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Regime do Estado Novo: Durante o período do Estado Novo em Portugal (1933-1974), não
havia uma legislação específica de proteção ao consumidor. O regime era caracterizado por um
controle estatal rígido sobre a economia e pouca atenção aos direitos dos consumidores.
Adesão à União Europeia: A entrada de Portugal na União Europeia, em 1986, trouxe consigo a
obrigatoriedade de harmonização das leis nacionais com as diretrizes europeias. Isso incluiu a
adoção de medidas de proteção ao consumidor.
Diretivas Europeias: Ao longo dos anos, Portugal tem vindo a transpor para a legislação
nacional diversas diretivas europeias relacionadas com o direito do consumo. Essas diretivas
têm como objetivo garantir um elevado nível de proteção aos consumidores em áreas como
contratos à distância, publicidade enganosa e práticas comerciais desleais.
Definição consumidor:
O consumidor, nos termos do artigo 2.º da Lei 24/96 e do artigo 2.º, alíneas g) e o) do Decreto-
Lei n.º 84/2021, é uma pessoa que se enquadra em diferentes elementos:
Elemento subjetivo: Refere-se à condição da pessoa física ou jurídica que adquire, utiliza ou
solicita bens ou serviços no âmbito de uma relação de consumo.
Elemento objetivo: Diz respeito à aquisição, utilização ou solicitação de bens ou serviços que
não se destinam a atividades profissionais ou comerciais.
Portanto, um consumidor, de acordo com essa legislação, é uma pessoa física ou jurídica que
adquire, utiliza ou solicita bens ou serviços, não com finalidade profissional ou comercial
predominante, mantendo uma relação de consumo em que está em posição de vulnerabilidade
em relação ao fornecedor.
Preço:
No contexto das práticas comerciais com redução de preços, reguladas pelo Decreto-Lei
70/2007, de 26 de março, é importante compreender sua definição e regime jurídico.
Conforme o artigo 3.º, n.º 1, alínea b) desse decreto-lei, as promoções são consideradas
práticas comerciais com redução de preços.
A não conformidade com as disposições legais pode levar a consequências sérias. Nos termos
do artigo 16.º, n.º 1 do Decreto-Lei 70/2007, configura-se uma contraordenação económica
grave, sujeita a penalidades.
Os Contratos celebrados à distância são uma modalidade contratual regulada pelo Decreto-Lei
24/2014, de 14 de fevereiro. É importante compreender a definição desse tipo contratual,
conforme estabelecido no artigo 3.º, alíneas h) e w), desse diploma legal. Essa definição
abrange as características e os meios utilizados para a celebração desses contratos à distância.
O regime jurídico dos Contratos celebrados à distância é abrangido pelos artigos 4.º a 8.º do
Decreto-Lei 24/2014. Essas disposições estabelecem as obrigações e direitos das partes
envolvidas, incluindo informações pré-contratuais, forma de celebração, prazos de execução e
responsabilidades.
Uma solução essencial prevista nesse regime é o direito de arrependimento. Os artigos 10.º a
14.º do Decreto-Lei 24/2014 estabelecem o direito do consumidor de desistir do contrato
celebrado à distância, sem a necessidade de justificar a sua decisão, dentro de um
determinado prazo.
Assim, essas leis relacionadas aos Contratos celebrados à distância garantem a proteção dos
consumidores, estabelecendo regras claras para a celebração e execução desses contratos. O
direito de arrependimento é uma salvaguarda importante, assegurando que os consumidores
tenham a possibilidade de reconsiderar sua decisão sem penalidades injustas. O cumprimento
dessas disposições legais contribui para a transparência e a confiança nas transações à
distância.
Uma solução essencial prevista nesse regime é o direito de arrependimento. Os artigos 10.º a
14.º do Decreto-Lei 24/2014 estabelecem o direito do consumidor de desistir do contrato
celebrado fora do estabelecimento comercial, sem a necessidade de justificar a sua decisão,
dentro de um determinado prazo.
Assim, essas leis relacionadas aos Contratos celebrados fora do estabelecimento comercial
garantem a proteção dos consumidores, estabelecendo regras claras para a celebração e
execução desses contratos. O direito de arrependimento é uma salvaguarda importante,
assegurando que os consumidores tenham a possibilidade de reconsiderar sua decisão sem
penalidades injustas. O cumprimento dessas disposições legais contribui para a transparência e
a confiança nas transações realizadas fora do estabelecimento comercial.
Praticas comercio desleal
No que se refere às Práticas Comerciais Desleais, é essencial entender sua definição, conforme
estabelecido nos artigos 5.º e 6.º, alínea c) do Decreto-Lei n.º 57/2008. Essas disposições
descrevem comportamentos que são considerados desleais, enganosos ou agressivos, visando
a proteção do consumidor.
No caso das Práticas Comerciais Agressivas, o artigo 11.º do Decreto-Lei n.º 57/2008 trata
especificamente dessas ações que visam coagir ou pressionar o consumidor a tomar uma
decisão de compra de forma precipitada ou prejudicial.
Os direitos do consumidor também são abordados nessa legislação. O artigo 14.º do Decreto-
Lei n.º 57/2008 estabelece direitos fundamentais, como o direito à informação clara, completa
e precisa, o direito de não ser submetido a práticas comerciais desleais e o direito a um recurso
efetivo em caso de violação dessas práticas.
Dessa forma, as leis relacionadas às Práticas Comerciais Desleais têm como objetivo principal
proteger os consumidores de comportamentos enganosos, desleais e agressivos no contexto
das relações de consumo. Ao assegurar direitos e impor normas de conduta justas, essas leis
visam promover a transparência e a confiança nas transações comerciais, fortalecendo a
proteção do consumidor.