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Ivo Carlos Nhanombe

Jogos Olímpicos da Antiguidade

Licenciatura em educação física e desporto

Faculdade de Educação Física e Desporto

Universidade Pedagógica

Maputo

2021
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Ivo Carlos Nhanombe – 2º Ano

Jogos Olímpicos da Antiguidade

Licenciatura em educação física e desporto

Laboral - 2º Ano, Historia de educação física e desporto

Docente:

Pedro Pessula

Faculdade de Educação Física e Desporto

Universidade Pedagógica

Maputo

2021
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Indice
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.Introducao..................................................................................................................................4

1.1. Objectivos............................................................................................................................5

1.2.1. Objectivo geral..................................................................................................................5

1.2.2. Objectivo especifico..........................................................................................................5

2. Metodologia............................................................................................................................6

3. Jogos Olimpicos da Antiguidade............................................................................................7

3.1. Origem.................................................................................................................................8

3.1.1. Declínio.............................................................................................................................8

3.2. Características......................................................................................................................9

3.2.1. Local.................................................................................................................................9

3.2.2. Atletas.............................................................................................................................10

3.2.3. Organização....................................................................................................................11

3.3. Competições.......................................................................................................................12

3.3.1. Corridas pedestres...........................................................................................................12

3.3.2. Corridas equestres...........................................................................................................12

3.3.3. Luta, pugilato e pancrácio...............................................................................................13

3.3.4. Pentatlo...........................................................................................................................14

4. Os jogos Panhelenicos..........................................................................................................14

4.1. A trégua sagrada................................................................................................................15

4.1.1. Nudez..............................................................................................................................15

4.1.2. Ginasio e Palaestra (Arena)............................................................................................16

4.1.3. Higeine e cuidado do corpo............................................................................................16

4.1.4. Infraçoes(violaçoes) e multas.........................................................................................17

4.2. Atletas famosos..................................................................................................................17


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4.2.1. Esportes na programaçao................................................................................................18

4.2.2. Corridas a pé...................................................................................................................18

4.3. Lançamento do disco.........................................................................................................18

4.3.1. Lançamento de dardo......................................................................................................19

4.3.2. Salto a distãncia..............................................................................................................19

4.3. Prêmios..............................................................................................................................20

4.3.1. Nike, a mensageira dos deuses........................................................................................20

4.3.2. Fama................................................................................................................................21

4.3.3. O final (encerramento) dos jogos....................................................................................21

5. Conclusão..............................................................................................................................23

6. Referencias Bibliográficas....................................................................................................24
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1. Introdução

Desde os tempos pré-históricos que o homem corre, salta e luta, assim como acredita em algo
superior. Os Jogos Olímpicos da Antiguidade juntaram esses dois mundos, o exercício físico e
a religião. O nosso trabalho faz parte de um outro trabalho global da turma sobre os Jogos
Olímpicos e iremos abordar quais as modalidades que eram praticadas na Antiguidade, onde
eram realizados os jogos e de que forma se organizavam. Existia uma crença grega que diz
que o corpo tem tanta importância quanto o intelecto e o espírito, e que a melhor maneira de
honrar Zeus é cuidar do corpo e da mente. Não há melhor prova disso que os Jogos Olímpicos
da Antiguidade.
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1.1. Objectivos

1.1.1. Objectivo geral

 Conhecer a história dos jogos olímpicos da antiguidade;

1.1.2. Objectivo específico

 Identificar as modalidades dos jogos olímpicos da antiguidade;


 Descrever a organização dos jogos olímpicos da antiguidade;
 Caracterizar as características dos jogos olímpicos da antiguidade;
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2. Metodologia
 De acordo com LAKATOS e MARCONI (2007,p. 17), a metodologia nasce da
concepção sobre o que pode ser realizado e a partida da “tomada de decisão
fundamenta se naquilo que se afigura como lógico, racional, eficaz e eficiente”.
Portanto, o presente trabalho consiste na pesquisa bibliográfica , e com base em
artigos extraídos da internet.
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3. Jogos Olímpicos da Antiguidade

Bandeira Olímpica

Os Jogos Olímpicos da Antiguidade eram um festival religioso e atlético da Grécia


Antiga, que se realizava de quatro em quatro anos no santuário de Olímpia, em honra
de Zeus. A data tradicional atribuída à primeira edição dos Jogos Olímpicos é 776 a.C..

