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2022
1.1. AS ORGANIZAÇÕES......................................................................................................... 6
BIBLIOGRAFIA....................................................................................................................... 100
Figura 1: Área de RH com função centralizada, em empresas com áreas de negócio dispersas .. 12
Figura 2: Área de RH com função descentralizada em empresas com áreas de negócio dispersas
....................................................................................................................................................... 12
Este manual da disciplina de Gestão de Recursos Humanos foi elaborado para estudantes do
curso de Gestão de Empresas, leccionada na Universidade Licungo – extensão da Beira e serve
para questões meramente académicas.
Com este manual, pretende-se que os estudantes no fim da disciplina possam ser capazes de:
1.1. AS ORGANIZAÇÕES
Segundo o Manual de Gestão e Administração Escolar (2009), etimologicamente, a palavra
organização provém do grego “Organon”, que significa órgão, ou seja, empresas, instituições ou
entidades. Vista nessa perspectiva, a Organização pode ser assim conceituada:
➢ Como associação sistemática de partes interdependentes, a fim de formar um todo
unificado, através do qual a autoridade, a coordenação e o controlo possam ser exercidos
para alcançar um objectivo previamente estabelecido (in Marshall e Gladismock).
➢ Como agrupamento de indivíduos que agem coordenadamente para a realização de um
objectivo comum previamente determinado (in Azevedo).
➢ Como um sistema de actividades conscientemente coordenadas de duas ou mais pessoas.
Ela somente existe quando há pessoas capazes de se comunicarem e que estão dispostas a
contribuir com acção, a fim de cumprirem um propósito comum (in Chiavenato, 2004).
As organizações como instituições sociais existem para cumprir objectivos que os indivíduos
isoladamente não podem alcançar, por isso, desde os tempos remotos, o homem sempre se
associou aos outros para realizar esses objectivos.
Para Teixeira (2005), as razões que explicam a existência das organizações são essencialmente
três:
I. Razões sociais: as pessoas como seres gregários, organizam-se pela necessidade de
relacionamento com outras pessoas.
II. Razões materiais: as pessoas se organizam para alcançar três coisas, que isoladamente
jamais conseguiriam:
▪ Aumento de habilidades: através das organizações, as pessoas conseguem fazer as
coisas mais eficientemente do que se estivessem a trabalhar sozinhas.
Chiavenato (2004) afirma que um objectivo é uma situação desejada que uma organização deseja
alcançar, por isso, a sua razão de ser é servir esses objectivos. Para esse autor, os objectivos de
uma organização, geralmente são:
▪ Proporcionar satisfação das necessidades de bens e serviços da sociedade.
▪ Proporcionar emprego produtivo para todos os factores de produção (natureza, capital e
trabalho).
▪ Aumentar o bem-estar da sociedade através do uso económico dos factores de produção e
de recursos.
▪ Proporcionar um retorno justo aos factores de entrada.
▪ Proporcionar um clima em que as pessoas possam satisfazer uma variedade de
necessidades humanas normais.
Para alcançar os seus objectivos, as organizações são dotadas de recursos, que nada mais são do
que os meios pelos quais as organizações procuram realizar as suas actividades para alcançar os
seus objectivos. Na perspectiva de Chiavenato (2000), Basicamente, existem cinco tipos de
recursos organizacionais, que são:
Para Ribeiro (2006) in Oliveira e Galerani1 “A área de Recursos Humanos tem como objectivo
principal administrar as relações da organização com as pessoas que a compõem, consideradas,
hoje em dia, parceiras do negócio, e não mais meros recursos empresariais”.
1
www.inesul.edu.br
8 Elaborado por Mateus Sengueranhe
1.2. PESSOAS
O estudo das pessoas constitui a unidade básica da organização.
Pessoa pode ser entendida como um ser vivo racional, ou seja, um ser que pensa, realiza
operações mentais, produzindo ideias que, geradas pela acção mental podem traduzir-se em actos
(acção ou omissão). As pessoas, além de realizar operações mentais, são animais eminentemente
sociais porque se caracterizam por uma irrepreensível tendência à vida em sociedade e em
participações multigrupais, como a família, a escola, a igreja, etc. Vale dizer que as pessoas
vivem em organizações, em ambientes cada vez mais dinâmicos, onde montaram um sistema
total, dentro do qual organizam e dirigem os seus assuntos.
