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Ex.ma Sra. Dra. Desembargadora Relatora.

Processo nº.: XXXXXXXXXXX


TRABALHADOR, já devidamente qualificada nos autos da açã o à epígrafe, que lhe move
contra EMPRESA, inconformado, data venia, com o vv. aresto de ID. xx, deseja dos mesmos
recorrer, como efetivamente recorre, via RECURSO DE REVISTA, para o Colendo Tribunal
Superior do Trabalho, com amparo no artigo 896 da CLT, alíneas a e c, e nas inclusas razõ es
de recurso.
Recebidas e praticadas as formalidades legais, requer sejam as inclusas razõ es de recurso,
com o processado, encaminhadas à consideraçã o do douto Grau Superior de Jurisdiçã o.
Nesses temos,
pede deferimento.
Cidade, dia mês ano
Pedro Henrique Keller
NOVA FOLHA

"COLENDA TURMA"
I. - PRESSUPOSTOS EXTRÍNSECOS, CONFORME RESOLUÇÃO Nº 118/2003 E
INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 23 DO TST
1.- Procuraçã o: ID. XXXXXX;
2.- Certidã o de publicaçã o do acó rdã o regional: ID.XXX – publicado no DJE em XXX
3.- Data da publicaçã o do acó rdã o regional em xxxxxxxx;
4.- Custas – A açã o foi julgada procedente, nã o havendo condenaçã o do autor ao pagamento
de custas. De qualquer forma, as custas sã o sempre de responsabilidade do executado (art.
789-A da CLT).
II.- PRESSUPOSTO DA TRANSCENDÊNCIA. ARTIGO 896-A DA CLT/2017.
Com efeito, o novel artigo 896-A da CLT prevê que este C. TST analisará se a causa oferece
transcendência com relaçã o aos reflexos de natureza econô mica, política, social ou jurídica.
De qualquer forma, os §§ do referido dispositivo discriminam que sã o requisitos que
demonstram a transcendência da açã o, respectivamente: 1) o elevado valor da causa; 2) o
desrespeito da instâ ncia recorrida à jurisprudência sumulada do Tribunal Superior do
Trabalho ou do Supremo Tribunal Federal; 3) a postulaçã o, por reclamante/recorrente, de
direito social constitucionalmente assegurado; e 4) a existência de questã o nova em torno
da interpretaçã o da legislaçã o trabalhista.
Salienta o reclamante, inicialmente, que, no presente caso, a questã o de cunho econô mico
resta afastada, uma vez que a disposiçã o neste sentido é destinada aos casos em que a peça
exordial deve ser líquida, ao passo que a presente açã o fora ajuizada antes da Nova Lei
Trabalhista. De qualquer forma, a pretensã o autora ***FAZER AMOSTRAGEM DOS
PEDIDOS**. Com isso, resta clara a repercussã o econô mica da demanda.
Por outro lado, em relaçã o ao requisito político, o presente recurso versa, dentre outras
causas, sobre questã o pacificada no â mbito das Cortes Superiores de Justiça pá trias,
notadamente em homenagem ao princípio constitucional de nã o violaçã o à coisa julgada.
Ainda, no que concerne ao elemento social, também destaca o reclamante que seus direitos
constitucionais foram flagrantemente violados, mais especificamente o art. 5º, XXXV1 e
XXXVI2 e o art. 7º, X3 da Constituiçã o Federal, do que ora se insurge.
De qualquer forma, a transcendência aqui discutida é ainda mais visível em relaçã o à
questã o jurídica. Com efeito, o dispositivo da CLT nã o é taxativo, pois aponta exemplos de
transcendência, mas permite a ampliaçã o desses exemplos ao tratá -los como “entre
outros”. E quanto à questã o jurídica, destaca-se que a matéria debatida no presente recurso
envolve notoriamente violaçã o frontal a preceito constitucional. Ora, se o v. acó rdã o
recorrido apresenta violaçã o constitucional, tal já é relevante para que se tenha como
relevante a sua aná lise pelo C. TST.
De qualquer forma, a matéria aqui discutida (trâ nsito em julgado de matéria
posteriormente reapreciada pelo E. Tribunal Regional) resta por abranger absolutamente
qualquer reclamató ria trabalhista em que sobrevenha tal questã o, considerando que a
