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APOSTILA DE
ESTOMATOLOGIA E
PATOLOGIA BUCAL

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Estomatologia e Patologia Bucal
Aula 1 - Atedimento Odontológico
Primeiros! Passos
Atendimento Odontológico – Primeiros Passos
80% das doenças apresentam alterações bucais!
Ver ou Observar?!
Observar o paciente como um todo, e não só o que é do meu interesse!
!“A tarefa não é tanto ver o que ninguém viu ainda, mas pensar o que ninguém pensou sobre
algo que todos veem”. (Arthur Schopenhauer)!
Diagnóstico!
O que é diagnóstico?!
Significa: “através do conhecimento”!
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Qual o propósito de se fazer um diagnóstico?!
- Tratamento mais eficaz e seguro!
- Um prognóstico preciso!
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Quais os meios para se alcançar um diagnóstico?!
- Anamnese (80% dos casos o diagnóstico)!
- Exame Clínico!
- Investigação Suplementar!
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Anamnese – Ficha Clínica
Objetivos!
- Estabelecer uma relação positiva profissional/paciente!
- Fornecer informações em relação a história pregressa e presente médica, odontológica e pessoal
do paciente!
- Fornecer informações que podem ser necessárias para estabelecer o diagnóstico!
- Fornecer informações as quais auxiliam nas decisões do tratamento!
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Métodos!
- Entrevista (cuidado para não ser impessoal)!
- Questionário de saúde (há menos intimidade com o paciente, perdendo a possibilidade de se criar
um vínculo com paciente)!
- Técnica do interrogatório cruzado (pode haver “susto” do paciente, por ser “bombardeado” de
perguntas!
- Técnica da escuta (deixar com que o paciente fale tudo)!
- Combinação de ambos (escutar, intervir, direcionar, questionário de saúde)!
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Componentes!
- Dados biográficos!
- Queixa principal e história da doença atual!
- História social!
- História comportamental e emocional!
- História familiar!
- História médica e revisão dos sistemas:!
- passada!
- presente!
- História odontoestomatológica pertinente!
! •! Dados biográficos (identificação)!
- Nome, Idade, Sexo, Gênero, Profissão, Estado civil, Procedência, Endereço e telefone, Educação
e Ocupação!
- Facilita a relação P/P: Profissional/Paciente!
- Doenças mais prevalentes por sexo, idade, profissão!
- Verificar a confiabilidade da História!
•! Queixa Principal!
•! História da Doença Atual!
- Valorize !
- Ordene!
- Aprofunde!
As informações...!
- Dor: início, intensidade, duração, fatores desencadeantes, melhora ou piora...!
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História Social!
- Filhos!
- Trabalho!
- Vícios: fuma (há quanto tempo, quantos cigarros por dia...) Faz uso de bebida alcoólica (há
quanto tempo, frequência, qual tipo de bebida utilizada...)!
- Utiliza ou já utilizou algum tipo de droga – Qual?!
- Já esteve em algum centro de recuperação de usuários de drogas!
- Está atualmente em tratamento para combater o uso de álcool – cocaína – cigarro – outra droga.!
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* História Comportamental e Emocional!
- Depressão, ansiedade...!
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* História Familiar!
- Pais, irmãos, avós, cônjuge, filhos!
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* História Médica e Revisão dos Sistemas!
- sofre de alguma doença, cirurgias, hospitalização, doenças da infância, injúrias, alergia a
medicamentos, reação alergia em geral, medicações em uso, hemorragia, discrasias sanguíneas,
neoplasias, gravidez, sistema cardiovascular, respiratório, nervoso central, gastronintestina,
genitourinário, musculoesquelético, endócrino, pele, olhos e ouvidos e sinais vitais.!
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* História Odontológica Pertinente!
- Frequência das visitas, motivo das visitas passadas, algum problema em relação a tratamento
dentário, tipos de tratamento executado (ortodôntico, periodontal, endodôntico, protético, cirúrgico),
e radiografias recentes.!
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Exame Físico
“Somente se encontra o que se conhece.” (Claude Bernard)!
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Objetivo: obtenção dos principais sinais presentes na doença referida pelo paciente.!
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Técnica: baseia-se no uso dos sentidos naturais: visão/audição/tato/e olfato!
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Inspeção: é a avaliação visual sistemática do paciente submetido ao exame. Não basta olhar, há
que se ver, não basta ver, há que se analisar, não basta analisar, há que se compreender, não só
uma parte, mas o todo.!
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Palpação: manobra que utiliza a sensibilidade tátil!
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Percussão: utiliza contato físico e audição. Ex: identificação de patologias pulpares e periodontais;
identificação de cúspides e raízes fraturadas.!
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Auscultação: detectar sons normais ou anormais produzidas pelo desempenho fisiológico de vários
órgãos. (normalmente ATM)!
Olfação: identificação de odores típicos. Ex: Tumores malignos e diabético descompensado!

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Os Sentidos em Diagnóstico
Sentidos Objetivo

Ouça História/Conversa

Observe Aparência/Comportamento

Toque Consistência/Temperatura

Cheire Mau odor

Exame Físico Extra-Oral


Observar: Postura/Trajar/Face/Biótipo/Possíveis alterações da marcha/Pele, etc.!
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Por quê?!
- Face hiperêmica do paciente hipertenso,!
- Palidez do anêmico e doente crônico,!
- Tom amarelado do ictérico,!
- Exoftamia do paciente com hipertireoidismo, !
- Face edemaciada do doente renal e do hipotireoidismo!
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Semiologia da face: Músculos/assimetria!
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Palpação de linfonodos!
•! Adenopatia: Doença dos nódulos linfáticos!
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Verificar: Alteração de tamanho; forma; consistência; sensibilidade; aderência à planos profundos;
supuração; evolução (aguda/crônica).!
! •! Característica do linfonodo normal: tamanho de uma ervilha; indolor à palpação; liso;
móvel e de consistência macia,!
! •! Linfonodo inflamatório: aumento de colume/mobilidade e consistência macia com
sintomatologia provocada. Aumento de temperatura/necrose e supuração.!
! •! Característica do linfonodo metastático: indolor, aumentado, superfície irregular, duros à
palpação e geralmente fixos.!
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Exame Físico Intra-Oral!
- Deve ser: sistemático/ordenado/completo!
- Boa iluminação!
- Mesa clínica!
- Avaliação do estado de saúde bucal!
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1. Lábios:!
1.1 lábios fechados: vermelhão!
1.2 mucosa labial: tracionar o lábio inferior para baixo e o superior para cima - verificar coloração,
textura e integridade dos freios!
1.3 palpação bidigital: entre o indicador e polegar e determinar textura, flexibilidade e firmeza dos
tecidos!
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2. Mucosa Jugal:!
- tracionar para permitir visão ampla de toda a superfície e melhor inspecionar a cor, textura,
contorno, e possíveis alterações patológicas.!
- fazer palpação bidigital!
Observar:!
- Grânulos de fordyce – glândulas sebáceas ectópicas!
- Depósitos de melanina!
- Linha alba (linha alba de oclusão)!
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3. Sulco Vestibular: região entre as mucosas jugal e labial com a mucosa alveolar!
Fazer o tracionamento da mucosa labial e jugal e inspecionar toda a extensão do fundo de
vestíbuloM!
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4. Mucosa Alveolar: coloração vermelho-azulada recobre e está frouxamente aderida ao osso
alveolar, termina numa linha ondulada – união mucogengival – que a separa da gengiva inserida!
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5. Gengiva Inserida: limitada horizontalmente pela união mucogengival. Aparência rosada, rosa-
pálido. Superfície com aspecto de “casca de laranja”.!
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6. Gengiva Livre: gengiva marginal (ao redor do colo dentário – superfície lisa – parede externa do
sulco gengival) e papila interdentais (parte que ocupa o espaço interdental, situada abaixo do
ponto de contato.!
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7. Língua: verificar:!
7.1 tamanho: língua em repouso!
7.2 exame do dorso: “V” lingual – 2/3 anteriores da língua (parte bucal) e 1/3 posterior (parte
faríngea)!
7.3 parte bucal: sulco mediano raso/mucosa úmida e rósea, aspecto aveludado!
•! Papilas filiformes: altas, estreitas, cônicas, numerosas e distribuídas em fibras paralelas, e
terminando no “V” lingual!

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Papilas fungiformes: menos numerosas, espalhadas entre as papilas filiformes. Em maior
numero no ápice da língua. Coloração avermelhada ou vermelha, contrastável com as
papilas filiformes.!
! •! Papilas valadas ou circunvaladas: distribuem-se ao longo do “V” lingual. São circundadas
por uma depressão (fossa oval) – ducto de glândulas serosas.!
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7.4 parte faríngea: Mucosa destituída de papilas, aspecto irregular, folículos linfáticos (tonsilas ou
amígdalas linguais): Forâmen cecum – depressão por trás do “V” lingual nem sempre visível.!

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Estomatologia e Patologia Bucal
Aula 2 - Diagnóstico
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Leucoplasia pilosa: placa esbranquiçada dos dois lados da língua (bilateral) - Primeiro Sintoma do HIV.!
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Papilas Gustativas
Papilas Valadas - Situadas na porção posterior, são as maiores papilas linguais.!
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Papilas Foliadas - Pequenas pregas laterais, situadas na parte posterior da língua. !
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Papilas Filiformes - estão em maior número e são elas que conferem o apsecto piloso da lingua.!
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Papilas Fungiforme - saliências arredondas de coloração rosada ou avermelhada.!
* Língua Moranguiforme (devido ao aumento de tamanho das papilas fungiforme)!
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Papilite: Inflamação das papilas. !
Não fazer uso de bebidas quentes, condimentos, ácidos, bebidas alcóolicas.!
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Ventre da língua: colocar a ponta da língua na porção anterior do palato duro. !
*Mucosa fina, sem papilas.!
* Visão da veia profunda da lingua!
* está em contato com o assoalho da boca atraves do - freio lingual!
* sulco sublingual/pregas franjadas!
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Assoalho Bucal: Posicionar a língua. !
Mucosa fina, rosada, flexível, vascularizada.!
* Parte anterior: boca bem aberta, ponta da língua para cima e para trás!
* Parte posterior: afastar a língua para melhor visualização!
* Palpação bi-manual: dedo indicador de uma das mãos deslizando sobre o assoalho-acompanhado
externa.!
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Avaliação das glândulas submandibulares e sublingual!
* Freio lingual - em cada lado: papilas sublinguais (ductos das glândulas submandibulares)!
* Prega sublingual-ductos excretores das glândulas sublinguais.!
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Estruturas Internas:!
* Pregas Franjadas!
* Pregas sublinguais!
* Freio do lábio superior!
* Freio da língua!
* Carúnculas sublinguais ( saída do ducto da glândula salivar submandibular) !
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Avaliacão da Glândula Parótida
Papila Parotídea: Acima da linha alba, na altura do segundo molar superior - representa a abertura do
ducto da glandula parotida.!
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Ducto da glândula parótida: Pode ser palpado na extremidade anterior colocando o dedo indicador dentro
da boca, parelelo ao osso zigomático e com o polegar da mesma sobre a pele da bochech, Sentir a
conscistência. !

Palato
Exame: Cabeça fletida para tras!
Palato duro: 2/3 anteriores do “teto da boca” e 1/3 posterior - palato mole!
Observar:!
A) Coloração Palato duro e Mole!
B) Rafe palatina - Parte medial sagital, linha estreita e mais clara!
C) Pregas palatinas transversal/Papila Palatina!
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Palato Mole: Protuir a lingua e pronunciar “a”, e “e”.!
Dobra fibro muscular móvel, mucosa avermelhada, lisa e brilhante.!
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10. Úvula!
11: Orofaringe!
12. Dentes!
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Estomatologia e Patologia Bucal
Aula 2 - Variações da Normalidade!
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Grânulos de Fordyce. Pápulas amarelas no vermelhão do lábio superior.!



Grânulos de Fordyce. Múltiplas glândulas sebáceas abaixo da superfície epitelial.!

Os grânulos de Fordyce são glândulas sebáceas que ocorrem na mucosa oral. Lesões semelhantes já
foram relatadas também na mucosa genital. As glândulas sebáceas são consideradas estruturas dérmicas
anexas, por isso, quando encontradas na cavidade oral, são muitas vezes considera- das “ectópicas”.
Entretanto, como os grânulos de Fordyce são relatados em mais de 80% da população, sua presença deve
ser considerada uma variação anatômica normal.!
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Lábio duplo. Dobra exuberante de tecido no lábio superior em um paciente com síndrome de Ascher.!

Tratamento: Remoção Cirúrgica !


Variação Associada à Síndrome de Ascher (Paciente não consegue diferenciar sentimentos)!
- Tecido conjuntivo normal, Tecido epitelial normal. !
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O lábio duplo é uma anomalia oral rara, caracterizada pelo crescimento exuberante de tecido na mucosa
labial. A sua maior frequência é de natureza congênita, porém pode ser adquirido tardiamente durante a
vida. Acredita-se que os casos congênitos desenvolvam-se durante o segundo ou terceiro mês da gestação
como resultado da persistência do sulco entre a parte vilosa e a parte glaba do lábio.!



Fosseta da comissura labial. Depressão da comissura labial.!

* Causada pela má fusão da mandíbula e maxila. !


* Glândulas salivares podem estar presentes.!



Queilite angular. Lesões características apresentando- se como alterações eritematosas e fissuradas da
pele da comissura labial!

* Acomete geralmente pacientes anêmicos, pacientes imunodepressivos. !


! Úvula Bífida: Fenda palatina incompleta.!
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Fenda palatina submucosa. Presença de uma fenda na linha média do osso palatino, porém a mucosa de
revestimento está intacta. Uma úvula bífida também está presente.!

Em alguns casos, uma fenda palatina submucosa desenvolve-se. A superfície mucosa apresenta-se
intacta, porém existe um defeito na musculatura subjacente do palato mole. Frequentemente ocorre uma
chan- fradura no osso ao longo da região posterior marginal do palato duro. Esta fenda incompleta às vezes
manifesta-se como uma área de coloração azulada, porém é mais bem- identificada pela palpação realizada
com um instrumento rômbico. Em geral ela também pode estar associada à úvula fendida.!

Sequência de Pierre Robin é uma síndrome associada a Fenda Palatina.!

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Sequência de Pierre Robin. Micrognatia mandibular em um recém-nascido com fenda palatina (FP).!

Amigdala: Orgão Linfóide!


Morfologia: queijo suiço. !
Ex: Cáseo amigdalianos.!
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Leucoedema: Comum na mucosa julgal. !
(comum em pacientes negros, pacientes que fazem o uso de fumo e álcool crônico)!
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Leucoedema. Aspecto de estrias brancas na mucosa jugal.!

* Ainda é incerta sua formação. Superfície: rugosa !


Ao distender a mucosa, ela não irá apresentar nenhuma característica morfológica da patologia.!
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Leucoedema. A, Aspecto esbranquiçado difuso da mucosa jugal. B, Desaparecimento do aspecto
esbranquiçado quando a mucosa é estendida.!

O leucoedema é uma condição comum da mucosa oral de etiologia desconhecida. Ocorre mais
frequentemente em indivíduos negros do que em brancos, sustentando a probabilidade de predisposição
genética para o seu desen- volvimento. O leucoedema tem sido relatado em 70% a 90% dos adultos negros
e em 50% das crianças negras. A prevalência em indivíduos brancos é consideravelmente inferior.!
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Leucodema. Paraceratose e edema intracelular da camada espinhosa.!

Semiotécnica: É tudo aquilo que utilizar para auxiliar seu diagnóstico.!


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* Pigmentações Melânicas!
Devemos sempre prestar atenção em todo e qualquer tipo de pigmentação. !
Melanoderma: Pessoas negras!
Leucoderma: Pessoas brancas!
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Tatuagem por amálgama: cristais de prata inseridos na mucosa. !
Prata tem afinidade por parede dos vasos sanguíneos e fibras colágenas.!
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Tatuagem por amálgama. Área de pigmentação da mucosa do soalho oral, no lado esquerdo.!
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Língua Crenada: Dentes impressos na língua. !
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Língua Geográfica/Eritema Migratório: Problemas emocionais, doenças auto-imunes (psoríase). !
* Alimentos probióticos.!
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Eritema migratório. Áreas eritematosas bem demarcadas de atrófica papilar são características do eritema
migratório afetando a língua (glossite migratória benigna). Observe a distribuição assimétrica e a tendência
para envolver a borda da língua!

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Eritema migratório. Essa fotomicrografia em médio aumento exibe coleção de neutrófilos na superfície da
camada espinhosa do epitélio.!
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Língua Fissurada: as fissuras podem servir como retentoras de alimentos, causando assim uma
inflamação. É interessante que oriente o paciente a fazer a limpeza da língua com a própria escova de
dentes ou raspadores linguais que contenham cerdas para que possa ser feita a limpeza adequada. !
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Língua fissurada. Fissuras extensas envolvendo toda a superfície dorsal da língua.!

Varicosidades Linguais: Vários vasos dilatados no inferior da língua (muito mais comum em idosos) !
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Varicosidades. Múltiplas veias purpúreas dilatadas na superfície lateral e ventral da língua.!

* Pacientes jovens só poderão apresentar por conta de distúrbios hematodinâmicos. !


* Tórus Palatino ou Mandibular!
* Linha alba de oclusão - acompanha a face oclusão dos dentes posteriores !
* Língua Pilosa - Comum em pacientes fumantes - maior produção de queratina !
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Procedimentos de Exame
História Médica Geral: requerida para qualquer avaliação odontológica!
Queixa Principal: Duração, sintomas prévios e presentes, tratamentos anteriores, medicacões!
Exame clínico: assimetrias, caries, doença periodontal, restaurações, higiene, dentição:!
Testes Clínicos: FR, PA, Temperatura, Sialometria !
Radiografias: Periapical, Interproximal, Panorâmica, Oclusal (quando necessário) !
Outros Testes: Bioquímicos, Terapêuticos!
Investigação: Avaliação das informações, Levantamento de Hipóteses Diagnósticas, Prognóstico.!
OBS: Sempre anotar TUDO no prontuário do paciente. !
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EXAME CLÍNICO HISTÓRIA EXAMES DIAGNÓSTICO FINAL
COMPLEMENTARES

Verificar presença de Quais doenças Radiografias: Com a ajuda de todos


cárie, má oclusão, apresentou nos Periapical, esses passos, será
restauração, higiene últimos anos Interproximal, mais fácil de chegar ao
etc… Panorâmica, etc… diagnóstico final.

Aferir FR, PA, Quantas vezes foi ao Exames bioquímicos e


Temperatura etc… dentista nos últimos Terapêuticos
tempos
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Estomatologia e Patologia Bucal
Aula 2 - Lesões Fundamentais ou
Elementares
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“Lesões fundamentais são como letras de um alfabeto, indispensáveis para se conhecer o idioma
do diagnóstico.” (Grispan, 1970)!
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* Alterações morfológicas macroscópicas!
* Resultam de processos patológicos básicos!
* Não são o diagnóstico!
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Classificação das lesões fundamentais:!
*Lesões planas!
*Lesões Elevadas!
*Lesões Deprimidas!

Lesões Planas
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Mácula ou Mancha
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Mácula melanótica oral. Mácula única marrom, pequena, uniformemente pigmentada no vermelhão do
lábio inferior.!

A lesão típica surge como uma mácula redonda ou oval, solitária (17% são múltiplas), bem delimitada, de
coloração uniforme variando de amarelo-amarronzado a marrom-escuro, assintomáticas, com um diâmetro
de 7 mm ou menor. Lesões ocasionais poderão ser azuis ou negras. Não existe relato de aumento de
tamanho após o diagnóstico, o que sugere que o tamanho máximo da lesão é alcançado um tanto
rapidamente e permanece constante desde então.!

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Definição: São alterações, planas, circunscritas sem que ocorra alterações de volume do epitélio. Variam
em tamanho, cor e forma. podem ser identificadas atraves da alteração de cor no tecido.!
* Hipercrômicas(aumento da coloração do eritrócitos) ou Hipocrômicas (redução da coloração do
eritrócitos)!
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Mácula melanótica oral. A, Visão em menor aumento exibindo aumento da pigmentação melânica
distribuída ao longo da camada basal do epitélio. B, Visão em maior aumento exibindo pigmento marrom
granular de melanina no interior das células basais!