Chiavenato (1994) indica que a noção de pessoa pode ser abordada em duas vertentes, a saber:
a) Pessoas como pessoas, pois são dotadas de características próprias de personalidade e de
individualidade, aspirações, valores, atitudes, motivações e objectivos individuais.
b) Pessoas como recursos, pois são dotadas de habilidades, capacidades, destrezas,
conhecimentos e competências, que são necessárias para a actividade organizacional.
O autor que temos vindo a citar afirma que historicamente as pessoas sempre foram tratadas
como agentes passivos. As decisões e as responsabilidades sempre foram centralizadas nos
gerentes e Directores.
Hoje, a tendência é fazer com que as pessoas, em todos os níveis da organização, sejam os
gestores das suas tarefas. As pessoas devem ser elemento de diagnóstico e de solução de
problemas para obter a melhoria contínua do seu trabalho dentro da organização.
O estudo das diferenças individuais das pessoas é uma ferramenta importante para analisarmos o
comportamento dela dentro da organização.
A expressão Recursos Humanos refere-se às pessoas que participam das organizações e que
nelas desempenham determinados papéis. Por isso, o contexto em que funciona a gestão dos
Recursos Humanos é representado pelas organizações e pelas pessoas.
Chiavenato (2004), afirma que o relacionamento entre o indivíduo e a organização nem sempre é
cooperativo e satisfatório. Muitas vezes é um relacionamento tenso e de conflitos entre os
objectivos que as organizações procuram atingir e os objectivos que individualmente cada
participante pretende alcançar. A parcela maior de responsabilidade pela integração entre os
objectivos da organização e os dos indivíduos recai sobre a alta administração.
Enquanto os indivíduos buscam a sua satisfação pessoal (salário, conforto, lazer, horário mais
favorável de trabalho, oportunidades de carreira, segurança no cargo, etc.), as organizações, do
mesmo modo, têm necessidades (capital, edifícios, equipamentos, potencial humano, etc.).
Assim, a interdependência de necessidades do indivíduo e da organização é imensa, pois tanto as
vidas como os objectivos de ambos estão inseparavelmente entrelaçadas, na medida em que:
▪ O indivíduo traz habilidades, conhecimentos, capacidades e destrezas, juntamente
com a sua aptidão para aprender e um indefinido grau de desempenho;
▪ A organização, por sua vez, deve impor responsabilidades ao indivíduo, algumas
definidas e outras indefinidas, algumas dentro ou abaixo da sua capacidade actual;
outras demandando uma aprendizagem a médio ou longo prazo, mas sempre com
desafio.
Assim, o indivíduo precisa ser eficaz e eficiente para sobreviver dentro do sistema.
A área de recursos humanos dentro da empresa com áreas de negócios dispersas, pode ter sua
função centralizada (todas as actividades ou políticas direccionadas para uma área específica) ou
descentralizada (várias áreas podem assumir actividades ou algumas políticas específicas).
2
Os aliciantes também podem-se designar de incentivos, induzimentos, recompensas.
11 Elaborado por Mateus Sengueranhe
Figura 1: Área de RH com função centralizada, em empresas com áreas de negócio
dispersas
A área de recursos humanos pode ainda estar situada dentro da estrutura organizacional
conforme o nível, que pode ser; institucional (a nível hierárquico de directoria e, portanto,
decisória), intermediário (a nível hierárquico de órgão ou departamento e, portanto, não
decisória, necessitando-se reportar ao órgão decisorial) e de assessoria (a nível hierárquico está
Presidente
Presidente
Chefe de Departamento de RH
Director de RH
Com a evolução constante das actividades relacionadas com pessoas, a administração de recursos
humanos foi fundamentada e separada em processos, que são: provisão, aplicação, manutenção,
desenvolvimento e monitoria.
A ARH pode ser visualizada como um sistema, cujo processo envolve cinco subsistemas
interdependentes que são:
• Provisão: Planeamento de recursos humanos; recrutamento de pessoal e selecção de
pessoal.
• Aplicação: Descrição e análise de cargos e avaliação do desempenho de pessoal
• Manutenção: Compensação; benefícios sociais; higiene e segurança e relações sindicais.
• Desenvolvimento: Treinamento e desenvolvimento de pessoas e desenvolvimento.
