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A CRIANÇA
NO ÂMBITO DO SISTEMA DE
PROMOÇÃO E PROTEÇÃO DE
CRIANÇAS E JOVENS
Ficha Técnica
EBOOK | A Entrevista com a Criança no Âmbito do Sistema de Promoção e
Proteção de Crianças e Jovens
Contacto: geral@psicognis.pt
WWW.PSICOGNIS.PT
Índice
01
Nota Introdutória
06
Guião de Entrevista
Inicial (Avaliação
Pág. 6
Diagnóstica) Pág. 20
02Enquadramento
07
Guião de Entrevista
Jurídico Pág. 8 no decorrer do Pág. 24
Processo
03 A Entrevista no
08 Folha de Registo
Sistema de Promoção (Avaliação
e Proteção Pág. 9 Diagnóstica) Pág. 25
04
As Fases da Entrevista
09 Folha de Registo
(Avaliação no decorrer
Pág. 11 do Processo) Pág. 29
Se for uma entrevista inicial, revela-se importante avaliar com cuidado os pormenores da ficha de
sinalização. Na eventualidade da sinalização advir de uma entidade, deve ser realizada a articulação
com a mesma, para recolher mais informação, antes de abordar a família.
Ao convocar a família e a criança, podem ser realizadas várias entrevistas (entrevista com os pais e
em caso de necessidade com outros familiares, entrevista individual com a criança ou entrevista con-
É importante salientar que no âmbito da intervenção das entidades de 1ª linha (Entidades com
Competência em Matéria de Infância e Juventude – ECMIJ) e de 2ª linha (Comissão de Proteção de
Crianças e Jovens – CPCJ), salvo situações de urgência, a intervenção depende do consentimento
expresso dos pais e da não oposição da criança com idade igual ou superior a 12 anos (ou com idade
inferior, desde que tenha capacidade e maturidade para conhecer o sentido e alcance da intervenção).
Assim, para além da obrigatoriedade acima referida, em qualquer avaliação que esteja relacionada
com a criança, antes de ser tomada qualquer decisão, é sempre aconselhável o profissional ouvir ou
ter contacto direto com a criança, independentemente das suas capacidades cognitivas ou de
maturidade. Se for uma criança de faixa etária precoce, em que não consiga exprimir-se, é benéfico
observar a criança e a sua interação com os pais e o meio envolvente e podem utilizar-se técnicas
como a observação direta em jogos, desenhos e/ou brincadeiras. A partir dos 4 anos é possível
recolher informação através da técnica da entrevista, embora possa existir a necessidade de
complementar com outras técnicas, como o desenho, os jogos ou as brincadeiras ao “faz de conta”.
Com crianças a partir dos 5 e/ou 6 anos pode-se recorrer às técnicas de desenho, fantoches, ou à
reconstituição dos acontecimentos (se não for traumático). Salvaguarda-se que as entidades de 3ª
linha (Tribunais) não carecem de consentimento das partes para a sua intervenção.
O cumprimento dos objetivos que se pretende alcançar com a entrevista, contempla quatro fases:
(1) uma fase prévia de preparação da entrevista, (2) uma fase inicial em que ocorre a apresentação
do profissional e dos objetivos da entrevista, (3) uma fase intermédia onde se realiza a recolha da
informação e, por fim, (4) uma fase final, onde se encerra a entrevista.
Nota prévia: O presente guião de entrevista deve ser adaptado de acordo com a idade da criança,
a natureza da situação concreta e os quesitos específicos a que se pretende dar resposta. O
profissional deve previamente ponderar as dimensões e variáveis que pretende explorar e a
ordenação mais adequada e lógica de inserir as questões, de forma a manter um fio condutor que
facilite o processo de raciocínio e a narração de eventos.
Realizar a ponte com a entrevista anterior, tendo como referência o resumo, os objetivos, as
tarefas e as ações delineadas na conclusão da entrevista anterior;
Apurar alterações no agregado familiar: situação escolar, atividades extracurriculares, relação
com os pares, situação de saúde e dinâmicas familiares;
Averiguar se foram cumpridas as tarefas e as ações a serem realizadas pela criança, delineadas
na entrevista anterior e dar feedback das ações e tarefas realizadas pelo profissional;
Apurar se ocorreram mudanças relativamente às situações-problema/situações de risco;
Delinear novas estratégias de intervenção e definir novas tarefas e ações;
Resumir os pontos centrais da entrevista e dar espaço à criança para colocar dúvidas;
Terminar com um assunto neutro e um reforço positivo à criança pelo seu esforço e
colaboração.
Processo__________________________________________________________________________
Data_________________________________________ Local_______________________________
Intervenientes______________________________________________________________________
Objetivos_________________________________________________________________________
_
1. Apresentação
5. Situação de Saúde
(Problemas de saúde identificados, Presença de sintomatologia a carecer de avaliação)
6. Autoconceito
(Descrição de si própria, Aspetos que gosta e que gostaria de alterar e porquê, Situações em que experiencia
alegria/tristeza/raiva, medo, vergonha e como reage, Como considera que é percecionada nos diferentes contextos)
7. Dinâmica Familiar
(Descrição dos pais, Aspetos positivos e aspetos a melhorar em cada um dos pais, Relação com os pais, Atividades realizadas em
conjunto, Definição de papéis, Supervisão e orientação de rotinas, Eventuais aspetos que gostaria de alterar; Perceção da relação
entre os pais, Áreas de acordo/descordo, Conflitos parentais, Resolução de conflitos, Proximidade com família alargada, Apoio
social extra-familiar)
10. Conclusão
(Objetivos, Tarefas e Ações futuras previstas)
Alexandre, J. & Agulhas, R. (s.d). Audição de Crianças e Jovens - Guia de Boas Práticas
Profissionais. Projeto 12 - Justiça para as Crianças. Lisboa: ISCTE - Instituto Universitário de
Lisboa.
Comissão Nacional de Crianças e Jovens em Risco. (s.d.). Promoção e Proteção dos Direitos da
Criança - Guia de Orientações para os Profissionais de Acção Social na Abordagem de
Situações de Maus-Tratos ou outras Situações de Perigo.
Educo (2019). Guía Educo para entrevistar a niños, ninãs y adolescentes con enfoque de
derechos. Madrid: Educo.
Fundación Ciencia Joven (s.d). Protocolo de actuación con niños, niñas y adolescentes.
Fundación Ciencia Joven.
Lei nº 147/99, de 1 de setembro, atualizada pela Lei 26/2018, de 5 de julho (Lei de Proteção de
Crianças e Jovens em Perigo).
https://www.pgdlisboa.pt/leis/lei_mostra_articulado.phpnid=2911&tabela=leis&ficha=1&pagina
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Ordem dos Psicólogos Portugueses (2014). Revisão do Sistema de Promoção e Proteção das
Crianças e Jovens em Perigo. Lisboa.
Ordem dos Psicólogos Portugueses (2021). Guia de boas práticas sobre a avaliação forense
pericial em processos de regulação do Exercício das responsabilidades parentais. Lisboa.
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Resolução da Assembleia da República nº 20/90. Convenção sobre os Direitos da Criança.
https://www.pgdlisboa.pt/leis/lei_mostra_articulado.php?nid=1894&tabela=leis
Sattler, J. (2008). Entrevistas con niños, padres, maestros y familias. En evaluación infantil:
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