Mácula ou Mancha - cor


A. Melanina!
B. Tatuagem!
C. Inflamação !
D. Vascular (Na intermediação do palato duro e mole - causada por felação)!
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Morfologia!
A. Homogênea!
B. Não Homogênea-heterogêneas - lesão com variação de cor: manchas amarronzadas, com pontos
escuros e mais claros. !
! MELANOMA (comportamento muito agressivo)!



Melanoma oral. Mancha de pigmentação difusa, na região lateral do palato duro.!

Mácula ou Mancha - Contorno!


A. Regular (esférico, elíptico)!
B. Irregular (crinado, serpenteado) - mais agresiva será tal lesão.!
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Mácula ou Mancha - Limites!
A. Precisos!
B. Imprecisos !
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Petéquias



Definição: tipo de mancha.!
Tamanho: menos de 5mm!
Coloração: vermelha - Extravasamento de sangue de forma pontual!
OBS: Primeiro sinal de leucemia - Pele e Mucosa.!
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Lesões Elevadas (Aumento volumétrico)
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Pápula  

Lesão sólida, circunscrita e elevada com até 5mm de diâmetro e !


podem ser únicas ou múltiplas.!
OBS: Hiperplasia papilar causada por prótese mau adaptada. !
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Placa    

Elevação plana, rasa, ampla que pode medir mais de 5mm, consistência fibrosa e pode ser formada pela
confluência de múltiplas pápulas. Sua superfície pode ser rugosa, verrucosa, lisa ou combinada. !
OBS: Estomatite nicotínica: aumento da temperatura pelo uso de cigarro o que causa à mucosa um
aspecto rugoso. !
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Nódulo  

São massas sólidas, circunscritas superficial ou profunda, com mais de 5mm.!


Superfície: Lisa, Rugosa, papilar, Verrucosa, Lobulada. !
Consistência: Mole, Firme, Elástica, Flutuante, Dura, Creptante. !
Base: Séssil (maior que o comprimento), Pediculada (Pequena base de inserção) - mais fáceis de se
realizar a remoção. !
OBS: Abolir a palavra tumor.!
OBS2: Consistências mais duras podem ser de origens ósseas. !
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Tumor  

É uma massa sólida de consistência fibrosa com dimensão maior que o nódulo, dimensões maiores que
2cm.!
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Vesícula  

Lesão elevada de pequenas dimensões que não ultrapassam 3mm, que contém líquido em seu interior.
Geralmente, possui coloração translúcida. !
Ex: Herpes !
Histológico: Tecido Conjuntivo e Tecido Epitelial e entre as camadas basal e espinhosa ocorre um
acúmulo de líquido (Bolha Intra-Epitelial) !
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Bolha !

Elevações maiores que vesículas (acima de 3mm), contendo líquido em seu interior. !
Coloração: Azulada (origem vascular) - não se deve fazer a extração via cirúrgia !
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Pústula    

 
Legenda: São vesículas ou bolhas que contém pus no seu interior.!

Lesões com depressão (Perda de Tecido)


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Erosão  

São descamações superficiais do epitélio sem exposição do tecido conjuntivo. pode ser o resultado do
rompimento de bolhas ou vesículas.!
Ex: Gengivite Escamativa - Doenças Imunológicas se manifestam em forma de fissuras gengivais.!
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Fissura    
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Falha ou rompimento linear do epitélio, podendo existir exposição do tecido conjuntivo!
Ex: Língua Fissurada, Queilite angular. (Lingua fissurada e lingua nem sempre associadas) !
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Úlcera  

São soluções de descontinuidade do epitélio, ocorre a exposiçao do tecido conjuntivo.!


Ex: Aftas!
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Pseudomembrana: É o resultado de um exsudato que pode conter restos epiteliais, sangue, soro, pus.
Dependendo do exsudato sua cor pode variar. !
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Crosta: Pseudomembrana ressecada.!
OBS: Pseudomembrana e Crosta é o que vai recobrir tais lesões.!
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Língua Geográfica  

Causas: Problemas emocionais, doenças auto-imunes (Psoríase). !


* Tratamento: Alimentos Probióticos.!
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Varicosidades Linguais  

Legenda: Vários vasos dilatados no inferior da língua (Muito mais comum em idosos)!
Constituem uma condição comum em indivíduos com mais de 60 anos de idade. Clinicamente, observam-se
vasos de pequeno e médio calibre, de coloração azul violácea, múltiplos, sendo que a presença de vasos
isolados é uma condição rara, podendo estar distribuídos pela mucosa bucal, mas muito mais frequentes
em assoalho bucal e ventre lingual. Não apresentam qualquer sintoma e geralmente são achados
ocasionais em exames de rotina.!

O diagnóstico é clínico, devendo ser considerados idade do paciente, manifestações sistêmicas e


varicosidades em outras regiões do corpo como, por exemplo, a presença de varizes nos membros
inferiores.!

Pacientes jovens só poderão apresentar por conta de distúrbios hematodinâmicos.!

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Estomatologia e Patologia Bucal
Aula 3 - Lesões Físicas e Químicas
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Grupos de Lesões Químicas e Físicas:
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- Hiperceratose
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Ulcerações Traumáticas !!
Queimaduras
- Lesões Químicas !!
- Antineoplásicos
- Pigmentações Exógenas !!
- Doenças Alérgicas
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Hiperceratose
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Linha Alba/Linha Alba de oclusão:  
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*Mucosa jugal!
*Bilateral!
*Localizada na linha de oclusão!
*Biópsia raramente é indicada!
*Não há necessidade de tratamento!
*Regressão Espontânea!
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Morsicatio Buccarum  
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*Mastigação crônica da bochecha!
*Mucosa jugal, labial e margem lateral de língua!
*Estresse!
*Mulheres !
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Quando ocorre uma lesão Mosricatium (na língua) -
lateral da lingua pois é semelhante a leucoplasia pilosa
e deve-se fazer um exame detalhado por causa do risco
de HIV.!
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Ulcerações Traumáticas:!
* Etiologia: dano mecânico, térmico, elétrico ou químico.!
* Cicatrizam em poucos dias!
* Ulceração traumática crônica!
* Apresentação clínica sugere a causa!
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Riga-fede  

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-Dentes neonatais (recém-nascidos) !
-Dente mais comum: Incisivo central inferior!
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Queimaduras:!
- Elétricas!
Tipos: Contato e Arco!
* Contato: Corrente elétrica passando pelo corpo!
* Arco: Maioria das queimaduras em boca, saliva como meio de condução, mordida de um fio elétrico
exposto!
* Casos graves - profilaxia antibiótica !
- Térmicas!
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LESÕES QUÍMICAS:!
* Peróxido de hidrogênio!
* Gasolina!
* Ácido de bateria !
* Medicamentos: Aspirina, Bisfofonatos, Clorpronazida e Promazina!
! Queimadura por Clareamento dental!
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* Queimadura por Aspirina !
* Queimadura po Peróxido de Hidrogênio!
* Queimadura por Formocresol!
Queimadura por rolo de algodão !
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Características Clínicas:!
- Superfície brancas!
- Facilmente descamado!
- Tecido conjuntivo eritematoso e hemorrágico.!
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TRATAMENTO:!
* Prevenção!
* Resolução sem cicatriz!
* Cirúrgia (Raramente) !
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Antineoplásicos: O tratamento Quimioterápico e/ou Radioterápico pode induzir injúrias físicas ou químicas. !
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Mucosite Oral    

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Resultado de interações entre os eventos celulares
e moleculares (Mucosite Oral Radioinduzida)!
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Quimioterapia: !
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- Após alguns dias de tratamento!
- Superfície não-ceratinizada!
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Radioterapia:!
- Durante a segunda semana de tratamento!
- Mucosas voltadas para o foco de radiação!
- Regressão lenta após tratamento (2 a 3 semanas)!
!
Hemorragia!
- Trombocitopenia (supressão da medula óssea)!
- Diminuição da vitamina K!
- Petéquias orais!
- Equimoses!

MUCOSA LABIAL LÍNGUA GENGIVA

Problemas Salivares!
!
- Sensível à radiação!
- Complicação mais comum!
- Severa dimuição do fluxo salivar!
- Cáries!
- Sensação da boca seca!
- Hipogeusia (diminuição das propriedades de papilas gustativas.!
!
Osteonecrose!
- Grave complicação da radioterapia!
- Bifosfonatos:!
* Inibição osteoclástica!
* Zometa !
!
Trismo!
- Dificuldade em abrir a boca!
- Fibrose de músculos da mastigação!
- Fibrose da cápsula da ATM!
- Higienização precária!
- Trataento: Fisioterapia!
!
Anormalidades do desenvolvimento!
* Infância:!
- Alterações nos ossos faciais!
- Alteração no desenvolvimento dentário:!
* Dilareção Radicular!
* Microdontia!
* Hipodontia!
!
Pigmentações Exógenas!
- Tatuagem Intencional na mucosa!
- Injúria química extrínseca: Tatuagem por amálgama!
!
Melanose do fumante!

!!
!-
Comum em fumantes!
-Nicotina e Benzopirenos!
-Estimulam melanócitos!
*Ação protetora contra a agressão as
substâncias nocivas do fumo!
*Gengiva vestibular anterior!
*Correlação da história do tabagismo!
!!
!!
! !!
Doenças Alérgicas!
- Aumento do volume difuso dos tecidos moles!
- Desgranalução dos mastócitos!
- Reações alérgicas de contato:!
* Alimentos!
* Cosméticos!
- Prurido é um achado comum!
- Regressão em até 72 horas!
- Mais incidente em negros !
!
Estomatologia e Patologia Bucal
Aula 4 - Sinais Vitais
!
Sinais vitais são medidas que nos fornecem dados fisiológicos indicando as condições de saúde do
paciente. !
!
Os SSVV incluem a verificação de:!
* Frequência Cardíaca - Pulso (FC)-(P)!
* Temperatura (T)!
* Pressão Sanguínea (P.A)!
* Frequência Respiratória - Respiração (F.R)-(R)!
!
Fatores que alteram os sinais vitais:!
- Exercícios físicos intensos!
- Alimentação!
- Idade!
- Estresse!
- Uso de medicamentos!
- Algumas Doenças !
!
Quando os sinais vitais devem ser mensurados:!
- Na prestação dos cuidados rotineiros!
- Durante uma consulta!
- Antes e depois de procedimentos invasivos!
- Nos períodos pré, intra e pós operatórios!
- Sempre que for necessário!
!
Temperatura corporal:Vários processos físicos e químicos, sob o controle do Hipotálamo,
promovem a produção ou perda de calor, mantendo nosso organismo com temperatura mais ou menos
constante, independente das variações do meio externo.!
! O valor médio situa-se em torno de 36 C!
!
Fatores que modificam a temperatura: Hormonais, Exercícios físicos, ambientes muito quente ou muito
frios, infecções.!
!
* A temperatura pode ser mensurada em diferentes regiões do corpo: Oral, axilar, retar. !
!
Termômetro Clínico:!
- Escala em Graus celsius!
- Corpo!
- Coluna de Mercúrio!
- Bulbo!
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Verificação da temperatura: o termômetro deve estar com a coluna de mercúrio abaixo do vlaor mínimo,
desinfectado (algodão umidecido com álcool 70%) e seco.!
!
Antes de qualquer procedimento: lavar as mãos.!
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Valores de temperatura (T) axilar!
!- Hipotermia: temperatura abaixo de 36 graus!
- Normotermia: temperatura entre 36 e 36,8 graus!
- Febrícula: emperatura entre 36,9 graus e 37,4 graus!
- Estado Febril: emperatura entre 37,5 e 38 graus!
- Febre: emperatura entre 38 e 39 graus !
- Pirexia ou Hipertermia: Temperatura entre 39,1 graus e 40 graus.!
!
Contra-indicada nos casos de:!
- Queimaduras do tórax!
- Furúnculos axilares!
- Fraturas dos membros superiores!
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Temperatura Oral: Valores normais: 36,8 Graus a 37,2 graus.
!
Contra Indicada: !
- Para pacientes inconscientes!
- desorientados ou propensos a convulsões!
- em crianças muito novas ou bebês!
- Após ingerir líuidos quentes ou gelados, ascar chiletes ou fumar!
- em pacientes submetidos a cirurgias de boca e extrações dentárias!
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Temperatura Retal: Representa uma leitura mais precisa, é geralmente 0,5 graus mais alta que
a axilar e oral, em geral 37 à 38 graus.!
!
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Pulso
Finalidades: Avaliar a a frequência cardicaca!
- Ritmo cardíaco!
- A Amplitude ou intensidade dos batimentos!
- Valores normais: 60 a 100 batimentos por minuto.!
- Atividade física, febre, dor, alteracão postural, hemorragias e calor influenciam a frequência da pulsação !
!
Locais para aferir - As artérias em que com frequência são verificados os pulsos:!
- Artéria Radial - Odonto. !
- Carótidas - Odonto.!
- Braquial!
- Femoral !
- Pediosa !
- Temporal!
- Poplíteda!
- Tibial Posterior!
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Nomenclatura para alterações na frequência:!
Normocárdio ou sinusal 60 a 100 bpm!
Taquicárdio Mario que 100 bpm!
Bradicárdio menor que 60 bpm !
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Nomenclatura para alterações no ritmo do batimento:!
Regular ou rítmico!
Irregular ou arrítmico!
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Frequência Respiratória
- Avaliar a frequência (número de ciclos de inspiração e expiração)!
- Ritmo (Regularidade desses ciclos)!
- Profundidade (Volume do ar inalado e exalado em cada respiração)!
- Som dos movimentos respiratórios (ruídos)!
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Valores:!
- Eupnéia (Normal) - 16 a 20 IRPM !
- Taquipnéia - acima de 20 RPM!
- Bradipnéia - abaixo de 16 RPM!
- Apneeia - ausência de movimento respiratório!
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IRPM (Incursões respiratórias por minuto)
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Valores de referência de acordo com a idade:!
- Recém nascido - 40-60 MPM !
- 1 ano - 25-40 MPM!
- 5 anos - 20-30 MPM!
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Pressão Arterial: A resistência que a artéria oferece à passagem do sangue é chamada de
pressão mínima ou diastólica.!
!
Terminologia
- Hipertensão arterial é o termo usado para indicar pressão arterial acima do normal.!
- Hipotensão arterial para indicar pressnao arterial abaixo do normal.!
- Quando a pressão arterial se encontra normal, dizemos que é normotensa.!
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MATERIAL
A pressão arterial é medida em milímetros de mercúrio (mmHg) com um esfigmomanômetro e um
estetoscópio usualmente na artéria braquial (com menor frequência nas artérias poplíteas e radial). !
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Roteiro
- Apresentacão do paciente!
- Esclarecimento do exame a ser realizado!
- Pedir o consentimento do paciente para a realização do xame!
- Local com iluminação !
- Lavar sempre as mãos!
- !
* Semiotécnica da palpacão
Deve abranger todas as estruturas extra e intrabucais, fornece informações a respeito de:!
- Tamanho do gânglio!
- Consistência!
- Limites!
- Sensibilidade!
- Textura superficial!
- Mobilidade !
- Temperatura!
! Estruturas moles são examinadas pela palpacão digital, bidigital e digitopalmar!
*
* Deve ser suave para que o tato perceba alterações de normalidade!
* Pressão excessiva reduz essa sensibilidade natural!
* É requerido conhecimento adequado de Anatomia!

!
Estomatologia e Patologia Bucal
Aula 5 - Doenças dos tecidos periodontais e
Doenças da polpa e do periápice
!
Doenças do Periodonto
1.! Hiperplasia gengival induzida por medicamentos!
2.! Fibromatose gengival!
3.! Periodontite!
4.! Periodontite agressiva (periodontite juvenil)!
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Hiperplasia gengival medicamentosa (HGM)  

Hipertensão (bloqueadores de cálcio)!


- Uso de anti-hipertensivos!
- Farmaco comumente Relacionado: Nifedipina (Adalat)!
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Epilepsia!
- Uso de anticonvulsivantes!
- Fenitoína (Dilantina)!
- Aparece depois de 2 a 3 semanas do início do tratamento!
- Inicial: Aumento volumétrico indolor da gengiva interproximal, seguidos dos segmentos vestibular
e anterior!
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Imunossupressores!
- Ciclosporina A!
- Maior risco em crianças, especialmente pacientes adolescentes!
- Fibroblastos imaturos: maior sensibilidade à ciclosporina!
- Ação hormonal na resposta dos fibroblastos ou maior capacidade mitótica e secretora dos
fibroblastos jovens!
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Etiologia!
Multifatorial!
- Higiene oral!
- Inflamação gengival!
- Biofilme!
- Dose e duração da terapia farmacológica!
- Concentração plasmática e salivar do fármaco!
- Aumento da síntese da matriz extracelular, principalmente do colágeno!
- Desequilíbrio entre a regeneração e a degradação do colágeno!
- Nível intracelular de cálcio alterado diminui a atividade da colagenase!
- Síntese aumentada do colágeno e proliferação fibroblástica!
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Tratamento!
- Profilaxia, instrução de higiene bucal!
- Intervenção cirúrgica periodontal (não definitivo)!
- Dose reduzida do fármaco (conversar com o médico)!
- substituir por outro de classe diferente!
!
Fibromatose Gengival  

- Aumento gengival lento e progressivo!


- Pode ser hereditária ou idiopática!
- Pode estar associada ocasionalmente a: !
- Hipertricose (aumento da quantidade de pelos)!
- Periodontite agressiva generalizada!
- Relacionado com a erupção dos dentes decíduos ou permanentes!
- Pode levar a retardo na erupção dentária!
- Maior envolvimento da maxila (espessamento da região palatina)!
- Dificuldade na fala e deglutição!
- Aguardar a erupção de todos os dentes para fazer a gengivectomia!
- Higiene bucal (controle)!
!
Periodontite  

- Inflamação dos tecidos gengivais em associação a alguma perda de inserção do LP e no osso


alveolar!
- Formação de bolsas periodontais verdadeiras!
- Severidade da doença relacionada aos constituintes do biofilme dental!
!
Periodontite Agressiva  

- Ocorre em pessoas saudáveis!


- Pode estar associada a uma deficiência na resposta imune!
! - Disfunção dos neutrófilos!
- Patógenos envolvidos:!
- Actinobacillus actinomycetemcomitans, Prevotella intermédia, Porphyromonas gingivalis!
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•! Periodontite Agressiva Localizada!

- Inicio por volta da puberdade!


- Forte resposta de anticorpos séricos aos agentes infecciosos!
- Perda de inserção nos 1ºs molares e incisivos, são os mais acometidos, possivelmente, por serem
os primeiros dentes a irromperes!
- Presença mínima de biofilme dental!
- Rápida destruição óssea!
! •! Periodontite Agressiva Generalizada!

- Pode ocorrer em qualquer idade, mas geralmente é diagnosticada em pacientes com menos de 30
anos!
- Afeta pelo menos 3 dentes, além dos 1º molares e incisivos!
- Agentes etiológicos envolvidos:!
! - Actinobacillus actinomycetemcomitans, Prevotella intermédia, Porphyromonas gingivalis,
Tannerella forsythensis, Fusobacterium nucleatum, Campylobacter rectus e várias espiroquetas.!
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Tratamento!
- Uso combinado de antibióticos e remoção mecânica do biofilme subgengival e dos tecidos
periodontais inflamados!
- Altas doses de amoxicilina e metronidazol (500mg 3x ao dia) tem se mostrado mais eficiente!
- Acompanhamento profissional uma vez por mês durante 6 meses e depois a cada 3 meses!
Doenças da Polpa e do Periápice!
1.! Pulpite aguda, crônica e hiperplásica!
2.! Calcificações pulpares!
3.! Pericementite aguda, hipercementose!
4.! Abscesso periapical, celulite!
5.! Granuloma e cisto periapical!
6.! Osteomielite!
7.! Osteíte!
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Pulpite  

Legenda: Pulpite Crônica Hiperplásica (Pólipo Pulpar) !