• Monitoria de recursos humanos: Banco de dados e sistemas de informações e auditoria
de recursos humanos. Vide abaixo a figura 2.
De acordo com Macedo et al. (2007), nos dias de hoje a área de Recursos Humanos está
passando por grandes transformações e mudanças, desempenhando papéis múltiplos de
operacionais e, ao mesmo tempo, estratégicos.
Para Daft (2007, p.300), o planeamento de recursos humanos é a previsão das necessidades de
recursos humanos e adequação projectada dos indivíduos com as vagas esperadas. O
planeamento de recursos humanos começa com várias perguntas:
• Quais tecnologias novas estão emergindo, e como elas afectarão o sistema de trabalho?
• Qual será provavelmente o volume de empresas nos próximos cinco a dez anos?
• Qual e a taxa de rotatividade de pessoal, e quanto, se houver alguma, é evitável?
Esses aspectos são resumidos num formulário de entrevista de desligamentos, que regista as
informações e respostas. A opinião do empregado reflecte a sua percepção da situação e permite
identificar problemas existentes e possíveis dissonâncias que determinam a rotatividade de
pessoal. As informações colhidas na entrevista de desligamento referem-se aos aspectos que
estão sob o controlo dos empregados ou são claramente percebidos por eles. Os dados colhidos
2.1.1.3.2. Absentismo
“O absentismo é a frequência e/ou a duração do tempo perdido quando os empregados não vêm
ao trabalho” (Chiavenato, 2008, p.160).
Alguns especialistas incluem o acidente no trabalho entre as causas do absentismo, o que pode
criar confusão quando se pretende comparar os índices de absentismo de diversas organizações.
As causas do absentismo precisam ser diagnosticadas, e deve haver uma acção coordenada no
nível de supervisão com o devido suporte de políticas da organização e apoio da direcção para se
tentar reduzir os níveis de ausências e atrasos do pessoal.
Consequências do Absentismo
A primeira e mais evidente consequência do absentismo é a nula produtividade do empregado
ausente. Em geral, as pessoas que mais se ausentam também são menos produtivas. As relações
entre colegas de trabalho também podem ser prejudicadas (frequentemente, quem está presente
necessita de realizar o trabalho de quem está ausente).
A prestação de serviços aos clientes/utentes também pode ser negativamente afectada. Por
exemplo, num centro de saúde em que apenas existam dois médicos, estando um de férias, a falta
do outro implica o encerramento dos serviços.
O Preço e Quantidade de equilíbrio serão encontrados quando tanto a Oferta como a Procura
estão em uníssono.
No que tange ao Planeamento dos recursos humanos, a análise da oferta e da procura faz-se tanto
dentro da empresa, como no mercado. No entanto, este exercício inicia no interior da empresa
com a análise dos RH disponíveis, analisando desta forma a oferta dos RH existentes na
empresa. Do lado da envolvente, a análise da oferta e da procura é mais aprofundada, pois
depende em grande parte do comportamento dos mercados de Recursos humanos e de trabalho.
3
http://shabestan.blogs.sapo.pt/5622.html
24 Elaborado por Mateus Sengueranhe
2.1.1.3.3.1. O mercado de trabalho e dos recursos humanos
CHIAVENATO (2004), recorrendo a uma abordagem económica, nos diz que o termo mercado
envolve vários significados, a saber:
▪ O lugar onde antigamente se efectuavam trocas de mercadorias, ou seja, o local físico
onde os vendedores se encontravam com os compradores;
▪ O “espaço económico” onde se realizam trocas de bens, os quais são produzidos e
ofertados pelos produtores e procurados pelos compradores.
▪ A área geográfica ou territorial dentro da qual as forças de oferta e procura convergem
para estabelecer um preço comum.
Em termos de provisão4 de Recursos Humanos, existem dois tipos de mercados bem distintos,
porém estreitamente entrelaçados e inter-relacionados: o mercado de trabalho e o mercado de
Recursos humanos.
SANTOS (2008) nos diz que ambiente é tudo o que envolve externamente uma empresa ou outra
organização qualquer. A sobrevivência de qualquer organização depende da sua capacidade de
aproveitar as oportunidades que este ambiente lhe propicia e, simultaneamente, eliminar as
ameaças que dela advêm. É neste ambiente que a empresa busca, dos vários insumos, as pessoas
de que necessita para executarem todas as actividades que são desenvolvidas nela. Nas situações
de oferta ou de procura de vagas ou de candidatos, ele tem um certo tipo de comportamento que
influencia decisivamente nas estratégias de recrutamento e selecção que as empresas adoptam.
