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Aline Pádua
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Sumário
Agradecimentos
Sinopse
Playlist
Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Bônus
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
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Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
O que sobrou do nosso amor
Anexo I
Outras obras
Contatos da autora
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Agradecimentos
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Aline Pádua
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Sinopse
O casamento dos sonhos com o homem dos sonhos é tudo o que
uma mulher perdidamente apaixonada pode querer, não? Melissa
Lourenzinni põe isso à prova.
Após anos apaixonada por um cara mais velho e melhor amigo do
seu irmão, não via mais como ser notada por Levi. Porém, na noite de seu
aniversário de dezesseis anos, uma pitada de ousadia acompanhada de
uma boa dose de álcool, mais uma avalanche de ciúmes, acaba por mudar
o rumo de suas vidas.
Uma gravidez inesperada uniu o casal, ou melhor, separou-os.
Apesar de dez anos de casados, Levi nunca demonstrou qualquer
sentimento por Melissa. Desacreditando no amor, Melissa está mais do
que decidida: está na hora de terem uma conversa. Porém, novamente, o
destino acaba brincando com os dois.
Um casamento
Uma traição
O que sobrará desse amor?
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Playlist
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Prólogo
Melissa
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dali.
Daniel geralmente tem essas crises de ciúmes, mas
estranho fato de estar sendo puxada com tanta força. Em meio
as luzes que piscam, a escuridão para onde ele está me
levando, além do efeito da bebida em meu organismo, demoro
para raciocinar direito. Quando finalmente paramos, olhos
verdes me encaram furiosos. Abro a boca para xingá-lo,
porém apenas sinto seus lábios cobrindo os meus.
Sinto o gosto forte de bebida em sua língua, e mesmo
sem saber ao certo o que fazer, me envolvo em seu beijo e me
entrego a ele. Meu corpo queima pelo seu toque, e logo sinto-
me sendo levantada até encaixar em sua cintura.
— Não podemos. — Levi diz assim que se afasta. Não
sei ao certo se ele fala para mim ou para si mesmo.
— Sabe que sim. — digo e mordo seu queixo com
leveza.
Não faço a mínima ideia do que estou fazendo, mas
cubro sua boca com a minha, e ele me beija novamente com
ardor.
— Vem comigo? — Seus olhos verdes me analisam, e
sorrio ao notar o quanto ele também parece me querer.
Sem conseguir responder devido ao nervosismo que
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Capítulo 1
Melissa
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lágrima cair, pois dói muito estar nesta situação com ele. Dói
demais ver o desprezo em seus olhos quando estamos
sozinhos.
— Seu irmão está voltando hoje. — Levo as mãos ao
peito, assustada, e limpo rapidamente a lágrima em meu rosto.
— Você só pode estar querendo me matar. — Respiro
fundo, me recuperando do susto, e levanto-me sem nem ao
menos encará-lo.
— Daniel disse que está te ligando há dias, mas que
não obteve resposta alguma. — diz, e eu olho para meu
celular, que não informa nenhuma chamada perdida.
— Acho que meu celular deve estar com problemas,
ou Daniel ligou errado. — informo, e finalmente nossos
olhares se cruzam.
Levi simplesmente dá de ombros e vai em direção ao
grande espelho ao lado do closet. Ele não dormiu aqui, mas
vejo que sua roupa não é a mesma de ontem. Ele veste um
terno azul escuro que modela perfeitamente seu corpo
musculoso e alto, os cabelos negros estão perfeitamente
alinhados. Ele, como sempre, briga com a gravata.
Eu me aproximo cautelosamente, e nossos olhares se
encontram através do reflexo do espelho.
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Capítulo 2
Melissa
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uma das poucas fotos que tenho com Levi, onde estou com a
barriga de grávida já bem evidente, e sorrimos um para o
outro. Foi em um dos poucos dias em que ele me fez sorrir
verdadeiramente, e se não fosse Daniel ter tirado essa foto,
acho que nunca mais me lembraria disso.
— Quem te deu essa foto? — pergunto.
Passos nos chamam atenção e olhamos ao mesmo
tempo em direção a porta. Penso que Levi irá entrar aqui e
falar com a filha, assim como sempre faz quando há
desentendimentos, mas simplesmente o vemos passar reto.
— Não se preocupe, princesa. — ela me encara triste.
— Vou falar com seu pai, tudo bem? Já volto para te levar a
escola.
Saio do quarto de Laura, e logo vejo no fim do
corredor que a porta do escritório de Levi está entreaberta.
Bato de leve na porta de madeira.
— Entre. — ele diz.
— Laura acha que você a odeia. — digo ao entrar, e
ele me encara sem jeito. — Sei que não quer dar um celular a
ela por medo de que ela faça algo errado e tudo mais. Mas
sabe como nossa filha é, Levi. Laura nunca nos deu trabalho
algum, e tenho certeza de que merece um voto de confiança.
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Capítulo 3
Melissa
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voz denuncia, você o ama muito. Apenas venha para casa que
resolveremos tudo.
— Tenho medo. — confesso.
— Por Laura? — Respondo um sim simples “sim”. —
Ele não irá conseguir tirá-la de você.
