Você está na página 1de 8

Resumo

Dilemas éticos, são assim considerados situações de difíceis resolução, este trabalho
porem, apresentam situações que de forma lógica desconsidera todo quanto é o direito
do homem. Foi discutido sobre as vacinações obrigatórias e o direito de escolha; do uso
do big data na suade publica e invasão da privacidade do individuo, da desigualdade e
escolha individual e a intervenção em saúde mental: Farmacológicas e Terapias
alternativas. Foi trabalho de carácter bibliográfico e, teve como propósito, fazer análises
das situações colocadas de forma racional, entretanto concluiu-se que as vacinas só
podem ser obrigatórias em casos específicos, e o uso de big data na saúde é uma
ameaça a privacidade dos utentes, a desigualdade de saúde é um factor socioeconómico
e que não se deve substituir a terapia farmacológica com a alternativa.

Palavras-chave: Bigdata; Desigualdade; Intervenção; Saúde; Vacinação.

Introdução

Neste trabalho de dilemas ético, faz-se uma breve e profunda retrospectiva sobre
diversos assuntos nomeadamente: Vacinação obrigatória e direitos individua; Big data
na saúde pública: avanço ou invasão de privacidade; desigualdade em saúde: produto do
sistema ou escolha individual e Intervenções em saúde mental: farmacológicas e
terapias alternativas.

Pela simples analogia dos pontos supracitados, percebe-se que se esta numa situação de
dois requisitos morais conflituantes, pela qual se pretende dar um ponto de vista ético e
jurídico ao mesmo tempo.

O primeiro ponto em questão, indaga-se sobre a obrigatoriedade das vacinas face a


saúde pública, mesmo que tal obrigatoriedade possa significar ofensivo a saúde
individual. De igual modo, o ponto dois, se referem dos grandes avanços na gestão de
dados na saúde publica (big data) onde se saber de que forma é que o uso do big data
justifica na saúde publica justifica a colecta e analise de dados pessoais sem
consentimento explícito dos indivíduos, e de seguida discutir-se-á em volta da
desigualdade de saúde como um produto do sistema ou escolha individual e, por fim,
sobre as intervenções em saúde mental (Farmacológicas e Terapias alternativas).
Os pontos em discussão devem ser considerados dentro de uma perspectiva ética, o que
leva-nos a perceber que a ética é uma área filosófica focado em estudar a moral e
comportamentos dentro de uma sociedade (certo, errado). Nesse âmbito, as situações
colocado, constituem um dilema ético, pelo facto de se verificar a não existência de uma
melhor resposta aos problemas colocados.

O trabalho tem como objectivo fazer uma análise dos princípios éticos diante dos actos
descritos em cada ponto de discussão, porem, o seu desenvolvimento será baseado em
fundamentos teóricos com exemplos práticos com propósito de dar enfâse nas
explicações e teses dos argumentos.

Procedimento metodológico

Todo e qualquer trabalho de carácter científico deve ser desenvolvido com referencias,
para explicar a decisão tomada, isso significa que para o caso em questão não foi
diferente, entretanto, antes, foi feita revisão de fontes informativas relacionada
especificamente a dilemas éticos como a obrigatoriedade de vacinação e direito
individuais, as desigualdades de saúde e escolhas individuais, o uso de big data e
invasão de privacidade e intervenção de em saúde mental: terapia farmacológica e
alternativas, que serviu de base para intervenção explicativa.

Discussão

Vacinação obrigatória e direitos individua: Deve a vacinação ser obrigatória em


contextos de saúde pública, mesmo que isso possa infringir os direitos individuais
de escolha?

Primeiramente, dizer que a vacinação não é obrigatória a ninguém, excepto por casos
especiais e, a obrigatoriedade da vacinação em certos países pesa em sua constituição
jurídica, entretanto, neste trabalho, será discutido a obrigatoriedade de vacinação e
direito individual baseando-se nos exemplos concreto.

Pode a vacinação contra doenças serem uma questão obrigatória? Essa pergunta esvoaça
nos ouvidos dos poderes jurídico, legislativo e até mesmo executivo e, muitas das vezes
a resposta para no seguinte (depende). Todavia, na óptica de Westphalen (2020)
declarou a vacinação como obrigatória só e somente para crianças, mas com a
responsabilidade dos pais.
Na observação do autor, o adulto é livre de recusar a vacinação mas não no caso de
criança que deve receber a vacina (contra poliomielite) que no futuro pode impedir que
este tenha sequelas serias.

Fazendo analise das retórica acima apresentada, compreender se aqui que a vacinação
independentemente do que existir ou acontecer não pode ser obrigatória, a
obrigatoriedade em adultos de tomar vacina, como argumentado infringe os direitos
individuais.

Na mesma vertente, deputada Borges, Cervi e Piaia (2020), apesar de se basear na


pandemia contra Covid-19, contrapõem-se a lei de medidas de emergência (decreto
13/979/20) que prevê a possível vacinação compulsória contra tais vírus, apresentou sua
proposta para retirada do trecho que defende a obrigação de vacinação contra a
pandemia.