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Patologia Pulpar: !
Fisiologia da polpa: odontoblastos, fibroblastos, células indiferencidas, células de defesa, matriz
extracelular (fibrilas colágenas, substância fundamental)!
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Patogenia Pulpar!
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Pulpite Reversível: A dor é latejante e começa quando há um estímulo. Esta dor cessa após a
retirada do estímulo.!
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Pulpite Irreversível: A dor é intermitente e começa sem estímulo, aumentando à noite ao deitar-se.
A dor não cessa com analgésico, sendo somente aliviada por este.!
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Pulpite crônica hiperplásica (pólipo pulpar): Mais comum em crianças e adolescentes!
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Calcificações Pulpares  

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! Legenda: Dente 11 apresenta fechamento do ápice. Dente 21 apresenta início de calcificação
pulpar, ficando com a raiz menor.!
! Nódulos pulpares: livres ou aderentes a parede dentária!
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Legenda: Necrose pulpar!


!
Pericementite    

Hipercementose  

- Deposição excessiva de cemento!


- Trauma oclusal!
- Inflamação!
- Lâmina dura intacta!
- Predominante em Molares inferiores!
!!
Patologias Periapicais!
“A formação de lesões inflamatórias periapicais representa uma reação defensiva secundária à
presença de bactérias no canal radicular, com expansão dos produtos tóxicos em direção à zona
periapical.” (Neville et al, 2009)!
!
Periodontite Apical Aguda (Pericementite)  

Definição: inflamação aguda no ligamento periodontal, entre o ápice e osso alveolar!


- Edema comprime as fibras nervosas que leva a dor!
!
Etiologia: físico (trauma), biológico (bactérias) e químico (medicação intracanal)!
- Dente “crescido”!
- Aumento do espaço do ligamento periodontal!
- Não responde a analgésico!
- Teste de percussão positivo!
- Teste de vitalidade pulpar!
! - trauma oclusal (+)!
! - necrose pulpar (-)!
- Dor continua, quase pulsátil!
- Dor à mastigação, Dor à percussão apical!
! !
Abscesso Periapical  

- Coleção purulenta na região periapical!


- Sem imagem radiográfica específica!
- Necrose pulpar – diminuição da dor!
- Sem aumento de volume!
- Abscesso fênix!
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Sintomático!
- sensibilidade à percussão!
- extrusão do dente!
- dente não vital!
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Assintomático!
- ausência de acumulo de pus no interior do alvéolo!
! - fístula (pele)!
! - parúlide (mucosa)!
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Celulite  

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-Angina de Ludwing: celulite na região
submandibular. !
-Causa: Infecção aguda em molar inferior!
-Disseminação difusa através dos tecidos moles!
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Granuloma Periapical  

- Evolução da polpa necrótica!


- Assintomático!
- Quadro crônico de necrose pulpar!
- Dente não responde ao teste de vitalidade (devido a necrose)!
- Representa 75% das lesões inflamatórias apicais!
- Percussão positiva (dor leve)!
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Características radiográficas: perda da lâmina dura apical, reabsorção radicular, bem delimitada
ou mal definida!
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Características Histopatológicas: intenso infiltrado inflamatório crônico circundado por uma
cápsula de tecido conjuntivo, hemossiderina, corpúsculos de Russel!
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Cisto Periapical  

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- Cisto radicular!
- origem: restos epiteliais de Malassez!
- representam 35% das lesões periapicais!
- variações: cisto periapical lateral e cisto periapical residual!
- evolução da necrose pulpar!
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Tipos!
- Cisto periapical!
- Cisto periapical lateral!
- Cisto residual!
!!
!!
!
!! !!
Osteomielite
A osteomielite é uma infecção do osso, geralmente
provocada por uma bactéria. Quando o osso se
infecta, geralmente a medula óssea se inflama.
Como o tecido inflamado faz pressão contra a
parede exterior rígida do osso, os vasos sanguíneos
da medula podem comprimir-se, reduzindo ou
interrompendo o fornecimento de sangue ao osso.
Com a diminuição de suprimento sanguíneo, o tecido
ósseo inicia um processo de necrose, onde
dependendo da agressividade do microorganismo
pode levar a um processo reacional culminando em
formação de coleção purulenta.!
A infecção dentária talvez seja a causa mais
freqüente de osteomielite dos maxilares .!
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COMO APARECE CLINICAMENTE!


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Pode haver o aparecimento de fistulas ou abcessos, o paciente pode apresentar febrícula e indisposição. O
diagnóstico clínico é complementado pelas radiografiasconvencionais e tomografia computadorizada.!
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COMO TRATAMOS!
Geralmente o tratamento é cirurgico, é necessário o uso de antibióticoterapia pré operatória.!

Osteíte
É a infecção ou a inflamação do alvéolo, que é a parte do osso mandibular ou maxilar onde se aloja o dente.
Esta doença também é conhecida como Osteíte pós-operatória. Os tipos de alveolite são a seca e a
purulenta (com pus); Na seca devido à ausência de coágulo de sangue após a extração do dente,
normalmente de difícil manobra cirúrgica, ou quando há fratura durante o ato, o alvéolo fica “seco”. Já na
purulenta acontece, quase sempre, posterior à alveolite seca devido à infecção do alvéolo, com produção
de secreção purulenta.!
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Estomatologia e Patologia Bucal
Aula 6 - Cistos Odontogênicos
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Ceratocisto Odontogênico!
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É um cisto benigno, mas localmente agressivo. Acredita-se que sua origem esteja na lâmina
dentária e afeta comumente a mandíbula posterior. Está associado com a Síndrome de
Gorlin.!
Segundo Neville(2009), há uma concordância geral de que o ceratocisto odontogênico surge a partir dos
restos celulares da lâmina dental, e seu crescimento parece estar relacionados a fatores desconhecidos,
inerentes ao próprio epitélio(que sofre múltiplas mitoses) ou à atividade enzimática na parede cística.!
Devido ao seu aspecto agressivo e seu potencial de recidiva,o ceratocisto odontogênico é classificado
atualmente pela OMS como tumor odontogênico ceratocisto, considerado uma neoplasia benigna.!
Características Clínicas: Os COs podem ser encontrados em pacientes com idade variável, desde à
infância até a velhice, mas cerca de 60% dos casos são dignosticados em pessoas entre 10 e 40 anos. Há
uma leve preferência por homens. A mandíbula é acometidaem 60% a 80% dos casos com uma marcante
tendência para o envolvimento do corpo posterior e do ramo da mandíbula.(Neville,2009)Estes tumores
tendem a crescer numa direção ântero-posterior, dentro da cavidade medular, sem causar expansão óssea
óbvia (diagnóstico clínico e radigráfico diferencial). Geralmente são assintomáticos, porém em grandes
dimensões(ocasionando assimetria facial) pode ocorrer dor, edema, drenagem ou ainda serem
assintomáticos mesmo em lesões extensas. Na maioria dos casos observa-se lesão com características
unilocar (no entanto em lesões grandes pode ser multiloculares), apresentando crescimento unilateral.!
Características Radiográficas: Exibem uma área radiolúcida, com margens escleróticas frequentemente
bem definidas.(Neville,2009) Geralmente são analisadas radiografias panorâmicas e tomografia
computadorizada, pois a radiografia panorâmica fornece, com qualidade, a extensão da lesão cística e sua
relação com estruturas adjacentes, no entanto a tomografia computadorizada tem indicação indispensável
para o planejamento cirúrgico, apresentando detalhes preciosos sobre a expansão da lesão, a localização
de dentes envolvidos e a topografia de suas margens (espessura e perfuração das corticais ósseas)do que
as radiografias convencionais. O uso racional indica tomografias computadorizadas somente para lesões
extensas.O CO, pode muitas vezes ser confundido com cisto dentígero por em 44% dos casos está
associado com dentes inclusos,porém observa-se também menos comum que o cisto dentígero e radicular,
reabsorção óssea das raízes dos dentes adjacentes, normalmente ocorre um deslocamento do dente e não
reabsorção da raíz. É importante salientar que apenas o diagnóstico histopatológico é determinante.!
Características Histopatológicas: Sabendo-se que o diagnóstico pré- operatório não pode ser
estabelecido definitivamente sem suporte histopatológico, a primeira etapa é realizar uma biopsia incisional
do ceratocisto que tem finalidade de estabelecer diagnóstico conclusivo. O corte histopatológico apresenta
epitélio estratificado pavimento ceratinizado uniforme, com espessura variando entre 6 - 8 camadas de
células, camada basal bem definida disposta em paliçada formada por células colunares ou cuboidais,
cápsula fibrosa fina e friável, rica em mucopolissacarídeos, sendo as células inflamatórias raras. A camada
de ceratina pode ser representada pela paraceratina (80% dos casos)ou pela ortoceratina (20%), sendo a
primeira muito mais fina quando comparada a segunda.!
Tratamento e Prognóstico: A maioria dos COs são tratados de forma similar à outros cistos odontogênicos,
ou seja, através da enucleação e curetagem, além de descompressão em grandes lesões. A remoção
completa em uma única peça frequentemente é difícil devido à natureza delgada e friável de sua parede
cística.(Neville,2009) São associados tratamentos de prevenção de recidiva, tais como, cateurização
química da cavidade óssea com solução de Carnoy após remoção do cisto, marsupialização, crioterapia
que segundo Pogrel(2001)devido a capacidade do nitrogênio líquido de desvitalizar osso in situ e manter a
estrutura inorgânica intacta, a crioterapia pode ser utilizada para lesões localmente agressivas nos
maxilares. Entretanto, em decorrência da dificuldade em controlar a quantidade de nitrogênio líquido
aplicada à cavidade, a necrose resultante e o edema podem ser imprevisível, por isso não é uma prática
tanto utilizada.Por ser uma lesão que pode recidir, é importante que o paciente seja acompanhado
semestralmente ou anulamente. Determina-se um período de cinco anos, no entanto há casos de recidivas
40 anos após remoção do cisto original, por isso é importante que o paciente faça anualmente uma
radiografia para revisão,por tempo indeterminado.!
Síndrome de Gorlin- Goltz: Pacientes com COs devem ser avaliados para manifestações da síndrome do
carcinoma nevóide basocelular(síndrome de Gorlin)se o paciente estiver na primeira ou segunda década de
vida ou se múltiplos ceratocistos forem identificados. A Síndrome de Gorlin, caracteriza-se por múltiplos
carcinomas basocelulares na pele,COs,calcificações intracranianas e anomalias das costelas e das
 
vértebras, o que resulta na importância de solicitar exames adicionais.

Cisto Dentígero !
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- O termo cisto folicular está em desuso por conta de o folículo dentário ser de origem mesodérmica, sendo
melhor utilizado para os cistos foliculares do ovário!
- Se origina da separação do folículo dentário da coroa de um dente incluso!
- Tipo de cisto odontogênico de desenvolvimento mais comum!
- Envolve a coroa de um dente incluso e está unido ao dente na junção cemento-esmalte!
- Sua patogênese é incerta, a mais aceita é a que se desenvolva pelo o acúmulo de líquido entre o epitélio
reduzido do esmalte e a coroa dentária!
- Apesar de ser considerado de desenvolvimento, alguns autores sugerem que possa ter alguma relação
com reações inflamatórias, como uma infecção periapical de um dente decíduo, ou mesmo, em um
molar inferior parcialmente erupcionado que desenvolve uma lesão cística inflamatória ao longo da face
distal ou vestibular, neste último caso chamado de cisto paradentário;!
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Características clínicas e radiográficas:!
Embora possa envolver qualquer dente, estão mais relacionados com os molares inferiores, mas caninos
superiores, terceiros molares superiores e segundos pré-molares inferiores também podem estar
envolvidos;!
- Ocasionalmente estão associados aos dentes supranumerários ou odontomas;!
- Mais frequente em pacientes entre 10 e 30 anos;!
- Ligeira predileção por homens e brancos são mais acometidos do que os negros;!
- Quando pequenos, geralmente são assintomáticos e descobertos em radiografias de rotina. Estes cistos
podem aumentar de tamanho consideravelmente e estar associados com expansão óssea indolor,
provocando assimetria facial;!
- Muitas lesões consideradas radiograficamente cistos dentígeros grandes são na verdade ceratocistos ou
ameloblastomas;!
- Pode ser infectado e causar tumefação e dor;!
- Na radiografia apresenta-se como uma lesão radiolúcida unilocular, associada à coroa de um dente
incluso. Tem margem bem definida, muitas vezes esclerótica, porém se infectado pode apresentar limites
mal definidos;!
- Um cisto dentígero grande pode apresentar-se de modo multilocular devido à persistência de trabéculas
ósseas na área da lesão (provavelmente não são multiloculares verdadeiras);!
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Relação cisto-coroa:!
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Central – O cisto circunda a coroa do dente que está projetada para dentro do cisto (mais comum)!

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Lateral – Comumente associado com um terceiro molar inferior mesioangular e parcialmente
erupcionado!

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Circunferencial – Circunda a coroa e se estende um pouco além da junção cemento esmalte, de
modo que a raiz parece estar dentro do cisto!
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!- Pode ocorrer deslocamento dentário por conta do crescimento cístico para cavidade nasal, seio maxilar,
para o assoalho da órbita. Raramente um terceiro molar inferior pode ser deslocado para a borda inferior
da mandíbula ou superiormente para o ramo ascendente;!
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Tratamento e Prognóstico:!
- Enucleação e remoção do dente incluso associado;!
- Se a erupção do dente for viável, este pode ser mantido e tracionado orto-cirugicamente após a remoção
parcial da parede do cisto;!
- Cistos dentígeros maiores podem ser tratados com a marsupialização, fazendo com que ocorra uma
descompressão e reduzindo o tamanho do defeito ósseo. O cisto pode, então, ser excisado mais tarde, por
um procedimento cirúrgico mais conservador;!
Prognóstico:!
- Excelente e raramente ocorre recidiva;!
- A transformação neoplásica em ameloblastoma é rara;!
- Carcinomas muco-epidermóides podem se originar de um cisto dentígero (raro).!
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Cisto de Erupção!

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- Análogo do cisto dentígero no tecido mole;
- Resultado da separação do folículo dentário que envolve a coroa de um dente em erupção, dentro dos
tecidos moles sobre o osso alveolar;
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Características clínicas:
Tumefação mole, translúcida na mucosa gengival, recobrindo a coroa de um dente decíduo ou permanente
em erupção;
- Mais observados em crianças com menos de 10 anos;
- Mais associadas com os primeiros molares permanentes e incisivos superiores;
- Traumatismos podem resultar em sangue no líquido cístico, dando uma cor purpúrea ou castanha
(hematoma de erupção);
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Tratamento e Prognóstico:
- Pode não ser necessário tratamento, pois normalmente rompe espontaneamente, permitindo a erupção do
dente;
- Uma simples excisão no revestimento cístico permite a erupção do dente.
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Cisto Periodontal Lateral!
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- Tipo incomum de cisto odontogênico;!
- Ocorre ao longo da superfície lateral da raiz de um dente;!
- Desenvolve-se a partir dos restos da lâmina dentária e representa a contraparte óssea do cisto gengival do
adulto;!
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Características clínicas e radiográficas:!
- Assintomático;!
- Frequente entre a quinta e sétima década de vida;!
- Ocorre principalmente na região de incisivo lateral, canino e pré-molar inferior. Na maxila também acomete
a mesma região;!
- Radiograficamente é radiolúcido bem circunscrita, localizado lateralmente à uma raiz de um dente com
vitalidade;!
- Quando se apresenta multilocular é chamado de cisto botrióide (semelhante a cacho de uvas);!
- Essas multiloculações possivelmente são o resultado da degeneração cística e fusão dos restos da lâmina
dentária;!
- As características radiográficas isoladas não são capazes de fechar o diagnóstico;!
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Tratamento e Prognóstico:!
- Enucleação conservadora;!
- Recorrência é incomum;!
- Carcinoma de células escamosas pode se desenvolver de um cisto periodontal lateral (muito raro); !
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Cisto Gengival do Adulto    
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- Lesão incomum;!
- Considerado o cisto periodontal lateral nos tecidos moles;!
- Derivados dos restos da lâmina dentária (restos de Serres);!
- O diagnóstico desta lesão está restrita as mesmas características histopatológicas do cisto periodontal
lateral;!
- Pode se desenvolver em áreas de enxertos gengivais, entretanto, tais lesões provavelmente são cistos
de inclusão epitelial;!
!
Características clínicas:!
- Ocorre com maior frequência em áreas de canino e pré-molares inferiores;!
- Entre a quinta e sexta década de vida;!
- Quase sempre na mucosa alveolar ou gengival vestibulares;!
- Na maxila, ocorrem com maior frequência na região de incisivo, canino e pré-molar;!
- Manifesta-se como uma tumefação indolor semelhante a uma cúpula, frequentemente com menos de
0,5cm de diâmetro, embora raramente possam ser maiores;!
- Coloração azulada ou azul-acinzentado;!
- Pode causar reabsorção em taça do osso alveolar (não aparece na radiografia, mas pode ser percebida na
hora da cirurgia);!
- Se houver perda óssea maior, deve ser considerado um cisto periodontal lateral que rompeu a cortical
óssea do que um cisto gengival que tenha se originado na mucosa;!
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Tratamento e Prognóstico:!
- Excisão cirúrgica;!
- Prognóstico excelente.!
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Cisto Odontogênico Calcificante    

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- Lesão incomum;!
- Comportamento clínico variável;!
- Alguns parecem ser cistos e outros parecem ser neoplasias;!
- Pode estar associado a outros tumores odontogênicos (odontoma mais comum);!
- OMS considera como tumor;!
!
Características clínicas e radiográficas:!
- Mesma frequência na maxila e mandíbula;!
- Ocorre principalmente na região de incisivos e caninos;!
- Atinge desde a infância até a faixa etária mais avançada (média de idade é de 33 anos);!
- Quando associados a odontomas tendem a acometer pacientes mais jovens;!
- As variantes neoplásicas (raras) parecem acometer pacientes mais idosos;!
- Geralmente são uniloculares, radiolúcidos, bem definidos (ocasionalmente pode ser multilocular);!
- Estruturas raiopacas semelhantes a dentes, estão presentes de 2/3 a metade dos casos;!
- 1/3 dos casos está associado a dente incluso, geralmente canino;!
- A reabsorção radicular ou a divergência dos dentes adjacentes podem ocorrer;!
!

