Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
CAMPO GRANDE
2018
CAROLINA LIMA STECH FRATICELLI
CAMPO GRANDE
2018
CAROLINA LIMA STECH FRATICELLI
BANCA EXAMINADORA
Nomear, um a um, todos aqueles que, de maneira direta ou indireta, contribuíram para
a realização deste trabalho, é uma tarefa destinada ao equívoco. Assim como nas palavras, cada
letra depende da outra, este trabalho dependeu de diversas pessoas, cuja ajuda foi de
importância imensurável.
Mas existem algumas pessoas, em especial, que devem ser citadas individualmente.
Primeiramente, agradeço à minha mãe, Joelma, pelo amor, incentivo e apoio
incondicional nessa longa jornada, desde o meu nascimento até aqui.
À minha orientadora, profa. Dra. Andrelisa Vendrami Parra, por ser minha inspiração
ao longo de cinco anos de graduação, por me apresentar à cardiologia e por trazer tanto amor
em seus ensinamentos a ponto de fazer eu me apaixonar pela área.
À minha co-orientadora, profa. Dra. Elaine Cristina Fernandes Baez Sarti, pelo
suporte, paciência e compromisso, no pouco tempo que lhe coube, para que a conclusão deste
trabalho fosse possível.
E por fim, aos meus amigos, que direta ou indiretamente, fizeram parte da minha
formação.
“Quanto mais aumenta nosso conhecimento,
mais evidente fica nossa ignorância.” (John
F. Kennedy)
RESUMO
Introdução: O infarto agudo do miocárdio (IAM) tem sido a principal causa de morte em todo
o mundo. O IAM em populações jovens possui fatores de risco, características clínicas,
anatômicas e prognósticas próprias, diferentemente da população idosa. Além disso, após o
IAM, as consequências psicossociais e econômicas são mais graves. Objetivo: Identificar os
fatores de risco, as manifestações clínicas e as complicações do IAM em adultos jovens.
Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura realizada em cinco fases, sendo
elas definição do tema e elaboração da pergunta norteadora; estabelecimento dos critérios de
inclusão e exclusão; coleta de dados, desenvolvida de outubro e novembro de 2018, na base de
dados US National Library of Medicine (PubMed); análise e interpretação dos dados e;
apresentação dos resultados da revisão. Resultados e Discussão: Foram identificados 18
artigos dos quais emergiram quatro categorias temáticas: fatores de risco, características
clinicas, complicações e desfechos do IAM em adultos jovens. Conclusão: A literatura
científica demonstra que adultos jovens com IAM eram em sua maioria homens, tabagistas,
com histórico familiar de DAC, dislipidêmicos e que faziam uso de cocaína. Apresentaram
manifestações clínicas de dor torácica típica, doença de vaso único e complicações de dor
torácica recorrente.
Introduction: Acute myocardial infarction (AMI) has been the leading cause of death
worldwide. The AMI in young populations has risk factors, clinical, anatomical and prognostic
characteristics, unlike in the elderly population. In addition, after AMI, the psychosocial and
economic consequences are more serious. Objective: To identify the risk factors, clinical
manifestations and complications of AMI in young adults. Methodology: This is an integrative
review of the literature carried out in five phases, being they definition of the theme and
elaboration of the guiding question; establishment of the inclusion and exclusion criteria; Data
collection, developed from October and November 2018, using the US National Library of
Medicine (PubMed) database; analysis and interpretation of data; presentation of the results of
the review. Results and Discussion: We identified 18 articles from which emerged four
thematic categories: risk factors, clinical characteristics, complications and outcomes of AMI
in young adults. Conclusion: The scientific literature shows that young adults with AMI were
mostly men, smokers, family history of CAD, dyslipidemic and who used cocaine. They
presented clinical manifestations of typical thoracic pain, single vessel disease and
complications of recurrent chest pain.
1 INTRODUÇÃO...................................................................................................... 13
2 REVISÃO DE LITERATURA............................................................................. 15
2.1 Síndromes Coronarianas Agudas............................................................................. 15
2.2 Epidemiologia das Doenças Cardiovasculares......................................................... 15
2.3 Infarto Agudo do Miocárdio.................................................................................... 16
2.4 Métodos Diagnósticos.............................................................................................. 21
2.5 Abordagem Terapêutica........................................................................................... 23
3 OBJETIVO............................................................................................................. 25
4 METODOLOGIA.................................................................................................. 26
4.1 Tipo de Estudo......................................................................................................... 26
4.2 Pergunta Norteadora................................................................................................. 26
4.3 Critérios de Inclusão................................................................................................. 26
4.4 Critérios de Exclusão............................................................................................... 26
4.5 Coleta de Dados....................................................................................................... 27
4.6 Armazenamento e Análise dos Dados...................................................................... 27
4.7 Amostra do Estudo................................................................................................... 27
4.8 Aspectos Éticos........................................................................................................ 27
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO........................................................................... 29
6 LIMITAÇÕES DO ESTUDO............................................................................... 40
7 CONCLUSÃO........................................................................................................ 41
REFERÊNCIAS..................................................................................................... 42
13
1 INTRODUÇÃO
O infarto agudo do miocárdio (IAM) tem sido a principal causa de morte em todo o
mundo, sendo responsável por 8,76 milhões de todas as mortes em 2015. Segundo o
Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), em 2016 foram
registrados 107.409 internações e 12.215 óbitos por IAM (PASSINHO et al., 2018).
O IAM caracteriza-se pela morte parcial ou total do musculo cardíaco causada por
insuficiência de suporte sanguíneo para as artérias coronárias por tempo prolongado. Essa
isquemia geralmente é causada por uma placa de ateroma, base fisiopatológica, que constitui-
se do acúmulo de células endoteliais, musculares lisas e do sistema inflamatório (linfócitos T,
monócitos e macrófagos), inicialmente na parede endotelial dos vasos, ocasionando na
obstrução da passagem de sangue pelos mesmos (PESARO; SERRANO; NICOLAU, 2004;
VARGAS et al., 2017).