Em detrimento do exposto pelos dois autores, Freire e Resende (2020) em sua tese sobre
vacinação obrigatória, defende que a lei de um país é que determina tal obrigatoriedade
principalmente em épocas de pandemia, ademais, reforçou principalmente a
obrigatoriedade em crianças sob tutela de seus parentes.

Do ponto de vista dos autores aqui citados, ambos defendem a não obrigatoriedade das
vacinas, por conseguinte, analogicamente, as vacinas são criadas para identificar e
reconhecer agentes invasores causadores de doenças, elas produzem anticorpos com
poderes para combate-los. A relatos que tocam sobre a vacinar ter a função de combater
baterias ou vírus, porem, mais estudo esta sendo levado acabo com propósito destas
poderem combater outras doenças e até vícios de cocaína (Borges, Cervi & Piaia, 2020).

Respondendo a pergunta inicial, existem casos em que a vacina deve ser obrigatória
independentemente do direito de escolha individual. Ora vejamos, ao olhar para caso da
pandemia Covid-19 por exemplo, estamos falando de um vírus transmissível por
contacto ou por vias respiratória e, se em uma comunidade é identifica um individuo
com os sintomas, medidas devem ser tomadas no sentido de que os vírus não se
alastrem prejudicando a comunidade inteira só por que um individuo não prefere tomar
a vacina, logo os autores acima ao afirmarem a não obrigatoriedade da vacina, não
procuraram especificar casos como estes em que o adulto pode colocar a saúde de um
todo conjunto de pessoa por desejo pessoal.
Big data na saúde pública: avanço ou invasão de privacidade? Até que ponto o uso
de big data na saúde pública justifica a colecta e análise de dados pessoais sem o
consentimento explícito?

No século passado, para identificar os padrões de um retrocesso linear com mais de


1000 observações era uma árdua tarefa que tomava dias. Hoje esse processo foi
ultrapassado e, em vez de definir big data por via de quantidade metódica de bytes, ou
mesmo tempo preciso para análise, foi melhor acentuar a falta de mudança de
processos. Assim, entende-se como big data, a quantidade de informações bastante
enorme que toma a transformação de métodos tradicionais de análise de dados (Mayer
& Cukier, 2013).

Big data, é o processo de análise e interpretação de enormes volumes de dados e


diversos, é necessário soluções específicas para big data permitir profissional de TI
lidar com informações não estruturadas a uma velocidade acelerada, um exemplo
prático de big data seria reunião de informações de um livro destruído numa trituradora.

A questão do big data significa avanço em determinados conceitos que talvez hoje pode
ser considerado invasão de privacidade, que por sua vez é um conceito fluido. O
exemplo disse, pode ser feito um julgamento do passado (actos dos portugueses contra
os moçambicanos correlação ao sistema de ensino na época colonial) a luz do presente,
vamos fazer condenações erradas por facto de hoje ser considerado crime.

Entretanto, olhando para uso de big data na saúde publica, ‘dados pessoais’, no actual
contexto, refere-se a tudo que individualiza uma pessoa, como dados de consumo,
informações médicas, (…) dados de crédito, se estaria a descredibilizar o conceito de
privacidade, que é tida como direito de ficar só e sem exposição publica, isso é
(isolamento ou anonimato).

Assim o uso de big data não só na saúde pública é eficiente na colecta e análise de
dados, porem, constitui uma ameaça a privacidade das pessoas, o que justifica a sua
celeridade, só que numa sociedade de informação, a privacidade esta aliada a vigilância
de forma paradoxal, todavia, as pessoas não tem noção da finalidade das informações
das suas credências fornecidas na saúde pública, o que significa as informações das
pessoas pode ser exposta sem o seu consentimento.
Desigualdades em saúde: Produto do sistema ou escolha individual? São as
desigualdades em saúde principalmente o resultado de falhas sistemáticas ou das
escolhas de estilo de vida individuais?

As desigualdades sociais, assim como as desigualdades de saúde, são factos universais e


antigos, porem pouco visível como na actualidade. As sociedades são estruturadas em
função da idade, género, classe social e económica e, legitimam tais diferença em
religiões, inclusive na ordem na biológica (Godelier, 1982). Como resultado, as
diferenças das condições sociais conduz à desigualdades sociais de saúde, (MISA,
2010).

Já há muito tempo, os políticos, profissionais de saúde e pesquisadores de saúde pública


procuram melhorar os problemas de saúde da população eliminando suas diferenças
baseadas em raça, condições socioeconómicas e em regiões.

Voltando no tempo, ainda na era colonial, houve uma separação visível em relação ao
sistema de educação implantado pelo colonialismo português, onde um era
especificamente para filhos de assimilados com propósito de forma-los a nível técnico e,
o outro era para o ensino indígena, para os de pouca posse, onde eram simplesmente
ensinado a obedecer. Com o andar do tempo as coisas foram mudando e mesmo nos
dias de hoje, são ainda visíveis duas práticas de ensino (privado e publica), de igual
modo os serviços de saúde pública (clinicas privadas e hospitais públicos).

