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GRUPO 01

O texto abaixo se refere a um apanhado de dois grandes arquivos e que


buscou, resumidamente, elucidar os conceitos e formas de violência. Caro
estudante, se desejar, procure pelas fontes para informações mais detalhadas.

Os conceitos de violência e suas formas


A filosofia, em sua disciplina sobre ética, tem sido a responsável
por refletir sobre as origens, a natureza e as consequências morais e
materiais da violência na sociedade. Por ser extremamente complexo,
o conceito de violência compreende muitos elementos e teorias,
além de inúmeras maneiras de solução e eliminação. As formas de
violência são tantas que é difícil contabilizá-las por completo. Os
meios de comunicação e diversos outros profissionais se encarregam
de manifestar-se sobre elas todos os dias, propondo alternativas que,
muitas vezes, são simplistas. Porém, a violência aparece na sociedade
sempre de um novo modo e ninguém consegue, ainda hoje, evitá-la
por completo (PAVIANI, 2016).
O termo “violência” vem do latim, violentia, e expressa o ato de
violar o outro ou a si mesmo. Além disso, a palavra parece indicar algo fora
do estado natural, algo ligado à força intencional, ao comportamento
decidido de produzir danos físicos, tais como ferimentos, tortura, morte
ou danos psíquicos, a exemplo: humilhações, ameaças, ofensas. A
violência, neste sentido, pode ser entendida como natural de todo
ser humano ou artificial. Entendendo-a como natural, é vê-la como
se ninguém estivesse livre dela, pois ela seria própria de todos os seres
humanos. Entretanto, no segundo caso, a violência é entendida como
um excesso de força de uns sobre outros, ou seja, a prática da violência
expressa atos contrários à liberdade e à vontade de alguém e reside
nisso sua dimensão moral e ética (PAVIANI, 2016).
Para Santos (1996), citado pela Universidade Federal de Santa
Catarina (2014, p. 12),
a violência configura-se como um dispositivo de controle aberto e
contínuo, ou seja, a relação social caracterizada pelo uso real ou virtual
da coerção, que impede o reconhecimento do outro, pessoa, classe,
gênero ou raça, mediante o uso da força ou da coerção, provocando
algum tipo de dano, configurando o oposto das possibilidades da
sociedade democrática contemporânea.

1 CULTURA DE PAZ
O autor ainda destaca que, ao estudar os conceitos de violência
é importante considerar a diferença entre conflito e agressão, pois
a agressão não é, por si mesma, a única forma de resolução de
conflitos, mas uma opção que traz danos aos envolvidos e que pode
ser evitada (Santos,1996 apud UFSC, 2014).
Essas características gerais do conceito de violência variam no
tempo e no espaço, segundo os padrões culturais de cada grupo ou
época, como, por exemplo: alguns atos que hoje são considerados
violência contra mulher, em outros tempos eram considerados
práticas naturais ou ainda, a pena de morte, em alguns países, legal,
em outros, ilegal (PAVIANI, 2016).
Há também uma violência objetiva, vista nos atos explícitos
e com alvo exclusivo que, segundo Paviani (2016), é resultante do
sistema capitalista; mas que a violência subjetiva e simbólica é mais
importante, pois aponta para a questão da violência como resultado
das relações conflitantes de classe (ex.: os mais poderosos e os menos
favorecidos).
Quando se classificam as formas de violência, favorecemos a
possibilidade de ver melhor o fenômeno, mas muitas vezes elas se
confundem e estão em conjunto num mesmo ato violento. Paviani
(2016, p. 12), revela, entre as formas de violência: “a violência
provocada e a gratuita, a real e a simbólica, a sistemática e a não
sistemática, a objetiva e a subjetiva, a legitimada e a ilegitimada,
a permanente e a transitória” e aponta como exemplos a guerra e
o terrorismo; o assassinato; o crime organizado; a violência contra
a criança, adolescentes, mulheres; o estupro; o assédio sexual; o
bullying; o vandalismo. Também podemos acrescentar a corrupção,
o nepotismo, a extorsão, entre outras muitas modalidades.

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REFERÊNCIAS
PAVIANI, J. Conceitos e formas de violência. [cap.]. In: Conceitos e formas de
violência. Org.: MODENA, M. R. Caxias do Sul, RS: EDUCS, 2016. Disponível em: <https://
www.ucs.br/site/midia/arquivos/ebook-conceitos-formas_2.pdf>. Acesso em: 25 de set. de
2020.

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA. Violência: definições e tipologias.


Org.: COELHO, E. B. S.; GRÜDTNER,A. C. L. S. LINDNER, S. R. — Florianópolis: Universidade
Federal de Santa Catarina, 2014. Disponível em: <https://ares.unasus.gov.br/acervo/html/
ARES/1862/1/Definicoes_Tipologias.pdf>. Acesso em: 27 de set. de 2020.

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