coisa julgada é instituto fundamental do Direito Pá trio. Assim, também por isso, o requisito
da transcendência estaria observado.
III - PRESSUPOSTOS INTRÍNSECOS, CONFORME RESOLUÇÃO Nº 118/2003 E
INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 23 DO TST
(I) quanto aos juros de mora de 1% ao mês já se concretizou COISA JULGADA nos autos;
(II) os valores incontroversos apontados pelas rés adotaram os juros de mora em 1% ao
mês. Em momento algum, portanto, as rés se insurgiram acerca da fixaçã o dos juros de
mora no percentual de 1% ao mês. Quanto a tal fato, é manifesta a existência de coisa
julgada em relaçã o à critério (juros de 1%) alvo da sentença homologató ria e nã o recorrida
pelas partes; e
(III) a fixaçã o dos juros de mora em 1% ao mês consolidou-se em COISA JULGADA, posto
que nã o foi alvo de recurso de nenhuma das partes, e que foi expressamente reconhecida
pela ré como sendo incontroversa, ao passo que a decisã o executiva também entendeu
como devidos os referidos juros de 1% ao mês, em decisã o expressa nesse sentido, sem que
tenha havido recurso no ponto.
2.- MÉRITO. OFENSA À COISA JULGADA. VIOLAÇÃO AO ART. 5º, XXII E XXXVI, DA
CONSTITUIÇÃO FEDERAL.
De fato, a origem do debate suscitado no presente recurso de revista se dá na medida que o
v. acó rdã o desconsiderou a COISA JULGADA concretizada nos autos do processo em relaçã o
aos Juros de Mora de 1% ao mês.
No ponto, importa reiterar que o v. acordã o regional rejeitou os embargos de declaraçã o
opostos quanto à , entã o, omissã o relativa à desconsideraçã o da coisa julgada formada
relativa aos Juros de Mora de 1% ao mês. O v. acó rdã o de origem, no ponto, assim
fundamentou:
*FAZER AMOSTRAGEM*
Contudo, ao contrá rio do que asseverou o r. acó rdã o regional, quanto aos juros de mora de
1% ao mês já se concretizou COISA JULGADA nos autos.
Com efeito, a decisã o que abriu a execuçã o e intimou as partes para apresentaçã o de
cá lculos assim determinou:
*FAZER AMOSTRAGEM*
A sentença homologató ria dos cá lculos assim determinou:
*FAZER AMOSTRAGEM*
Intimadas, a ré opô s embargos à execuçã o (ID XXXXXX) nada arguindo acerca dos juros de
mora fixados.
Em momento algum, portanto, a ré se insurgiu acerca da fixaçã o dos juros de mora no
percentual de 1% ao mês. Quanto a tal fato, é manifesta a existência de coisa julgada em
relaçã o à critério (juros de 1%) alvo da sentença homologató ria e nã o recorrida pelas
partes, a qual determinou EXPRESSAMENTE A ADOÇÃ O DE JUROS DE 1% AO MÊ S.
Ocorre que a parte autora tampouco se insurgiu no ponto, evidentemente, posto que
benéfico ao crédito trabalhista a ela devido.
É evidente nesse sentido que a fixaçã o dos juros de mora em 1% ao mês fez COISA
JULGADA, posto que nã o foi alvo de recurso de nenhuma das partes, ao passo que foi
expressamente reconhecida pela ré como sendo incontroversa, ao passo que a decisã o
executiva também entendeu como devidos os referidos juros de 1% ao mês em decisã o
expressa nesse sentido.
VIOLAÇÃO DIRETA E LITERAL À CONSTITUIÇÃO FEDERAL. OFENSA AO ART. 5º, XXII E
XXXV, DA CARTA MAGNA.
Ora, o v. acó rdã o regional, ao afirmar que nã o haveria consolidaçã o de coisa julgada quanto
aos juros de mora de 1% ao mês incorre em evidente e literal violaçã o à coisa julgada,
consubstanciada pelo título executivo, com fulcro no art. 5º, XXXVI da Constituiçã o Federal.
Assim, o v. acó rdã o, ao desconsiderar a existência de coisa julgada formada nos autos acaba
por violar o pró prio princípio fundamental da coisa julgada, com fulcro no art. 5º, XXXVI da
Constituiçã o Federal.
Veja-se, ao contrá rio do que afirmou o r. aresto regional, a fixaçã o dos juros de mora em 1%
ao mês consolidou-se em COISA JULGADA, posto que nã o foi alvo de recurso de nenhuma