4
Provisão de Recursos humanos é um dos subsistemas de GRH, responsável pelo suprimento de pessoas para a
organização e envolve todas as actividades relacionadas com a pesquisa de mercado, recrutamento e selecção de
pessoal, bem como a sua integração nas tarefas organizacionais (CHIAVENATO, 2004)
25 Elaborado por Mateus Sengueranhe
De acordo com o pensamento de MILDEBERGER (2011)5, a cada dia o ambiente interno e
externo das empresas sofre constantes transformações, a tecnologia e a globalização se aceleram
em um ritmo nunca visto. A tendência de novas oportunidades e desafios sugere a actualização
constante. Esta actualização inclui a busca de novas pessoas, dotadas de novos conhecimentos
para que a empresa consiga se manter neste mercado. Ou seja, a empresa deve estar
comprometida com seu corpo funcional, pois de nada adianta ter os equipamentos mais
sofisticados se seus colaboradores não estão comprometidos com os objectivos da empresa6.
Para Bohlander, et all (2005), as mudanças no ambiente externo têm impacto directo na maneira
como as empresas são dirigidas, e as pessoas geridas, sendo por isso que é sempre necessário
fazer um exame ambiental. O exame ambiental consiste no acompanhamento sistemático das
principais forças externas que influenciam a empresa, que são:
1. Factores económicos, incluindo condições gerais e regionais;
2. Tendências competitivas, incluindo novos processos, serviços e inovações;
3. Mudanças tecnológicas, incluindo a robótica e a automação dos escritórios;
4. Questões legislativas e politicas, incluindo legislação e normas administrativas;
5. Preocupações sociais, incluindo creches e prioridades educacionais;
6. Tendências demográficas, incluindo a idade e a composição.
5
http://www.administradores.com.br/artigos/economia-e-financas/a-evolucao-da-area-de-recursos-humanos-
frente-ao-ambiente-de-mudancas-organizacionais/53514/ 23 mar. 2011.
6 Idem
Por sua vez, CHIAVENATO (2004) diz que o mercado de trabalho ou de emprego é constituído
pelas ofertas de trabalho ou de emprego oferecidas pelas organizações, em determinado lugar e
em determinada época. Quanto maior for o número de organizações numa determinada região,
maior será o mercado de trabalho e o seu potencial de disponibilidade de vagas e oportunidades
de emprego. Este mercado pode ser segmentado por sectores de actividades ou por categorias
(Ex: empresas metalúrgicas, de plásticos, bancos, farmacêuticas, etc.) ou por tamanho (Ex:
grandes, médias e pequenas empresas), ou ainda por regiões (Ex: norte, centro e sul de
Moçambique).
Bohlander, et all (2005), afirmam que o mercado de trabalho é a área da qual os candidatos
devem ser encontrados (recrutados). Quando uma empresa não dispõe de oferta interna de
funcionários para promoções ou quando está preenchendo posições de inicio de carreira, os
gerentes devem considerar a oferta externa de pessoal.
Por meio do PRH, as empresas lutam para conseguir equilíbrio adequado entre as considerações
de oferta e de demanda (procura). As considerações de demanda baseiam-se nas tendências
previstas na actividade empresarial. As considerações de oferta envolvem a determinação de
onde e como os candidatos com as qualificações exigidas devem ser encontrados para preencher
27 Elaborado por Mateus Sengueranhe
as vagas da empresa. Em razão da dificuldade na localização de candidatos para o número
crescente de cargos que exigem treinamento avançado, esse aspecto de planeamento tem
recebido muita atenção.
Assim sendo, segundo CHIAVENATO (2004), três possíveis situações de mercado de trabalho
podem surgir: i) oferta maior que a procura; ii) oferta equivalente a procura; e iii) oferta menor
que a procura.