Dentre os principais fatores de risco para o surgimento desses agravos, estão o consumo
abusivo de álcool e tabaco, hábitos sedentários e alimentação com elevado teor de calorias e
sódio, o que consequentemente leva à elevação da pressão arterial, excesso de peso, diabetes
mellitus e a doença aterosclerótica (MAGALHÃES et al., 2015).
Estudos internacionais apontaram que 15% dos jovens apresentavam alguma doença
crônica, além da alta predominância dos fatores de risco nessa população que favorecem
negativamente o risco de complicações futuras, como o IAM. As mudanças nos hábitos de vida
nessa fase geralmente estão ligadas diretamente a rotina de trabalho e estudos, que os levam,
por exemplo, a escolhas pouco saudáveis, como um alto consumo das redes de fastfood, do
álcool e do tabaco (BORBA; LEMOS; HAYASIDA, 2015).
Além disso, fatores como a idade e o sexo podem influenciar a clínica do IAM.
Enquanto as mulheres sofrem com IAM cerca de dez anos mais velhas que os homens e ainda
apresentam maior índice de hipertensão arterial sistêmica, diabete mellitus, coronárias
consideradas normais e manifestações clinicas de insuficiência cardíaca, sabe-se que os homens
sofrem mais precocemente com a incidência dos fatores de risco e consequentemente pior
prognóstico da doença (CONTI et al., 2002).
O IAM em adultos jovens ainda constituem uma pequena parcela da população, cerca
de 4% a 8%. Estudos apontam que o acometimento dessa população não é infrequente,
considerando que, no ano de 2000, em hospitais brasileiros credenciados pelo Sistema Único
de Saúde (SUS) foram admitidos 4.549 pacientes com diagnostico de IAM (CONTI et al.,
2002).
14
2 REVISÃO DE LITERATURA
As SCA são definidas pela American Heart Association (AHA) como um grupo de
sintomas clínicos compatíveis com isquemia miocárdica aguda. O IAM é compreendido como
uma das alterações patológicas da SCA, no qual ainda encontra-se os quadros de Angina
Instável (AI). Todas elas são parte de um processo de instabilização da placa aterosclerótica
que resulta no agravamento da obstrução coronária (KALIL FILHO; FUSTER;
ALBUQUERQUE, 2016).
A SCA pode ainda resultar em dois diferentes mecanismos de instabilização da placa:
rotura da capa fibrosa ou erosão superficial da íntima, permitindo que o sangue entre em contato
com o material lipídico da placa (MAGALHÃES et al., 2015).
O tipo de SCA é definido pela intensidade da isquemia miocárdica resultante da
obstrução coronária. Nos casos de AI e IAM sem supradenível do segmento ST (IAMSSST),
há apenas uma oclusão parcial ou transitória da artéria coronária, enquanto no IAM com
supradenível do segmento ST (IAMCSST) há uma oclusão total dessa arterial e,
consequentemente, privação completa de nutrientes ao miocárdio (KALIL FILHO; FUSTER;
ALBUQUERQUE, 2016).
Neste sentido, as SCA são ainda as maiores responsáveis pelas internações em todo o
país, representando também um gasto enorme para os sistemas de saúde. Em 2011, o Sistema
Único de Saúde (SUS) gastou cerca de R$ 522.286.726,00 com as internações por SCA no país,
o que corresponde a 0,77% de seu orçamento total, enquanto nos sistemas particulares, foram
gastos R$ 515.138.617,00 (PIEGAS et al., 2013).
O aumento na ocorrência de complicações das DCV em regiões em desenvolvimento é
resultado da chamada transição epidemiológica, que trouxe a redução da mortalidade por
doenças infecto parasitárias, elevando a expectativa de vida da população e as mudanças
socioeconômicas atuais, que demonstram uma maior suscetibilidade para os fatores de risco,
como a obesidade e o sedentarismo (SERRANO JR. et al., 2009).
Esses valores tem alto impacto sobre o sistema de saúde, constituindo mais de 5% dos
gastos desde o ano de 2000 até o momento atual. Estima-se que em 2020 as SCA sejam
responsáveis por cerca de 25 milhões das mortes no mundo, onde 19 milhões serão apresentadas
em países de baixa e média renda (MEDEIROS et al., 2018).
Em outros países, como na Europa, o IAM gera um custo de cerca de 196 bilhões de
euros ao ano, dos quais 54% são relacionados diretamente a saúde e 24% estão relacionados a
perda de produtividade. Segundo a AHA, nos Estados Unidos cerca de 15,4 milhões de
indivíduos com mais de 20 anos de idade já apresentam cardiopatia isquêmica (GONZÁLEZ,
2014).
Apesar da prevalência de IAM aumentar com a idade, estudos internacionais apontam
que houve um aumento significativo nos números de indivíduos acometidos entre 35 e 54 anos
de idade. As estimativas apontam que os indivíduos acometidos pelo IAM nessa faixa etária
causam maior dano na economia brasileira, gerando uma perda de 4,18 milhões de dólares entre
os anos de 2006 e 2015, resultado da redução da produtividade e consequentemente diminuição
da renda familiar (MAGALHÃES et al., 2015).
Entretanto, mesmo com a diminuição da qualidade de vida no pós IAM, as taxas de
mortalidade vem diminuindo desde 1980, passando de 233/100 mil naquela década, para
156/100 mil atualmente (SERRANO JR. et al., 2009).
O IAM é atualmente caracterizado por uma interrupção súbita de suporte sanguíneo para
determinada região do coração causando a morte das células responsáveis pelas contrações
espontâneas e cíclicas do musculo cardíaco, ou seja, é basicamente caracterizado pela morte de
17
Figura 2 – Diferenciação entre IAM tipo 1 e tipo 2 de acordo com sua origem.