Os Jogos Olímpicos eram os mais importantes Jogos Pan-Helênicos, tendo sido proibidos
pelo imperador cristão Teodósio I em 393, por serem uma manifestação de rituais
do paganismo. Uma importante fonte sobre os jogos é Pausânias (século II d.C.), autor do
livro Descrição da Grécia, um guia da Grécia baseado nas suas viagens pelo território. Outra
importante fonte é um tratado sobre a ginástica de Filóstrato de Lemnos (século II-III d.C.).

A escultura e a cerâmica grega representaram não só os atletas como a própria prática


desportiva. No que diz respeito à escultura, que tinha no bronze e no mármore os materiais
prediletos, muitos trabalhos sobreviveram apenas como cópias da era romana. De algumas
estátuas ficou apenas a base, onde se encontram gravadas inscrições relativas ao atleta,
fornecedoras de informação. Por último, as moedas cunhadas em determinadas pólis retratam
determinada modalidade esportiva na qual a cidade se destacou.
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3.1. Origem

Segundo os estudiosos da antiguidade de Élis, da época de Pausânias, o templo de Olímpia foi


feito pelos homens da região na época em que Cronos era o rei dos titãs, a chamada Idade de
Ouro. Quando Reia deixou Zeus aos cuidados dos dáctilos, ou curetes, de Ida, Héracles de
Ida, o mais velho, derrotou seus irmãos numa corrida, e foi coroado com um ramo de
oliveira. A partir daí, os jogos passaram a ser celebrados a cada quinto ano, pois eram cinco
os irmãos Héracles, Peoneu, Epímedes, Iáusio e Idas).
Segundo algumas versões, Zeus derrotou Cronos em Olímpia, mas outras versões dizem que
ele celebrou lá jogos para comemorar sua vitória.O campeão de vitórias entre os deuses
foi Apolo, que venceu Hermes na corrida e Ares no pugilismo; por este motivo, a flauta é
tocada quando os competidores do pentatlo estão na prova de salto, pois a flauta é sagrada a
Apolo.
Cinquenta anos após o dilúvio de Deucalião, Clímeno, filho de Cardis, descendente
de Héracles de Ida, veio de Creta para Olímpia e fundou um altar para seu ancestral Héracles
e os outros Curetes. Clímeno foi deposto por Endimião, filho de Étlio, que deixou o reino para
o seu filho que vencesse uma corrida.
Os próximos a celebrarem jogos em Olímpia foram Pélope, Amitaão, filho de Creteu, os
irmãos Neleu e Pélias, Aúgias e Héracles, filho de Anfitrião. Óxilo foi o último desta era a
celebrar os jogos, que não voltaram a ser celebrados até seu descendente Ífito de Élida.
3.1.1. Declínio

O período áureo dos Jogos Olímpicos antigos correspondeu ao século V a.C.. As perturbações
que a Guerra do Peloponeso gerou na Grécia teriam inevitavelmente consequência sobre os
jogos: Élide, que até então tinha mantido uma atitude politicamente neutra, aliou-se a Atenas
durante este conflito e baniu os Espartanos do evento. Em 424 a.C., sob a ameaça de invasão
de Esparta, os jogos tiveram que ser realizados sob proteção de tropas. Embora Esparta não
tivesse chegado a invadir o santuário, este episódio revela que o conceito da "trégua sagrada"
tinha sido esquecido.