!-! !
Quando ocorre perifericamente é uma massa gengival séssil ou pedunculada sem aspectos clínicos
distintos. Pode se assemelhar com um fibroma gengival, cisto gengival ou granuloma periférico de células
gigantes;!
Tratamento e Prognóstico:!
- Prognóstico bom;!
- Recorrência rara;!
- A variante neoplásica periférica tem o mesmo prognóstico do ameloblastoma periférico, com recorrência rara;!
- Quando associado a algum tumor odontogênico o prognóstico é o mesmo do tumor associado;!
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Cisto Odontogênico Glandular
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- Raro;!
- Recentemente reconhecido;!
- Comportamento agressivo;!
- Apresenta características do epitélio odontogênico e do glandular ou salivar (pluripotencialidade do epitélio
odontogênico);!
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Características clínicas e radiográficas:!
- Mais comumente em adultos de meia-idade com média de 49 anos;!
- Ocorre principalmente na mandíbula. Tem maior predileção para região anterior dos maxilares, e muitas
lesões mandibulares cruzam a linha média;!
- Pequenos cistos são assintomáticos, porém cistos grandes estão associados com expansão óssea, dor e
parestesia;!
- Radiograficamente podem ser radiolúcidos uniloculares, porém com maior frequência são multiloculares.
As margens são bem definidas, com uma borda esclerótica radiopaca.!
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Tratamento e Prognóstico:!
- Enucleação e curetagem;!
- Propenção a recorrência;!
- Devido a sua agressividade e recorrência alguns autores preconizam a ressecção em bloco.!
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Cisto da Bifurcação Vestibular  
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- Cisto inflamatório incomum;!
- Desenvolve-se na face vestibular do primeiro molar permanente inferior;!
- Patogênese incerta. A mais aceita é a de que quando o dente está em erupção ocorre uma reação
inflamatória pode ocorrer em torno do tecido folicular, estimulando a formação do cisto;!
- Algumas destas lesões são associadas com dentes que possuem extensão vestibular do esmalte para a
região da bifurcação (formação de bolsa periodontal);!
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Características clínicas e radiográficas:!
- Atinge mais crianças de 5 a 11 anos de idade;!
- Sensibilidade na face vestibular do primeiro molar inferior, que pode estar em processo de erupção;!
- Tumefação e saída de líquido com gosto de podre;!
- Sondagem revela formação de bolsa;!
- Aproximadamente 1/3 apresentam acometimento bilateral;!
- Radiograficamente apresenta-se radiolúcido, unilocular e bem circunscrito na região de furca e a raiz do
dente envolvido;!
- Uma radiografia oclusal é mais indicada para demonstrar a localização vestibular do cisto (ápice radicular
do molar aponta para a cortical lingual);!
- Muitos casos são associados com periostite proliferativa do córtex vestibular, caracterizada por uma ou
mais camadas de formação óssea reacional;!
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Tratamento e Prognóstico:!
- Enucleação;!
- Exodontia do dente é desnecessária;!
- Após um ano ocorre cicatrização óssea e regressão da bolsa periodontal;!
- Alguns preferem o tratamento não cirúrgico com irrigação diária com solução salina e peróxido de
hidrogênio.!
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Cisto Periapical
- Inflamatório;!
- A resposta inflamatória aumenta a produção de fatores de crescimento de ceratinócitos pelas células do
estroma periodontal, levando a proliferação do epitélio sadio da região (restos epiteliais de Malassez);!
- Lesão comum;!
- Cápsula de tecido conjuntivo fibroso revestido por epitélio com lúmen contendo líquido e resto celular;!
- A medida que o epitélio descama aumenta o conteúdo de proteína, fazendo com que ocorra a entrada de
líquido para o interior do cisto para controlar a pressão osmótica, e ocorre um crescimento lento;!
- Apresenta crescimento lento e não alcança tamanho grande;!
- Cisto radicular lateral: Mesma origem do periapical, porém a fonte da inflamação pode ser uma doença
periodontal ou necrose pulpar com extensão através do forame lateral;!
- Cisto periaícal residual: Originado de tecido periapical que não foi curetado no momento da exodontia;!
- Com o tempo muito destes cistos regridem e pode acontecer resolução espontânea com a ausência do
estímulo inflamatório;!
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Características clínicas e radiográficas:!
- Cisto periapical:!
- Não apresenta sintoma, a não ser em casos de exacerbação aguda da inflamção;!
- Se o cisto tiver tamanho grande pode ocorrer tumefação e sensibilidade leve;!
- Pode ocorre mobilidade e deslocamento de dentes adjacentes;!
- O dente acometido não responde ao teste de vitalidade pulpar;!
- Radiolucidez periapical arredondada;!
- Perda da lâmina dura dos dentes adjacentes;!
- Reabsorção radicular é comum;!
- Também envolvem dentes decíduos, principalmente nos molares;!
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- Cisto radicular lateral:!
- Radiolucidez discreta ao longo da porção lateral da raiz;!
- Avaliar condição periodontal e de vitalidade pulpar;!
- Cisto periapical residual:!
- Radiolúcido; circular e de tamanho variável no interior do processo alveolar no sítio de uma extração
prévia!
- - Com o envelhecimento da lesão, a degeneração celular leva a calcificação distrófica e a radiopacidade
luminal central;!
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Cisto Residual!
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Tratamento e Prognóstico:!
- Endodontia ou exodontia;!
- Em lesões extensas de dentes restauráveis pode haver a combinação de tratamento endodôntico e
marsupialização;!
- Acompanhamento de 1 a 2 anos;!
- Se a lesão não regredir, poderá ser feito o retratamento endodôntico;!
- Lesões maiores que 2cm e associadas a dentes nos quais não é viável o tratamento endodôntico
convencional, devem ser tratadas com cirurgia periapical;!
- A biópsia é indicada para descartar a presença de outra patologia;!
- Todos os cistos devem ser removidos cirurgicamente;!
- Os cistos inflamatórios não recidivam após tratamento adequado;!
- Em casos raros houve a transformação maligna, por isso a importância de tratar os cistos, mesmo que
assintomáticos.!
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Estomatologia e Patologia Bucal
Aula 7 - Tumores Odontogênicos
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Revisão da Odontogênese:!
- Invaginação!
- Estágio de Capuz!
- Estágio de Campânula!
- Estágio tardio de Campânula!
- Tumores Odontogênicos vão ter características proliferativas!
- Odontogênese termina quando os ápices dos terceiros molares se fecham!
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Estágios finais da Odontogênese:!
- Formação da coroa e remanescentes da !
- Pré-erupção completa, formação dentária...!
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Tumores Odontogênicos:!
- Epiteliais!
- Tecido conjuntivo: origem ectomesenquimal !
- Mistos: tanto crescimento de células ectodermicas quanto ectomesenquimal!
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Epiteliais:!
- Ameloblastoma!
- Odontogênico Epitelial Calcificante!
- Cisto Odontogênico Calcificante!
- Tumor Odontogênico Ceratocístico (Ceratocisto Odontogênico)!
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Ameloblastoma!
Neoplasia localmente agressiva do epitélio odontogênico que possui um amplo espectro de padrões histológicos que
lembram o início da odontogênese.!
- Remanescentes da lâmina dentária (restos de Serres)!
- Epitélio reduzido do esmalte!
- Restos de Malassez!
- Células da camada basal do epitélio superficial!
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Subtipos clínicos:!

Comum (multicístico)!
- Simples ou folicular!
- Mais prevalente!
- maiores de 25 anos!
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Unicístico!
- Aspecto radiográfico unilocular!
- Jovens (16 a 20 anos)!
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Periférico!
-
! Extraósseo !

Multicístico!
Aspectos clínicos:!
- deformidade facial (expansão cortical crescimento lento)!
- mandíbula mais comum (75%)!
- 20 a 40 anos !
Aspectos radiográficos!
- multiloculação (bolhas de sabão)!
- reabsorção dentária (corte de faca) e/ou deslocamento!
Histopatologia!
- Polarização reversa!
- Padrões mais comuns: folicular e plexiforme!
- Padrão raro: células basais!
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Tratamento: remoção cirúrgica!

Ameloblastoma Unicístico

Legenda: Ameloblastoma Unicístico/Encapsulado!


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Aspectos clínicos:!
- Pacientes jovens (16 a 20 anos)!
- Mais frequente em mandíbula (região posterior) do que em maxila !
- Frequentemente assintomático independente do tamanho!
- Pode ser associado a um Cisto Dentígero!
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Aspectos radiográficos!
- Unilocular, bem delimitado!
- Reabsorção dentária (corte de faca) e/ou deslocamento!
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Histopatologia!
- Ameloblastoma unicistico luminal!
- Ameloblastoma unicístico intraluminal!
- Ameloblastoma unicístico mural (cápsula)!
- Ameloblastoma unicístico plexiforme!
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Tratamento!
- Remoção cirúrgica, menor reinscindiva que o multicistico!
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Histopatologia!
- Ameloblastoma unicistico luminal: camada basal de células colunares ou cúbicas hipercromaticas,
polaridade reversa!
- Ameloblastoma unicistico intraluminal: nódulo tumoral se projeta no lúmen!
- Ameloblastoma unicistico mural: a parede fibrosa da cápsula está infiltrada por Ameloblastoma típico
folicular ou plexiforme !
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Tratamento!
- Remoção cirúrgica, menor taxa de recidiva que o multicistico!
- Acompanhar o paciente clinicamente e radiograficamente!
!
Ameloblastoma Periférico  

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Aspectos clínicos:!
Legenda: Lesão Extra-óssea em região de trigono-retro molar.!

- Raro!
- Restos da lâmina dentária sob a mucosa oral!
- Nódulo firme na gengiva de tamanho de 0,5 a 2,0cm, mucosa com aspecto normal!
- Idade média de 52 anos!
!
Aspectos radiográficos:!
- Lesão extraóssea as imagens são raras!
- Pode mostrar saucerização (espécie de erosão do osso superficial acomodando) superficial na lâmina cortical!
!
Histopatologia!
- Ilhas e cordões de epitélio odontogênico, geralmente lembrando o padrão folicular do ameloblastoma comum intra-

! ósseo!

Tratamento!
- Remoção cirúrgica!
!
Tumor Odontogênico Epitelial Calcificante

! Legenda: Tumor odontogênico epitelial calcificante periférico!

Neoplasia que consiste em cordões e padrões medulares de células escamosas e células claras, que geralmente são

!
acompanhadas de calcificações esféricas e depósitos hialinos corados por amilóide.!

Aspectos clínicos:!
- Tumor de Pindborg!
- Raro (menos de 1%)!
- Estrato intermediário do órgão de esmalte, remanescente da lâmina dentária!
- Mandíbula região posterior!
- Adultos (20 a 60 anos)!
- Molares e pré-molares!
- Massa de crescimento lento e indolor!
!
Aspectos radiográficos:!
- Radiomista, com áreas radiopacas arrendodadas ou difusas!
- Geralmente ocorre associado a um dente não irrompido!
!
Histopatologia!
- Células poliedricas com pontes intercelulares proeminentes. Podem apresentar pleomorfismo, multinucleacao e
nucléolos evidentes. Além de calcificações esféricas, depósitos eosinófilos homogêneo geralmente encontrados
dentro das camadas de células epiteliais (amiloide).!
Tratamento!
- Remoção cirúrgica!
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Cisto Odontogênico Calcificante  

Lesão cística ou sólida rara bem circunscrita derivada do Epitélio Odontogênico que microscopicamente
lembra o ameloblastoma, mas difere por conter células fantasmas e calcificações esféricas.!
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Aspectos clínicos:!
- Raro!
- Pode ocorrer em qualquer região oral!
- Adultos (20 a 60 anos)!
- Intra-ósseo ou extraísses!
- Dor ausente!
- Massa de crescimento indolor!
!
Aspectos radiográficos:!
- Radiotransparencia unilocular bem circunscrita contendo manchas radiopacas indistintas, em algumas
lesões pode notar um salpicado radiopaca na periferia e dentes localizadas mais centralmente.!
!
Histopatologia:!
- Cístico ou sólidos. Células epiteliais eosinofilicas bastante aumentadas (células fantasmas). Múltiplas
calcificações esféricas difusas dentro do epitélio. Epitélio ameloblastomatoso na região cística.!
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Tratamento:!
- Remoção cirúrgica!
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Tumor Odontogênico Ceratocístico  

Legenda: Lesão no Corpo da mandíbula afetando a área de pré-molares e molares.!


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Neoplasia cística benigna derivada de remanescente da lâmina dentária, com um revestimento
característico de 6 a 10 camadas de células de espessura, que apresenta uma camada nasal em paliçada e
superfície de parafernália corrugada.!
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Aspectos clínicos:!
- Região posterior do corpo é ramo da mandíbula!
- Ocorrem em uma ampla faixa etária!
- Lesões únicas ou múltiplas (Síndrome do carcinoma nevóide de células basais)!
- Geralmente são assintomáticas!
- Crescem em uma direção ântero-posterior!
!
Aspectos radiográficos: !
- Lesão radiofundida bem delimitada, com margens regulares ou festonadas!
- Dente impactado pode estar envolvido na lesão em 25% a 40% dos casos!
!
Histopatologia!
- Revestimento fino e uniforme de epitélio escamoso paraceratinizado!
- Camada em paliçada hipercromatica de células basais colunares ou cuboidais!
- Camada de paraceratina corrugada na superfície luminal!
- Interface epitélio-conjuntiva plana!
- Apresenta destacamento focal entre os tecidos!
- Cápsula delgada de tecido conjuntivo frouxo e sem inflamação!
- Lúmen cístico contém quantidade variável de paraceratina descamada!
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Tratamento!
- Remoção cirúrgica, marsupializacao para lesões muito grandes, recidiva (30% dos casos)!
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Tecido Conjutivo!
- Fibroma Odontogênico!
- Mixoma Odontogênico!
- Cementoblastoma!
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Fibroma Odontogênico  

Legenda: Fibroma Odontogênico Periférico!


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Neoplasma benigno periférico ou intra-ósseo (Central) derivado do tecido conjuntivo de origem
odontogênica contendo ilhas amplamente dispersas e cordões de epitélio odontogênico e calcificações. !
!
Periférico:!
- Mais comum!
- Semelhante a outros crescimentos focais da gengiva (com ou sem calcificação), deslocam dentes, lesões
grandes podem apresentar saucerização em RX!
!
Central:!
- Tumefações assintomáticas principalmente em mandíbula, radiotransparência não especifica unilocular é
bem circunscrita em alguns e multilocular em outros.!
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Histológico:!
- Presença de fibroblastos, ilhas do epitélio odontogênico, colágeno denso!
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Mixoma Odontogênico  

Lesão intra-óssea agressiva derivada do tecido conjuntivo embriogênico associado à odontogênese que
consiste primariamente em uma substância fundamental mucoide com células mesenquimais fusiformes
indiferenciadas é amplamente dispersas.!
!
Aspectos clínicos:!
- Incomum!
- Maxila = mandíbula!
- Tumefação indolor com crescimento lento que geralmente desloca dentes!
!
Aspectos radiográficos:!
- radiotransparência multilocular com aspecto de bolhas de sabão ou favo de mel, trabeculações grosseiras!
- sem reabsorção dentária!
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Histopatologia:!
- células fusiformes separadas em meio a uma substância fundamental mucoide e não fibrilar!
!
Tratamento:!
- remoção cirúrgica!
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Cementoblastoma  

Neoplasma benigno bem circunscrito de tecido semelhante a cemento que crescem em continuidade com a
camada cementaria apical de um molar ou pré-molar, o qual causa expansão das lâminas corticais e dor!
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Aspectos clínicos:!
- Incomum, 2 a 3 década de vida, molar e pré-molares, deposição de cemento ocorre no terço apical
radicular, dor, dentes vitais!
!
Aspectos radiográficos:!
-Uniloculares é bem delimitadas (radiopacas, radiolúcidas ou mista)!
!
Histopatologia!
- Deposição de matriz eosinofilica, nao mineralizada margeada por cementoblastos volumosos em
continuidade com a camada cementaria de uma raiz dentária.!
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Tratamento!
- Remoção cirúrgica!
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Mistos!
- Fibroma Ameloblástico!
- Odontoma!
- Fibra-odontoma Ameloblástico!
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Fibroma Ameloblástico  

Legenda: Tumefação em área gengival!


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Lesão circunscrita predominantemente localizado sobre molares não erupcionados em pacientes jovens; o
epitélio e o tecido conjuntivo recapitulam os estágios de capuz e de campanulada odontogênese.!
!
Aspectos clínicos:!
- Tumor histológico bifásico (componentes epiteliais e mesenquimais), jovens (média 14anos), crescimento
lento em região de molares, geralmente sobre um dente não erupcionados, assintomático!
!
Aspectos radiográficos:!
-Radiotransparencias uniloculares ou multiloculares bem corticais e variam de tamanho!
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Histopatologia:!
- Epitelial: finos cordões de epitélio Odontogênico que lembram a lâmina dentária!
- Conjuntivo: conjuntivo odontogenico contendo fibroblastos amplamente separados e orientados ao acaso!
- Cordões do epitélio odontogenico, tecido conjuntivo embriogênico!
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Tratamento!
- remoção cirúrgica!
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Odontoma  

Lesão hamartomatosa comumente encontrada sobre um dente não erupcionados contendo esmalte,
dentina, polpa e cemento, em forma de dentículos (composto) ou como uma massa sólida e retorcida
(complexo).!
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- Pode ser composto ou complexo!
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Tratamento!
- Remoção cirúrgica!
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ESTOMATOLOGIA E PATOLOGIA BUCAL
Aula 8: Cistos Não Odontogênicos e
Pseudocistos
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Origem dos Epitélios: Restos Epiteliais de Fusão/Formação da Face!
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Pseudocisto:!
- Cavidade não revestida por Epitélio !
- Cavidades preenchidas por ar, sangue, queratina.!
* Cisto do Ducto Nasopalatino!
* Cisto Ósseo Aneurismático!
* Cisto osseo simples - traumático!
* Cisto Ósseo de Stafne!
* Cisto Nasolabial!
* Cisto Epidermioide/Dermoide!
* Cisto do Ducto Tireoglosso/Cisto linfoepitelial (muito raros)!
!
Cisto Intraósseo
!
Cisto Do Ducto Nasopalatino

Legenda: Tumefação flutuante na região anterior do palato.!


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Definição: Cisto do desenvolvimento intraósseo, localizado na linha
média da região anterior do palato, derivado de ilhas de epitélio que se
tornam remanescentes após o fechamento do ducto nasopalatino
embrinonário.!
!
*Não é a inflamação que irá originar o desenvolvimento desse tipo de
cisto.!
Características: !
-Ocorre entre a quarta e a sexta década de vida!
-Predileção pelo gênero masculino!
-Raramente, causa reabsorção radicular - leve afastamento/divergência
das raízes.!
-Clinicamente: Tumefação da região anterior do palato!
- Radiograficamente: Cisto amoroso (Sobreposição da espinha nasal - forma de um coração), Margem
mais esclerótica, delimitando melhor a característica desse cisto. !
* Geralmente é assintomático!
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Paciente Desdentados: Má adaptação da prótese!
Pacientes Dentados: Não causa fortes transtornos ao paciente!
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Legenda: Revestimento cístico mostrando a transição entre o epitélio colunar pseudoestratificado para
Epitélio Escamoso Estratificado.!
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Caracterísicas Histopatológicas:Ser composto por vários tipos de epitélio. !
- Variedade de Epitélio na mesma lesão!
* Epitélio Escamoso estratificado (3/4 de todos os cistos)!
* Epitélio Pseudo-estratificado!
* Epitélio Colunar simples!
* Epitélio Cúbico simples!
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! Legenda: Revestimento epitelial cuboidal achatado.!
Presença na cápsula fibrosa do tecido conjuntivo: !
- Arteríolas!
- Facífulos nervosos (vindo do nervo incisivo)!
- Tecido Glandular!
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Legenda: Parede Cística exibindo vasos sanguíneos, feixes nervosos e glândulas salivares menores.!

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Pseudocistos
- Cavidade não revestida por epitélio !
- Cavidades preenchidas por ar, sangue, Queratina.!
- Qualquer coisa que leve a um distúrbio hematodinâmico poderá causar Pseudocistos.!
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Cisto Ósseo Aneurismático

Legenda: Grande lesão radio-lúcida envolve a maior parte do ramo ascendente em um garoto de 5 anos de
idade.!
!
Definição: Lesão incomum localizada primariamente na região posterior da mandíbula e da maxila, com
aspectos clínicos semelhantes aos da lesão de células gigantes, contém muitos espaços cheios de
sangue separados por um septo de tecido conjuntivo contendo quantidade variável de celulas gigante
multinucleadas.!
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Característica Clínica: Esponja encharcada de SANGUE!
!
* Etiologia e patogênese Incerta!
- Evento Traumático!
- Malformação vascular!
- Perturbação na hemodinâmica óssea!
* Pode ser uma lesão primária como também resultado de alteração na dinâmica vascular!
* Sem predileção por gênero.!
- Raro !
- Aumento volumétrico é muito rápido!
- Pico de incidência de 10 a 20 anos de idade!
- Comumente associado com outras lesões intra-ósseas!
- Neoplasias ósseas benignas!
- Displasia fibrosa!
- Lesão central de células gigantes!
- Hemangioma intra-ósseo!
- Região Posterior da mandíbula e se estende para o ramo. (na região de molares para trás)!
!
* Dor é frequentemente relatada!
* Possibilidade de perfurar a cortical óssea!
* Dentes geralmente sofrem movimentação!
* Reabsorção Radicular!
* Tratamento por meio de curetagem!
* Recorrem em 20% dos casos!
O dente poderá sofrer movimentação: Radicular e coronal. !
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!!
!!
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!!
!!
! !!
Legenda: Fotomicrografia mostrando um espaço preenchido por sangue circundado por tecido conjuntivo
fibroblástico. Células gigantes muntinucleadas dispersas são vistas adjacentes ao espaço vascular.!
!
Característica Histológica: várias cavidades não envolvidas por epitélio, trabeculado ósseo e focos
hemorrágicos(hemácias), Células gigantes multinucleadas (Responsáveis pela reabsorção radicular).!
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Cisto Ósseo Simples - Traumático
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Legenda Imagem 1: Radiografia panorâmica mostrando um grande cisto ósseo simples multilocular na
mandíbula.!
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Legenda Imagem 2: Radiografia panorâmica mostrando um grande cisto ósseo simples na mandíbula. O
festonamento entre às raízes dos dentes na região superior do cisto é altamente sugestivo, mas não é
diagnóstico de cisto ósseo simples.!
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Definição: Cavidade intra-óssea vazia e assintomática, em pacientes jovens, localizada principalmente na
mandíbula e revestida por um delgado Tecido Conjuntivo Frouxo.!
!
* Injúrias traumáticas!
-Falha na resolução ou a lise da hemorragia intramedular!
-Ocorre em região de PM e M da mandíbula!
-Predileção por homens!
-As lesões ocorrem abaixo dos 20 anos de idade!
-Assintomático!
-Dentes Vitais!
-Não apresentam reabsorção radicular!
!
Legenda Imagem 3: Radiografia periapical mostrando uma área radiolúcida
na região apical da mandíbula anterior. Os dentes incisivos responderam
normalmente ao teste de vitalidade e nenhuma restauração estava presente.!
!