das partes, ao passo que foi expressamente reconhecida pela ré como sendo incontroversa,
e que a decisã o executiva também entendeu como devidos os referidos juros de 1% ao mês.
Assim, resta manifesto que a matéria relativa aos juros de mora de 1% ao mês nã o poderia
mais ser rediscutida pelo v. acó rdã o, na medida que consolidada a Coisa Julgada sobre a
mesma, o que contraria frontalmente a afirmaçã o do r. aresto recorrido no sentido de que:
*fazer amostragem*
Portanto, o v. acó rdã o, ao desconsiderar completamente a situaçã o processual já
consolidada em relaçã o aos juros de ora de 1% ao mês, viola manifestamente a coisa
julgada, consubstanciada pelo título executivo, com fulcro no art. 5º, XXXVI da Constituiçã o
Federal.
Assim, como se verifica das afirmaçõ es opostas realizadas pela E. Seçã o ao longo do v.
acó rdã o, o E. Regional incorreu em manifesta contradiçã o, que resultou na violaçã o legal ao
princípio da Coisa Julgada, com base no art. 5º, XXXVI, da Constituiçã o Federal, que ora se
demonstra.
A violaçã o ao art. 5º, XXXVI da Carta Magna se revela, na medida que houve consolidaçã o de
Coisa Julgada em relaçã o à incidência de Juros de Mora de 1% ao mês sobre os cá lculos
apresentados, o que concretiza situaçã o processual já consolidada em relaçã o aos juros de
mora de 1% ao mês, contrariando frontalmente a afirmaçã o do r. aresto recorrido de que
**FAZER AMOSTRAGEM**
Assim, o v. acó rdã o, ao desconsiderar em absoluto a situaçã o processual já consolidada nos
autos por meio de COISA JULGADA, finda por violar o pró prio princípio fundamental da
coisa julgada, consubstanciado pelo título executivo, com fulcro no art. 5º, XXXVI da
Constituiçã o Federal.
Dessa foram, é evidente que a conclusã o do v. acó rdã o recorrido representa evidente
violaçã o ao art. 5º, XXXVI da Constituiçã o Federal.
Assim, o v. aresto que apreciou o Agravo de Petiçã o, ao decidir acerca de matéria já
transitada em julgado na fase cognitiva da presente, findou por incorrer em afronta direta
ao instituto da coisa julgada, em violaçã o literal a clá usula pétrea constitucional, garantida
pelo art. 5º, XXXVI da Carta Magna da Naçã o.
Nã o obstante, negligenciando a sentença consolidada que já havia definido a aplicaçã o dos
juros de mora de 1% ao mês – matéria acerca da qual nã o houve recurso das partes, a E.
Turma, ao julgar o Agravo de Petiçã o, entendeu pela reaná lise da questã o, julgando em
sentido contrá rio à decisã o TRANSITADA EM JULGADO que já havia apreciado
expressamente o aspecto. Assim, desrespeitando por completo o instituto da coisa julgada,
a E. Turma Regional efetuou manifesta reaná lise de questã o já transitada em julgado, fato
habilmente pontuado pelo exequente em seus embargos de declaraçã o.
Resta evidenciada, diante da decisã o regional, a violaçã o constitucional aqui denunciada, na
medida que a razã o da insurgência reside no fato de que o r. acó rdã o, de forma cristalina,
violou expressa e frontalmente o instituto da coisa julgada, garantido por clá usula Pétrea
da Constituiçã o Federal, em seu art. 5º, inciso XXXVI.
Outrossim, é manifesto que, ao assim decidir, o E. Tribunal Regional violou frontalmente,
para além do instituto da coisa julgada, também a garantia constitucional ao direito de
propriedade, disciplinada no art. 5º, XXII da Carta Magna.
Com efeito, o preceito constitucional é expresso e cristalino ao prever a garantia
fundamental do direito de propriedade. Ora, questiona-se: se o Direito de propriedade,
garantido constitucionalmente, foi assegurado ao empregado, ora exequente, em relaçã o à
apuraçã o dos juros de mora sobre os cá lculos apresentados, por DECISÃ O TRANSITADA
EM JULGADO, como poderia, nesse momento, o E. Tribunal Regional reapreciar tal matéria