Alguns autores citam cansaço extremo e fadiga incomum em alguns casos de IAM,
mesmo que evidenciados tardiamente. Nos casos de sobrevida, os indivíduos relataram um
intenso cansaço físico e mental, o que torna a vida futura vulnerável (PASSINHO et al., 2018).
O sulfato de morfina é o analgésico de escolha nos casos de IAM, por ser um narcótico
potente e ansiolítico. Nesses casos, a morfina diminui a frequência cardíaca e a pressão arterial
sistólica, reduzindo a demanda de oxigênio do miocárdio. Após a administração do
medicamento, podem surgir efeitos adversos, como náuseas, vômitos, hipotensão, bradicardia,
etc. Quando isso ocorre, um narcótico antagonista ou uma solução salina devem ser
administrados para que o indivíduo se reestabeleça (AEHLERT, 2018).
A administração de oxigênio pode diminuir o tamanho da lesão miocárdica e ainda
aumentar a resistência vascular periférica e reduzir o fluxo coronário. Entretanto, o O2 só deve
ser ofertado para indivíduos com saturação menor que 90% (MAGALHÃES et al., 2015).
Os nitratos servem como vasodilatadores das artérias normais e ateroscleróticas,
redirecionando o fluxo sanguíneo e atuam ainda, reduzindo o retorno venoso sistêmico, estresse
24
3 OBJETIVO
4 METODOLOGIA
A pergunta norteadora elaborada para essa pesquisa a partir de uma breve investigação
do tema foi: “Quais são as características diferenciais na ocorrência de infarto agudo do
miocárdio em adultos jovens?”.
Primeiramente foi realizado uma busca somente através dos descritores cruzados e,
assim encontrados 5383 artigos. Em seguida, foram aplicados os filtros disponíveis com base
nos critérios de inclusão e exclusão previamente estabelecidos, sendo identificados 1493
artigos. Após a leitura dos títulos e resumos dos artigos, foram selecionados 74 artigos e
excluídos 1419, por não atenderem ao objetivo do estudo. Finalmente, lendo os artigos na
íntegra, foi obtida uma amostra de 18 artigos nacionais e internacionais (Figura 4).
PubMed
Estudos selecionados
após a aplicação dos
critérios de inclusão e
exclusão (n = 1493)
Estudos excluídos
após leitura na
integra (n = 56)
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Quadro 1 - Distribuição dos artigos selecionados segundo periódicos de publicação, ano de publicação, autor, população do estudo e Qualis.
3 Acute myocardial infarction in very young adults: SINHA, SK et al. 1.116 ARYA 2017 Não
A clinical presentation, risk factors, hospital Atherosclerosis disponível
outcome index, and their angiographic
characyeristics in North India-AMIYA Study
4 Gender differences in pre-event health status of DREYER, RP et al. 3.501 European Heart 2016 A2
young patients with acute myocardial infarction: A Journal: Acute
VIRGO study analysis Cardiovascular Care
5 Differing Clinical Characteristics Between Young MATSIS, K et al. 1.199 Heart, Lung and 2017 B2
and Older Patients Presenting with Myocardial Circulation
Infarction
6 Symptom Recognition and Healthcare LICHTMAN, JH et 30 Circulation: 2015 Não
Experiences of Young Women With Acute al. Cardiovascular disponível
Myocardial Infarction Quality and
Outcomes
7 Erectile Dysfunction in Young Myocardial DOSTÁLOVÁ, G 126 American Journal of 2017 B1
Infarction Survivors: Evolution, Follow Up et al. Men’s Health
8 Sexual Activity and Counseling in the First Month LINDAU, ST et al. 3.501 Circulation Journal 2015 A2
After Acute Myocardial Infarction (AMI) Among
Younger Adults in the United States and Spain: A
Prospective, Observational Study
9 Thrombotic Stroke and Myocardial Infarction with LIDEGAARD, O 1.628.158 The New England 2012 Não
Hormonal Contraception et al. Journal of Medicine disponível
31
10 Acute Coronary Syndrome in the Young: Clinical ESTEBAN, MR et 6.729 The Open 2014 B1
Characteristics, Risk Factors and Prognosis al. Cardiovascular
Medicine Journal
11 Sex Differences in Inflammatory Markers and LU, Y et al. 2.219 Circulation: 2017 Não
Health Status Among Young Adults With Acute Cardiovascular Disponível
Myocardial Infarction Quality and
Outcomes
12 Myocardial infarction in young adults: risk INCALTERRA, E 121 Clinical 2013 B1
factors, clinical characteristics and prognosis et al. Therapeutics
according to our experience
13 Características clínicas e evolução em longo prazo SOEIRO, AM et al. 268 Einstein 2015 B2
de pacientes jovens com síndrome coronariana
aguda no Brasil
14 Myocardial infarction in young adults-risk factors BHARDWAJ, B; 124 Nigerian Medical 2014 B3
and pattern of coronary involvement KANDORIA, A; Journal
SHARMA, R.
15 Depressive Symptoms in Younger Women and SMOLDEREN, 3.572 Journal of the 2016 A1
Men With Acute Myocardial Infarction: Insights KG et al. American Heart
From the VIRGO Study Association
16 Acute coronary syndrome in young women under DAVIS, M et al. 3.237 Clinical Research in 2015 Não
55 years of age: clinical characteristics, treatment, Cardiology Disponível
and outcomes
17 Risk factors and in-hospital outcome of acute ST KARIM, MA et al. 100 BMC Cardiovascular 2015 A2
segment elevation myocardial infarction in young Disorders
Bangladeshi adults
18 Acute ST-segment elevation myocardial infarction BAJAJ, S et al. 3.527 Coronary Artery 2011 B1
in young adults: who is at risk? Disease
32
Dentre os fatores de risco apresentados pelos autores, o tabagismo foi o mais citado
(81,25%). O tabaco, de origem nativa intertropical e subtropical americana, afeta adversamente
todas as fases da doença aterosclerótica, acelerando o processo trombótico, a disfunção
endotelial e a vaso constrição coronariana, induzindo efeitos inflamatórios e criando um meio
trombótico, mesmo em pacientes com artérias coronárias normais (SINHA et al., 2017).