Para MACHADO, ET ALL (2014), esta situação acarreta as seguintes consequências para as
empresas:
a) O recrutamento é mais demorado, o rendimento mais baixo e o número de candidatos
insuficiente;
b) Os critérios de selecção tornam-se mais flexíveis e menos exigentes para compensar a
escassez de candidatos;
c) Os esquemas de salários iniciais oferecidos aos poucos candidatos que se apresentam
tendem a elevar-se, provocando distorções na politica salarial da empresa e no mercado;
d) Intensificação da competição entre as empresas ou serviços que utilizam o mesmo
mercado de recursos humanos;
e) Os candidatos passam a escolher as organizações que lhes oferecem melhores salários e
melhores benefícios sociais;
f) As empresas ou serviços procuram reter e fixar os seus empregados porque é arriscada a
sua substituição.
CHIAVENATO (2009) ainda afirma que, por ser vasto e complexo, o mercado de Recursos
Humanos pode ser segmentado por grau de especialização ou por regiões, como:
31 Elaborado por Mateus Sengueranhe
▪ Por especialização: mercado de engenheiros, de médicos, de advogados, de técnicos, de
directores, etc;
▪ Por regiões: norte, centro, sul, Sofala, Maputo, Nampula, etc.
1. Análise
Programação:
• Inventário
• Composição da • Recrutamento
força de e selecção
trabalho Aprovação pela Controlo e
• Produtividade gestão de topo • Formação e avaliação
• Estrutura desenvolvimen
to
• Compensação
2. Previsão da Objectivos e
procura de RH em políticas de RH
cada unidade
3. Previsão da
procura de RH em
toda a organização
4. Orçamento
FASE 4
FASE 1 FASE 2 FASE 3
Para consolidar as etapas da planificação de pessoal, de acordo ainda com Caixote e Monjane
(2013), para a organização, podem ser definidas 4 fases de procedimentos, que devem ser
seguidas na planificação dos RH, a saber:
1ª. Diagnóstico das necessidades de pessoal: nesta fase, faz-se a análise do inventário e
composição da força de trabalho existente, da produtividade e estrutura da organização
2ª. Definição de objectivos e políticas de RH: faz-se a definição dos objectivos e das políticas
de RH e a consequente aprovação pelos gestores de topo da empresa.
4ª. Monitoria, controlo e avaliação: depois da programação dos RH, faz-se a verificação e
acompanhamento do cumprimento das políticas e da realização dos objectivos definidos e
aprovados pelos gestores de topo para depois fazer-se a correcção e o ajustamento necessário.
Muitas vezes, os planos de sucessão são denominados mapas de substituição que constituem uma
representação visual de quem deve substituir quem na eventualidade de alguma possível vaga
naquelas posições que sejam criticas.
O plano de sucessão tenciona assegurar que existem pessoas qualificadas e prontas para
ocuparem determinados cargos quando os seus titulares deixam de exercer as suas funções. O
plano de sucessão pode também ser usado estrategicamente para reduzir a probabilidade de um
Como já foi anteriormente dito, a planificação de sucessão de RH, em geral, só pode ser efectiva
quando acompanhada de uma exaustiva análise de cargos. Juntos, a planificação de RH e a
análise de cargos, orquestram e orientam todas as actividades da gestão de RH, conforme
ilustrado na figura.
Para Certo (2003, p.241) recrutamento é a atracção inicial e a pré - selecção de candidatos a
ocupar uma vaga. Seu propósito é limitar o amplo campo de possíveis funcionários a um grupo
relativamente pequeno de pessoas a partir do qual alguém eventualmente será contratado. na
óptica de Daft (2007, p.301), recrutamento é tido como actividades ou práticas que definem as
características dos candidatos para quem os procedimentos de selecção são essencialmente
aplicados.
Para Chiavenato (2008, p.185), o recrutamento e selecção de recursos humanos devem ser
tomados como duas fases de um mesmo processo, ou seja, a introdução de recursos humanos na
organização. Se o recrutamento é uma actividade de divulgação, de chamada de atenção, de
incremento de entrada (input), a selecção é uma actividade obstativa, de escolha, de opção e
decisão, de filtragem da entrada (input), de classificação e, portanto, restritiva.