Em 365 a.C. a Arcádia, ajudada por Pisa (inimiga de Élide), conquistou o santuário; as duas
cidades organizaram os jogos de 364 a.C.. Élide tentou recuperar o santuário recorrendo à
força; o conflito gerado levaria à pilhagem dos templos do Áltis. Élide acabaria por retomar o
controlo do santuário porque se temia a fúria dos deuses, tendo as Olimpíadas de 364 a.C.
sido consideradas inválidas.
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Em 336 a.C., depois das cidades gregas terem sido conquistadas por Filipe II da
Macedónia e pelo seu filho Alexandre Magno, foi construído no Altis o Filipéion, um
edifício onde se encontravam estátuas de Alexandre e da sua família feitas de ouro e marfim,
materiais que até então tinham sido reservados às estátuas dos deuses.

Em 146 a.C. a Grécia foi conquistada pelos romanos. Para financiar a sua guerra contra
Mitrídates VI do Ponto, o general romano Sula saqueou o Áltis (bem como os santuários de
Delfos e do Epidauro). Em 80 a.C., como forma de celebrar o sucesso da sua guerra, Sula
transferiu os jogos para Roma, mas depois da sua morte em 78 a.C. os jogos regressaram a
Olímpia. Durante um breve período da era romana os jogos retomaram a sua vitalidade.

3. Características
3.1. Local

Os Jogos Olímpicos decorriam no santuário de Zeus em Olímpia que era feito de mármore
cristalizado situado na região ocidental do Peloponeso, a cerca de 15 quilômetros do Mar
Jônio, próximo da confluência dos rios Alfeus e Cladeos. Este santuário retira o seu nome
ao Monte Olimpo (que se situa longe do local, na Tessália, norte da Grécia), ponto mais
elevado da Grécia continental e que era na mitologia grega a residência das divindades.

O núcleo de Olímpia era o Áltis, um bosque sagrado. No centro do bosque existia um templo
em estilo dórico dedicado a Zeus, que foi construído entre 468 e 456 a.C., em cujo interior se
encontrava uma estátua colossal do deus da autoria de Fídias e que era considerada uma
das Sete Maravilhas do Mundo Antigo.
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3.1.1. Atletas

Não poderiam participar nos jogos os estrangeiros (os "bárbaros" segundo a mitologia
grega), os escravos e as mulheres - sugere-se que somente a sacerdotisa de Deméter poderia
estar presente no altar em homenagem à deusa. As mulheres que violassem a regra seriam
atiradas do alto do Monte Tipéon. Havia uma competição exclusivamente feminina, a Heraea,
nome dado em homenagem à Hera, mulher de Zeus. Conta-se o caso de uma mulher,
Calipatira, que, em 404 a.C., vestida com roupas masculinas, disfarçou-se de treinador para
entrar no ginásio e ver seu filho, Psídoro de Túrio, lutar. O filho venceu a prova e a mãe,
comemorando a vitória, deixou cair seu disfarce, revelando ser mulher. Ela foi absolvida por
vir de uma família de campeões olímpicos, mas a partir desse acontecimento, os treinadores
também passaram a se apresentar nus nas competições. Houve mulheres consideradas
campeãs, porém, nas provas de cavalos, onde era declarado vencedor o dono do cavalo, não
os condutores.

Os atletas eram de uma forma geral oriundos das classes mais favorecidas e tinham sido
iniciados no desporto desde tenra idade. Não vinham apenas da Grécia continental, mas de
todos os pontos do mundo grego que na Antiguidade incluía as colônias espalhadas pelas
costas do Mediterrâneo e do Mar Negro. Os vencedores eram alvo da homenagem da sua
cidade: poderiam receber alimentação gratuita, terem estátuas erguidas em sua honra e serem
cantados pelos poetas.
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3.1.2. Organização

A organização dos jogos foi da responsabilidade da pólis de Élide. Em 668 a.C. Fídon de
Argos conquistou Olímpia e entregou o controlo do santuário à cidade de Pisa, que organizou
os jogos até 558 a.C., ano em que Élide retomou o controlo sobre Olímpia graças à
intervenção de Esparta.

