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2. Orçamento do Estado
O Orçamento do Estado é um documento político, altamente técnico,
com base legal que descreve com detalhe as despesas e receitas do
Estado, que são previstas para um ano, propostas pelo Governo e
autorizadas pela AR. Este tem 3 elementos (político, económico e
jurídico). Abrange os orçamentos dos serviços integrados no subsetor
Estado dos FSA e da Segurança Social. O OE tem influência a nível
macroeconómica pois é integrado por aspetos como o rendimento
disponível, o consumo privado, o investimento, etc.
O Ciclo Orçamental consiste em 4 fases: Elaboração do OE e respetiva
Proposta de Lei (por parte do Governo); Discussão e Votação da proposta
de lei (na Assembleia da República); Execução e Fiscalização do OE
(executado pelo Governo); Elaboração, Discussão, Votação e fiscalização
da Conta do Estado.
O OE obedece a um conjunto de regras e princípios que passo a
enumerar: regra da Não-consignação, regra da Anualidade, Regra da
Unidade e Universalidade, Regra da Não compensação, regra da
Especificação e regra do equilíbrio.
A regra da Não-Consignação diz que a totalidade das receitas orçamentais
deve servir para financiar a totalidade das despesas orçamentais.
A regra da Anualidade afirma que o OE deve referir-se a um período de
1ano, o que significa que é aprovado num ano e executado em 1 ano.
A regra da Unidade e Universalidade determina que o conjunto de
receitas e despesas deve ser apresentado num único documento e que as
receitas e despesas de todas as entidades públicas deveriam constar num
único orçamento, respetivamente.
A regra da Não Compensação exige as receitas e as despesas inscritas
pelos seus valores brutos, de modo a serem quantificados valores exatos,
o que vai facilitar o controlo do OE.
A regra da Especificação afirma que o OE deve individualizar as receitas e
despesas previstas de modo a garantir mais transparência no orçamento.
Por fim, a regra do Equilíbrio diz que todo o e qualquer orçamento
apresenta uma igualdade contabilística.
Equilíbrio Formal e Equilíbrio Substancial são coisas diferentes na medida
em que, o primeiro significa uma igualdade contabilística entre despesa
total e receita total, que seja compatível com a existência de défice
Orçamental; o segundo significa uma igualdade entra determinadas
receitas e determinadas despesas, o que nos leva à existência de diversos
conceitos de saldos.
A Regra de ouro das Finanças Públicas é a existência de excedente
orçamental corrente, mesmo com um défice de capital.