Como resseca do antigo sistema colonial, o ensino privado supera em níveis alto o
ensino publico, tal modo que as clinicas privadas servem melhor em relação aos
públicos. Logo, o estilo de vida das pessoas é um condicionante forte que define as
desigualdades em saúde, em outras palavras, as pessoas condicionadas social e
economicamente são bem mais livre de fazer suas escolhas correlação aos serviços de
saúde.

Intervenções em saúde mental: Farmacológicas e Terapias alternativas: Deve o


foco ao tratamento de transtornos mentais estar nas soluções farmacológicas ou em
terapias alternativas?

Conforme Ballone (2008), transtornos mentais são alterações mórbidas de forma de


pensar ou de comportamento ou mesmo alteração na do seu funcionamento psíquico no
seu todo. Esses transtornos mentais não são somente variações na escala normal mas
sim anormal ou patológicos (Ballone, 2008, p.1).

Nessa onda, estudos epidemiológicos desenvolvidos com propósito de resolver tais


problemas mentais, demostraram prevaleciam nos transtornos mentais em uma média de
12,2% e 48,6%, sendo os transtornos de ansiedade, humor e somatoformes, causando
impactos em termos de prejuízos no funcionamento psicossocial.

Assim, foram administrados antidepressivos que no pensar de Freire et al (2013, p.35)


os antidepressivos tem contribuídos na redução da morbimortalidade de pessoas com
problemas de transtornos depressivos, todavia, os antidepressivos passou a ser menos
aderido pela enorme dificuldade em aderir ao tratamento que resultou na sua maioria em
intervenções por recaídas, tentativas de suicídio por parte dos pacientes.

Outros factores associado a não adesão dos antidepressivos, está associado ao alto custo
do medicamento, falta de acesso aos medicamentos, número elevado de medicamento,
concepção dos efeitos da terapia e, para dar seguimento a assistência terapêutica, foi
apontado o tratamento farmacológico aliadas a outras formas como psicoterapia de
apoio, cognitivo comportamental, psicanálise que podem ser usa da s de forma
simultânea ou isolada (Barros, 2011).

Como se pode observar dos pontos referenciado nos parágrafos anteriores, as terapias
alternativas (tradicional) não são em momento algum mencionado pelos autores.

Porem, estudos recentes referente a saúde mental, onde se discute em particular sobre
terapias alternativas, deixa-se a desejar se as terapias alternativas são ou não viáveis ao
tratamentos de transtornos mentais que a terapia farmacológica.

Foi posto que as terapias alternativas por serem de sim opções possíveis para
complementar o tratamento de transtornos mentais, devido a sua características natural
tais tratamentos influenciam as crenças, auto-estima e vida humor, todavia não se
aconselha o abando do tratamento farmacológico para alternativas, porem, as terapias
alternativa tem mais há ver com culturas de determinada região e serve apenas pra o
acompanhamento uma vez esta pratica pode ser usada o cultivo do bem-estar e
qualidade de vida

Conclusão
Diante do que foi aqui abordado, começando com o primeiro aspecto referente a
vacinação obrigatória, concluímos que a escolha individual, não pode constituir ou
causar dores, prejuízos aos demais, em questões lógica, para que um peixe não
prejudique os outros, devemos isola-lo para um bem maior tendo sempre em
consideração do porque, entretanto, concorda-se com os autores por terem dito que
existem casos especiais para obrigar alguém a tomar vacinas.

Em relação ao uso do big data na saúde pública, é um caso complicado, por que é
sabido da celeridade e eficiência do big data no processamento de informação e também
da ameaça que este constitui da privacidade das pessoas, isso é mesmo um problema
que provavelmente princípios éticos serão desconsiderados.

Para o caso da desigualdade de saúde e escolha individua, conclui-se que este facto é
característico do próprio homem desde da época da civilização, entretanto, esta muito
longe de ser extinto e por último, a terapia alternativa não pode ser adoptada como
sendo a forma de tratamento de trastorno mental.

Referencias Bibliográficas

Barros, A. I. V. (2011). Estudos da prevalência de perturbação depressiva. Cabo


Verde. 77.p

Borges, G. S.; Cervi, T. D.; & Piaia, T. C. (2020). As aporias da Covid-19 e os desafios
da comunicação humana. Garantias Fundamentais, v. 21, n. 1, p. 139-166, 24.

Freire, A. B.; & Rezende, E. D. (2020). Acesso a provas obtidas em aplicativo de


mensagens instantâneas sem autorização judicial. Direito Penal e Processual
Penal.

Freire, E. C. et al. (2013). Adesão ao tratamento de transtorno mental. Brasil. SP.

Godelier, M. (1981). Grandes Cientistas Sociais. SP: Ática.

Mayer-Schonberger, V., & Cukier, K. (2013). Big Data: A revolution will transform the
way we live, work, and think. Houghton Mifflin Harcourt.

MISAU. (2010). Saúde e direitos humanos. Rio de Janeiro


Westphalen, P. (2020). Obrigatoriedade de vacinas: debate nos 3 poderes da
República: Agência Câmara de Notícias. Edição - Ana Chalub

Você também pode gostar