No ano em que se celebrariam os jogos, Élide enviava por toda a Grécia arautos que
anunciavam a data concreta em que se desenrolariam os jogos e que convidavam os atletas e
os espectadores a participar. Os arautos anunciavam também a trégua sagrada, que proibia a
guerra durante o período dos jogos e que visava proteger os espectadores e atletas durante
vinda, estadia e regresso.

Os Jogos Olímpicos eram supervisionados por juízes, os helanócides ("juízes dos Helenos").
Estes juízes eram oriundos do seio da nobreza de Élide, sendo escolhidos à sorte dez meses
antes do início do festival; o número de juízes variou ao longo dos tempos. Os juízes eram
responsáveis pelo envio dos arautos. Deveriam também garantir o bom estado dos edifícios do
santuário e garantir o policiamento e segurança. Intervinham igualmente nas provas,
sorteando os atletas, arbitrando as provas e proclamando os vencedores, os quais coroavam.
Os juízes realizavam um juramento através do qual se comprometiam a julgar de forma
imparcial os concorrentes e a guardar sigilo sobre aspectos relacionados com um atleta.
Também ordenavam a execução dos castigos aos atletas e treinadores que não tinham
cumprido as regras; estes poderiam ser punidos com açoites em local público, algo que entre
os Gregos encontrava-se em geral reservado aos escravos. No caso de suborno, previam-se
multas elevadas, cujo dinheiro revertida para pagar estátuas em bronze de Zeus, expostas no
santuário.

Os atletas e os treinadores chegavam a Élide com um mês de antecedência para treinarem sob
supervisão dos juízes. Julga-se que durante este período os atletas que não eram considerados
aptos ou que não cumpriam os critérios de participação eram excluídos.
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3.2. Competições

Corrida com armas


3.2.1. Corridas pedestres

As corridas pedestres incluíam quatro tipos de corridas: o estádio, o diaulo (ou duplo estádio),
o dólico e o hoplitódromo (ou corrida com armas). O estádio era a prova mais antiga e de
maior prestígio, já que o seu vencedor daria o seu nome aos jogos. Consistia numa corrida de
192 metros, o comprimento do estádio; diaulo correspondia a uma corrida de 384 metros.
Quanto ao dólico, era uma corrida que variava entre os 7 e os 24 estádios. A corrida com
armas variava entre os 2 e os 4 estádios e nela os atletas levavam o capacete e o escudo dos
hoplitas, o que poderia ser penoso dado o peso que representava este armamento. Para evitar a
fraude, os escudos usados pelos atletas eram guardados no Templo de Zeus, de modo a evitar
que alguém corresse com um escudo que fosse mais leve.

3.2.2. Corridas equestres

Este tipo de prova incluía as corridas de bigas ou de cavalo de sela. Nas primeiras poderiam
usar-se dois cavalos (bigas) ou quatro cavalos (quadrigas). As quadrigas teriam sido
introduzidas nos Jogos Olímpicos pela primeira vez em 680 a.C. e as corridas de cavalo de
sela em 648 a.C.. Uma corrida de carros consistia em doze voltas ao hipódromo, tendo cada
volta entre 823 e 914 metros; a corrida de cavalo era uma volta do hipódromo.

Não eram os homens que tinham vencido as corridas que recebiam as coroas, mas os donos
dos cavalos, dado que estes implicavam custos que só os mais ricos poderiam suportar.
Assim, algumas mulheres com posses e políticos tornaram-se vencedores destas corridas, sem
nunca terem participado nelas.
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3.2.3. Luta, pugilato e pancrácio

Vaso que representa cena de luta

A luta nasceu no Próximo Oriente, tendo sido adaptada pelos Gregos talvez na época
micênica. Tinha como deus padroeiro Hermes.