— Mas, e os documentos, mamãe? — Suspiro
cansada. — Ele pode tudo com aqueles malditos papéis.
— Vai pedir o divórcio? — pergunta, surpresa.
— Sim. Não posso mais, mamãe... não depois do que
vi.
— Conheço alguém que pode ajudar — diz.
— Quem? — pergunto sem entender.
— Um advogado. O melhor do Rio em casos de
divórcio.
— Levi tem a advocacia Soares a sua disposição. Não
sei se podemos lutar contra isso. — confesso derrotada.
— Ele não irá conseguir. Nem que para isso eu tenha
que ir conversar pessoalmente com Caleb.
— Mamãe. — exclamo, incrédula.
— Onde está a minha garota cheia de sonhos? — ela
me corta. — Quero o seu sorriso de volta, não pedaços de
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você andando por aí. Estou aqui por você, e nada irá tirar
Laura de nós.
— Tem razão, mamãe. Estou indo para casa. — digo,
e assim nos despedimos.
Deixo algumas notas em cima da mesa e saio do café.
Preciso ir o mais rápido possível para a mansão de Levi e
fazer pelo menos uma simples mala para Laura. De qualquer
forma ela dormirá na casa da tia hoje, assim não estranhará a
situação.
Durante o caminho até a mansão, meu celular toca
diversas vezes, e todas as ligações são de Levi. O que ele
quer?
Ao estacionar em frente à mansão, sequer penso em
entrar com o carro. Assim que pego as chaves da casa no
porta luvas, encaro o ambiente que pensei um dia poder
chamar de lar. Ledo engano.
Subo as escadas e vou direto ao quarto de Laura.
Quando meu telefone toca novamente, cogito em desligá-lo,
mas ao ver que é Levi, decido por atender. Preciso saber onde
ele está, assim saberei se tenho minutos suficientes para fazer
uma mala também.
— Mel. — sua voz rouca no viva voz faz meu coração
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Capítulo 4
Levi
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para voltar no tempo, e não ter cometido tantos erros com ela.
Melissa
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de atenção.
Quando estamos indo em direção a saída, papai
adentra a sala com minha mala em mãos.
— Vou deixá-la em seu quarto. — Ele sobe as escadas
e vou logo atrás.
Assim que meu pai sai, fecho a porta do quarto atrás
de mim e encaro o ambiente tão familiar. O tema clássico
ainda impera, assim como todo branco espalhado em cada
detalhe. Meus pais com certeza não mexeram em nada daqui,
está da mesma forma que deixei há dez anos.
Sento-me na cama e passo as mãos sobre o edredom
macio. Penso no quanto Laura não tem gosto algum parecido
com o meu. Enquanto tudo aqui é simplesmente clean, o
quarto de Laura tem todas as sete cores do arco-íris. Pensar
em minha pequena faz meu coração se apertar ainda mais.
Como ela reagirá ao divórcio? Laura é apegada demais ao pai,
e sei que isso a machucará em grande escala. Por esse motivo
acabei deixando que ficasse na casa de seus tios hoje,
distraísse sua cabeça e não soubesse sobre nada ainda.
No caminho para a fazenda, passei na casa de Carla e
deixei uma pequena mala de roupas para Laura passar a noite.
Não expliquei nada, pois a festa da empresa já é motivo
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resposta. E por mais que doesse nunca ter tido seu amor, eu
não deixarei que isso me impeça de querer seguir em frente.
Eu seguirei, sem Levi.
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Capítulo 5
Melissa
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— Mas...
— Sei que isso é estranho e não posso contar o
porquê. — Lembro-me no mesmo instante daquela cena
lamentável. — Mas prometo que logo te conto tudo, ou
melhor, você ficará sabendo.
— Mel... Ok, vou leva-la aí. — suspira fundo. — Já
estou saindo.
Em poucos minutos vejo Carla saindo com Laura.
Saio do carro e minha filha corre até meus braços no mesmo
instante.
— Oi, princesa. — beijo os seus cabelos e ela entra no
carro.
Carla vem com a mala de Laura em mãos e coloca no
banco de trás.
— Agora eu sei que o jeito estranho de Levi tem um
motivo além do que ele nos contou. — diz e assinto sem jeito.
— Caso queira conversar, saiba que estou aqui.
Vou até ela e lhe dou um abraço.
— Obrigada por cuidar de Laura. Leve Rafa qualquer
dia até a fazenda. — digo.
— Foi algo muito sério? — pergunta, e sei que se
refere a Levi.
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Será que ele acredita mesmo que não o amo mais? Tantas
perguntas sem resposta alguma.
— Princesa, eu jamais tirarei seu pai de você. —
respiro fundo. — Rafael está inventando coisas para te deixar
triste, mas tenha a certeza de que mesmo que um dia eu não
ame mais seu pai, ele jamais deixará de ser o seu herói.
Minha pequena soluça um pouco, e meu coração se
parte ao mesmo tempo. Como Rafael pôde dizer isso a própria
prima?
Em alguns minutos Laura finalmente se acalma, e fica
animada para conhecer o apartamento de Lili. Assim que
tocamos a campainha, Lili abre a porta, nos encarando com
um semblante nada bom.
— Demoraram. — diz antes mesmo de nos abraçar.