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!!
!
Legenda: Fotomicrografia da parede
óssea de um cisto osseo simples. Uma
fina membrana de tecido conjuntivo
vascular está adjacente ao osso e não é
identificado revestimento epitelial.!
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Legenda: Tecido Conjuntivo frouxo
vascular exibindo áreas de calcificação
basofílica na parede de um cisto ósseo
simples.!
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Defeito de Stafne (Cisto Ósseo de Stafne)

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Legenda: Superfície lingual da mandíbula exibindo defeito cortical anterior causado pela glândula
sublingual.!
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!
-Achado radiográfico descrito por Stafne em 1942!
-Assintomático!
-Lesões Radiolúcidas próximo ao ângulo da
mandíbula, abaixo do canal mandibular!
-Defeito no desenvolvimento que possui uma
porção da glândula submandibular (histológico)!
-Todas as glândulas salivares maiores podem
causar concavidades na mandíbula!
-Predileção pelo gênero masculino!
-Pacientes de meia-idade e idosos (alteração que
se dá ao longo da vida)!
-Tamanho estável!
-Biópsia geralmente não se faz necessária!

! !!
Legenda: Lesão Radiolúcida na região posterior da mandíbula, abaixo do canal mandibular!
!
Histopatológico!
- Tecido de glândula normal!
- Tecido ósseo normal!
- Pode conter músculos, vasos sanguíneos, gordura, tecido conjuntivo ou linfóide.!
!
* Geralmente não irá aumentar de tamanho.!
!
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!!
Legenda: Lesão radiolúcida anterior da mandíbula associada à glândula sublingual.!
!
!
!
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Cisto Nasolabial

Legenda:!
Imagem 1 - Aumento no lado esquerdo do lábio superior com elevação na asa do nariz!
Imagem 2 - Tumefação intraoral apagando o fundo deo vestíbulo.!
!
Definição: Cisto do desenvolvimento dos tecidos moles da prega mucobucal anterior abaixo da asa do
nariz que, provavelmente, se deriva de remanescentes da porcão anterior e inferior do ducto
nasolacrimal.!
!
Características:!
- Aumento volumétrico do lábio superior lateral à linha média!
- Elevação da asa do nariz!
- Apagamento do fundo de vestíbulo!
- Assintomático!
- Comuns entre a quarta e quinta década de vida!
- Predileção por mulheres!
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Legenda: Revestimento Epitelial
pseudoestratificado colunar.!
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Cisto Epidermoide e Cisto Dermoide
!
Cisto Epidermoide!
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!
Legenda: Nódulo flutuante na parte lateral da
sobrancelha!
!
Definição: Cisto cutâneo com lúmen revestido
por epitélio escamoso estratificado ceratinizado,
usualmente preenchido por ceratina e sem
anexos cutâneos em sua cápsula.!
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! Legenda: Recém-nascido com uma massa no
lábio superior.!
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!! !!
!

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Cisto Dermoide!
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!
Legenda: Tumefação Flutuante na linha média
do soalho bucal.!
!
Definição: Cisto localizado na linha média da
região superior do pescoço ou anterior do
assoalho da boca em pacientes jovens,
derivado de remanescentes cutâneos
embrionários, que consiste em lúmen revestido
p o r e p i t é l i o e s c a m o s o e s t r a t i fi c a d o
ortoceratinizado em contém um ou mais
anexos cutâneos como folículo piloso, glândulas
sudoríparas e sebáceas.!

!! !
!!
!
Legenda: Limite epitelial escamoso (topo), com folículo piloso (F)
e glândulas sebáceas (S) na parede cística.!
!!
Características:!
-Não há predileção por gênero!
-Assintomático!
-Tumefação Indolor !
-Consistência pastosa a palpação!
-Podem interferir na alimentação e fala!
!
-Recorrência é incomum!

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Cisto do Ducto Tireoglosso/Cisto Linfoepitelial
Cisto do Ducto Tireoglosso!
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Definição: Cisto localizado acima da glândula
tireóide e abaixo da base da língua com lúmen,
revestido por uma mistura de tipos de
diferentes células epiteliais derivados de
remanescentes do trato tireoglosso
embrionário e, frequentemente, contendo
Tecido Tireoidiano na cápsula.!
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Características:!
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- Ocorre principalmente em crianças e adultos jovens!
- Móvel a palpação!
- Assintomático!
- Crescimento Lento!
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Cisto Linfoepitelial Oral!

!
Definição: Cisto com lúmen revestido por epitélio escamoso estratificado ceratinizado e uma cápsula
contendo diversos folículos linfoides normais e denso acúmulo de linfócitos normais.!
!
Localizacão Bucal: Assoalho de boca, borda lateral de língua, Palato Mole e Pilar Amidgaliano!
!
Características:!
- Lesão rara da cavidade oral!
- Encontrado em região anterior de soalho de boca e na região posterior da borda lateral de língua!
- Assintomático!
- Coloração variando do AMARELADO ao ACASTANHADO!
- Palpação pode ser firme ou mole!
- Mucosa de revestimento íntegra!
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Estomatologia e Patologia Bucal
Aula 9 - Tumores não odontogênicos
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TUMORES NÃO ODONTOGÊNICOS

OSTEOMA (SÍNDROME DE GARDNER) DISPLASIA CEMENTO-ÓSSEA PERIAPICAL,


FOCAL E FLORIDA

CONDROMA FIBROMA OSSIFICANTE CENTRAL

HISTOCITOSE DE CÉLULAS DE LANGERHANS OSTEOSSARCOMA

LESÃO CENTRAL DE CÉLULAS GIGANTES CONDROSSARCOMA


!
! Osteoma (Síndrome de Gardner)
Crescimento nodular de osso cortical sobre ou dentro da mandíbula ou da maxila em localizações diferentes
daquelas ocupadas pelos toros e pelas exostoses.!
!!
Exostose!
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!!
!!
!

!!
!
* Mais prevalente em Adultos!
* Assintomático!
* Comumente encontradas no osso cortical
vestibular!
* Áreas de Pré-molares e Molares!
Ex: Tórus Palatino e Tórus Mandibular!
!!
!!
!!
!!
!
!!
Tórus Palatino!
!!
!!
!
*Linha média do palato duro!
*Assintomático!
*Predileção Feminina!
*Biópsia raramente é necessária, salvo algumas
exceções !
Pode ser: Lobulado, alongado, plano,
completamente nodular(Aspecto de cúpula) !
!!
!!
!!
Tórus Mandibular!
!
!!
!!
*Superfície Lingual da mandíbula!
*Multifatorial!
*Região de caninos e pré-molares!
*Bilaterais (90% dos casos) !
*Predileção Masculina!
!!
!!
!!
!
!

!
! Osteomas: Vão se desenvolver em locais incomuns a essas Exostoses.!

* Neoplasias Benignas compostas de osso maduro compacto ou esponjoso!


* Esqueleto craniofacial!
* Aumento de volume Séssil ou Poplipoide (Perosteal ou Osteoma exofítico)!
* Localizados no osso medular (Endosteal ou Osteoma central): Desenvolvimento intra-ósseo!
* Lesões Assintomáticas!
* Corpo mandibular ou condido!
- Desvio de linha média, problemas oclusais como o trismo, paciente não conseguirá abrir a boca, desvio
do lado oposto do desenvolvimento do Osteoma.!
- Pode ocorrrer em qualquer idade!
- Pode ser solitário ou múltiplo (Síndrome de Gardner)!
- Não há predileção por gênero!
- Quando localizado em côndilo mandibular pode gerar um desvio progressivamente lento na oclusão do
Paciente!
- Aspecto Radiográfico de algodãozinho !
- Medula óssea bem reduzida!
!
!! Síndrome de Gardner!
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Apresenta alterações PRINCIPALMENTE em intestinos, Tendência maior ao desenvolver pólipos intestinais,
pequenos nódulos no intestino. Apresenta uma tendência a malignização dos Pólipos, por conta da mutação
do gene supressor de tumor, causando assim câncer no intestino. !
* Desordem rara!
*Pólipos Intestinais!
*Múltiplos Osteomas!
*Mandíbula!
*Dentes Supranumerários!
!!
Características que irão indicar diagnóstico:!
*Dentes Extra-numerários!
*Osteoma!
*Lipoma!
!
*Osteoma!
!
!
!
!
!
Condroma
!



Legenda: Fotomicrografia de um dos muitos nódulos removidos no momento da sinovectomia. A cartila-
gem mostra algum grau de atipica e em um quadro clínico diferente esta histopatologia poderia ser
interpretada como representativa de um condrossarcoma de baixo grau.!
!
* Muito raro, ter cuidado ao diagnosticar para não confundir com um Condrosarcoma de baixo grau!
* Neoplasias benignas compostas por cartilagem hialina!
* Comumente encontrados nos ossos curtos (falanges) das mãos e dos pés!
* Raro em ossos gnáticos!
* Ocorrem entre a terceira e quarta décadas de vida!
* Côndilos e maxila anterior!
* Assintomático, lento!
Crescimento Lento!
!
*

Características Histopatológicas:!
- Cartilagem Hialina!
- Condrócitos pequenos dentro das lacunas!
- Núcleo arredondado e pequeno!
- Citoplasma claro!
- Tratamento: Remoção cirúrgica total da lesão!
!
Histocitose de células de Langerhans



Legenda: Fotografia clí- nica da mesma paciente mostrada na Fig. 13-20. A lesão perfurou o osso e
produziu este aumento de volume no tecido mole.!

* Os ossos gnáticos são afetados em 10% a 20% de todos os casos!


* Mandíbula é mais afetada que a maxila!
* Pacientes Jovens e crianças!
* Perda óssea alveolar prematura!
* Aparência radiográfica de dentes flutuando no ar!
* Não apresenta predileção por gênero !
* Não é sempre assintomático!
* Poderá romper cortical óssea, Inflamação!
* Mobibidade óssea leve devido a perda de inserção óssea!
* Comumente confundido com o Emangioma !
!



Características Histopatológicas: Grande quantidade de Eosinófilos!
- Infiltração difusa de células mononucleares grandes!
- Núcleos vesículares, arredondados ou dentados!
- Presença de Eosinófilos de permeio as células que são semelhantes a histiócitos!
- Hemorragia !
- Presença de Linfócitos, Plasmócitos e células gigantes multinucleadas!
!


Legenda: Perda óssea severa na região de molares mandibulares que lembra periodontite avançada.!



Legenda: Radiografia periapical mostrando notável perda óssea envolvendo os dentes mandibulares de
uma jovem, resultando em aparência de dentes “flutuando no ar”.!
!
!
!
!
!
Lesão Central de Células Gigantes



Legenda: Granuloma central de células gigantes. A, Um aumento de volume púrpuro-azulado está
presente na crista alveolar anterior deste garoto de 4 anos de idade. B, A radiografia oclusal mostra uma
lesão radiolúcida com expansão da cortical.!

* Predileção por mulheres!


* Mandíbula anterior e geralmente cruzam a linha média (Característica de Cisto Odontogênico
Glândular) !
* Assintomático!
* Lesões únicas!
!
Importância clínica: Pacientes que apresentam lesão central de células gigante, quando se tem o
diagnóstico imediatamente deve-se pedir para o paciente realizar exames bioquímicos. !
* Túmor Marrom, Paratireóide.!
!

!
Legenda: Numerosas células gigantes multinucleadas em um fundo de células mesenqui- mais
arredondadas em proliferação. Note o extenso extravasamento de hemácias.!
!
Histopatológico: Grande quantidade de células gigantes multinucleadas, tecido conjuntivo vascularizado e
celularizado, presença de trabéculas ósseas normais, quadros hemorrágicos associados, levando a
pigmentação por hemossiderina.!
!
Pode ter dois tipos de comportamento: !
* Agressivo!
- Dor!
- Parestesia!
- Rompimento da cortical!
- Recidivas variam de 11% a 50%!
- Tratamento: Curetagem!
!
Exames Bioquímicos:!
- Normais para dosagem de fósforo, cálcio e PTH!
- Tumor Marrom do Hiperparatireoidismo!
- Dosagem de Fósforo: Diminuição (Hipofosfatasia)!
- Dosagem de Cálcio: Aumento (Hipercalcemia)!
- Dosagem de fosfatase Alcalina: Aumento!
- Dosagem do Paratormônio (PTH): Aumento!
- Diagnóstico: Tumor Marrom do Hiperparatireoidismo!
!



Legenda: Radiografia panorâmica mostrando uma lesão radiolúcida na região anterior da mandíbula.!
!



Legenda: A radiografia periapical mostra uma área radiolúcida envolvendo o ápice de um dente tratado
endodonticamente. Isto foi considerado pré-opera- toriamente como representando um granuloma periapical
ou um cisto periapical.!
!
!
!
Displasia Cemento-Óssea Periapical



Legenda: Displasia cemento-óssea periapical. Radiografia periapical mostrando múltiplas lesões
radiolúcidas nos ápices dos dentes ântero-inferiores. !
!
* É efetiva apenas em um único sítio de envolvimento!
* Média de idade: 38 anos!
* Mandíbula: Região Posterior!
* Assintomática!
!
* Diâmetro menor que 1,5 cm!
Aspecto Radiográfico:!
- Padrão Misto!
- Bem delimitado!
- Margens discretamente irregulares!
! Região periapical anterior da mandíbula!
*
* Mulheres negras!
* Diagnóstico entre 30 a 50 anos!
Dentes envolvido VITAIS!
!
*

 

Imagem 1/Imagem 2!
!
Legenda Imagens 1 e 2: Lesões em estágio tardio exibindo mineralização significativa.!
!
!
!!
Fibroma Ossificante Central



Legenda: Fibroma ossificante. A, Aumento da maxila posterior causado por um grande fibroma
ossificante. B, Note a mistura de lesão radiolúcida e radiopaca expandindo a maxila posterior.!
!



Legenda: Visão microscópica do espécime mostrando um tumor bem-cirscunscrito que foi removido em
uma única peça.!



Legenda: Fotomicrografia de maior aumen- to mostrando uma mistura de osso imaturo e material
semelhante a cemento. Note as pequenas estruturas arredondadas demonstrando bordas periféricas em
escova (seta).!
!
- 3ª e 4ª décadas de vida!
- mulheres!
- região posterior da mandíbula!
- lesão bem delimitada, encapsulada!
- radiolúcida, mista ou radiopaca!
- osso e material cementoide!
- divergência ou reabsorção radicular!
!



Legenda: Esta fotomicrografia de menor aumento mostra um aumento de volume tumoral sólido bem-
circunscrito. Trabéculas ósseas e glóbulos de material semelhante a cemento podem ser vistos em um
fundo de tecido conjuntivo fibroso.!
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Osteossarcoma



Legenda: Lesão radiolúcida mal definida na mandíbula posterior contendo focos radiopacos.!
!
* Crianças!
- lesão maligna de células mesenquimais!
- origem óssea!
- ampla variedade etária!
- ocorrem mais frequentemente na 3ª e 4ª década de vida!
- maxila = mandíbula!
- aumento volumétrico e presença de dor!
- alargamento simétrico do espaço do ligamento periodontal (RX)!
!
Radiograficamente: apresenta aparência de raios de sol.!
!

!
Legenda: Este condrossarcoma de grau II mostra uma variação no tamanho dos núcleos do condrócito.
Células binucleadas ocasionais são vistas nas lacunas.!
!
Histopatológico: tecido conjuntivo escasso, presença de trabeculado ósseo, osteócito com
cromatina condensada, células de pleomorfismo intenso.!
!!
!
!
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Condrossarcoma
!
- Neoplasia maligna caracterizada pela formação de cartilagem pelas células neoplásicas!
- pico de prevalência na 6ª e 7ª décadas de vida!
- não há predileção por gênero!
- maxila e seio maxilar!
- aumento volumétrico indolor!
- lesão radiolúcida com limites pouco definidos!
- cartilagem pode vir provavelmente de vestígios embrionários!
!!
Histologicamente: graus variáveis de maturação e celularidade, grupos lobulares de células
neoplásicas malignas separadas por finos septos de tecido conjuntivo fibroso, células periféricas
arredondadas ou fusiformes, graus variáveis de mitoses.!
!
Radiograficamente: aspecto mal definido, irregular, sem conseguir perceber a delimitação da
lesão.!
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ESTOMATOLOGIA E PATOLOGIA BUCAL
Aula 10 - TUMORES DE TECIDO MOLE
!
Hiperplasia fibrosa inflamatória - EPÚLIDE FISSURADA



Epúlide fissurada. Pregas de tecido hiperplásico no vestíbulo maxilar anterior.!

- hiperplasia de tecido conjuntivo fibroso!


- próteses mal adaptadas!
- predileção por mulheres!
- coloração variada!
- consistência firme!
!



Epúlide fissurada. Pregas redundantes de tecido originárias do soalho bucal, associadas a uma prótese
mandibular.!

- prótese removível mal adaptada!


- má higiene da prótese!
- possível participação da cândida albicans!
- respiradores bucais!
- palato duro!
!!
!



Epúlide fissurada. Fotomicrografia em pequeno aumento demonstrando pregas de tecido conjuntivo
fibrovascular hi- perplásico, revestidas por epitélio escamoso estratificado.!

Fibroma traumático
!



Fibroma. Paciente negro com um nódulo de superfície lisa e pigmentada na mucosa jugal, próximo à
comissura labial.!

Tecido conjuntivo fibroso!


- mucosa jugal e labial, língua e gengiva!
- nódulo de superfície lisa!
- coloração normal a róseo pálido!
- assintomático!
- predileção por mulheres!
!!
!!



Fibroma. Visão em pequeno aumento exibindo um aumento de volume nodular exofítico de tecido
conjuntivo fibroso denso.!

Granuloma piogênes



Granuloma piogênico. Aumento de volume lobulado e ulcerado no dorso da língua.!

- lesão reacional, muito vascularizada, “pus”, porém o granuloma piogenes não produz pus!
- superfície lisa ou lobulada!
- presença de ulcera!
- coloração varia de rosa ao vermelho!
- sangrante!
- crescimento rápido!
- gengiva, lábio, língua, mucosa jugal!
!!
!!
!



Granuloma piogênico. Visão em grande aumento exi- bindo vasos sanguíneos capilares e inflamação
difusa.!
!
Granuloma piogênico. Visão em pequeno aumento exibindo um aumento de volume exofítico de tecido de
granulação, com superfície ulcerada. Note a proliferação endotelial lobular na região mais profunda do
tecido conjuntivo.!

!
Lesão periférica de células gigantes



Granuloma de células gigantes periférico. Aumento de volume ulcerado na gengiva mandibular.!

- lesão reacional !
- exclusivo de gengiva e rebordo alveolar!
- coloração vermelha a vermelha azulada!
!
!
Granuloma de células gigantes periférico. Aumento de volume nodular de coloração azul-arroxeada na
gengiva mandibular.!

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Fibroma ossificante periférico



Fibroma ossificante periférico. Aumento de volume avermelhado e ulcerado na gengiva maxilar. Tais
lesões ulceradas são facilmente confundidas com o granuloma piogênico.!

- lesão reacional!
- exclusivamente na gengiva (papila interdental)!
- pode ser uma evolução do granuloma piogênico!
- crescimento lento!
- coloração varia do vermelho ao rosa!
- adolescentes e adultos jovens!
!



Fibroma ossificante periférico. Aumento de volume de coloração rosa, não-ulcerado, que se origina da
gengiva maxilar. As raízes residuais do primeiro molar estão presentes.!

!
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!!
!!
!


Fibroma ossificante periférico. A, Aumento de volume fibroso não-ulcerado de gengiva, exibindo
formação de osso em sua porção central. B, Visão em maior aumento exibindo trabéculas ósseas
adjacentes ao tecido conjuntivo fibroso.!

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!!
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Neoplasias Benignas
!
Lipoma



Lipoma. Aumento de volume nodular de coloração amarelada e consistência mole no soalho bucal.!