excluindo da autora um direito que já lhe foi garantido pela coisa julgada consolidada nos
autos do presente processo?
É incontestá vel a violaçã o da E. Turma Regional ao direito de propriedade da autora ao
usurpar da exequente um direito que lhe foi assegurado e ao desprezar o trâ nsito em
julgado da matéria, já constituído na presente.
Com efeito, inviá vel nova aná lise de matéria transitada em julgado, sob pena de violaçã o
frontal ao art. 5º, XXXVI da Constituiçã o Federal, concretamente instituído como clá usula
pétrea, ao qual nã o se sobrepõ e qualquer outro que vise sua alteraçã o ou subjugaçã o, ainda
que parcialmente.
Outrossim, o dispositivo violado, ampara a garantia da coisa julgada, na medida em que
veda ao juiz decidir novamente no curso do processo sobre questõ es já decididas relativas
à mesma lide.
Nessa seara, nã o se pode cogitar, pois, de novo pronunciamento sobre a questã o referida,
sob pena de se criar um cená rio de perpétua insegurança jurídica ao direito reconhecido,
afrontando princípio assegurado por clá usula pétrea do Direito brasileiro, o instituto da
coisa julgada.
Deste modo, o julgamento do E. Tribunal efetuando reaná lise de matéria já apreciada e
transitada em julgado, viola frontalmente o instituto constitucional do nã o prejuízo à coisa
julgada, evidenciando que a E. Turma regional, ao reanalisar a questã o negligenciou em
absoluto a tramitaçã o processual ocorrida no presente feito. Reitera-se que o entendimento
exarado pelo TRT4 incorre em frontal violaçã o ao art. 5º, XXII e XXXVI da Constituiçã o
Federal, o que autoriza a interposiçã o do presente Recurso de Revista.
Dessa forma, merece ser conhecido e provido o presente recurso de revista, amparado pela
alínea c do permissivo legal. Assim, cabível o presente recurso de revista, forte na agressã o
à norma constitucional.
Com efeito, ao violar o instituto da coisa julgada, o v. acó rdã o regional apresenta afronta
direta ao art. 5º, XXII e XXXVI da Constituiçã o Federal, pois, conforme exposto, o objeto
referente à incidência dos Juros de Mora de 1% ao mês sobre os cá lculos exequendos já
transitou em julgado.
Assim, configurado em absoluto o instituto da coisa julgada, princípio garantido por
clá usula pétrea da Constituiçã o Federal, inviá vel novo julgamento sobre questã o já decidida
e preclusa pelo trâ nsito em julgado.
4.- MÉ RITO, PROPRIAMENTE DITO, DA REVISTA
Uma vez conhecido o recurso de revista obreiro, deve o mesmo ser totalmente provido, a
fim de que:
(I) seja reconhecida por esse C. TST, a coisa julgada, determinando-se a incidência dos Juros
de Mora de 1% ao mês sobre os cá lculos exequendos.
ANTE O EXPOSTO, merece ser conhecido e provido o presente recurso de revista, nos
termos acima propugnados, por ser medida de lídima e inteira JUSTIÇA!
Nestes termos, pede deferimento.

Cidade, dia mês ano


Pedro Henrique Keller

Se puder, me segue aqui no Jus pra acompanhar meus próximos artigos e recomende
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Pedro Henrique Keller é advogado com só lida experiência na á rea jurídica. Grande
desenvoltura em audiências de instruçã o, sustentaçõ es orais, audiências no Ministério
Pú blico, Ministério do Trabalho e Varas Cíveis. Contribuiçã o estratégica na á rea jurídica e
administrativa no aspecto preventivo, contratual e na administraçã o do contencioso,
sugerindo medidas a serem adotadas com foco em resguardar os interesses e prover
segurança jurídica aos atos e decisõ es do cliente. Especialista em Direito do Trabalho e
Processo do Trabalho com foco em contencioso de massa, auditoria empresarial,
contingências de passivos trabalhistas, consultoria e elaboraçã o de contratos.

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