— Não reclame. — entro em seu apartamento, e já
noto o quão colorido é, porém azul claro é a cor que se
destaca.
— Eu preparei algo para comermos. Estão com fome,
não é? — pergunta.
— Sim. — Laura responde animada.
— Venham.
Vamos até a cozinha e Lili serve Laura com capricho.
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Capítulo 6
Melissa
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And I believed
In everything
You said to me
Yeah huh
That's right
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— Mamãe.
Abaixo o som, e olho pelo canto de olho para Laura.
Ela esfrega as mãozinhas nos olhos e boceja com gosto.
— Estamos chegando? — pergunta.
— Quase lá, pequena. — digo ao avistar a entrada da
fazenda.
Com a ausência do som, logo ouço meu celular tocar.
Espanto-me ao notar a quantidade de ligações perdidas de
minha mãe, além das inúmeras mensagens.
Resolvo não retornar pois em menos de cinco minutos
já estou estacionando em frente a nossa casa. Como já passa
das seis da tarde, o ar frio do início da noite nos recebe.
— Vem aqui, princesa. — pego Laura ainda sonolenta
no colo e entro em casa.
Mamãe está sentada no sofá com meu pai ajoelhado a
sua frente. Os dois me encaram espantados quando me veem.
— Só vou levá-la para o meu quarto. — informo e
eles assentem. Noto que os olhos de mamãe estão vermelhos,
e sinto uma pontada ruim no peito.
Algo está errado.
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Levi
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Bônus
Carla
— Boa noite, querido. — beijo com cuidado a testa de
Rafael, e em meio ao sono que já o embala, ele apenas aperta
com mais força o edredom.
Tão lindo.
O dia não foi fácil. Contar toda a verdade para Levi
não é algo que pensei ter de fazer. Ele não merecia saber de
toda a sujeira que houve entre mim, Ricardo e Nicole. Ou
tudo o que tive de passar para ter meu filho.
Vou até meu escritório e analiso novamente as várias
telas que estão prontas. Sempre sonhei em ter uma galeria de
arte, e agora ter em mãos quadros tão maravilhosos de novos
artistas é simplesmente minha realização.
Por que não consigo me sentir completa, então?
Aperto com força o laço de meu robe e sento-me de
frente para a grande janela do escritório, que tem a vista linda
do jardim. Uma taça e uma garrafa de vinho tinto me
acompanham, como na maioria de minhas noites. O momento
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diz nervoso.
Noto que Daniel me mandou a mensagem, e me viro
para sair.
— Daniel me mandou o endereço. Vou ligar para
minha mãe, pedir para que fique com Rafa agora. — digo
rapidamente.
— Por que Daniel está falando com você? — Ricardo
pergunta, mas simplesmente ignoro.
Ligo para minha mãe e ela atende rapidamente,
confirmando que logo estará aqui. Ela mora há duas casas
daqui, então não demora muito, e ela já toca a campainha.
— Obrigada por ficar com Rafa, mamãe. — digo e ela
assente, beijando meu rosto.
— Mande notícias assim que puder. — pede e eu
concordo, saindo de casa.
Ricardo me segue, indo pegar o carro. Assim que
entramos, ele arranca com o carro, e o silêncio parece
ensurdecedor.
— Se arrepende da escolha que fez, não é? — Ricardo
pergunta de repente, e eu apenas encosto com a cabeça na
janela fria do carro.
— Não temos tempo para isso agora, Ricardo.
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Capítulo 7
Levi
Melissa, mas até agora nada. Horas infernais que não acabam.
Isso me faz lembrar da conversa que tive com Carla e
Ricardo, de toda a verdade que eles despejaram em meu colo.
— Como assim Rafa é filho de Nicole? — perguntei
incrédulo. — Como assim vocês a conhecem?
— Na época em que engravidei, a situação do meu
casamento com Ricardo não era das melhores. Vivíamos
brigando, e em um desses dias acabei desmaiando. Descobri
que minha gravidez era de risco, que poderia chegar a hora
de escolher entre mim e o bebê. Ricardo se negou a prometer
que escolheria nosso filho, isso quando eu estava com dois
meses de gestação, e aos poucos tudo piorou ainda mais. Pois
bem, tudo pareceu melhor quando uma velha amiga minha,
de quando era criança, apareceu procurando por emprego.
Ela estava sozinha, sem família ou alguém que pudesse
ampará-la. Essa amiga é Nicole. — Fiquei sem fala. O que?
— Por estar sensível com tudo, acabei confiando demais
nela, e assim ela se aproximou de nós. Você não a conheceu
nesse tempo, nem teve conhecimento de nada, pois estava
fazendo seu intercâmbio no terceiro ano de faculdade,
lembra? — Apenas assenti. — Enfim, Ricardo, ela e eu
compartilhamos vários momentos juntos. Nosso casamento
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Capítulo 8
Levi
Um mês depois
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Capítulo 9
Melissa
Um mês depois
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Capítulo 10
Levi
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Capítulo 11
Melissa
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Levi
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Capítulo 12
Melissa
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— Faculdade.
— Como assim? — pergunto sem entender.
— Bom, queria saber se já pensou em fazer algum
curso de graduação. — diz cauteloso.