Os autores Matsis et al. (2017) e Dostálová et al. (2017), confirmam a teoria que a
maioria dos jovens que são acometidos por IAM são fumantes atuais, apresentando um número
entre 70% a 90% do total. Oga (2003), confirma a teoria de Sinha et al. (2017), de que o tabaco
tem importante papel na ocorrência do IAM e ainda explica que, atua não apenas na
aterogênese, acelerando o processo inflamatório, mas também na trombogênese, induzindo a
vasoconstrição e a diminuição da contratilidade coronariana através da disfunção endotelial.
Apesar da maioria dos estudos apresentar baixos números de portadores de DM, HAS
sedentarismo e obesidade, muitos deles ainda os citam como os fatores de risco mais
predominantes na ocorrência de IAM mesmo em jovens. Segundo Godin, Oliveira e Grossi
(2003), eles favorecem ainda as alterações no endotélio arterial e aumento da agregação
plaquetária, facilitando a formação da placa de aterosclerose. Além disso, o depósito de
substâncias nesses casos causam grandes alterações lipídicas favorecendo o processo
inflamatório.
As anormalidades lipídicas, em especial as concentrações séricas de HDL-colesterol,
LDL-colesterol e colesterol total, foram o segundo fator de risco mais expressivo encontrado
(68,75%). De acordo com os autores Esteban et al. (2014), Lu et al. (2017) e Bhardwaj et al.
(2014), essas alterações favorecem a formação e a instabilidade da placa aterosclerótica, além
de contribuir com os aspectos inflamatórios na ocorrência do IAM.
Duarte, Pellanda e Portal (2005), compactuam com os achados desse estudo e ainda
apontam que os distúrbios do metabolismo lipídico também atuam acelerando a atividade
inflamatória aterosclerótica. Além disso, os indivíduos com IAM apresentam altos níveis
séricos de colesterol total e LDL e baixas concentrações de HDL.
Os fatores hereditários estão muitas vezes ligados às condições das artérias coronárias
e também as condições de saúde do indivíduo, sugerindo também que pode haver uma
predisposição genética para o desenvolvimento de IAM em adultos jovens (MATSIS et al.,
2017).
O sexo masculino também encontra-se entre os fatores de risco mais comumente citados
nos artigos encontrados (31,25%). De acordo com um dos autores, Yunyun et al. (2014), os
níveis de andrógeno, com seu pico entre os 20 e 24 anos, são significativamente reduzidos em
34
pacientes com doença aterosclerótica, podendo também ser um forte coadjuvante na prevenção.
Assim como nos artigos selecionados para esse estudo, o uso de drogas ilícitas, como a
cocaína e a maconha, entre 31,25% e 12,5% respectivamente, tem sido cada vez mais retratados
nas pesquisas apresentadas sobre a ocorrência de IAM em jovens. Bajaj et al. (2011), explica
que o uso dessas drogas causam vasoespasmo coronariano associado a elevação da frequência
cardíaca e da pressão arterial sistólica, comprometendo o fluxo sanguíneo que resulta em um
desequilíbrio entre a oferta e demanda de oxigênio, além de ser altamente tóxico ao miocárdio,
podendo levar a necrose do músculo.
Pott Jr. e Ferreira (2009) explicam que a cocaína age na estimulação adrenérgica central
e periférica, bloqueando a receptação pré-sináptica de noradrenalina e dopamina, resultando no
aumento de suas concentrações no SNC. Após o uso da droga, há uma significativa redução nas
artérias coronárias e consequentemente, no fluxo sanguíneo e também maior agregação
plaquetária, levando a formação de trombos nas artérias coronárias, fator que favorece
diretamente a ocorrência do IAM.
A contracepção hormonal também é um fator de risco fortemente citado entre os jovens
com IAM (25%). Nesses casos, o uso ininterrupto de terapias hormonais podem levar a
trombose arterial, aumentando os casos de IAM de duas a três vezes nas mulheres em idade
fértil, ou seja, em mulheres de até 35 anos de idade (LIDEGAARD et al., 2012).
A literatura sugere que o álcool só torna-se prejudicial quando seu consumo é maior que
um ou duas doses diárias, sendo que na população jovem, o consumo excessivo de álcool é
comum e tem se tornado um hábito entre eles. Miranda (2014) explica que as substancias
presentes nas bebidas alcoólicas estimulam o SNC, levando a um aumento dos hormônio
adrenalina e noradrenalina e, consequentemente, induzindo a hipertrofia do músculo cardíaco.
Yunyun et al. (2014) explica que o estilo de vida de adultos jovens, caracterizado por
stress no trabalho, ritmo acelerado, excesso de trabalho etc, favorecem o surgimento de
condições como a ansiedade e a depressão, que por sua vez tem uma complexa influencia no
desenvolvimento do IAM.
Perez et al. (2005) trazem ainda mais informações na associação do IAM a essas
condições psicológicas, e afirmam que fatores fisiológicos como o aumento da agregação
plaquetária, hiperatividade do sistema simpático-adrenal, diminuição da variabilidade da
frequência cardíaca e do limiar para fibrilação ventricular estão associados a fatores
psicológicos como o desanimo, a apatia, a intolerância, a falta de flexibilidade psíquica e as
variações constantes de humor levam a falta ou abandono do tratamento nos casos de DCV,
podendo estas progredir para as isquemias, como o IAM.
35
Em seu estudo realizado na Índia, Sinha et al. (2017) afirma que a ocorrência do IAM
em indivíduos com artérias coronárias normais pode ser consequência de vasoespasmo
coronário seguido de trombose coronariana, característico em pacientes jovens. Pamplona et al.