Na luta grega era necessário provocar três vezes a queda do adversário para se consagrar
vencedor. Considerava-se que tinha ocorrido uma queda quando as costas, ombros ou peito do
adversário tinham tocado o chão. Antes de iniciarem a luta os concorrentes untavam o corpo
com azeite e deitavam um pouco de terra para evitar que a pele se tornasse escorregadia. A
prova não possuía um tempo limite. Era permitido partir os dedos do adversário, mas não era
permitido realizar ataques na região genital ou recorrer a mordeduras. Existiam provas
reservadas aos homens adultos e aos rapazes.

A prática do pugilato na Grécia Antiga remonta ao século VIII a.C.. Apenas se poderia
atacar com os punhos e os concorrentes envolviam os dedos com tiras de couro. Não existiam
assaltos nem categorias baseadas no peso dos atletas. O jogo terminava quando um dos atletas
ficava inconsciente ou colocava um dedo no ar em sinal de desistência.

O pancrácio era uma combinação da luta e do pugilato, sendo o seu resultado uma prova
extremamente violenta, cujos concorrentes poderiam mesmo vir a morrer. Tudo era permitido,
com exceção de enfiar dedos nos olhos, atacar a região genital, arranhar ou morder. A vitória
ocorria quando um dos atletas já não conseguia continuar a lutar, levantando um dedo para
que o juiz percebesse.

Para cada um destes desportos, existiam provas reservadas aos homens adultos e aos rapazes.
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3.2.4. Pentatlo

Um atleta realiza o salto em comprimento munido com dois halteres

O pentatlo dos Gregos antigos era diferente do pentatlo moderno, sendo composto
pelo lançamento do disco, lançamento do dardo, salto em comprimento, a corrida de estádio
(semelhante aos 200 m) e a luta.

O disco lançado pelos atletas pesava cerca de 9,5 quilos e poderia ser feito de pedra, ferro ou
bronze. O vencedor era aquele que conseguia lançar o disco o mais longe possível e o
vencedor era também considerado um herói. Quanto ao dardo possuía a altura de um homem
e era feito em madeira. No salto em comprimento recorria-se a quatro halteres que
impulsionavam o atleta na subida e que eram depois atirados quando este descia.

Caso um atleta tivesse vencido as três primeiras provas do pentatlo, não se realizavam as duas
últimas.

3.3. Os jogos Pan-helénicos

Os jogos organizados em Olimpia se desenvolveram nos Jogos Pan-helénicos, nos quais


também estavam incluidos:

Os Jogos em Delfos (Jogos Pythian)

Os Jogos em Corinthos (Jogos Isthmian )

Os Jogos em Nemea (Jogos Nemeos)

Esses jogos eram especiais porque eles propiciaram a união do mundo grego na época quando
a Grécia não era um estado único, mas uma série de cidades-estado (comunidades
independentes politicamente e economicamente). As pessoas viajavam da Grécia e das
colonias (na Italia, Norte da Africa e Asia Menor) para participar ou assistir a esses Jogos,
inspirados pelo sentimento de pertencerem à mesma cultura ou religião. Devemos mencionar
que os quatros jogos Pan-helénicos nunca foram organizados no mesmo ano.
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3.3.1. A trégua sagrada

Na ocasião dos quatros Jogos Panhelenicos, a trégua sagrada era proclamada. Mensageiros
(spondorophoroi) iam de cidade em cidade anunciando as datas das competições. Eles pediam
que todas as guerras fossem interrompidas antes, durante e depois dos jogos para que os
atletas e espectadores pudessem viajar de e para os lugares dos jogos com total segurança. Um
clima de paz era considerado importante no periodo da competição.