— É. — gaguejo um pouco. — A muito tempo atrás,
sim. — confesso, envergonhada.
— Eu a inscrevi em um cursinho. — diz baixo e o
encaro incrédula.
— O que? — quase grito.
— Não gostou da novidade? — Desvencilho-me de
seus braços e ando até o outro lado do quarto.
— Está brincando comigo? — pergunto nervosa.
— Não, eu apenas queria fazer uma surpresa, e...
— Você me proibiu de estudar Levi, de trabalhar... —
Eu o olho, furiosa. — Por que fez minha inscrição em um
cursinho? Eu não vou deixar com que fique com Laura! —
grito.
— Não, Melissa! — diz atordoado. Ele vai até uma
pasta que está em cima da cômoda, e fico ainda mais confusa.
— O que tem aí?
— Tome. — Tira algumas folhas de dentro e me
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sei o que mudou entre nós, mas tenha certeza de que nunca o
amei tanto como agora. — confesso, e Levi me encara com
lágrimas nos olhos.
— Eu...
— Papai! — O gritinho de Laura nos tira de nosso
momento, e fico apenas na expectativa de ouvir as três
palavras.
— Já volto. — Beija meus lábios e logo sai atrás de
nossa filha.
Sento-me na minha cama e só assim noto que
continuo de toalha. Troco-me rapidamente e ajeito meus
cabelos em um rabo de cavalo.
Penso e repenso sobre tudo que houve, e tento conter
o sorriso largo em meu rosto. Nunca fui tão feliz quanto
agora.
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Capítulo 13
Melissa
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Capítulo 14
Levi
foi Melissa... Por ter me iludido com Nicole, e ter feito com
que meu casamento acabasse antes mesmo de começar.
De repente ouço o grito alto de Melissa e me apavoro.
Corro até a gaveta do criado mudo e pego a chave extra do
banheiro. Assim que o abro, entro em pânico ao ver Melissa
com os olhos fechados, segurando-se na parede.
— O que houve, minha menina? — pergunto incerto e
preocupado.
Tento me aproximar, mas logo sinto uma grande
ardência em meu rosto. Melissa me encara friamente, e levo
as mãos onde seus dedos me marcaram.
— Eu não sou sua menina. — diz e meu mundo para.
— Eu não me chamo Nicole.
Arregalo os olhos, e sem conseguir me conter, começo
a chorar. Não tenho palavras para dizer nada, e apenas
consigo tentar buscar algo de bom no semblante de Melissa.
— Diz para mim o que aconteceu quando abri aquela
maldita porta. — exige em tom baixo, mas vejo suas mãos
tremendo. — Só pode ser a porta da sua sala, pois é a última
coisa que me lembro.
Continuo calado e meu choro não cessa. Não consigo
admitir isso em voz alta. Não para ela.
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— Mel, não...
— Eu os vi transando na sua sala? — pergunta e
levanto meu olhar, para simplesmente encontrá-la encarando
a pia. — Eu sempre pensei que você era demais para mim,
Levi. Sempre pensei que nunca seria o suficiente, e vejo que
eu estava certa.
— Não, minha menina, você sempre foi. — confesso e
choro ainda mais. — Você sempre será.
— Levante daí, Levi. — pede e se afasta ainda mais
de mim. — Chorar e se ajoelhar não vai adiantar de nada,
sabe disso.
— Mas Mel, eu...
— Preciso ficar sozinha. — pede e passa por mim.
Bato com força minha cabeça na parede e desabo ao
ouvir a porta de nosso quarto sendo aberta.
Eu esperava qualquer reação dela, menos essa. Aos
poucos me arrasto pela parede e corro para fora do quarto,
tentando encontrá-la. Como já imaginava, ela está no quarto
de Laura, abraçada a nossa filha.
Olho pela fresta da porta, e como se sentisse minha
presença, Melissa se vira e me encara. Ela então se levanta e
vem até a porta, fechando-a em minha cara, trancando em
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seguida.
Encosto-me na porta e desabo novamente.
— Eu te amo, minha menina. — declaro e deixo as
lágrimas descerem.
Eu a perdi.
Melissa
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sendo que tudo foi mentira, e esses últimos dias foram apenas
a ilusão de um homem que nunca existiu.
E em meio ao choro e incredulidade, caio em um sono
que me leva a reviver um passado que me dói demais, mas o
qual sempre me mostrou o quanto errei ao entrar nesse
casamento.
Era nosso aniversário de um ano de casados.
Preparei o jantar e pedi para que minha mãe cuidasse de
Laura naquela noite. Estava animada como nunca, mesmo
que nos últimos tempos Levi tenha se mostrado tão distante
que sequer me beijava. Mas não era de desistir fácil, então
mostraria a ele que estava tudo bem, que estava aqui por ele.
Como já sabia que seu horário de chegada, tudo
estava em perfeita ordem às oito da noite. Eu me vesti do
modo mais belo que pude e me maquiei de forma que ficasse
simples, mas elegante. Eu queria ao menos seduzir meu
marido e mostrar a ele que meu amor valia a pena.
Sentada em frente à mesa posta, esperei por alguns
minutos, e de repente os minutos se tornaram horas...
intermináveis horas, para ser mais clara.