- neoplasia benigna de tecido adiposo!


- incomum na cavidade oral!
- independente da gordura corpórea!
- podem ser solitários ou múltiplos!
- localização mais comum: mucosa jugal, língua, soalho bucal, lábios!
- são nódulos de consistência mole e superfície lisa!
!



Lipoma. Aumento de volume nodular na região posterior da mucosa jugal.!

!
!
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Lipoma. Visão em pequeno aumento de um tumor de língua mostrando um aumento de volume de tecido
adiposo maduro.!

!
Lipoma. Visão em grande aumento mostrando a similaridade das células tumorais com a gordura normal.!
Neurilemoma



Neurilemoma. Aumento de volume nodular no soalho bucal.!

- neoplasia neural benigna originada na célula de Schwam!


- incomum!
- encapsulado!
- crescimento lento!
- neurofibromatose tipo II (bilaterais do nervo vestíbulo-auditivo)!
- assintomático!
- mais comum em jovens e adultos de meia idade!
- língua, mandíbula (lesões intra-osseas)!
- remoção cirúrgica, recidiva incomum!
!
Aspectos Histológicos!
- apresenta 2 padrões microscópicos!
*Antoni A!
- feixes de células fusiformes em arranjos paliçadas!
- corpos de ... ???!
*Antoni B!
- menos celularizadas!
- menos organizado!
- células fusiformes aleatórias!
- estroma mixomatosa!
!


!
Neurilemoma. A, Visão em pequeno aumento mos- trando um tecido Antoni A bem organizado (à direita)
com tecido Antoni B mixoide e menos organizado adjacente (à esquerda). B, Cé- lulas de Schwann do
tecido Antoni A num arranjo em paliçada ao redor das zonas acelulares conhecidas como corpos de
Verocay.!
!
Neurofibroma/neurofibromatose
!
Neurofibroma!

!
Neurofibroma. Aumento de volume nodular na região anterior do ventre lingual.!

- neoplasia benigna de nervos periféricos !


- componentes da neurofibromatose!
- tumores solitários!
- adultos jovens!
- assintomáticos!
- consistência mole!
- língua e mucosa jugal!
- feixes entrelaçados de células fusiformes!
- núcleo ondulado!
- células associadas com delicados feixes colágenos!
!



Neurofibroma. Grande tumor envolvendo a gengiva maxilar e o palato duro!

!
Neurofibromatose
!



Neurofibromatose tipo I. Note a aparência intraoral do tumor maligno da bainha do nervo periférico no
vestíbulo bucal mandibular. A paciente veio a óbito devido a este tumor.!

- condição hereditária relativamente comum!


- gene responsável foi mapeado no cromossomo 17!
- existem pelo menos 3 tipos, sendo a do tipo I a mais comum!
- neurofibromas múltiplos!
- variação de pequenas papulas e nódulos grandes e moles!
- podem estar presentes ao nascimento!
- pigmentação café-com-leite na pele!
- sardas axilares (sinal de ???)!
- nódulos de ???!
- aumento das papilas fusiformes!
- radiograficamente: aumento do forame mandibular, densidade óssea aumentada!
!
Tratamento!
- não há tratamento específico!
- remoção estética (neurofibroma facial)!
- tumor maligno da bainha do nervo periférico!
! !
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Tumor de células granulares



Tumor odontogênico de células granulares. Lesão radiolúcida envolvendo a região periapical de dentes
superiores com tratamento endodôntico.!

- neoplasia benigna incomum!


- predileção pela cavidade oral!
- lingua (1/3 a metade de todos os casos) e mucosa jugal!
- comum entre a 4ª e a 6ª década de vida!
- mulheres (2:1)!
- lesão nodular séssil recoberto por mucosa intacta!
- lesões pequenas, menores que 2mm!
- assintomático!
- crescimento lento!
- coloração que pode variar do rosa ao amarelado!
- consistência firme ao toque!
- melanoderma!
- remoção cirúrgica, recidiva incomum!
- prognostico favorável, mas recomenda-se controles periódicos após tratamento!
!
Características Radiográficas!
Os pacientes com tumores odontogênicos de células granulares são todos adultos no momento do
diagnóstico, com mais da metade deles com idade superior a 40 anos. Mais de 70% dos casos se
desenvolveram em mulheres. O tumor ocorre primariamente na mandíbula e mais frequentemente na região
de molares e pré-molares. Algumas lesões são completamente assintomáticas; outras se apresentam como
uma expansão indolor localizada na região afetada. Alguns casos de tumor odontogênico de células
granulares também foram descritos nos tecidos moles gengivais.!

Radiograficamente, a lesão se apresenta como uma imagem radiolúcida bem demarcada, que pode ser uni
ou multilocular e ocasionalmente exibe pequenas calcificações!

!
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!!
!!
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Histopatológico!
- grandes células poligonais ou ovais com abundante citoplasma eosinofílico pálido e granular!
- núcleo pequeno!
- células organizadas em cordões e ninhos!
- não possui capsula!
- acantose ou hiperplasia pseudoepiteliomatosa!
!



Tumor odontogênico de células granulares. Lençóis de grandes células mesenquimais granulares com
pequenos ninhos de epitélio odontogênico.!

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Hemangioma



Hemangioma. Bebê com dois aumentos de volume nodulares vermelhos na região posterior do escalpo e
no pescoço (hemangioma em “morango”).!

- neoplasia benigna da infância!


- mulheres (3:1)!
- brancos!
- localização mais comum é a região de cabeça e pescoço!
- lesões isoladas!
- apresentam involução!
* diascopia (distender a mucosa) se mudar de cor, é de origem vascular!
!
Hemangioma Juvenil: células endoteliais imaturas!
Hemangioma capilar: vasos bem organizados!
!
Angiomatose de S??? – Weber!
- rasa!
- não hereditária !
- proliferação vascular harmartomatosa ??!
!


Hemangioma juvenil (celular). Visão em grande aumento mostrando uma proliferação endotelial altamente
celular formando ocasionais lumens vasculares indistintos.!

!
Hemangioma capilar. Fotomicrografia em grande aumento demonstrando vasos bem-formados com
tamanhos de capilares.!
Linfangioma



Linfangioma. Aparência pedregosa e semelhante a vesículas de um tumor na margem lateral direita da
língua.!

- cabeça e pescoço (30% a 75%)!


- desenvolve-se aos 2 nanos de idade!
- localizados nos 2/3 anteriores da língua – macroglossia!
- superfície irregular, lembrando vesículas!
- homens!
- pode ter comprometimento na deglutição, fala!
- material eosinofílico (amorfo)!
- parede de vaso delicado!
- sempre abaixo do epitélio!
!

!
Linfangioma. Lesão na região dorsal da língua exibindo coloração arroxeada, que pode ser causada por
hemorragia secundária ou por um componente hemangiomatoso associado.

Tratamento!
- excisão cirúrgica!
- tumores grandes em pescoço e língua podem causar obstrução das vias aéreas superiores.!
!!
!!
!
Linfangioma cavernoso. Lesão de língua mostrando vasos linfáticos dilatados abaixo do epitélio e na
profundidade do tecido conjuntivo.!

!
Linfangioma cavernoso. Fotomicrografia em grande aumento mostrando os vasos linfáticos dilatados
preenchidos por linfa imediatamente abaixo do epitélio de superfície atrófico.!

!
Neoplasias Malignas
- Devem ser feitas em remoção em “bloco”. Retiradas com margem de segurança, ou seja, mais
do que o tamanho visível da lesão. Esta é feita pelo cirurgião de cabeça e pescoço.!
!
Leiomiossarcoma



!
- neoplasia maligna que se origina de músculo liso (encontram-se em paredes de arteoríolas,
parede de vasos sanguíneos)!
- neoplasia maligna de músculo liso!
- representa 5% a 10% dos sarcomas de tecidos moles!
- são raros em cavidade oral!
- comuns em adultos de meia-idade e idosos!
- metade dos casos relatados em cavidade oral ocorre na maxila!
- aspectos clínicos inespecíficos!
- pode apresentar área ulcerada de forma secundária!
- excisão cirúrgica radical podendo estar associada a radio e quimioterapia!
- prognostico extremamente reservado; grande tendência a recidiva e realização de metástase.!
!
*Sarcoma: origem de tecido conjuntivo/mesenquimais!
*Condrossarcoma: origem de células epiteliais!
!
Histologicamente!
- células fusiformes com abundante citoplasma eosinofílico!
- núcleos romboides!
- grau de pleomorfismo variado!
- mitoses (5 ou mais por 10 campos)!


Leiomiossarcoma. Vista em médio aumento mostrando uma proliferação de células fusiformes
pleomórficas.!

Rabdomiossarcoma



Rabdomiossarcoma embrionário. Criança com aumento de volume na maxila do lado direito.!

- neoplasia maligna do músculo estriado esquelético!


- comuns em crianças!
- região de cabeça e pescoço (face, orbita e cavidade nasal)!
- 1ª década de vida!
- homens!
- traz complicações sistêmicas!
- pode comprometer o desenvolvimento da dentição permanente devido as radioterapias!
- aumento volumétrico infiltrativo!
- crescimento rápido!
- indolor!
- palato!
- tratamento: remoção cirúrgica associada a quimioterapia!
!
Histopatologicamente!
- tipo embrionário (áreas de tecido primitivo intercalada com áreas mais celularizadas): pequenas
células arredondadas ou ovais, núcleos hipercromaticos (devido intensa atividade mitótica), áreas
hipercelularizadas alternadas com áreas mixomatoides, raramente são encontradas estriações.!
!
- tipo alveolar padrão clássico: agregados de células redondas a ovais separadas por septos
fibrosos, perda central de coesividade, mitoses são comuns, células gigantes multinucleadas.!
!
- tipo alveolar padrão sólido: áreas de células redondas basofílicas, não apresentam septos
fibrosos!
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Rabdomiossarcoma embrionário. Visão em médio aumento mostrando um lençol de pequenas células
redondas com núcleos hipercromáticos.!

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Estomatologia e Patologia Oral
Aula 11 - Patologia Epitelial
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Lesões Cancerizáveis
* Leucoplasia!
* Eritroplasia !
* Etritoleucoplasia!
* Estomatite Nicotínica!
* Quielite Actínica!
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Leucoplasia
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Leucoplasia por cândida. A, Placa branca e vermelha bem circunscrita na região anterior do soalho da
boca, a qual evi- denciou infecção fúngica nos esfregaços citológicos. B, Após a tera- pia antifúngica, o
componente eritematoso apresentou resolução, restando uma placa branca homogênea.!
!
Definição: Placa ou mancha branca que não pode ser removida e não pode ser caracterizada clínica ou
patologicamente como qualquer outra doença (OMS).!
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Etiologia: Hereditária ou tabaco!
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Aspecto clínico: Diagnóstico de Exclusão (p. ex: álcool, U.V, microrganismo ou trauma). Acima de 40 anos
e homens. Placa ou mancha branca podendo ser lisa ou rugosa, fina ou espessa, homogênea ou
“mosqueada”.!


Leucoplasia inicial ou delgada. Essa lesão inicial em ventre de língua apresenta uma superfície lisa,
branca e bem deli- mitada em relação à mucosa normal adjacente.!



Leucoplasia homogênea ou espessa. Mancha branca, difusa e corrugada na superfície ventral direita da
língua e no soalho de boca.!



Leucoplasia homogênea ou espessa. Lesão extensa na mucosa jugal com uma coloração branca não-
homogênea e com fissuras. Foi observada displasia epitelial moderada na avaliação his- topatológica e
posteriormente um carcinoma de células escamosas desenvolveu-se nessa área.!

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Leucoplasia granular. Lesão leucoplásica focal com superfície áspera e granular na margem lateral
posterior da língua. A biópsia da lesão revelou a presença de um carcinoma de células escamosas em
estágio inicial de invasão.!



Leucoplasia granular. Mancha branca irregular no soalho de boca de um tabagista inveterado. Um
carcinoma de cé- lulas escamosas em estágio inicial de invasão foi detectado pela biópsia.!



Leucoplasia verruciforme. Lesão papilar exofítica na crista alveolar superior anterior. A biópsia revelou a
presença de um carcinoma de células escamosas bem diferenciado.!

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Leucoplasia verrucosa proliferativa (LVP). A, Lesões brancas, difusas e corrugadas na mucosa jugal e
língua. B, O mesmo pa- ciente, mostrando um espessamento extenso e alterações fissuradas na língua.!

8 anos após o diagnóstico inicial de LVP). Essas lesões rara- mente regridem, a despeito da terapia. A LVP
é incomum entre as variantes da leucoplasia por possuir uma forte pre- dileção pelo gênero feminino (1:4
razão homem-mulher) e pela associação mínima com o uso de tabaco.!

A leucoplasia pode tornar-se displásica, até mesmo in- vasiva, sem alteração em sua aparência clínica.
Contudo, algumas lesões, ao final desse processo, demonstram man- chas disseminadas de coloração
avermelhada, denomi- nadas eritroplasias (ver adiante). Tais áreas representam geralmente sítios nos
quais as células epiteliais são tão imaturas ou atróficas que não têm mais a capacidade de pro- duzir
ceratina. Essa lesão, com a mistura de áreas brancas e vermelhas, denominada eritroleucoplasia ou
leucopla- sia mosqueada, representa um padrão de leucoplasia que frequentemente revela displasia
avançada na biópsia (Fig. 10-67).!

 

Fig. 10-67 Eritroleucoplasia. Lesão mista, branca e vermelha, de margem lateral de língua. A biópsia
revelou a presença de um car- cinoma in situ.!

Fig. 10-68 Leucoplasia. Lesão extensa na região ventral e lateral da língua contendo múltiplas áreas
representando as várias fases possíveis ou apresentações clínicas (compare com a Fig. 10-69).!

Obviamente, várias lesões leucoplásicas representam uma mistura das fases ou subtipos previamente
menciona- dos. Por isso, é importante realizar a biópsia no sítio lesio- nal com o maior potencial de conter
células displásicas; as Figs. 10-68 e 10-69 permitem uma representação clínica!

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Leucoplasia. Esquema composto representando as várias fases ou apresentações clínicas da leucoplasia
oral, com as respectivas alterações histopatológicas subjacentes esperadas. As lesões apresentam
potenciais crescentes de transformação maligna à medida que suas apresentações clínicas aproximam-se
das observadas à direita.!



Microscopicamente, a leucoplasia é caracterizada pela camada espessada de ceratina do epitélio de
superfície (hiperceratose), com ou sem espessamento da camada espinhosa (acantose).!

Hiperortoceratose. Esta fotomicrografia em aumento intermediário demonstra hiperortoceratose com uma


camada bem definida de células granulares no lado esquerdo. O lado direito exi- be um epitélio
paraceratinizado normal sem a camada de células granulares.!
Tratamento: Acompanhamento ou remoção cirúrgica !
Eritroplasia
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Eritroplasia. Lesão macular eritematosa observada na região de soalho de boca direito sem associação
com leucoplasia. A biópsia revelou a presença de um carcinoma de células escamosas inicialmente
invasivo.!



Eritroplasia. Mancha bem circunscrita vermelha na região lateral posterior do palato duro e mole.!

Definição: Mancha vermelha que não pode ser caracterizada clíncia ou patologicamente como qualquer
outra doença (OMS).!
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Etiologia: Tabaco!
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Aspecto Clínico: Diagnóstico de Exclusão. Mácula ou placa eritematosa bem delimitada, assintomática.
Pode estar associada à leucoplasia.!
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Tratamento: Biópsia e acompanhamento !
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Características Histopatológicas: O epitélio mostra uma ausência de produção de ceratina e
frequentemente é atrófico, porém pode ser hiperplásico. Essa ausência de ceratinização, especialmente
quando associada ao adelgaçamento epitelial, permite que a microvasculatura subjacente seja evidenciada,
dessa forma explicando a coloração vermelha. O tecido conjuntivo sub- jacente frequentemente apresenta
inflamação crônica.!
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Estomatite Nicotínica
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Estomatite nicotínica. Essa lesão extensa branca, couriácea, do palato duro em um tabagista de cachimbo
está com- pletamente salpicada com numerosas pápulas vermelhas, que re- presentam as aberturas dos
ductos salivares inflamados. A mucosa gengival também apresenta-se ceratótica.!



Estomatite nicotínica. Visão aproximada das aberturas ductais inflamadas das glândulas salivares
envolvidas no palato duro. Note os anéis ceratóticos brancos nas bordas de vários dos ductos inflamados.!

Definição: Placa ou mancha grande que não pode ser caracterizada clínica ou patologicamente como
qualquer outra doença (OMS).!
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Etiologia: Tabaco. Fumo invertido!
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Aspecto Clínico: Mucosa palatina difusamente cinza ou branca, numerosas pápulas levemente elevadas
(glândulas salivares inflamadas)!


Estomatite nicotínica. Observe a hiperceratose e acantose do epitélio palatino. Note a metaplasia
escamosa dos duc- tos das glândulas salivares menores.

Tratamento: Acompanhamento ou remoção (cirúrgica ou química) se não houver alteração com a remoção
do vício após 1 mês. !
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Quielite Actínica (Queilose Actínica)
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Queilose actínica. Lesões crostosas e ulceradas no vermelhão do lábio inferior.!



Queilose actínica. Particularmente, neste caso, verifica-se o apagamento da interface entre a mucosa do
vermelhão e a pele do lábio.!



Carcinoma de células escamosas desenvolvendo-se em uma queilose actínica. Paciente com queilose
actínica do lábio inferior, que desenvolveu uma pequena ulceração crônica. A biópsia revelou a presença de
um carcinoma de células escamosas em fase inicial de invasão.!

Definição: Alteração pré-maligna comum do vermelhão do lábio inferior que resulta de uma exposição
progressiva excessiva à U.V!
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Etiologia: Radiação ultravioleta (U.V)!
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Aspecto Clínico: Homens acima de 45 anos. Lesão desenvolve lentamente, como uma atrofia da borda do
vermelhão do lábio inferior (Lisa com áreas manchadas pálidas). Apagamento da margem labial e evolução
para lesão descamante, asperar e brancacentas.!
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Queilose actínica. Hiperortoceratose e atrofia epitelial. Note a marcante elastose solar subjacente.!

Tratamento: Acompanhamento, Biópsia ou remoção (cirúrgica ou química) !


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Lesões Pigmentadas Benignas
* Mácula Melanótica oral!
* Nevo melanócito!
!- Processos Reativos ou Fisiológicos!
- Pigmentação plana, focal, bem delimitada!
- Amarelo-acastanhado ou amarronzadas!
- Assintomático!
- Vermelhão do lábio inferior > Gengiva > Mucosa jugal > Palato!
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Efélides Intra-
! Orais
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!! PODE APRESENTAR

!! Máculas associadas
!! a síndromes

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Síndromes Associadas as Lesões Pigmentadas Benignas: !
* Doença de Addison: Insuficiência da Glândula Renal!
* Síndrome de Peutz-Jehers !
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Mácula Melanótica Oral
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Histopatológico!
* Aumento na quantidade de melanina na camada basal!
* Incontinência de melanina!
* Não apresenta cristas epiteliais alongadas!
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Nevo Melanócito
* Pápulas ou nódulos elevados!
* menor que 0,6 cm!
* Palato > Mucosa jugal > Mucosa labial > Gengiva > Rebordo Alveolar > Vermelhão dos lábios!
Mulheres!
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*

Tipos:!
- Juncional!
- Composto!
- Intramucoso (comum na boca)/Intradérmico!
- Azul !
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Células Névicas!
* Ovóides!
* Núcleos pequenos!
* Citoplasma eosinofílico!
* Produz Melanina!
* Não apresentam processos dendríticos!
* Tecas: organizações arredondadas !
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Nevo azul!
* Comum em Palato!
* Crianças e adultos!
* Gênero feminino!
* Lesão Macular ou em cúpula!
* Azul ou azul negro!
* maior que 1cm!
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Neoplasias Malignas
* Carcinoma de células escamosas!
* Carcinoma verrucoso !
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Carcinoma de Células Escamosas



Carcinoma oral. Taxas da incidência específica por idade para o carcinoma de células escamosas intraoral
(número de novos casos diagnosticados por 100.000 pessoas a cada ano). Nos Estados Unidos, são
disponibilizadas as taxas separadas para brancos e negros, homens e mulheres.!