Os jogos para os deuses

Os Jogos Panhelenicos foram de maior significância religiosa. Cada um dos Jogos foi
celebrado em honra de um deus específico:

Dias (Zeus), o deus de todos os deuses, em Olimpía e Nemea

Apollo, o deus da luz e da razão, em Delfos

Poseidon, o deus do mar e dos cavalos, em Corinto

3.3.2. Nudez

Quando olhamos uma escultura ou uma pintura em vaso, é fácil identificar um atleta através
da sua nudez. De fato, tanto nos treinos como nas competições, os atletas estavam sempre nus.
O corpo deles, esculpidos por exercícios, era usado como modelos pelos escultores e pintores
que desenhavam a inspiração em seus trabalhos diretamente dos atletas e dos movimentos
destes enquanto praticavam esportes. A beleza do corpo nu era considerada o reflexo da
beleza interna e ilustrava o equilibrio harmonioso entre corpo e mente. A prática de esportes
ajudava a desenvolver e atingir essa harmonia.
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3.3.3. Ginásio e Palestra (Arena)

Havia um ginásio e uma palestra (arena) em cada cidade grega.Era onde onde os atletas
treinavam e os jovens garotos eram educados. Era um complexo com todos os tipos de
educação, incluindo exercícios para o corpo e para a mente. A educação física, musical,
aritmétca,gramática e leitura faziam parte da programação. Dependendo dos esportes
praticados, o treinamento era em um ou em vários lugares.

3.3.4. Higiene e cuidado do corpo

Quando eles chegavam nos ginásios ou em palestras (arena), os atletas despiam - se


completamente. Sem a proteção de nenhum tecido ou roupa, eles tinham que tomar um
cuidado especial com a pele. Na preparação para o treinamento, o atleta cobria o seu corpo
com óleo de oliva e com uma areia fina. A combinação do óleo e da areia ajudava a
regularizar a temperatura do corpo bem como como proporcionava a proteção contra o sol e o
bastão que o treinador usava para bater no mesmo, se não realizasse os exercícios
corretamente! Depois dos eventos, os atletas utilizavam um instrumento de metal curvado
para raspar o suor, o óleo e a areia da pele. Depois desse processo, finalizavam a limpeza com
uma esponja e água. Durante as competições, os atletas cuidavam de sua pele da mesma
maneira.
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3.3.5. Infrações (violações) e multas

Alguns atletas não respeitavam sempre os seus juramentos e tentavam ganhar de maneira
irregular. Esse tipo de infração era punida e o atleta desonesto tinha que pagar multas.Com
esse dinheiro, estátuas de Dias (Zeus) eram erguidas, bem como as Zanes. Cada uma dessas
estátuas era colocada no caminho para o estádio, com o nome do infrator gravado na base.
Para chegar ao sítio da competição, os atletas tinham que passar por todas as estátuas e isso os
fazia lembrar de não seguir este exemplo!

3.3.6. Atletas famosos

Na história dos jogos modernos, os grandes campeões foram noticia de destaque. Eram
admirados e respeitados: realmente considerados como heróis. Os Jogos da Antiguidade
também tinham os seus campeões. Graças à sua performance, os nomes dos altetas famosos
são conhecidos até hoje. Abaixo estão os perfis de alguns deles. O famoso lutador Milo de
Croton, campeão olímpico várias vezes em sua carreira durante 26 anos. Milo foi um
verdadeiro herói e aglomerou muitas outras vitórias em competições fora de Olimpia. Famoso
por sua força legendária, ele também era conhecido pelo seu grande apetite! O extraordinário
Leónidas de Rhodes, corredor campeão Olímpico quatro vezes, foi considerado como um
deus pelos seus compatriotas. Também existia o boxeador Melankomas de Caria (Ásia
Menor), que foi famoso não somente pelo seu corpo magnífico, mas também pela sua técnica
incomum de lutar. Melankomas não atacava seus adversários e ao invés disso, usava sua
habilidade de esquivar-se dos golpes deles. Depois que os grandes campeões morriam,
cerimonias especiais eram dedicas a eles. Por isso, para que suas vitórias nos Jogos nunca
fossem esquecidas, os túmulos eram decorados com uma lápide na qual haviam imagens
esculpidas das coroas que ganharam ao longo da carreira.
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3.3.7. Esportes na programação

No mundo antigo, os Jogos Olímpicos eram uns pontos de referência. Os esportes na


programação de Olimpia tiveram uma pequena variação em relação aos outros dos sítios Pan-
helénicos e nos locais de competições. Esse é o programa Olímpico que foi apresentado. O
programa dos Jogos era composto apenas por esportes individuais- esportes em grupo não
eram incluídos. Nenhum esporte aquático foi configurado na programação.