Respirei fundo várias vezes tentando controlar as
lágrimas, mas quando encarei o relógio e vi que eram duas
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Capítulo 15
Melissa
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nervosa.
Ele me encara, perplexo, e apenas continua parado,
observando meus passos. Queria poder dizer que não me
importo disso ser verdade, mas no fim sinto-me ainda mais
quebrada com sua aproximação e insistência.
— Pode me deixar a sós? — pergunto e escuto-o
suspirar fundo.
— Eu poderia mentir e dizer que não vou lutar por
você, mas eu vou. Se você quer o divórcio, Melissa, eu te
darei. — Assusto-me, mas continuo arrumando as roupas na
mala. — Mesmo o divórcio não irá me impedir de lutar,
porque eu te amo, Melissa. Eu te amo, minha menina.
Com isso ele sai, deixando-me sozinha em meio as
roupas. Mesmo sem querer, desabo novamente. Lágrimas
descem por meu rosto e tento não fraquejar.
Ele está com pena.
Ele não me ama.
Tenho que me convencer disso, pois no fim, essa deve
ser a verdade.
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Capítulo 16
Levi
Dias depois
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sempre chega por volta das seis da tarde, ou até mesmo antes.
Hoje dei o resto do dia de folga pra Marta, e após saber que
Laura não viria, preparei um jantar para Melissa e eu,
tentando ao menos sentar-me a mesa com ela. Mas como a
vida dá voltas, aqui estou eu, completamente só.
Quantas vezes Melissa dever ter passado por isso?
Quantas vezes deve ter notado que cheguei tarde demais, ou
simplesmente não cheguei em casa? Quantas vezes ela deve
ter já imaginado eu e uma amante? Aposto que muitas. E
agora, sou eu nessa situação.
Mas e agora? Onde Melissa está? E pior, com quem
ela está?
Mesmo sabendo que é errado, pego um copo e encho
de uísque, encarando o jantar que fiz ser deixado de lado. Não
a culpo por isso, pois sei que mereço esse sofrimento. E já
que não tenho redenção, a bebida se tornou minha única
saída.
O copo não fica vazio em nenhum momento, e quando
vejo o relógio já marca vinte e três horas. Sem pensar muito
bem, jogo o copo na parede e começo a beber direito do bico
da garrafa.
Imagens de Melissa com outro homem me
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mereço.
Um bom tempo se passa e escuto batidas na porta.
Percebo então que é melhor sair antes que acabe dormindo no
chão do box. Enrolo-me em um roupão e encaro meu péssimo
reflexo no espelho. Tento dar um jeito em meus cabelos,
porém estou horrível. E assim mesmo, saio do banheiro.
Encontro Melissa sentada na cama, encarando
algumas fotos espalhadas pela cama. Ela sequer entrou nesse
quarto desde que teve lembranças, e geralmente dorme no
quarto de hóspedes.
— Melhor? — pergunta de repente e me encara.
Apenas assinto, sentindo-me envergonhado. — Eu vou me
mudar neste fim de semana. — Sinto como se o mundo
desabasse sobre mim. — Ainda não falei com Laura a
respeito, mas deixe que falarei com ela, ok? — pergunta, e eu
continuo parado, sem reação.
— Prefere falar sozinha com ela? — pergunto e
Melissa suspira fundo.
— Sim, para não a confundir ainda mais. — Dá de
ombros e se levanta. — Tudo bem para você? — pergunta e
me encara.
— Como quiser, Melissa. — digo derrotado.
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Capítulo 17
Melissa
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telefone.
— O que ela disse, Mel? — ele pergunta e eu tento me
manter em pé. Estou muito nervosa.
— Ela quer você e Ricardo onde ela está. Mas sem
polícia, senão ela vai matá-los. — conto desesperada. — Ela
não me passou endereço algum. Eu não sei onde é, Levi. —
Começo a chorar desesperadamente.
— Calma. — ele diz e se aproxima de mim, me
abraçando. Soluço em seu peito, e tento me acalmar. — Me
empresta seu celular. — pede.
Passo o celular para ele, e Levi se afasta.
— Vou resolver isso. — diz e segura meu rosto com
as mãos. — Nossa filha vai voltar para casa, sã e salva, ok?
— Assinto várias vezes, com o coração apertado. — Marta,
cuide dela, por favor. — ele diz, e só assim noto que Marta
está próxima a mim, quando ela toca meus ombros.
— Traga nossa filha para casa, Levi. — peço e ele
beija minha testa.
— Eu trarei.
Então ele sai, deixando-me sem saber o que fazer.
Mesmo apoiada em Marta, caio no chão, chorando,
com medo e pavor sobre o que está acontecendo. Só quero
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Capítulo 18
Levi
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— Onde? — insisto.
Ela desfaz a ligação e sinto-me ainda mais frustrado.
Mas de repente a porta da frente da casa se abre, revelando
Nicole com uma arma em mãos.
— Finalmente, meus queridos. — diz e aponta a arma
pra mim. — Entrem.
Olho para Ricardo, e ele parece tão ou mais perplexo
do que eu diante a essa situação. Soube a pouco tempo do
quão mentirosa e manipuladora Nicole é, mas criminosa...
isso nunca passou por minha mente, e duvido de que pela de
meu irmão.