(1997), corrobora com os autores apresentados neste estudo e ainda sugere que o tabagismo, o
etilismo e o uso de drogas explicam a ocorrência do IAM através do vasoespasmo. Além disso,
apresentam evidências de que essa condição afeta entre 1% a 12% de indivíduos com IAM,
com incidência três vezes maior em homens e em pacientes com baixa incidência de fatores de
risco para DCV.
A doença de vaso único é descrita pelos autores Incalterra et al. (2013) e Soeiro et al.
(2015) como uma das principais características encontradas no IAM em adultos jovens e ainda
aparece na maioria dos estudos encontrados nesta revisão (55,5%). De acordo Camarozano et
36
al. (2009), isso deve-se ao fato de que, os indivíduos nessa faixa etária, em geral, apresentam
boa função coronariana antes do evento.
A dor torácica também é fortemente mencionada entre os autores (33,3%) e também
muito descrita na literatura. Essa dor no IAM é ocasionada pela diminuição do fluxo sanguíneo
e pode ser piorada pela morte dos cardiomiócitos, diferentemente da dor apresentada nos casos
de angina, por exemplo. Além disso, a dor torácica associada a outros sinais como a presença
de 4ª bulha, sopro cardíaco ou diminuição dos pulsos em membros inferiores são fatores
importantes para o diagnóstico do IAM nesses pacientes (BASSAN, 2002).
Segundo os estudos selecionados, os sintomas atípicos são mais evidenciados em
mulheres e indivíduos diabéticos. Eles apresentam manifestações clínicas não características de
doenças cardíacas, como dor torácica posterior, dor na mandíbula ou garganta, além de
apresentarem mais sintomas associados como náuseas e vômitos. A evidência dos sintomas
associados, pode estar relacionada com seus fatores de risco, como nos casos de indivíduos
usuários de cocaína, que podem apresentar dispneia e sudorese (LICHTMAN et al., 2015).
A presença de cálcio nas artérias coronárias no momento do IAM foi descrito por Carr
et al., em um estudo multisetorial, realizado em 2017. Nesses casos, a presença de cálcio nas
artérias coronárias tem forte relação com uma maior mortalidade no IAM em adultos jovens e
pode ser um importante marcador para prevenção do mesmo. Buscato (2016) afirma que o
depósito de cálcio nas coronárias é parte do processo da doença aterosclerótica, resultando em
redução da complacência vascular, respostas vasomotoras anormais e perfusão miocárdica
prejudicada, sendo estes fatores preditivos do IAM.
Assim como o cálcio, o Ácido Úrico (AU) tem forte relação com as doenças
cardiovasculares e suas complicações, de acordo com Karim et al. (2015). A presença elevada
de AU são mais evidentes nos casos de IAMSSST, sendo este produto final do metabolismo
das purinas, possivelmente sendo resultado de deficiência na excreção do mesmo pelo
organismo (ROSA et al., 2015).
Já a PCR foi apresentada pelo autor Lu et al. (2017), em níveis séricos bastante elevados
antes e após a ocorrência do IAM nos jovens. Em alguns casos, principalmente em mulheres,
os níveis permaneceram elevados em até um mês após o IAM, o que dificilmente acontece em
pacientes idosos.
As complicações pós IAM são os principais achados a curto, médio e longo prazo em
37
indivíduos jovens. Segundo DAVIS et al. (2015), apesar de não haver grandes diferenças na
fisiopatologia do IAM em adultos jovens, condições como artérias coronárias normais, doença
de vaso único, maior prevalência de fatores de risco modificáveis, são características
importantes que configuram maior sobrevida a essa população. As principais complicações
identificadas estão descritas na Tabela 4.
A dor torácica persistente foi a complicação mais citada entre os estudos selecionados
(55,5%), mencionada por Soeiro et al. (2015) e outros autores. Assim, de acordo com McGillion
et al. (2012), esse sintoma é definido como uma condição crônica geralmente caracterizada por
Insuficiência Cardíaca (IC) ou isquemia miocárdica, como no caso do IAM e que, não pode ser
controlada com tratamentos medicamentosos ou cirúrgicos.
Apesar de pouco aparecer nos artigos encontrados nesta revisão (22,2%), a IC é
comumente descrita na literatura como uma das principais complicações que ocorrem após o
IAM. Cohn, Ferrari e Sharpe (2000) compactuam com esses achados e explicam que os quadros
de IC após o IAM devem-se ao baixo débito cardíaco, consequência dos mecanismos de
adaptação e compensação neuro-hormonais na remodelação do coração após o evento.
A Taquicardia Ventricular (TV) e a Fibrilação Ventricular (FV) aparecem na mesma
proporção nos estudos selecionados (22,2%). A sobrecarga de cálcio e o substrato anatômico
constituído do miocárdio infartado são prováveis mecanismos para a ocorrência de TV e FV.
Estas são ainda as complicações mais temidas no pós IAM, sendo as principais causas de morte
em jovens acometidos pela doença. Além disso, a TV e a FV podem surgir também após a
restauração do fluxo ao miocárdio, através da ativação focal (BENITO; JOSEPHSON, 2012;
JESSEN et al., 2012).
38
O choque cardiogênico é citado pelos autores Sinha et al. (2017) e Esteban et al. (2014),
e muito descrito na literatura como uma das complicações mais comuns no pós IAM intra-
hospitalar. Guieiro et al. (2012) afirma que o choque cardiogênico desenvolve-se em 5% a 10%
dos casos de IAM nas primeiras 24 horas. Essa condição pode surgir também através de
condições mecânicas como a regurgitação mitral, ruptura do septo ventricular e ruptura da
parede livre do VE, resultando em mortalidade em quase 50% dos casos.
Assim como no choque cardiogênico, o Edema Agudo de Pulmão (EAP) é uma
expressão clínica do IAM e da IC, resultado do aumento da pressão ou da permeabilidade nos
capilares pulmonares (SINHA et al., 2017).