3.3.8. Corridas a pé

Existiam diferentes tipos de corridas:

O stade ou stadion, a qual era uma corrida de uma volta no comprimento do estádio

O diaulos, consistia em uma corrida de duas voltas no comprimento do estádio

O dolichos, uma corrida de longa distância (de 7 a 24 voltas)

A corrida armada (em Olimpia era o diaulos), onde os atletas usavam capacetes, lanças e
seguravam um escudo.

Os competidores se posicionavam em um linha marcada por lajes de calcário branco.Eles


corriam em linha reta e não ao redor do estádio como acontece hoje em dia.

3.4. Lançamento do disco

Os discos eram feitos de pedra ou de metal. A famosa estátua do escultor Myron representa
um atleta lançando um disco. A escultura é chamada de Discobolus (discóbolo-cerca 40A.C).
A original foi destruída, mas existem muitas cópias feitas no período Romano. Por exemplo,
uma delas está no Museu Termes em Roma.
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3.4.1. Lançamento de dardo

Uma correia de couro era fixada no eixo do dardo em forma de laço. Quando o lançava,o
atleta inseria seu dedo indicador e o segundo dedo dentro do lanço,o que permitia a ele
aumentar a distância do dardo lançado.

3.4.2. Salto a distância

O atleta usava pesos. Com os pés juntos e sem correr, o atleta saltava, arremessando seus
braços para frente. No ar, os braços e as pernas estavam quase paralelas. Antes de aterrissar, o
atleta balançava seus braços para trás, jogando os pesos ao mesmo tempo. O movimento
lançava suas pernas para frente e estendia a distância do salto. O uso dos pesos significava
que os movimentos dos atletas tinham que ser coordenados. Músicas de flautas
acompanhavam o evento a fim de auxiliar o respeito aos participantes. Os pesos eram feitos
de pedra ou de metal e tinham formas variadas.
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4. Prêmios

Nos Jogos Olímpicos modernos, o primeiro, o segundo e o terceiro colocado eram premiados,
respetivamente, por medalhas de ouro, prata e bronze. Nos Jogos Panhelenicos, havia somente
um ganhador, cujo premio era uma grinalda ou coroa de folhas. Em cada um dos locais, as
coroas eram feitas com diferentes tipos de folhas:

Em Olimpia, a coroa era de folha de oliveira selvagem

Em Delfos, a coroa era de louros

Em Corinto, a coroa era de pinho

Em Nemea, a coroa era de aipo selvagem

Além das coroas, os vencedores recebiam uma fita de lã vermelha,a taenia. Uma famosa
estátua do escultor Polycletus (datada desde a segunda metade do seculo 5 A.C) mostrava um
vencedor com uma fita amarrada em sua cabeça. A estátua era chamada de Diadumenos e
existe uma cópia de bronze na entrada do Museu Olimpico em Lausanne. Finalmente, o
vencedor segurava uma folha de palmeira, outro simbolo de vitória.

4.1.1. Nike, a mensageira dos deuses

Os Gregos Antigos consideravam que eram os deuses que decidiam conceder a vitória para
um atleta. A vitória era frequentemente representada por uma fêmea alada (com asas)
caracterizada como Nike, que, significa "vitoria" em Grego, como servente ou mensageira dos
deuses, Nike voava para a pessoa escolhida, trazia a ele uma recompensa divina em forma de
coroa ou fita.
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4.1.2. Fama

A fama dos atletas vitoriosos traziam reflexos de glória para todos os habitantes da sua cidade
natal. Quando ele retornava dos Jogos, ele recebia uma recepção de herói e ganhavam
numerosos benefícios para o resto de sua vida. Para mostrar que ele tornou-se famoso, o
vencedor tinha direito de erguer uma estátua de sua pessoa. Ele podia também pedir para um
poeta escrever versos contando suas façanhas. Por estarem orgulhosos, seus concidadãos
algumas vezes faziam moedas com efígies para não esquece-los e tornar-los conhecidos em
todo o mundo grego.

