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LEGISLAÇÃO

MÓDULO 1 - A SITUAÇÃO DAS MULHERES E DOS HOMENS NO MERCADO DE TRABALHO

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA PORTUGUESA

Artigo 59.º - Direitos dos trabalhadores

Estabelece, relativamente aos “Direitos dos/as Trabalhadores/as”, o princípio de que para trabalho igual
salário igual, de forma a garantir uma existência condigna.

CÓDIGO DO TRABALHO

Artigo 31º - Igualdade de condições de trabalho

Aborda a igualdade de condições de trabalho. Os/as trabalhadores/as têm direito à igualdade de


condições de trabalho, em particular quanto à retribuição, devendo os elementos que a determinam não
conter qualquer discriminação função do sexo.

A igualdade de retribuição implica que, para trabalho igual ou de valor igual, qualquer modalidade de
retribuição variável, nomeadamente a paga à tarefa, seja estabelecida na base da mesma unidade de
medida e a retribuição seja calculada em função do tempo de trabalho seja a mesma

Artigo 270º - Critérios de determinação da retribuição

Clarifica os “Critérios de determinação da retribuição” e estabelece que na determinação do valor da


retribuição deve ter-se em conta a quantidade, natureza e qualidade do trabalho, observando-se o
princípio de que, para trabalho igual ou de valor igual, salário igual.

Lei n.º 60/2018, de 21 de agosto

Aprova medidas de promoção da igualdade remuneratória entre mulheres e homens por trabalho igual
ou de igual valor.

Define conceitos como: “Sexo”, “Remuneração”, “Discriminação”, “Discriminação remuneratória em


razão do sexo”, “Proposta técnica de parecer sobre discriminação remuneratória”, no âmbito da
promoção da igualdade remuneratória entre mulheres e homens.

Determina a transparência remuneratória: A entidade empregadora tem o ónus de demonstrar que


possui uma política remuneratória transparente, assente na avaliação das componentes das funções, com
base em critérios objetivos, comuns a homens e mulheres, nos termos do artigo 31.º do Código do
Trabalho.

Institui o plano de avaliação das diferenças remuneratórias: Assenta na avaliação das componentes das
funções, com base em critérios objetivos que excluam a possibilidade de discriminação com base no sexo
e tem uma implementação de 12 meses. Após os 12 meses a entidade empregadora comunica à
Autoridade das Condições do Trabalho (ACT) os resultados da implementação do Plano, demonstrando
as diferenças remuneratórias justificadas e a correção das diferenças remuneratórias não justificadas.
Sempre que existam diferenças remuneratórias não justificadas, as mesmas presumem-se
discriminatórias.

Tome nota:
As diferenças de retribuição não constituem discriminação quando são assentes em critérios objetivos,
comuns a homens e mulheres, nomeadamente, baseados em mérito, produtividade, assiduidade ou
antiguidade.

As licenças, faltas ou dispensas relativas à proteção na parentalidade não podem fundamentar diferenças
na retribuição dos/as trabalhadores/as.

Os sistemas de descrição de tarefas e de avaliação de funções devem assentar em critérios objetivos


comuns a homens e mulheres, de forma a excluir qualquer discriminação baseada no sexo.

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