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Função Social
da Propriedade
Constituição Federal:
Art. 182. A política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público municipal,
conforme as diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o pleno
desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem-estar de seus habitantes
(Regulamento) (Vide Lei n. 13.311, de 11 de julho de 2016).
§ 4º É facultado ao Poder Público municipal, mediante uma lei específica para a área incluída
no Plano Diretor, exigir, nos termos da Lei Federal, do proprietário do solo urbano não
edificado, subutilizado ou não utilizado, que promova o seu adequado aproveitamento, sob
pena, sucessivamente, de:
I. Parcelamento ou edificação compulsórios;
II. Imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana progressivo no tempo;
III. Desapropriação com o pagamento mediante os títulos da
dívida pública de emissão, previamente, aprovada pelo
Senado Federal, com o prazo de resgate de, até, dez anos,
em parcelas anuais, iguais e sucessivas, assegurados o
valor real da indenização e os juros legais.
Função social da propriedade imobiliária urbana – Continuação
Art. 186. A função social é cumprida quando a propriedade rural atende, simultaneamente,
segundo os critérios e os graus de exigência estabelecidos em lei, aos seguintes requisitos:
I. Aproveitamento racional e adequado;
II. Utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e preservação do meio ambiente;
III. Observância das disposições que regulam as relações de trabalho;
IV. Exploração que favoreça o bem-estar dos proprietários e dos trabalhadores.
Existem várias sanções para o não atendimento da função social da propriedade rural. Entre as
principais, podemos citar:
O aumento do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural, que pode chegar a 20% ao ano
sobre o valor de mercado da propriedade; e
A desapropriação para os fins de reforma agrária, prevista na Carta Magna e no Estatuto da
Terra (Lei n. 4.504/1964).
Interatividade
Caso Favela Pullman, cuja decisão de Tribunal de Justiça de São Paulo foi, posteriormente,
confirmada pelo STJ. Vejamos:
“O atual direito brasileiro não comporta o pretendido alcance do poder de reivindicar atribuído
ao proprietário pelo Art. 524 do CC. A leitura de todos os textos do CC só pode se fazer à luz
dos preceitos constitucionais vigentes. Não se concebe um direito de propriedade que tenha
vida em confronto com a Constituição Federal, ou que se desenvolva paralelamente a ela. As
regras legais, como se sabe, se arrumam de forma piramidal. Ao mesmo tempo em que
manteve a propriedade privada, a CF/88 a submeteu ao princípio da função social (Arts. 5º,
XXII e XXXIII; 170, II e III; 182, parágrafo 2º, 184; 186 etc.). Esse princípio não significa,
apenas, uma limitação a mais ao direito de propriedade, como, por exemplo, as restrições
administrativas, que atuam por força externa àquele direito, em
decorrência do poder de polícia da Administração. (Continua...)
Caso Favela Pullman – Continuação
a) F, F, V, V.
b) V, V, F, F.
c) F, V, F, V.
d) V, F, V, F.
e) V, V, F, V.
Resposta
a) F, F, V, V.
b) V, V, F, F.
c) F, V, F, V.
d) V, F, V, F.
e) V, V, F, V.
Análise da resposta
(V) O estudo prévio de impacto ambiental constitui uma exigência feita pelo Poder Público
em cumprimento ao princípio da prevenção, de ordem constitucional: a prevenção pede que
se evite os danos previsíveis e antecipáveis. O EIA é capaz de antecipar eventuais danos.
(F) O princípio da reparação tem por fundamento a responsabilidade subjetiva do agente.
Logo, se afastada a ilicitude administrativa de um ato lesivo ao meio ambiente, não haverá a
correspondente responsabilidade civil pelos danos causados: o princípio da reparação é
regido pela responsabilidade civil objetiva.
(V) Na aplicação do princípio do poluidor pagador, a cobrança de um preço pelos danos
causados ao meio ambiente só pode ser efetuada sobre fatos que tenham respaldo em lei,
sob pena de se outorgar ao agente o direito de poluir: multa não é licença ambiental!
(F) O princípio da função socioambiental da propriedade
determina que o seu uso seja condicionado ao bem-estar
social, sem, contudo, impor os comportamentos positivos ao
proprietário para o exercício de seu direito: impõe os
comportamento positivos, sim, na medida em que manda
reflorestar a área devastada ou que manda proteger os
monumentos históricos.
Referência
DINIZ, M. H. Código Civil Anotado. 10. ed. São Paulo: Editora Saraiva, 2004.
GARCIA, A. P.; GARCIA, W. Como passar em concursos CESPE: Direito Civil. Ed. Foco,
2018. (Biblioteca Virtual)
MELLO, C. de M. Direito Civil: Direito Civil das Coisas. 3. ed. Editora Freitas Barros, 2021.
(Biblioteca Virtual)
MESSA, A. F. Direito Constitucional. 5. ed. São Paulo: Editora Rideel, 2018.
(Biblioteca Virtual)
SOUZA, P. H. M.; MACIEL, H.; USHARA, Y. Programa Casa Verde e Amarela – Comentários
à Lei. 14.118/2021. 1. ed. Porto Alegre: Simplíssimo, 2021.
TARTUCE, F. Manual de Direito Civil. Volume Único. 9. ed. São Paulo: Ed. Método, 2019.
Sites:
https://enciclopediajuridica.pucsp.br/;
www.stj.jus.br;
www.tjsp.jus.br.
ATÉ A PRÓXIMA!