A passos incertos entro na casa, e fico ainda mais
assustado ao ver Laura amarrada a Rafael, e ambos
amordaçados do lado esquerdo do cômodo.
— Filha, fica calma. — digo rapidamente.
— Rafa... — Ricardo diz e encara Nicole. — Solte-os,
Nicole. Já nos tem aqui. — diz, e Nicole abre um largo
sorriso.
— Ainda não. — ela continua apontando a arma pra
mim. — Antes de tudo precisamos conversar.
— Onde Carla está? — meu irmão pergunta, e Nicole
o encara com o semblante fechado.
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Precisamos pará-la.
— Tira as mãos do meu filho, sua vadia. — Olho em
direção a voz e me assusto ao ver Carla sair de um quarto,
aparentemente desorientada, com uma mão na cabeça.
— Olha só quem acordou para a festinha. — Nicole
amordaça Rafael novamente e bate palmas. — Olá, querida
amiguinha.
— Solte as crianças, elas não têm nada a ver com isso.
— Carla diz, e enquanto Nicole presta atenção nela, e de
canto de olho vejo que Ric fazer um sinal com a mão.
Percebo então que há um pedaço de madeira próximo
a meu irmão, o qual sei que ele quer usar.
— Pense grande, Carlinha. — Nicole debocha. — Eles
são a razão de ter perdido os homens que amo. Melissa
prendeu Levi com a princesinha de olhos verdes, e você
roubou meu príncipe, e conseguiu prender Ricardo.
— Deus, você é louca! — digo, tentando chamar sua
atenção. — Arquitetou isso desde sempre? — pergunto
incrédulo, enquanto Ric tenta pegar o pedaço de madeira.
— Quando te conheci, confesso que não sabia quem
era; mas quando contou seu sobrenome... foi amor
instantâneo. — Sorri, amarga. — Mas agora acho melhor
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não!
— Princesa. — digo para Laura, me abraça, chorando.
— Ele tem batimentos ainda, Levi. — Carla diz e sorri
um pouco em meio as lágrimas. — Precisamos de uma
ambulância.
Pego o celular em meu bolso e ligo para a emergência.
Assisto essa cena de horror ao meu redor e meu
coração falha uma batida. Eu mereço a morte, pois é minha
culpa, não meu irmão.
Só peço a Deus que ele não se vá. Não podemos
perdê-lo.
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Capítulo 19
Melissa
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— Tudo bem.
Ele então sai, e assim aproveito para velar o sono de
minha pequena.
Levi
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Capítulo 20
Levi
Semanas depois
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ainda mais nesse quarto, o qual mesmo não nos tendo feito
tão feliz, sempre foi nosso.
Ela então me encara e força um sorriso, esperando
alguma atitude minha. Limpo a garganta e sento-me na
poltrona ao lado da cômoda, encarando-a por alguns
segundos. Mas por fim, acabo contando tudo que sei, nos
mínimos detalhes.
— Meu Deus! — ela exclama assim que termino de
falar, e eu apenas encaro o chão a minha frente. — Ela era
completamente...
— Obcecada? — Balanço a cabeça negativamente,
sentindo nojo de mim mesmo, de ter de contar isso a Melissa.
— Ela sequestrou Carla e as crianças praticamente do lado do
colégio... Ela intimidou Carla, pois ao se aproximar de Rafael
mostrou que em sua bolsa tinha uma arma, e bom, Carla teve
de segui-la.
— Não sei como Carla está lidando com isso tudo...
— Ela leva as mãos a boca. — Ela deve estar sofrendo muito
por ver Ric nesse estado, sem ainda poder sair. Acho que por
isso ela me falou sobre isso hoje... pela notícia boa que
tivemos, deve estar se sentindo um pouco melhor para falar a
respeito.
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Capítulo 21
Melissa
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de um modo galanteador.
— Foi um prazer conhecê-lo, milorde. — brinco. —
Espero que consiga arrancar muitos suspiros por aí.
— Espero que um dia possam ser suspiros seus. — diz
e fico estática, completamente sem jeito.
— Desculpe, tenho que ir. Até mais! — Saio, mas
ainda consigo ouvi-lo dizer um “Até logo”.
Homem galanteador, mas com toda certeza doido.
Passo no caixa o livro que escolhi, e após pagar,
encontro Laura e Levi do lado de fora da livraria.
— Finalmente escolheram o filme? — pergunto.
— Sim, começa daqui alguns minutos. — Laura diz
animada e já coloca as mãos em minha sacola, com certeza
querendo ver o que comprei.
Deixo com que pegue e ela sorri animada ao ver que é
um livro. Ao menos esse gosto ela puxou de mim.
Noto Levi calado, e ele apenas responde e sorri a algo
que Laura diz. Mas não pergunto nada, não quero causar
algum desentendimento e acabar brigando com ele, porém
acho estranho sua súbita mudança.
Após entrarmos no cinema, Laura senta-se ao meu
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lado e estranho por não querer sentar entre mim e o pai; mas
ela parece tão animada com o filme que resolvo nem
perguntar. O filme começa, e por ser um desenho infantil
acabo não prestando muita atenção; nunca gostei muito disso.