Definição: Neoplasia Epitelial invasiva com vários graus de diferenciação pavimentosae propensão para
metástases precoces e numerosas em linfonodos, ocorrendo nas quinta e sexta décadas de vida,
predominantemente em adultos que consomes álcool e tabaco. !
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Carcinoma de células escamosas. Lesão leucoplásica na superfície ventrolateral direita da língua.!

Etiologia do câncer bucal!


* Fumo de tabaco!
* Tabaco sem fumaça!
* Sachê betel!
* Agentes fenólicos!
* Radiação!
* Deficiência de Ferro!
* Deficiencia Vital!
* Sífilis!
* Infecção por cândida!
* Vírus Oncogênico!
* Imunossupressão!
* Oncogenes e Genes Supressores de tumor!
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Carcinoma de células escamosas. Lesão exofítica na região lateral posterior da língua apresenta
superfície nodular e mínima produção superficial de ceratina. A lesão é indolor e endurecida.!

Fumo de Tabaco!
* 80% dos pacientes portadores de CEO, 2 a 3x maior que a população em geral!
* Cachimbo e charuto não tem filtro!
* O cigarro sem filtro aumenta em 50% a chance de CEO!
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Álcool !
* Debate se é iniciador. Conhecida relação de tabaco com álcool como cancerígeno.!
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Radiação!
* Produz anormalidade no material cromossômico!
* Raio x e U.V!
* Dose dependente!
* Rx. odontológico não está associado a aumento no risco para CEO!


Carcinoma de células escamosas pouco diferenciado. As numerosas células pleomórficas no interior da
lâmina própria representam um carcinoma anaplásico.!



Carcinoma de células escamosas moderadamente diferenciado. Embora nenhuma ceratinização seja
observada nesta visão em um aumento intermediário, essas células malignas ainda são facilmente
reconhecíveis como de origem epitelial escamosa.!
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Carcinoma Epidermóide Oral
!



FIGURA 1: Lesão no dorso e borda lateral de língua, mostrando ulceração profunda e necrótica, com
infiltração acentuada dos tecidos adjacentes!

Características Clínicas!
Aspectos gerais:!
* O carcinoma epidermóide é a neoplasia mais comum da cavidade oral!
* O sexo masculino é acometido 3 vezes mais que o gênero feminino !
* Geralmente seu desenvolvimento é mais comum em pessoas por volta de seus 50, 60, 70 anos de idade!
* Fatores que contribuem:!
- O tabaco e o fumo!
- Luz solar!
- Vírus!
- Uso abusivo do álcool !
* Bem diferenciados, moderadamente diferenciados e pouco diferenciados tumores podem ser distinguidos
(marcador de prognóstico) !
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Características Clínicas:!
- Massas ou úlceras relativamente indolores!
- Placas brancas, vermelhas ou combinadas!
- Perda de suporte ósseo acelerado (Amolecimento dentário)!
- Nódulos subcutâneos firmes, inseridos e indolores (Linfadenopatia)!
!
Apresentam-se em: !
* Assoalho de boca!
* Bordo lateral da língua!
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Raramente se tem acometimento ósseo: !
* Mandíbula > maxila (área retromolar, mucosa alveolar)!
* Carcinoma de vermelhão do lábio: Lábio inferior > Lábio Superior !
- Pode se originar Queilite Actínica !
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Deve se realizar palpação linfonodal:!
Há grandes chances de metástases para linfonodos de regiões periféricas !
- Linfonodos que não vão apresentar mobilidade !
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Metástase !
Capacidade de liberar células neoplásicas malignas que vão ganhar corrente sanguínea ou linfáticas que
vão colonizar outras áreas além da que já está doente. !
!


FIGURA 2: Microfotografia do exame histopatológico, mostrando intenso pleomorfismo e abundante número
de mitoses das células epiteliais (hematoxilina-eosina, 200x)!

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Características Histopatológica!
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Tipo I: Simula bem o epitélio queratinizado, apresentando sempre porções estratificadas, produtoras de
grandes quantidades de queratina, formando pérolas córneas!
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Tipo II e III: Estágios Intermediários!
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Tipo IV: Mais indiferenciado, lembrando ocasionalmente o epitélio, e com a queratina identificada por
imunohistoquímica, raramente apresentando pérolas córneas!
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Tratamento e Prognóstico!
* A cirúrgia e/ou radioterapia são, isolada ou associadamente, os métodos terapêuticos aplicáveis ao câncer
de boca.!
* Para lesões iniciais, tanto a cirúrgia quanto a radioterapia tem bons resultados e sua indicação vai
depender da localização do tumor e das alterações funcionais provocadas pelo tratamento (cura em 80%
dos casos)!
- O papel do dentista em tratamento oncológico é prepará-lo para o que vem pela frente.!
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Carcinoma Verrucoso
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* Forma verrucosa de carcinoma de células escamosas bem diferenciado, difuso, amplamente exofítico,
superficial, altamente ceratinizado, pouco provável de gerar metástase. !
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Característica histopatológica mais evidente: Grande Quantidade de ceratinização, diferente do
carcinoma de células escamosas.!
!- Mais comum em homens!
- Acima de 60 anos !
- Gengiva, mucosa alveolar, mucosa jugal, palato duro e assoalho bucal!
- Aspecto Verucoso Difuso!
- Crescimento lento comparado a outras neoplasias malignas !
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Carcinoma verrucoso. Lesão branca papilar extensa no fundo de vestíbulo superior.



Carcinoma verrucoso. Grande aumento de volume papilar, exofítico, na crista alveolar superior!

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Carcinoma verrucoso. A, Fotomicrografia em menor aumento exibindo uma marcante hiperplasia epitelial
com super- fície irregular, papilar, e com a formação de tampões de ceratina. B, Visão em maior aumento
exibindo cristas epiteliais bulbosas sem displasia significativa.!

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Estomatologia e Patologia Bucal
Aula 12 - Doenças Infecciosas
! Gengivite Ulcerativa Necrosante!
*
* Sífilis!
* Tuberculose!
Actinomicose!
!
*

Gengivite Ulcerativa Necrosante (GUN)



Gengivite ulcerativa necrosante (GUN). A gengiva é friável e hemorrágica com necrose das papilas
interdentais.!

Etiologia: Bactérias Anaeróbicas como a Prevotella Intermedia e as dos gêneros fusobacterium,


espiroquetas, borrelias e treponemas!
!
Aspecto Clínico!
* Necrose das papilas interdentais (papila invertida), pseudomembranosa, margem gengival dolorida,
eritematosa, sangrante.!
* Halitose - odor fétido, cheiro meio metálico !
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Tratamento: Irrigação das áreas necrosadas, higiene oral e uso de enxagüante bucal e analgésicos!
!
Sífilis
Definição: Infecção crônica!
Etiologia: Treponema Pallidum!
Transmissão: Contato sexual e da mãe para o feto!
* Comum em Homens !
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Treponema Pallidum 3 semanas: Primária Meses a anos: Sífilis Terciária
Secundária ou
Disseminada

3 à 90 dias 4 à 10 semanas Indivíduo tem pouco


Tempo de vida

Presença de Cranco As lesões podem Distruição Neurológica


começar antes da Avançada
resolução completa da
lesão primária
Treponema Pallidum 3 semanas: Primária Meses a anos: Sífilis Terciária
Secundária ou
Disseminada

Cavidade Oral: Sítio


Extragenital mais
comum

3 fases:!
Primeira e Segunda Fase: Fases mais comuns da doença !
Fase terciária da sífilis - Fase terminal do paciente!
!

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Cancro da sífilis primária. Ulceração da superfície dorsal da língua no lado esquerdo.!

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Placa mucosa da sífilis secundária. Placa branca circunscrita na mucosa labial inferior.!

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Sífilis secundária. Erupção eritematosa da sífilis secundá- ria acometendo a palma da mão.!

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Placa mucosa da sífilis secundária. Placa branca espes- sa e irregular do lado direito do palato mole.!



Sífilis terciária. Perfuração do palato duro.!


Sífilis primária. Infiltrado inflamatório crônico perivascular de plasmócitos e linfócitos.!

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Sífilis secundária, condiloma lata. A, Fotomicrografia em menor aumento da biópsia do paciente da
Figura acima, mostrando hiperplasia epitelial papilar e intenso infiltrado plasmocitário no te- cido conjuntivo.
B, Visão em maior aumento mostrando exocitose intensa de neutrófilos no epitélio. C, Reação de
imunoperoxidase para Treponema pallidum demonstrando numerosos espiroquetas no epitélio.!


Condilomata Lata: Clinicamente lembram os condilomas são doenças virais que irão se desenvolver em
região de ventre de língua !
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Sífilis Secundária!
* Linfadenopatia indolor (inchaço dos linfonodos, moles, flácidos, porém não se tem dor)!
* Dor de garganta!
* Erupção cutânea maculopapular difusa e indolor!
* Condilomata lata (lesões papulares)!
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Sífilis Latente!
* Fase Livre de lesões e sintomas!
* Duração de 1 a 30 anos!
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Sífilis Terciária!
* Estágio final da doença. !
* Comprometimento neurológico e cardiovascular!
* Goma sífilitica (caracterizada pela presença de um tipo de necrose exclusivo da sífilis, necrose gomosa)!
* Atrofia difusa e perda das papilas do dorso da língua !
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Sífilis Congênita



Incisivos de Hutchinson da sífilis congênita. Dentes exibindo coroas sofrendo estreitamento em direção
à margen incisal. !

Tríade de Hutchinson!
- Dentes de Hutchinson!
- Ceratite ocular Intersticial: !
* Desenvolve-se entre os 5 e 25 anos!
* Córnea opacificada!
- Surdez associada ao comprometimento do oitavo par de nervo craniano !
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Incisivo em forma de cunha e Molar em Amora: Sífilis Congênita !
* Incisivo de Hutchinson!
* Molares de Moon!
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Histopatológico!
* Não é tão característico!
* Aglomerado maior de células inflamatórias perivascular!
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Condilomata lata: projeções epiteliais mais pronunciadas ao tecido conjuntivo!
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Tuberculose
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Tuberculose. Ulceração mucosa crônica da superfície ventral da língua no lado direito. !

Definição: chamada antigamente de “peste cinzenta”, tísica pulmonar ou “doença do peito” - é uma das
doenças infecciosas documentadas desde mais longa data e que continua a afligir a humanidade nos dias
atuais!
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Etiologia: Mycobacterium tuberculosis ou bacilo de Koch !
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Aspecto Clínico: Doença pulmonar primária, com possível foco oral secundário. Apresentação clássica de
uma úlcera de bordos elevados, firme, irregular, de crescimento lento e pouco sintomática.!
!!



Tuberculose. Fig. 5-20. Área de granulação e ulceração do rebordo alveolar inferior e soalho bucal.!

Acomete:!
1- Língua!
2- Palato!
3- Gengiva!
4- Lábio!
5- Bochecha!
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Tuberculose. Aumento de numerosos linfonodos cervicais.!

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Tuberculose. Fístula submandibular secundária ao envolvimento dos linfonodos cervicais subjacentes.!

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Tuberculose. Múltiplos linfonodos cervicais calcificados!

* Infecção nos linfonodos - Escrófula!


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Tuberculose. Fig. 5-24 Aspecto histopatológico da mesma lesão descrita na Fig. 5-20. Lençóis de
histiócitos misturados com células gigantes multinucleadas e áreas de necrose.!

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Tuberculose. Coloração ácido-resistente do espécime descrito na Fig. 5-24 exibindo organismos
micobacterianos disper- sos apresentando-se como pequenos bastões vermelhos.!
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Tratamento!
* Tratamento por infectologista !
* O tratamento é muito longo, geralmente as pessoas só fazem o tratamento no primeiro mês por que os
sintomas começam a diminuir. O tratamento é dado no mínimo em 6 meses.!
* Em paciente soropositivos, tais manifestações serão bem mais pronunciadas.!
Semiotécnica: Passar Adrenalina de 1 a 1000 na úlcera tuberculosa, produção de pequenos nódulos de
trelar para diferenciar a úlcera tuberculosa.!
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ActinoMicose



Actinomicose. Fístula drenando na área submandibular direita.!

Definição: Infecção causada por bactérias Anaeróbias Gram-positivas, filamentosas (saprófitas).!


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Etiologia: Actinomyces israelli e Actinomyces Viscosus.!
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Aspecto Clínico: Dor, tumefação nodular dura, complicada por fístulas com drenagem (grânulos sufúricos).!
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Tratamento: Penicilina G IV ou ampilicina em altas dosagens durante 4 a 6 semanas (penicilina oral,
amoxicilina, eritromicina, clindamicina, miociclina ou tetraciclina por um período de 6 a 12 meses).!
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Actinomicose. Colônia actinomicótica circundada por leucócitos polimorfonucleares.!



Actinomicose. Colônia actinomicótica exibindo filamentos em forma de clava dispostos em um padrão de
roseta radiada.!
Histopatológico: Aglomerado de bactérias com organização radial, delimitadas por infiltrado inflamatório
crônico ou até neutrófilos.!
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Infecções Fúngicas
* Candidose!
* Histoplamose!
* Paracoccidioidomicose !
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Candidose



Candidíase pseudomembranosa. Múltiplas placas brancas no palato mole.!

Definição: Micose mais importante na ESTOMATOLOGIA pois se faz presente todas as vezes que existe
diminuição da resistência orgânica, especialmente na supressão do Sistema Imunológico.!
!!
Etiologia!
* Candida Albicans: mais comum em cavidade oral, Candida Tropicalis, Candida Pseudotropicalis,
Candida Glabrata, Candida Krusei, Candida Parapsilosis.!
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Pseudomembranosa: Prótese Total!
* Placas brancas, cremosas, destacáveis, queimação, hálito fétido!
* Bochecha, língua, Palato!
* Antibiótico terapia, imunossupressão!
!



Candidíase pseudomembranosa. A, Aparência clássica de “leite coalhado” das lesões orais da candidíase
pseudomembranosa. Este paciente não apresentava nenhum fator de risco aparente para o
desenvolvimento de candidíase. B, A remoção de uma das placas de pseudomembranas (seta) revela uma
superfície mucosa moderadamente avermelhada.!

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Candidíase eritematosa. As áreas desnudas irregulares (não as áreas brancas) da superfície dorsal da
língua representam a candidíase eritematosa. O paciente havia usado um antibiótico de amplo espectro.!

Eritematosa!
* Máculas vermelhas, queimação!
* Posterior de palato, bochecha, dorso de língua!
* Antibiótico terapia, xerostomia, imunossupressão, idiopática!
!



Candidíase eritematosa. A, Apresentação intensa da atrofia papilar central. A lesão era assintomática
neste paciente. B, Regene- ração considerável das papilas do dorso lingual após duas semanas de terapia
antifúngica com fluconazol.!
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Candidíase. A, Candidíase oral multifocal caracterizada por atrofia papilar central da língua e outras áreas
de envolvimento. B, O mesmo paciente exibindo uma lesão “beijadora” de candidíase oral no palato duro.!

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Queilite angular. Lesões características apresentando- se como alterações eritematosas e fissuradas da
pele da comissura labial.!

Queilite Angular!
* Vermelhas e fissuradas, irritada e sensação de ferimento!
* Comissura Labial!
* Idiopática, perda de dimensão vertical!



Queilocandidíase. Lesões esfoliativas do vermelhão do lábio e pele perioral, devido à candidíase
superficial.!

Atrofia Papilar Central!


* Atrofia, assintomática!
* Dorso de língua póstero mediano!
* Idiopática, Imunossupressão !
!!


Estomatite protética. A, Prótese superior com selamento palatino incompleto associada a hiperplasia
tecidual na linha mé- dia. B, A área da mucosite corresponde ao contorno da prótese. C, Resolução da
mucosite após terapia antifúngica e higienização apropriada da prótese.!
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Estomatite protética. Estomatite protética, sem associação de Candida albicans, restrita à mucosa de
suporte da estrutura metálica de uma prótese parcial removível superior.!

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Estomatite protética. Meio de cultura inclinado de ágar Sabouraud semeado com esfregaços obtidos da
mucosa palatina eritematosa (lado esquerdo do tubo) e da superfície de contato da prótese (lado direito do
tubo). Colonização exuberante da prótese é observada, enquanto se observa apenas pequena evidência de
fungos na mucosa.!

Estomatite Por Dentadura!


* Vermelha, Assintomática!
* Superfície em contato com a prótese!
* Consequência de cultura positiva na prótese!
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Candidíase hiperplásica. A, Estas placas brancas difusas lembram clinicamente a leucoplasia, mas elas
representam na verdade uma apresentação incomum de candidíase hiperplásica. B, O tratamento com
pastilhas orais de clotrimazol levou à completa resolução das lesões brancas em duas semanas,
confirmando o diagnóstico de candidíase hiperplásica. Se qualquer alteração branca persistisse na mucosa,
a realização de uma biópsia seria obrigatória.!

Hiperplásica!
* Placas brancas não raspáveis, assintomática!
* Anterior de bochecha!
* Idiopática, imunossupressão!
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Mucocutânea!
* Placas brancas, algumas podem ser removidas!
* Língua, bochecha, Palato!
* Rara, hereditária ou disfunção imune idiopática!
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Síndrome da Candidose Endócrina!
* Placas brancas, a maioria não pode ser removida!
* Língua, bochecha e palato!
* Rara, dist. endócrino após a candidose!
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Tratamento: Controle da condição propiciante(déficit imunológico, xerostomia)!
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Uso de antifúngicos!
* Tópico: Nistatina 200.000 UI por 4 vezes/dia por 14 dias!
* Sistêmico: Tratamento feito com acompanhamento do Médico!
* Fluconazol 300mg primeira dose, subsequente 150mg diário por 7-14 dias. !


Candidíase. Esta citopatologia demonstra hifas fúngicas com aspecto tubular e leveduras ovoides de
Candida albicans. (Coloração de PAS.)!

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Candidíase. Fotomicrografia de médio aumento mos- trando um padrão característico de paraceratose,
microabscessos neutrofílicos, espessamento da camada espinhosa e inflamação crô- nica no tecido
conjuntivo subjacente, associadas à candidíase crô- nica da mucosa oral.!
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Candidíase. Fotomicrografia em maior aumento mos- trando hifas tubulares de Candida albicans inseridas
na camada de paraceratina. (Coloração de PAS.)!

Histopatológico!
* Hifas do muco - afinidade por ceratina!
* Infecção Epitelial !
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Paracoccidiodidomicose



Paracoccidioidomicose. Esta lesão ulcerada, eritemato- sa e granular na mucosa alveolar superior
representa infecção causada pelo Paracoccidioides brasiliensis.!

Definição: infecção fúngica profunda típica da América Latina!


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Etiologia: Paracoccidioides brasiliensis !
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Paracoccidioidomicose. Fotomicrografia em maior au- mento exibindo uma grande levedura de
Paracoccidioides brasiliensis (seta) dentro do citoplasma de uma célula gigante multinucleada. O quadro
inferior à esquerda ilustra o aspecto característico em “orelhas de Mickey Mouse” dos brotamentos das
leveduras, em um corte corado com o método prata metenamina de Grocott-Gomori.!

Histopatológico: Aspecto de orelha de mickey mouse !


- Muito semelhante ao Carcinoma Epidermoide!
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Aspecto Clínico!
* Pacientes na meia-idade e trabalhadores rurais!
- Infecção pulmonar, geralmente autolimitada``pibefhuo[eq2flnj!
- Via linfática ou hematogênica (Linfonodos, pele e glândulas adrenais-Doença de addison)!
- Úlceras orais moriformes sintomáticas em gengiva, mucosa alveolar e língua, a orofaringe pode
também ser afetada. !
- Aspecto moranguiforme !
- Completamente Sintomática, o que irá diferir das ulceras malignas que são assintomáticas!
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Tratamento: O tratamento deve ser conduzido por infectologista!
* Itraconazol!
* Sulfametozazol/trimetoprim!
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Histoplasmose



Histoplasmose. Esta lesão ulcerada granular envolve o fundo de vestíbulo superior e pode ser facilmente
confundida clinica- mente com um carcinoma. A biópsia estabeleceu o diagnóstico.!

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Histoplasmose. Esta ulceração crônica no ventre e mar- gem da língua representa uma lesão oral da
histoplasmose que se disse- minou dos pulmões. A lesão lembra clinicamente um carcinoma; por ser esta
região de alto risco para o carcinoma, a biópsia é obrigatória.!