4.2.3. O final (encerramento) dos jogos

Por toda a sua história, os Jogos olímpicos cresceram com uma enorme importancia.
Originaram-se como uma simples competição de corridas, e tornaram-se o maior evento
esportivo. Porém a qualidade dos competidores e dos valores éticos dos participantes foram
do mais alto padrão. Esses fenómenos se tornariam claros depois da conquista da Grécia por
ROMA, em 146 A.C, quando o período de ^declínio^ começou, o qual eventualmente levou
ao final dos Jogos. Existem várias razões para o desaparecimento dos jogos:

 Os profissionalismos dos atletas Os jogos tornaram-se um concurso entre


profissionais, cuja principal motivação era coletar vitórias, participando do maior
número de competições possível, não somente nos Jogos Panhelenicos, mas em
competições locais também
 A presença dos Romanos entre os atletas Gregos·Os Romanos era defensora dos
esportes como uma demostração. Eles procuravam, acima de tudo, satisfazer os
espectadores. O espirito da competição, poderia ter um caráter de excelencia ,mas não
fazia parte do interesse deles. A ideia principal dos jogos foi ameaçada.
 O paganismo dos Jogos
A crença em diversos deuses era uma particularidade das religiões na antiguidade. Os
jogos não foram exceção, pois eram dedicados às divindades pagãs. O nascimento do
Cristianismo com a crença em um Deus único ,e a conversão dos imperadores para
essa nova religião, significava que os Jogos pagãos não poderiam mais ser tolerados.
Foi o imperador Theodosius I, que converteu-se ao Cristianismo, que decidiu abolir os
Jogos olímpicos em 393D.C, depois de mais 1000 anos de existência! Os outros Jogos
Pan-helénicos, organizados em Delfos, Corintos e Nemea, desapareceram na mesma
época.
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5. Conclusão

Olímpia tornou-se uma cidade sagrada, tal como hoje é Jerusalém ou Meca. A ida aos jogos
era tanto uma peregrinação como um divertimento. Naquele tempo era difícil viajar e
milhares de pessoas iam, por terra e por mar, assistir aos jogos. Até a paz reinava durante os
Jogos Olímpicos. Este enorme esforço de todos mostra que quando o homem quer tudo é
possível. Existia o culto do corpo, mas também da mente. O atleta era completo, dominava
várias áreas de conhecimento, incluindo a artística. A par disso, existiam já conhecimentos
muito concretos sobre treino, repouso e alimentação na preparação de um atleta. Valores que
se mantêm nos dias de hoje, embora o enriquecimento destes homens fosse maior, pois era
mais vasto. O único contra naqueles tempos era a descriminação feita ao sexo feminino, a
mulher não podia participar como atleta, nem como treinador e só podia assistir se fosse
solteira. Os Jogos Olímpicos industrializaram-se na era moderna e perdeu-se a magia e a
mística que os rodeava. Ficou o conhecimento na área desportiva, mas perdeu-se o encanto. A
grande lição que retiramos é que devemos cuidar do nosso corpo com treino disciplinado, mas
que devemos também treinar a nossa mente.
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6. Referencias Bibliográficas

1. Https://www.turismogrecia.info/guias/grecia/os-jogos-olimpicos-na-grecia-antiga

2. Https://www.turismogrecia.info/guias/grecia/os-jogos-olimpicos-na-grecia-antiga

3. Https://mundoeducacao.uol.com.br/educacao-fisica/os-jogos-olimpicos.htm

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