O tempo passa e Laura continua compenetrada no
filme. Não ouso olhar para o lado e ver se Levi faz o mesmo,
pois seu cheiro me deixa incomodada por estarmos tão
próximos. Mesmo com tudo, ele ainda mexe comigo.
Encosto minha cabeça na cadeira macia e começo a
repassar a história de Querido John em minha mente. Fico me
perguntando até hoje, me colocando no lugar da personagem
principal, Savannah, tentando entender como ela conseguiu
ser tão corajosa e dizer adeus ao homem que ama, mesmo
sabendo que ele a amava também. Isso parece surreal para
mim.
Solto um suspiro fundo e imagino quanto o amor dela
e de John é real, mesmo que seja apenas uma história de
ficção. Ele toca o coração das pessoas... E fico me
perguntando se o amor que senti pelo Levi desde que o vi é
tão real quanto esse, se é capaz de superar tudo.
Mesmo sem querer, viro-me para Levi e o encaro,
sentindo toda aquela turbulência dentro de mim novamente, a
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qual nunca se foi, apesar de tudo. Noto que ele não é o mesmo
homem de antes, sequer se parece com o cara com quem me
casei. Ele parece outro homem, e mesmo assim ainda acende
algo dentro de mim, porém algo diferente; e ainda não
descobri como definir isso.
Continuo o analisando, e logo ele percebe minha
inspeção, encarando-me no mesmo instante.
— Tudo bem, Melissa? — pergunta, e eu apenas
consigo focar em seus olhos.
Assinto para ele, o qual me encara um pouco
desconfiado, mas logo volta sua atenção para o filme. Faça o
mesmo, mas ao invés de voltar a minha divagação sobre
Querido John, começo a repensar minha própria história de
“amor”. Sobre como nunca imaginei ter de passar por tudo
isso.
Não tento me lembrar mais sobre o que houve, pois sei
que não adianta. Meu médico disse que é algo que eu poupo
de mim, e talvez seja melhor. Mesmo querendo ver com meus
próprios olhos o que aconteceu tudo o que me esqueci, acabo
apenas aceitando, e por enquanto ainda tenho paz sem essas
lembranças.
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Capítulo 22
Levi
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Capítulo 23
Melissa
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Capítulo 24
Melissa
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coisas.
Como se percebesse meu olhar, ele abre um fraco
sorriso.
— Você nunca tirou a aliança. — diz e suspira fundo.
— Em todos os momentos, você esteve com ela... até mesmo
quando te vi depois do acidente no hospital.
— Eu não sei porque, eu não me lembro... Sequer
lembrei que a usava. Acho que me acostumei tanto. — Eu o
encaro e noto seus olhos brilhando, e logo vejo uma lágrima
correr por seu rosto.
— Essa era a aliança de minha mãe, ela me deu um
dia antes de sofrer o acidente. Lembro que ela me fez
prometer não contar para meu pai. — Ele sorri fraco, e noto o
quanto isso mexe com ele. — Foi como se ela tivesse sentido
que aconteceria. — Mais lágrimas descem por seu rosto. —
Lembro também de meu pai chegando em casa e notando a
falta da aliança na mão dela. Eles discutiram por cinco
segundos, e ela o dobrou, dizendo que tinha mandado gravar
algo especial. — ele sorri largo, como se lembrasse da cena.
— Eles eram ótimos, não é? — pergunto, e Levi
assente.
— Claro, eles brigavam as vezes, mas eram por coisas
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em dias frios.
— E até mesmo no natal. — Laura intervém. —
Mesmo não estando frio.
— Laura. — chamo sua atenção e ela sorri debochada.
— Espero que gostem. — ele diz e senta-se ao lado de
Laura, encarando-nos animado.
Olho para a mesa a minha frente, minha filha sorrindo
de coisas simples e Levi de modo que nunca vi. Sinto-me
estranha por não conseguir estar feliz com isso. Meus
sentimentos conflitam por dentro, mas mesmo assim forço um
sorriso a ele, por sua dedicação. Mas desde quando comecei a
fazer algo por pena dele?
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Capítulo 25
Melissa
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que houve naqueles dias, mas sim o que Levi fez, ou melhor,
quer ouvir ele contar tudo.
— Eu acho que não conseguirei lidar com isso. —
Passo as mãos com força, contra minha calça, e sinto-as
suando. — Eu não sei mais o que sinto! Uma parte de mim
não consegue aceitar o que houve, e a outra está assustada
com seu novo jeito, sem saber se é amor ou ilusão no fim.
— Fale com ele e dê um tempo para si mesma. Tente
entender o que sente. — Ela me olha e noto seu semblante
leve, como se entendesse sua situação. — Você passou anos
amando um homem que inventou em sua mente. Por mais que
Levi sempre mexesse com você, por tudo que contou, nunca o
conheceu de verdade... Precisa ver se esse homem que está ao
seu lado agora é realmente o que ama, ou se não é apenas uma
ilusão.
Penso sobre suas palavras e elas me tocam de um jeito
único. Pela primeira vez é como se finalmente abrisse os
olhos. Parte de mim se nega a sentir algo por ele, e não é
apenas pelo que se passou, mas também por sua mudança; e
ainda mais pelo que está por vir.