Apesar de pouco descrita, a pericardite também foi mencionada no estudo de Sinha et
al. (2017). Essa condição é desencadeada por uma hiperativação imunológica precoce após a
ocorrência do IAM, patologia inflamatória, que nesses casos tende a surgir de forma silenciosa
ou apresentando sintomas atípicos, comuns de causas não cardíacas (BARBOSA et al., 2016).
As limitações físicas também foram pouco descritas nos artigos (11,1%), citada apenas
por Lu et al. (2017). Isso é exemplificado por Castro (1995), que sugere que a reabilitação física
deve iniciar ainda no ambiente intra-hospitalar, fazendo com que o indivíduo permaneça
sentado ou em pé por alguns minutos. A intensidade das atividades devem ser manejadas
gradativamente, evitando esforços desnecessários e buscando melhorar a qualidade física do
indivíduo antes mesmo de sua alta hospitalar.
Dos estudos selecionados, os artigos de Lindau et al. (2014) e Dostálová et al. (2017)
apresentaram que indivíduos jovens sofrem com alterações na atividade sexual após a
ocorrência do IAM. Em indivíduos que já sofreram com IAM, o sexo pode provocar sintomas
como o aumento da frequência cardíaca e consequentemente, aumento da frequência
respiratória. As recomendações medicas são em geral para limitar a atividade e/ou esforço
durante o ato sexual (LINDAU et al., 2014).
Ainda dentro do fator ‘atividade sexual’, Dostálová et al. (2017) traz a Disfunção Erétil
(DE) como uma das complicações mais descritas dentre os homens acometidos por IAM na
idade adulta. Os casos de DE são notados entre 6 a 12 meses após a ocorrência do IAM e causam
grandes transtornos psicológicos na vida dos jovens.
Assim como em indivíduos de outras faixas etárias, os jovens são comumente tratados
com a revascularização do miocárdio, a fim de reestabelecer definitivamente o fluxo sanguíneo.
Os autores Incalterra et al. (2013), Soeiro et al. (2015) e Esteban et al. (2014) que mencionaram
a revascularização do miocárdio neste estudo, e Cantarelli et al. (2014), explicam que apesar
do procedimento ser realizado em indivíduos com baixo risco para o procedimento, o fato de
jovens ter uma maior expectativa de vida e da agressividade do procedimento os torna com alto
risco para ocorrência de eventos coronarianos recorrentes.
Davis et al. (2015) e Soeiro et al. (2015) evidenciam grandes taxas de reinfarto, devido
a não mudança de hábitos e as complicações que surgem ao longo do tempo no pós infarto.
Carr et al. (2017) foi o único autor que apresentou morte como um prognóstico para
jovens acometidos por IAM. Nesse estudo, o autor associa os casos de óbito a presença elevada
de cálcio nas artérias coronárias.
40
6 LIMITAÇÕES DO ESTUDO
7 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
Aterosclerose: Integração de Novas Teorias e Valorização dos Novos Marcadores. Rev Bras
Cardiol Invas, v. 11, n. 3, p. 14-19, 2003.
CASTRO, I. Reabilitação após infarto agudo do miocárdio. Arq Bras Cardiol, v. 64, n. 3, p.
289-296, 1995.
CANTARELLI, MJC; CASTELLO JR, HJ; GONÇALVES, R; GIOPPATO, S; NAVARRO,
E; GUIMARÃES, JBF; RIBEIRO, EP; MAKSUD, D; VARDI, JCF. Intervenção Coronária
Percutânea em Pacientes Jovens. Rev Bras Cardiol Invasiva, v. 22, n. 4, p. 353-358, 2014.
COHN, JN; FERRARI, R; SHARPE, N. Cardiac remodeling-concepts and clinical
implications: a consensus paper from an international forum on cardiac remodeling. Behalf of
an International Forum on Cardiac Remodeling. J Am Coll Cardiol, v. 35, n. 3, p. 569-582,
2000.
CONTI, RAS; SOLIMENE, MC; LUZ, PL; BENJÓ, AM; LEMOS NETO, PA; RAMIRES,
JAF. Comparação entre Homens e Mulheres Jovens com Infarto Agudo do Miocárdio. Arq
Bras Cardiol, v. 79, n. 5, p. 510-517, 2002.
DATASUS. Departamento de Informática do SUS. Portal da Saúde. Ministério da Saúde.
Governo Federal. Disponível em <http://datasus.saude.gov.br/noticias/atualizacoes/559-
infarto-agudo-do-miocardio-e-primeira-causa-de-mortes-no-pais-revela-dados-do-datasus>
Acesso em 28 fev. 2018.
DAVIS, M; DIAMOND, J; MONTGOMERY, D; KRISHNAN, S; EAGLE, K; JACKSON, E.
Acute coronary syndrome in young women under 55 years of age: clinical characteristics,
treatment, and outcomes. Clin Res Cardiol, v. 104, n. 8, p. 648-655, 2015.
DOSTÁLOVÁ, G; HLUBOCKÁ, Z; BAYEROVÁ, K; BELOHLÁVEK, J; LINHART, A;
KARETOVÁ, D. Erectile Dysfunction in Young Myocardial Infarction Survivors: Evaluation,
Follow Up. Sou J Mens Health, v. 11, n. 6, p. 1739-1744, 2017.
DREYER, RP; SMOLDEREN, KG; STRAIT, KM; BELTRAME, JF; LICHTMAN, JH;
LORENZE, NP; D’ONOFRIO, G; BUENO, H; KRUMHOLZ, HM; SPERTUS, JA. Gender
differences in pre-event health status of young patients with acute myocardial infarction: A
VIRGO study analysis. Eur Heart J Acute Cardiovasc Care, v. 5, n. 1, p. 43-54, 2016.
DUARTE, ER; PELLANDA, LC; PORTAL, VL. Perfil Inflamatório, Metabólico e Lipídico na
Síndrome Isquêmica Aguda: Relação com Eventos Intra e Pós-Hospitalares. Arq Bras Cardiol,
v. 84, n. 2, p. 122-129, 2005.
