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QUESTIONÁRIO 3

1.É correto afirmar que a equiparação salarial é um desdobramento da noção


de justiça?
R- Sim, uma vez que se desdobra do princípio da igualdade e do artigo 461
caput, CLT determinando que sendo idêntica a função a todo trabalho de igual
valor, prestado ao mesmo empregador, na mesma localidade, corresponderá
igual salário, sem distinção de sexo, nacionalidade ou idade.
Em conformidade o art. 460 da CLT prevê que, diante de ausência de
estipulação salarial ou da prova sobre a importância ajustada, o empregado
terá o direito de perceber salário igual ao daquele que, na mesma empresa,
fizer serviço equivalente, ou do que for habitualmente pago para o serviço
semelhante.

2.Quais são os requisitos legais quanto à equiparação salarial?


R- Requisitos aquisitivos: a) Indicação do paradigma; b) identidade de função
em relação à natureza dos serviços prestados; c) serviço de igual valor; d)
trabalho prestado ao mesmo empregador; d) trabalho prestado ao mesmo
empregador e no mesmo estabelecimento empresarial.
3. O termo "função" tem o mesmo significado que "cargo"?
R- Não, “função” não dever ser confundido com cargo, uma vez que cargo é o
complexo de atribuições e direitos fixados em um mesmo escalão da hierarquia
de empresa, enquanto no caso da função é o conjunto de serviços, os
complexos de deveres e responsabilidades atribuídos, contratualmente, ao
empregado. Portanto, cargo é gênero e a função é a atividade, como por
exemplo: Cargo seria o de motorista. Função seria a motorista de caminhão, de
ônibus, de perua, etc... ou seja, não interessa efetivamente a denominação
dada pelo empregador, mas a realidade dos fatos, a atividade desempenhada
pelos empregados, por isto pouco importa que duas pessoas tenham cargos
diversos, se, na prática, tenham iguais atribuições. A CLT não usa a palavra
cargo, mas, função.
4.A nomenclatura da função é vital na caracterização da equiparação salarial?
R- Sim, pois o empregado somente poderá reivindicar o mesmo salário do seu
colega de trabalho se ambos exercerem a mesma função, ou seja, quando
desempenharem a mesma tarefa, com igual responsabilidade na estrutura da
empresa.
5.Cargo de confiança é obstáculo legal na caracterização da equiparação
salarial?
Sim, pois conforme entendimento do TST, o artigo 37, XIII, da CF veda a
equiparação de qualquer natureza para o efeito de remuneração do pessoal do
poder público, sendo juridicamente impossível a aplicação da norma
infraconstitucional prevista no art. 461 da CLT, quando se pleiteia a
equiparação salarial entre servidores públicos, independentemente de terem
sido contratado pela CLT (OJ 297, SDI-I)
6.O trabalho intelectual justifica a equiparação salarial?
R- Sim, uma vez que a jurisprudência do TST, Súmula 6, item VII, admite a
equiparação salarial de trabalho intelectual, desde que atenda aos requisitos
inseridos no artigo n. 461 da CLT.
7.O que devemos entender por identidade quantitativa?
R- Deve-se entender como identidade quantitativa o mesmo que produtividade,
e neste sentido torna-se um critério subjetivo que tem como ideal identificar as
atividades quanto a quantitativa e a frequência do empregado ao trabalho. Se o
empregado tiver muitas faltas, mesmo que houver justo motivo, seu trabalho
acabará sendo menos produtivo.
8.Como se apresenta a identidade qualitativa nos trabalhos manuais?
R: Se apresenta da seguinte forma, o empregado equiparando deve exercer
função idêntica à do paradigma indicado, pois o conjunto de atribuições dos
empregados deve ser o mesmo. A identidade qualitativa é a capacidade dos
empregados de produzir com a mesma qualidade, ou seja, com a mesma
perfeição técnica.

9.É possível a equiparação salarial quando o paradigma é empregado de outra


empresa do mesmo grupo econômico?
R: Sim. O TST reconhece a equiparação salarial no mesmo grupo econômico.
A existência de trabalhadores ligados a empresas diferentes, mas que integram
um mesmo grupo econômico, não impossibilita o reconhecimento do direito à
equiparação salarial.
10.A expressão "mesma localidade" prevista no art. 461 da CLT
significa mesma cidade?
R: O conceito de ''mesma localidade'' de que trata o art. 461 da CLT, refere-se,
em princípio, ao mesmo município, ou a municípios distintos que,
comprovadamente, pertençam à mesma região metropolitana.
11.A diferença de 2 anos é na função ou no emprego?
R: A diferença de tempo é na função, ela não pode ser superior a 2 anos. Ou
seja, na equiparação de salário, em caso de trabalho igual, é levado em conta
o tempo de serviço na função e não no emprego.
12.De quem é o ônus da prova para elidir a identidade
quantitativa e qualitativa?
R: O ônus da prova cabe ao autor, quanto ao fato constitutivo do seu direito e
ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do
direito do autor. De acordo com artigo 373 da lei nº 13.105.

13.Qual é o significado da equiparação por equivalência?


R: O direito à equiparação salarial por equivalência de função, previsto no
artigo 460 da CLT , difere-se do pedido de equiparação salarial por identidade,
previsto no artigo 461 do mesmo diploma legal, porquanto ocorre nos casos em
que o salário não é ajustado, ou nas situações em que são atribuídas ao
empregado tarefas superiores às previstas pelas partes, sem que haja o
pagamento da remuneração compatível com a função desempenhada. Apenas
se comprovada a equivalência de função terá o empregado direito a perceber
salário igual ao daquele que, na mesma empresa, desempenhar serviço
equivalente ou do que for habitualmente pago a serviço semelhante.

14.O empregado contratado para ficar no lugar de uma pessoa dispensada terá
direito ao mesmo salário auferido pelo ex-empregado?
R: Se a substituição que era inicialmente provisória e não eventual se torna
definitiva, o empregado substituto deixa de receber salário igual ao do
substituído, pois a substituição transitória que ensejava à isonomia salarial
deixou de existir, visto que a substituição dá lugar a sucessão no cargo ou
função.

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