelsen, uma norma é jurídica quando ela for válida. Constitui um conceito
de “validade jurídica formal”
2. Vinculatividade da NJ;
São obrigatórias, são vinculantes de uma conduta, atestam seu dever de obediência.
Se ela é válida atesta sua obrigatoriedade.
Não é qualquer pessoa, nem de qualquer forma, que a NJ válida é produzida. Pra
norma jurídica ser válida você precisa fazer referência a quem e como. Kelsen nega o
triângulo de Reole
Como eu sei quem é a autoridade competente e o procedimento adequado? Através
de uma outra NJ hierarquicamente superior.
Obs:
21/5
A unidade do OJ
1. O estado moderno
Delegação
O estado vai delegar/atribuir parcela do seu poder de criar normas jurídicas para
outros órgãos jurídicos inferiores a ele (senadores, deputados, juízes, cidadãos - pelos
contratos -, ministros do estado...)
OBS:
Fontes do direito/jurídicas/normativas:
Todo ato/fato, INTERPRETADO PELA ORDEM JURÍDICA, como sendo capaz de criar
norma jurídica válida (positivismo normativista Kelsen/Bobbio). Esse é um dos
conceitos onde tem mais divergências em TGD. Como o conceito é ambíguo e vago a
primeira coisa que se deve fazer é dizer qual a teoria das fontes que você está
utilizando.
OJ simples e complexos
Simples: as normas jurídicas que o compõe derivam de uma única fonte jurídica.
Complexos: NJ que os constituem advém de diversas fontes do direito
Ordenamento jurídico brasileiro é complexo
O núcleo dessa teoria: as normas jurídicas que compõe o ordenamento jurídico não
são todas iguais, não estão no mesmo plano hierárquico; existem NJ superiores (dar
os critérios da construção válida de outras normas jurídica) e NJ inferiores (produzida
em conformidade com os mandamentos de uma outra numa jurídica) ;
Limites
Formais: não são todos e nem de qualquer forma que faz. Só existe limites
formais para produção. Só Kelsen
Matérias: conteúdo do que pode ser produzido. É pós-positivismo e diz que não
é só formal.
28/5
A coerência do OJ
Noção introdutória
Devem ser harmônicas as partes que o compõe
Sistema dinâmico
o Ordenamentos jurídicos são complexos
o O critério de validade jurídica é eminentemente formal (quem/como)
o Conclusão: 2 fontes jurídicas podem produzir 2 NJ validas, mas
incompatíveis entre si. EX:
o Antinomia jurídica: vai existir, é um fato
o O OJ não é sistemático, pois não pode existir incompatibilidade
o Questão (dilema): ou abandonamos a pretensão do OJ ser sistemático
OU reformulamos o conceito de sistema jurídico
a) segurança/certeza jurídica:
Ex: NJ1 - obrigatório fumar
NJ2 - proibido fumar
PROBLEMA: discricionariedade judicial (liberdade do juiz escolher) => legitimidade da
decisão judicial
b) igualdade/justiça formal: igualdade perante a lei, o Direito não discrimina
Ex: mesmo do anterior
Marcos fuma => NJ1 => sem sanção jurídica
Leticia fuma => NJ2 => TEM sanção jurídica
Consequências jurídicas, pois o juiz pode aplicar leis diferentes para casos iguais que
vão ter diferentes conclusões.
30/5
“Terceira via”: nome do conceito de sistema do sec. 20 em diante (pois ele é uma
alternativa a dois conceitos anteriores a ele. Séc. 18: dedutivo; sec. 19: indutivo; NÃO
admitiram incompatibilidade normativa, por isso não nos servem). Útil para se operar
com as especificidades com os sistemas jurídicos dinâmicos, tendo como conclusão a
antinomia.
Coerência ≠ dedutibilidade
2 NJ incompatíveis entre si
Regra jurídica
=> obrigatório FAZER para todos -> exceção para alguns, à regra: proibido para
alguns NÃO-FAZER
=> proibido FAZER para todos -> exceção para alguns de proibido fazer -> Conclusão:
para alguns é PERMITIDO fazer
Âmbito de validade jurídica: são as esferas de atuação das normas jurídicas; o alcance
da norma jurídica
Mesmo: pelo menos um âmbito de validade
Para ter antinomia deve ter os três aspectos anteriormente apresentados, se existe
incompatibilidade as outras duas características estão presentes já (o âmbito de
validade jurídica seria no mínimo o material)
Escolher qual das duas NJ incompatíveis deve prevalecer para decidir o caso
concreto.
Ineficiência de critérios
Conflito de critérios
4.1. Critérios pra solucionar antinomias (solúveis, de fácil solução) para o caso
concreto
a) critério cronológico: lei posterior revoga lei anterior
Justificativa:
c) critério da especialidade: lei especial revoga lei geral (mas não quer dizer que deixa
de existir)
Justificativa:
Quando o legislador retira determinada matéria da regra geral, dando-lhe um
tratamento especial, o faz por motivos de justiça ou de relevância social.
A) Hierárquico X Cronológico
B) Especialidade X Cronológico
C) Hierárquico X Especialidade
11/06
Tema: a completude do OJ
Tratamento legal:
art. 4, LINDB: quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso por analogia,
costumes e PGD (princípios gerais de direito).
art. 126, CPC: o juiz não se exime (não pode deixar de fazer) sentenciar ou
despachar alegando lacuna ou obscuridade da lei
C: lacunas jurídicas é
=> em termos políticos: para não ser colocados em cheque, princípios muitos caros
(importantes/identificadores do EDD) - os do 1.2
Art 4, LINDB
Analogia, costumes e PGD
Raciocínio lógico
PM: S=P
Pm: A=S
C: Logo, A=P
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Ex: não existe norma jurídica específica para o caso da Roberta (músicas com
conteúdo erótico na loja ao lado de casa). Analogia com a banca de revista e
exposição de conteúdo pornográfico (finalidade: evitar constrangimento público)