Definição: infecção fúngica mais comum nos EUA.!


Etiologia: Histoplasma capsulatum (Aves, solo, poeira)!
Aspecto Clínico: Febre, Anorexia, Apatia, Mialgia e tosse. Envolvimento pulmonar. Imunodeprimidos,
disseminação sistêmica. Apsecto extrapulomnar - que acometem mais a língua, palato e mucosa jugal
(mimetiza CEC).!
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Tratamento: Infectologita (Itraconazol, Fluconazol, Anfotericina B)!
-Biópsia incisional!

-Pode inalar fungos (acometimento do pulmao, doença respiratória)!

-Macrófagos com hifas de fungos (coloraçao gromori, prata)!

-úlcera parecida com neoplasia maligna (carcinoma epidermoide)!




Histoplasmose. Fotomicrografia em aumento médio mostra macrófagos epitelioides esparsos, misturados
com linfócitos e plasmócitos. Alguns macrófagos contêm organismos do Histoplas- ma capsulatum (setas).!



Histoplasmose. Fotomicrografia em maior aumento de um corte tecidual demonstrando as pequenas
leveduras de Histoplasma capsulatum. (Coloração de prata metenamina de Grocott- Gomori.)!
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Infecções Virais
- Crianças em idade pré escolar!

Vírus Papiloma Humano

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Infecção pelo papilomavírus humano (HPV) associado ao HIV. Múltiplos nódulos exofíticos e papilares
no lábio, mucosa jugal e gengiva.!

Definição: vírus de DNA que infecta celulas epiteliais (ceratinócitos da pele ou mucosas) e possui mais de
200 variações diferentes.!

Etiologia: Human Papiloma Virus!



Infecção pelo papilomavírus humano (HPV) associado ao HIV. Mucosa oral exibindo extensa coilocitose
na camada de células espinhosas superficial.!

Transmissão: pode ser sexual ou não (algumas doencas geneticas podem causar)!

Lesões: boca e/ou genital!

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Papiloma Escamoso



Papiloma escamoso. Lesão exofítica no palato mole com múltiplas projeções curtas e de superfície
branca.!

Comum em adultos. Pápula branca de consistencia mole. exofítico, indolor, pediculado com projeções finas
na sua superfície (lingua, palato, comissura labial) - HPV 6 e 11!

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Papiloma escamoso. Aumento de volume lingual pedunculado com numerosas projeções longas e
pontudas e de super- fície branca. Note as projeções menores ao redor da base da lesão.!

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HISTOPATOLÓGICO: Projeções epiteliais com crescimento exofídito, com suporte de tc. conjuntivo frouxo
vascularizado. Pode ter presença de grande quantidade de ceratina (se for mais esbranquiçado tem mais
ceratina). Pouca célula inflamatória.!



Papiloma escamoso. Visão em menor aumento mostrando uma proliferação epitelial escamosa
pedunculada. Estão presentes múltiplas projeções papilares exibindo ilhas de tecido conjuntivo
fibrovascular.!

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Condiloma Acuminato

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Condiloma acuminado. Duas lesões da mucosa do lá- bio superior exibindo projeções curtas e embotadas.

Via sexual de transmissão. Lembra uma crista de galo, com projeções mais curtas, coloraçao seguindo a
mucosa cor de rosa. Exofítico, séssil, bem delimitado e indolor, com projeções curtas e embotadas.!

Local: Mucosa labial, palato e freio lingual***. - HPV 2, 6, 11, 53, 54 (16 e 18 podem gerar malignidade)!

HISTOPATOLÓGICO: Botões de ceratina entre as projeções.!



Condiloma acuminado. Fotomicrografia em maior aumento demonstrando coilócitos (setas) no interior da
camada espinhosa.!

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Verruga Vulgar

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Verruga vulgar. Lesão nodular da pele exibindo numerosas projeções papilares curtas.!

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Verruga vulgar. Lesão papilar exofítica, branca, em região lateral de palato mole.

Crianças e Adultos. Pápula ou nódulo indolor, com projeções papilares, pediculada ou séssil.!

Local: Mãos, Oral (vermelhidão de lábio e anterior de língua) - HPV 2, 4, 6 e 40!



Verruga vulgar. Várias verrugas no dedo, exibindo uma superfície papilar e áspera.!
HISTOPATOLÓGICO: Tecido conjuntivo um pouco mais denso com mais ceratina.!



Verruga vulgar. A, Numerosas projeções papilares são recobertas por um epitélio escamoso estratificado
hiperceratótico. Cristas epiteliais alongadas localizadas na borda da lesão convergem em direção ao centro.
B, Campo em maior aumento mostrando cla- ramente os coilócitos nas camadas mais superiores do
epitélio.!

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Hiperplasia Ep. Focal !



Hiperplasia epitelial multifocal. Múltiplos nódulos e pápulas com superfície plana, de coloração normal,
são observados no lábio inferior de uma criança.!

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Crianças e Jovens. Múltiplas pápulas macias, indolores, planas ou arredondadas, coloraçao normal,
agrupadas.!

Local: Mucosa labial, jugal e língual.!

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Hiperplasia epitelial multifocal. As lesões podem demonstrar uma alteração papilar da superfície e
palidez, como observado na língua dessa criança.!

Maior problema: estética!

Condição hereditária, se remover a lesão pode voltar. - HPV 13 e 22!

Tratamento HPV: Remoção cirurgica da lesão e controle!

Antivirais: controversia!

Crioterapia: problema é que leva necrose superficial e não remove tudo, pode voltar, indice de sucesso
com cirurgia é muito melhor.!


Hiperplasia epitelial multifocal. As células mitosoides (setas) contêm núcleos alterados nesse epitélio
escamoso estratificado maduro e bem diferenciado.!



Hiperplasia epitelial multifocal. Acantose proemi- nente do epitélio com cristas epiteliais amplas e
alongadas. A sutil alteração papilar da superfície aqui observada pode ou não estar presente.!
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Vírus Herpes
Definição: São da damília Herpetoviridae, grupo de DNA vírus. Do grego: arrastar.!

Vírus tem tropismo, afinidade por nervos.!

Etiologia: Herpesvírus simples (HSV), Varicela-zoster, Mononucleose!

HSV1 e 2: Vesículas por toda cavidade oral, dói muito. Comum em crianças mas pode ocorrer entre os
18-20 anos. Nessa fase não adianta entrar com antiretroviral, adianta no periodo que antecede a doença.
UMA VEZ INSTALADO, É SÓ ESPERAR O CURSO DO VÍRUS QUE DURA ATÉ 15 DIAS.!

O vírus infecta, o corpo debela mas não destroi o virus como um todo, volta pra fase latente, pro ganglio
mas na primeira imunossupressão ele volta, se desloca pela bainha nervosa e infecta a mesma região.!

A pessoa sente coceira e prurido por conta do deslocamento, e depois que ele chega forma a vesícula.!

Não há tratamento para a fase de vesícula pois pode transmitir pra outras partes do corpo. Depois da fase
de vesícula vem a fase de crosta que é de cicatrização e não demonstra perigo.!

EBV: (mononucleose infecciosa ou doença do beijo) Caracterizada por amidalite severa e algumas
vesículas no palato, petéquias. Em crianças pode acometer rim, fígado e pode vir a falecer. !

* Esse vírus faz parte da carcinogenese.!

* Não tem cura, só fica vírus silencioso.!

VZV: Causa a varicela, é a catapora. Inúmeras vesículas em todo corpo, causam púrido e coceira muito
grande e podem aparecer na cavidade oral. Recidiva: Zóster, respeita linha media do paciente, cobreiro “xixi
de aranha”!

Tratamento: Feito pelo infectologista, na oral podemos receitar aciclovir e instruir para estar com a mão
limpa, passar pontual, nao usar o mesmo dedo por todas as regiões.!

CMV: (Citomegalovírus) Fica infectado para toda a vida. Pacientes transplantados, imunossuprimidos,
aparenta mononucleose, ulcerações em palato.!

* Pessoas com citomegalovirus não podem doar rim.!

HHV8: Sarcoma de Kaposi!

Lesões de cor arroxeadas vermelhas, planas ou elevadas e com uma forma irregular. Pode acometar
papato, gengiva, língua e pele.!

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ESTOMATOLOGIA E PATOLOGIA BUCAL
AULA 13 - DOENÇAS IMUNOMEDIADAS
- Doenças autoimunes ou imunologicamente mediadas!
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- Não há cura, porém há tratamento.!
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Estruturas alvo das doenças imunomediadas!
Características Histológicas: Células que possuem firme aderência uma a outra.!
- As estruturas de adesão que unem epitélio a tecido conjuntivo se todnam estranhas, atacando os
hemidesmossomos, desmossomos (cada célula irá para um lugar diferente, formando assim,
fendas. Que podem ser intraepiteliais ou subepiteliais), estruturas do colágeno e outros.!
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Líquen Plano Oral
Tipos de lesão bucal:!
* Líquen plano reticular!
* Líquen plano erosivo!



Líquen plano Reticular. As linhas brancas entrelaçadas são típicas do líquen plano reticular envolvendo a
região posterior da mucosa jugal, o local mais comum de envolvimento bucal.!

Doença cutânea comum na cavidade oral, onde aparece como uma placa branca retiruclar como
lesões erosivas com uma proeminente resposta dos linfócitos T no tecido conjuntivo subjacente
imediato.!
- Doença dermatológica crônica mediada imunologicamente!
- Relativamente comum!
- Mulheres (3:2)!



Líquen plano. A, Uma mulher de meia-idade com líquen plano reticular leve na mucosa jugal do lado
esquerdo. B, A mesma paciente após duas semanas, mostrando exacerbação das lesões. Períodos de
melhora e piora são característicos do líquen plano.!
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Líquen plano Reticular. Lesões reticulares papilares e difusas na mucosa jugal do lado direito.!

- alguns medicamentos utilizados podem levar a reações que mimetizam o líquen plano, por isso a
importância de uma anamnese bem feita.!
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Líquen plano reticular



Líquen plano Reticular. Lesões reticular no vermelhão do lábio inferior.!

- Mais comum!
- Geralmente assintomático!
- Região posterior da mucosa jugal bilateralmente!
- Borda lateral e dorso de língua!
- Gengiva, palato e vermelhão do lábio!
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Clinicamente: aspecto de renda (estrias de Wickham)!
- Estruturas metálicas podem gerar reação de galvanismo... levando a aspectos estriados. Porém
não é muito comum.!
- Não é comprovado se é uma lesão cancerizável ou não, mas há presença de mudança epitelial.!
- Achados clínicos são praticamente patognomônicos!
- Dificuldade quando apresenta associação com a candidíase: sensação de ardência (tratar com
nistatina, ardência cessa, lesão continua.)!
- Geralmente não se faz necessário tratamento!
- Recomenda-se avaliação anual!
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Líquen Plano erosivo
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Líquen plano. A, A superfície dorsal da lingual exibe uma ulceração extensa causada pelo líquen plano
erosivo. Observe as estrias brancas finas na periferia das ulcerações. B, O mesmo paciente após terapia
com corticosteroides sistêmicos. Na maior parte da mucosa houve reapitelização, deixando apenas
ulcerações focais remanescentes.!

- Menos comum!
- Áreas eritematosas associadas a áreas brancas pseudomembranosas!
- Região atrófica geralmente circundada por finas estrias brancas irradiadas!
- Se for restrito em boca, indica-se corticoide tópico. !
- Sintomático!
- Dor!
- Sensibilidade as temperaturas quentes e frias, alimentos condimentados e bebidas alcoólicas!
- Durante o exame, o toque nas áreas causa dor e sangramento!
- Clinicamente pode apresentar-se como gengivite descamativa!
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Histologicamente: infiltrado inflamatório em faixa/banda. Hiperplasia em forma de cerdas de um
cerrote para o conjuntivo.!
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Líquen plano. A, Essa fotomicrografia em menor aumento de uma lesão bucal exibe hiperceratose, cristas
epiteliais com aspecto de dentes de serra e um infiltrado inflamatório linfocitário semelhante a uma faixa
imediatamente subjacente ao epitélio. B, Visão em maior aumento exibindo migração dos linfócitos em
direção a porção inferior do epitélio com interface na degeneração da camada de células basais.!


Líquen plano. A, Fotomicrografia em maior aumento do epitélio normal exibindo camada de células basais
intacta e sem inflamação. B, Fotomicrografia em maior aumento do líquen plano exibindo degeneração da
camada basal do epitélio e intenso infiltrado linfocitário na camada superficial da lâmina própria.!

Sintomas e tratamento!
- Dor na cavidade bucal!
- Corticosteroides tópicos (betametasona, clobetasol) aplicado várias vezes ao dia!
- Resolução entre 1 ou 2 semanas!
- Lesões podem retornar.!
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Pênfigo Vulgar



Pênfigo vulgar. Múltiplas erosões na mucosa jugal esquerda.!

Condição descamativa da mucosa oral e da pele na qual, antibióticos destroem componentes


antigênicos dos desmossomos das células intermediárias, produzindo separação epitelial acima
da camada basal.!
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- Fendas intraepiteliais, camada basal sem hemidesmossomos, levando as células que estão
acima da camada basal serem atacadas.!
- Células acantoliticas/tzanck: modificam suas formas por perderem as características de adesão!
- Lesões bucais são os 1ºs sinais!
- Autoanticorpos contra os componentes desmossomais!
- Sem predileção por gênero!
- Quarta e sexta década de vida!
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Pênfigo vulgar. Paciente com diagnóstico conhecido de pênfigo vulgar, tratado com medicamentos
imunossupressores. As erosões bucais mostradas aqui são as únicas manifestações persistentes da sua
doença.!



Pênfigo vulgar. Ulcerações irregulares e extensas envolvendo o soalho bucal e o ventre da lingual.!

- Queixa de dor na mucosa bucal!


- Palato, mucosa labial, mucosa jugal, ventre de língua e gengiva!
- Sinal de Nikolsky (não mais utilizado)!
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Clinicamente: aparece como gengivite descamativa!
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Pênfigo vulgar. Fotomicrografia em menor aumento da mucosa perilesional afetada pelo pênfigo vulgar. A
fenda intraepitelial está localizada logo acima da camada de células basais.!
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Pênfigo vulgar. Fotomicrografia em maior aumento exibindo células epiteliais acantolíticas e redondas
localizadas no interior da fenda intraepitelial.!
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Penfigoide das Membranas Mucosas
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Penfigoide das membranas mucosas. Uma ou mais vesículas intrabucais, como a observada no palato
mole podem ser detectadas nos pacientes com penfigoide cicatricial. Em geral, as ul- cerações da mucosa
bucal também estão presentes.!

Condição descamativa das membranas mucosas na qual a reação autoimune ocorre no nível da
membrana basal; comumente afeta a gengiva antes de se estender para outras localizações
mucosas.!
- Possibilidade de cegueira!
- Destruição dos hemidesmossomos, formando fenda subepitelial!
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Penfigoide das membranas mucosas. Embora seja di- fícil de detectar o início das alterações oculares, os
pacientes com tal envolvimento podem apresentar adesão (simbléfaro) entre as conjuntivas bulbar e
palpebral antes que ocorra um grave dano ocular.!

- Envolvimento ocular (simbléfaro – bolhas em conjuntivo, formando um cordão fibroso que une
pálpebra com mucosa ocular, levando cílios para o lado de dentro do globo ocular. Não há como
abrir o olho em estágio avançado)!
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- Origem autoimune!
- Autoanticorpos dirigidos contra os componentes da membrana basal!
- Mulheres!
- Atinge mucosa bucal, conjutival, nasal, esofágica, laríngea e vaginal!
- Gengiva (gengivite descamativa)!
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Penfigoide das membranas mucosas. Com frequência o tecido gengival é o único local afetado,
resultando em um padrão clínico conhecido como gengivite descamativa. Este padrão também pode ser
observado no líquen plano ou no pênfigo vulgar.!



Penfigoide das membranas mucosas. Ulcerações bucais extensas e irregulares caracterizam as lesões
após a ruptura inicial das bolhas.!

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Penfigoide das membranas mucosas. Fotomicrografia em médio aumento do tecido perilesional exibindo
a característica fenda subepitelial.!

Eritema multiforme

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Eritema multiforme. Ulcerações e erosões difusas envolvendo a superfície dorsal da língua deste paciente.!

Reação de hipersensibilidade generalizada, ocorre em formas leves ou severas e produz reações


teciduais centradas nos vasos superficiais da pele e das membranas mucosas, devido geralmente
a um agente incitante.!
- Etiologia incerta (pessoas infectadas com herpes simples podem ter uma probabilidade a ter
eritema multiforme).!
- Condição mucocutânea bolhosa ulcertativa!
- Herpes simples, medicamentos ou Mycoplasma pneumoniae. Desencadeiam reação imunológica!
- Adultos jovens (devido o fato de sistema imunológico, massa corpórea, questão metabólica,
serem menos formados)!
- Homens!
- Duração de 2 a 6 semanas!
- Lesões em alvo em pele!
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Sintomas prodrômicos:!
- Antecedem uma semana antes!
- Mal estar!
- Febre, cefaleia, tosse e dor de garganta!
- Gengiva e palato duro preservados (não se sabe o por quê)!
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Eritema multiforme. Ulcerações da mucosa labial, com crostas hemorrágicas na região do vermelhão dos
lábios.!

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Eritema multiforme. Essa fotomicrografia em médio aumento exibe inflamação e formação de vesícula
intraepitelial na porção basilar do epitélio. Numerosos ceratinócitos necróticos eosinófilicos estão presentes
na área da bolha.!

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Eritema multiforme. Essa fotomicrografia de médio aumento exibe infiltrado inflamatório perivascular,
geralmente observado no eritema multiforme.!

Eritema multiforme maior!


- forma mais grave (síndrome de Stevens-Johnson)!
- medicamentos!
-mucosa ocular ou genital deve estar afetada, em conjunto com as lesões bucais e de pele!
- pode formar simbléfaro!
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Síndrome de Stevens-Johnson. Com o eritema multiforme maior (síndrome de Stevens-Johnson), outras
superfícies mucosas são envolvidas, como a conjuntivite severa apresentada nesta fotografia.!

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Lúpus Eritematoso (LE)
- Condição mediada imunologicamente!
- Mulheres são 9x mais afetadas que os homens!
- Insidioso!
- Lesões esbranquiçadas e circulares na mucosa oral!
- Rupções eritematosas na pele exposta ao sol!
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Lúpus eritematoso (LE). Fotomicrografia em maior aumento da mucosite de interface.!

Lúpus eritematoso sistêmico (LES)



Lúpus eritematoso sistêmico (LES). As placas eritematosas observadas nas regiões malares são um
sinal característico.!
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Lúpus eritematoso sistêmico (LES). Ulcerações irregulares na mucosa jugal.!

- Grave!
- Envolve vários sistemas!
- Manifestações bucais!
- Etiologia desconhecida!
- Aumento de linfócitos B e função anormal de linfócitos T!
- Doença difícil diagnosticar em fase inicial!
- Mulheres!
- Exantema em região do osso zigomático!
- Luz solar agrava lesão exantematosa!
- Rins, coração e fígado!
- Palato, mucosa jugal e gengiva!
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Lúpus eritematoso discoide (LED)
As lesões cutâneas do LECC são comumente conhecidas como lúpus eritematoso discoide. Elas se
iniciam como placas eritematosas descamativas que frequentemente estão distribuídas nas áreas da pele
expostas ao sol, especialmente na região da cabeça e do pescoço. Os pacientes podem relatar que as
lesões se exacerbam pela exposição ao sol. Com o tempo, elas podem cicatrizar espontaneamente em uma
área e surgir em outras.!

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Lúpus eritematoso cutâneo crônico (LECC). As lesões da pele são caracterizadas por descamação,
atrofia e distúrbios na pigmentação, mais evidentes na pele exposta ao sol.!

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Lúpus eritematoso cutâneo crônico (LECC). O envolvimento bucal pode também incluir placas
eritematosas relativa- mente não características, como esta observada no palato.!

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Lúpus eritematoso cutâneo crônico (LECC). Áreas eritematosas na mucosa jugal, circundadas por
estrias ceratóticas radiadas. Essas características são semelhantes às observadas no líquen plano erosivo.!

- Forma mais leve da doença!


- Lesões cutâneas da face, crânio, ouvido externo são os achados mais proeminentes!
- Alopecia (falta de cabelo)!
- Placas com crosta espessa!
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