Preciso ter uma conversa séria com Levi, saber ao
menos sua história. Preciso tentar entender como o homem
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Levi
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mim.
— Fui ver minha mãe hoje cedo. Peguei o novo carro
que comprou e fui até ela. Conversamos sobre várias coisas, e
bom, resolvi enfrentar o que estou passando. — diz e anda
pela sala, tocando em alguns objetos.
— Como assim? — pergunto, ainda sem conseguir
levantar da cadeira, com medo de sua fala.
— Eu antes estava com medo de vir até aqui, nessa
empresa, em sua sala. — Ela dá de ombros e continua de
costas para mim, ainda vasculhando o local. — Mas ao ver
essa porta, a qual tanto me atormenta, não tive nenhuma
lembrança ou dor... Simplesmente nada.
— Eu não sei o que dizer.
— Fiquei um pouco aliviada no fim. — Ela então se
vira para mim e me encara cabisbaixa. — Talvez não queira
me lembrar do que vi, mas quero saber tudo, Levi.
— O que? — pergunto enquanto ela vem até mim, e
senta-se na cadeira em frente da mesa.
— Preciso que me conte tudo sobre você, sobre...
Nicole. — diz e fecha os olho. — Tenho que ser sincera. Eu
não te conheço. Você não é o cara playboy e intocável pelo
qual me apaixonei, e muito menos o babaca pelo qual
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Capítulo 26
Melissa
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comigo.
— Horas antes de Daniel me contar o que houve, eu
estava novamente pensando em você. Eu tentei esquecer
nossa noite, tentei estar com outras mulheres para esquecer
seu toque, mas nada funcionou. Sentia-me incapaz e inseguro,
e não percebi naquela época o quanto isso era estúpido, mas
enfim... Quando Daniel me contou, eu apenas senti que o
certo era me casar com você por nosso filho, e tentar construir
algo ao seu lado...
— Como o seus pais, não é? — Ele assente, parecendo
ainda mais nervoso.
— Mas as coisas saíram de meu controle. Eu me
sentia cada vez mais estranho próximo a você, e os
documentos que fiz foram por medo de poder perder Laura...
Claro que não percebi o quanto também te controlava, por já
te amar e não saber definir. — ele limpa uma lágrima que
desce por seu rosto e fico sem entender. — Quando me
envolvi novamente com Nicole foi em um dia dos dias em
que brigamos após o nascimento de Laura... Eu senti que você
estava tendo poder sobre mim e quis ser dono de mim mesmo,
e assim dormi com ela, tentando provar minha idiotice.
— Então tudo aquilo de querer ser como seus pais
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Capítulo 27
Melissa
desconfiado.
— O cara da livraria. — deduzo, e ele novamente faz
uma reverência.
No fim acho que ele está mais para palhaço do que
galanteador.
— A que devo a honra de uma bela visão nesse dia?
— pergunta, e eu o encaro, inquisitiva.
— Estou apenas comendo. — digo e ele me encara de
modo diferente. — O que foi? — pergunto.
— Parece ainda mais perdida em pensamentos do que
quando a vi pela primeira vez. — diz e sorri de lado. — E
ainda mais bela. — ele sorri, fazendo-me sorrir também.
— Bom, mais perdida talvez. Sobre ser bela, eu
discordo. — digo e ele sorri ainda mais largo.
— Mas vejo que não tenho chances com a senhorita.
— diz e aponta para cadeira vazia a minha frente. Assinto,
deixando-o sentar. — Obrigado! — diz e continua sorrindo.
— Não sou um homem de enrolações, mas notei o fato da
aliança em sua mão esquerda.
— Ah sim. — Encaro minha mão esquerda e assinto.
— Eu sou...
E só assim noto que sequer sei o que sou, e pouco sei
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Capítulo 28
Melissa
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O que sobrou do
nosso amor
Série: O que sobrou – Livro
1.5
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Sinopse
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Prólogo
Melissa
No futuro
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Outras obras
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Sinopse
Castiel Soares, ao contrário do que muitos pensam, sempre foi o
mais centrado e obediente dos irmãos. Cometeu erros como qualquer ser
humano, e alguns deles atormentavam seu sono... Até conhecê-la.
Danielle Campos sofreu uma grande perda no passado que
transformou sua vida completamente. E mesmo com a dor que sentia,
nunca deixou nenhum sentimento ruim a corroer... Até conhecê-lo.
Ele pensou que ela seria sua salvação.
Ela quer de todas as formas sua destruição.
Um sentimento arrebatador entre a linha tênue do amor e do ódio.
Qual falará mais alto?
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Contatos da autora
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Até a próxima!
[1]
Candy: Doce
[2]
Você pegou minha mão / Você me mostrou como /
Você me prometeu que ficaria por perto / Aham / Tá certo /
Eu absorvi suas palavras / E eu acreditei / Em tudo que você
me disse / É, aham / Tá certo / Se alguém dissesse que daqui
três anos / Que você iria embora / Eu me levantaria e socaria
todos eles / Porque eles estariam errados / Eu sei melhor que
eles / Porque você disse "para sempre" / E sempre" / Quem
diria / Lembra-se quando nós éramos tão bobos / E tão
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