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Instituição:FESAR
Professor:Claudio Resende
Contratos aleatórios por natureza são aqueles em que uma das partes assume um risco incerto em
relação ao objeto do contrato. Nesse tipo de contrato, as obrigações de uma ou ambas as partes estão
condicionadas a eventos futuros e incertos. Um exemplo clássico é o contrato de seguro, no qual uma
das partes (o segurado) paga um prêmio à outra parte (a seguradora) para cobrir um risco específico,
como um acidente ou um evento natural.
Contratos acidentalmente aleatórios são aqueles em que o evento incerto que determina o
cumprimento das obrigações das partes não faz parte da essência do contrato. Ou seja, o contrato não é,
por si só, aleatório, mas tornase aleatório devido a circunstâncias externas imprevisíveis. Um exemplo é
o contrato de compra e venda de safra, no qual a produção está sujeita a fatores climáticos imprevisíveis,
tornando o cumprimento das obrigações incerto.
Execução Instantânea: São contratos em que as obrigações das partes são cumpridas imediatamente
após sua celebração. Por exemplo, o contrato de compra e venda à vista, no qual o pagamento e a
entrega ocorrem simultaneamente.
Execução Diferida: Contratos em que as obrigações das partes são cumpridas em momento futuro,
determinado ou determinável. Por exemplo, um contrato de prestação de serviços em que o pagamento
é feito após a conclusão do serviço.
Trato Sucessivo: Contratos em que as obrigações das partes são cumpridas de forma contínua ao longo
do tempo. Exemplos incluem contratos de locação, fornecimento de energia elétrica e serviços de
telefonia.
Individuais: Contratos celebrados entre duas partes específicas, estabelecendo direitos e obrigações
únicos para cada uma delas. Por exemplo, um contrato de compra e venda de um carro entre um
comprador e um vendedor.
Consensuais: Contratos que se aperfeiçoam pelo simples acordo de vontades das partes,
independentemente da entrega efetiva da coisa ou da prestação do serviço. Por exemplo, um contrato
de compra e venda se aperfeiçoa quando as partes concordam sobre o objeto e o preço, mesmo que a
entrega do bem ainda não tenha ocorrido.
Reais: Contratos que se aperfeiçoam apenas com a entrega efetiva da coisa ou da prestação do serviço.
Exemplos incluem o mútuo (empréstimo de coisa fungível) e o depósito, nos quais a efetiva entrega da
coisa é essencial para a formação do contrato.
Definitivos: Contratos que estabelecem de forma completa e final as obrigações das partes. São o
resultado das negociações preliminares e representam o acordo final entre as partes. Exemplos incluem
contratos de compra e venda, locação, prestação de serviços, entre outros.
Nominados: Contratos regulamentados e reconhecidos pela lei, que possuem denominação específica e
previsão legal de seus requisitos e efeitos. Exemplos incluem o contrato de compra e venda, locação,
doação, entre outros previstos no Código Civil.
Inominados: Contratos que não possuem denominação específica na lei, sendo estabelecidos com base
nos princípios gerais de direito e na autonomia da vontade das partes. São contratos atípicos, ou seja,
não previstos de forma expressa na legislação. Exemplos incluem contratos de parceria, colaboração,
franquia, entre outros.
Essas classificações são fundamentais para compreender a natureza e os efeitos dos diferentes tipos de
contratos, fornecendo orientações importantes para a sua interpretação e aplicação no âmbito do direito
civil e empresarial.