ESTEBAN, MR; MONTERO, SM; SÁNCHEZ, JJA; HERNÁNDEZ, HP; PÉREZ, JJG;
AFONSO, JH; PÉREZ, MCR; DÍAZ, BB; LEÓN, AC. Acute Coronary Syndrome in the
Young: Clinical Characteristics, Risk Factors and Prognosis. The Open Cardiovascular
Medicine Journal, v. 8, s.n., p. 61-67, 2014.
GODIN, LGP; OLIVEIRA, WA; GROSSI, SAA. A diferenciação da dor do infarto agudo do
miocárdio entre pacientes diabéticos e não-diabéticos. Rev Latino-am Enfermagem, v. 11, n.
6, p. 720-726, 2003.
GODOY, MF; BRAILE, DM; PURINI NETO, J. A Troponina como Marcador de Injúria
Celular Miocárdica. Arq Bras Cardiol, v. 71, n. 4, p. 629-633, 1998.
GOTTLIEB, MGV; BONARDI, G; MORIGUCHI, EH. Fisiopatologia e aspectos inflamatórios
da aterosclerose. Scientia Medica, Porto Alegre, v. 15, n.3, p. 203-207, 2005.
44
GONZÁLEZ, IF. The Epidemiology of Coronary Heart Disease. Rev Esp Cardiol, v. 67, n. 2,
p. 139-144, 2014.
GUALANDRO, SFM; FONSECA, GHH; GUALANDRO, DM. Complicações
cardiopulmonares das doenças falciformes. Rev Bras Hematol Hemoter, v. 29, n. 3, p. 291-
298, 2007.
GUIEIRO, F; VITORINO, F; BRITO, H; SANT’ANNA, J; CASTRO, K; COUY, M;
MORAES, M; FIORAVANTE, M; LENTZ, B. Choque cardiogênico secundário a infarto
agudo do miocárdio. Rev Med Minas Gerais, v. 22, supl. 5, p. 63-66, 2012.
INCALCATERRA, E; CARUSO, M; PRESTI, RL; CAIMI, G. Myocardial infarction in young
adults: risk factors, clinical characteristics and prognosis according to our experience. Clin Ter,
v. 164, n. 2, p. 77-82, 2013.
JESSEN, NPJ; FIGUEIREDO, RL; SILVA, JP; PRESTA, PM; ROCHA, RM. Tempestade
Elétrica e Choque Cardiogênico após Infarto Agudo do Miocárdio. Rev Bras Cardiol, v. 25,
n. 6, p. 494-497, 2012.
KALIL FILHO, R; FUSTER, V; ALBUQUERQUE, CP. Medicina Cardiovascular:
Reduzinfo o Impacto das Doenças. – 1 ed. – São Paulo: Atheneu, 2016.
KARIM, MA; MAJUMDER, AAS; ISLAM, KQ; ALAM, MB; PAUL, ML; ISLAM, MS;
CHOWDHURY, KN; ISLAM, SMS. Risk factors and in-hospital outcome of acute ST segment
elevation myocardial infarction in young Bangladeshi adults. BMC Cardiovasc Disord, v. 15,
n. 73, p. 1-8, 2015.
LEMOS, KF; DAVIS, R; MORAES, MA; AZZOLIN, K. Prevalência de Fatores de Risco para
Síndrome Coronariana Aguda em Pacientes Atendidos em uma Emergência. Rev Gaúcha
Enferm, v. 31, n. 1, p. 129-135, 2010.
LICHTMAN, JH; LIMSON, ECL; WATANABE, E; ALLEN, NB; GARAVALIA, B;
GARAVALIA, LS; SPERTUS, JA; KRUMHOLZ, HM; CURRY, LA. Symptom Recognition
and Healthcare Experiences of Young Women with Acute Myocardial Infarction. Circ
Cardiovasc Qual Outcomes, v. 8, supl. 1, p. 1-17, 2015.
LIDEGAARD, O; LOKKEGAARD, E; JENSEN, A; SKOVLUND, CW; KEIDING, N.
Thrombotic Stroke and Myocardial Infarction with Hormonal Contraception. N Engl J Med,
v. 366, n. 24, p. 2257-2266, 2012.
LIMA, OS; VISMARI, L. Avaliação dos marcadores de lesões miocárdica solicitados em
hospital paulista. Infarma Cienc Farmac, v. 26, n. 3, p. 166-171, 2014.
LINDAU, ST; ABRAMSOHN, EM; BUENO, H; D’ONOFRIO, G; LICHTMAN, JH;
LORENZE, NP; SANGHANI, RM; SPATZ, ES; SPERTUS, JA; STRAIT, K;
WROBLEWSKI, K; ZHOU, JA; KRUMHOLZ, HM. Sexual Activity and Counseling in the
First Month After Acute Myocardial Infarction (AMI) Among Younger Adults in the United
States and Spain: A Prospective, Observational Study. Circulation, v. 130, n. 25, p. 2302-2309,
2014.
LU, Y; ZHOU, S; DREYER, RP; SPATZ, ES; GEDA, M; LORENZE, NP; D’ONOFRIO, G;
LICHTMAN, JH; SPERTUS, JÁ; RIDKER, PM; KRUMHOLZ, HM. Sex Differences in
Inflammatory Markers and Health Status Among Young Adults With Acute Myocardial
Infarction. Circ Cardiovasc Qual Outcomes, v. 10, n. 2, 2017.
MAGALHÃES, CC; SERRANO JR., CV; COLOMBO, FMC; NOBRE, F; FONSECA, FAH;
45
PERIOTTO, ACM; SALLES, DM; ALBUQUERQUE, DC. Síndrome Coronariana Aguda sem
Elevação do Segmento ST – Angina Instável e Infarto Agudo do Miocárdio sem Supradesnível
de ST. Rev HUPE UERJ, s.v., s.n., p. 19-27, 2008.
PESARO, AEP; SERRANO JUNIOR, CV; NICOLAU, JC. Infarto Agudo do Miocárdio –
Síndrome Coronariana Aguda com Supradesnível do Segmento ST. Rev Assoc Med Bras, v.
50, n. 2, p. 214-220, 2004.
PIEGAS, LS; AVEZUM, A; GUIMARÃES, HP; MUNIZ, AJ; REIS, HJL; SANTOS, ES;
KNOBEL, M; SOUZA, R. Comportamento da Síndrome Coronariana Aguda: Resultados de
um Registro Brasileiro. Arq Bras Cardiol, v. 100, n. 6, p. 502-510, 2013.
PINHEIRO, DS. Caracteristicas Clínicas e Fatores de Risco em pacientes adultos jovens com
Doença Arterial Coronariana. – Salvador, 2012.
POLANCZYK, CA; WAINSTEIN, MV; RIBEIRO, JP. Custo-efetividade dos Stents
Recobertos por Rapamicina em Procedimentos Percutaneos Coronarianos no Brasil. Arq Bras
Cariol, v. 88, n. 4, p. 464-474, 2007.
POTT JR, H; FERREIRA, MCF. Infarto do miocárdio induzido por cocaína. J Bras Patol Med
Lab, v. 45, n. 5, p. 385-388, 2009.
ROSA, VD; BORDINHÃO, T; DIAS, JB; OKINO, AM; VENTURINI, D. Nível de ácido úrico
como biomarcador diagnóstico e prognóstico de doenças cardiovasculares. Semina: Ciên Biol
Saúde, v. 36, n. 1, p. 159-168, 2015.
SANTOS, WB; MESQUITA, ET; VIEIRA, RMR; OLEJ, B; COUTINHO, M; AVEZUM, A.
Proteína-C-Reativa e Doença Cardiovascular: As Bases da Evidência Científica. Arq Bras
Cariol, v. 80, n. 4, p. 452-456, 2003.
SCMIDT, MM; QUADROS, AS; MARTINELLI, ES; GOTTSCHALL, CAM. Prevalência,
etiologia e características dos pacientes com infarto agudo do miocárdio tipo 2. Rev Bras
Cardiol Invas, v. 23, n. 2, p. 119-123, 2015.
SERRANO JR., CV; TIMERMAN, A; STEFANINI, E. Tratado de Cardiologia. – 2. ed. –
Barueri, SP: Manole, 2009.
SHAH, N; KELLY, AM; COX, N; WONG, C; SOON, K. Myocardial Infarction in the Young:
Risk Factors, Presentation, Management and Prognosis. Heart, Lung and Circulation, v. 25,
s.n., p. 955-960, 2016.
SILVA, SH; MORESCO, RN. Biomarcadores cardíacos na avaliação da síndrome coronariana
aguda. Scientia Medica, v. 21, n. 3, p. 132-142, 2011.
SINHA, SK; KRISHNA, V; THAKUR, R; KUMAR, A; MISHRA, V; JHA, MJ; SINGH, K;
SACHAN, M; SINHA, R; ASIF, M; AFDAALI, N; VARMA, CM. Acute myocardial
infarction in very young adults: A clinical presentation, risk factors, hospital outcome index,
and their angiographic characyeristics in North India-AMIYA Study. ARYA Atheroscler, v.
13, n. 2, p. 79-87, 2017.
SMOLDEREN, KG; STRAIT, KM; DREYER, RP; D’ONOFRIO, G; ZHOU, S; LICHTMAN,
JH; GEDA, M; BUENO, H; BELTRAME, J; SAFDAR, B; KRUMHOLZ, HM; SPERTUS,
JA. Depressive Symptoms in Younger Women and Men With Acute Myocardial Infarction:
Insights From the VIRGO Study. J Am Heart Assoc, v. 4, n. 4, p. 1-19, 2015.
SOEIRO, AM; FERNANDES, FL; SOEIRO, MCFA; SERRANO JUNIOR, CV; OLIVEIRA
47
JUNIOR, MT. Características clínicas e evolução em longo prazo de pacientes jovens com
síndrome coronariana aguda no Brasil. Einstein, v. 13, n. 3, p. 370-375, 2015.
TEICH, V; ARAUJO, DV. Estimativa de Custo da Síndrome Coronariana Aguda no Brasil.
Rev Bras Cardiol, v. 24, n. 2, p. 85-94, 2011.
TEIXEIRA, DA; SOUSA, CFP; PEREIRA, GLH; MAIA, FLF; TEIXEIRA, FH; LISITA,
CLF. Proteína C-reativa: associação entre inflamação e complicações pós-infarto agudo do
miocárdio em idosos. Rev Bras Clin Med, v. 7, s.n., p. 24-26, 2009.
THYGESEN, K et al. Third universal definition of myocardial infarction. European Heart
Journal, v. 33, s.n., p. 2551-2567, 2012.
VARGAS, RA et al. Qualidade de vida de pacientes pós-infarto do miocárdio: revisão
integrativa de literatura. Rev Enferm UFPE on line, v. 11, n. 7, p. 2803-2809, 2017.
ZIMMERMAN, FH et al. Myocardial Infarction in Young Adults: Angiographic
Caracterization, Risk Factors and Prognosis (Coronary Artery Surgery Study Registry). JACC,
v. 26, n. 3, p. 654-661, 1995.
WEBB, JG; MYLER, RK; SHAW, RE; ANWAR, A; STERTZER, SH. Coronary Angioplasty
in Young Adults: Initial Results and Late Outcome. JACC, v. 16, n. 7, p. 1569-1574, 1990.
YUNYUN, W; TONG, L; YINGWU, L; BOJIANG, L; YU, W; XIAOMIN, H; XIN, L;
WENJIN, P; LI, J. Analysis of risk factors of ST-segment elevation myocardial infarction in
young patients. BMC Cardiovascular Disorders, v. 14, n. 179, 2014.