No caso de a organização não encontrar pessoas que preencham os requisitos, pode realizar um
recrutamento externo, exigindo apenas requisitos não específicos e, após a selecção, oferecer um
treinamento de integração, para que os seleccionados possam adquirir os conhecimentos,
habilidades e atitudes necessárias para um bom desempenho no cargo.
a) O Recrutamento Interno
Recrutamento interno é a busca pelo profissional que se concentra na própria empresa, através do
manuseamento de colaboradores que podem ser transferidos (movimentação horizontal),
promovidos (movimentação vertical) ou ainda transferidos com promoção (movimentação
diagonal). (Chiavenato, 2008,p.174)
b) Recrutamento Externo
O recrutamento Externo já trata da busca do profissional fora da empresa, no mercado de
trabalho. Havendo uma vaga, a organização procura preenchê-la com candidatos externos
atraídos pelas técnicas de recrutamento. Ela incide sobre os candidatos reais ou potenciais,
disponíveis ou aplicados em outras organizações. (Chiavenato, 2008, p.176)
c) O recrutamento misto
Na prática, as empresas nunca fazem apenas o recrutamento interno ou externo. Ambos se
complementam e se completam. Devido às vantagens e desvantagens dos dois tipos de
recrutamento, uma solução ecléctica tem sido preferida pela maioria das empresas: o
recrutamento misto, ou seja, aquele que aborda tanto as fontes internas como fontes externas de
recursos humanos. (Chiavenato, 2008., p. 180)
Segundo Chiavenato (2008, p. 185) a selecção busca entre os candidatos recrutados aqueles mais
adequados aos cargos existentes na empresa, visando a manter ou aumentar a eficiência e o
desempenho do pessoal, bem como a eficácia da organização. Daft (2007, p. 303) considera
selecção como o processo para determinar talentos, habilidades e outros atributos que uma
pessoa necessita para desempenhar um trabalho específico.
Para a organização, o cargo constitui a base da aplicação das pessoas nas tarefas organizacionais.
Para a pessoa, o cargo constitui uma das maiores fontes de expectativas e de motivação na
organização. (Chiavenato, 2008,p.219)
Para Marras (2000, p.93)8, a avaliação de desempenho é um instrumento de gestão que permite
ao gestor mensurar os resultados obtidos por um empregado ou por um grupo, em período e área
específicos (conhecimentos, metas, habilidades etc).
Para o alcance desse objectivo básico, a avaliação de desempenho procura alcançar uma
variedade de objectivos intermediários, que são:
• Adequação do indivíduo ao cargo;
• Treinamento,
• Promoções;
7
Costa, www.aedb.br
8Costa, www.aedb.br
55 Elaborado por Mateus Sengueranhe
• Incentivo salarial ao bom desempenho;
• Melhoria das relações humanas entre superiores e subordinados;
• Auto-aperfeiçoamento do empregado;
• Informações básicas para a pesquisa de RH;
• Estimativa do potencial de desenvolvimento dos empregados;
• Estimulo à maior produtividade;
• Conhecimento dos padrões de desempenho da organização;
• Retroacção (feedback) de informação ao próprio indivíduo avaliado;
• Outras decisões de pessoal, como transferências, dispensas, etc.
Esta maneira de proceder a avaliação de desempenho difere muito das outras pelo facto de a
avaliação de desempenho começar pela preparação do futuro e não pela apreciação do
desempenho passado.
c) Efeito de recenticidade: o avaliador usa apenas sua memória recente para atribuir notas
aos seus avaliados. Assim, ele usa apenas os acontecimentos mais recentes, sejam eles bons
ou ruins, para dizer como está sendo o desempenho dos avaliados.
c) Erro de “primeira impressão”: é utilizar a primeira impressão que o funcionário deixa
para avaliar o seu desempenho no decorrer do ano. O avaliador não utiliza os feitos
actuais da pessoa para medir seu desempenho, utilizando apenas as primeiras impressões
que teve de seu comportamento quando do início de suas actividades na empresa.
63 Elaborado por Mateus Sengueranhe
e) Erro de semelhança (auto - identificação): os avaliadores tendem a avaliar de forma
mais positiva aqueles colaboradores que se parecem com eles, que possuem os mesmos
interesses, a mesma formação profissional, os mesmos gostos pessoais etc. Desta forma, a
avaliação fica prejudicada por interesses outros que não os critérios definidos antes do início
do processo de análise e avaliação de desempenho.
2.3.1. COMPENSAÇÃO
a) A compensação financeira
A compensação financeira pode ser directa ou indirecta
i. A compensação financeira directa compreende os pagamentos feitos em forma de
salários, bónus, prémios, comissões. Destes, o salário é o mais importante por ser
percebido como contraprestação do serviço no cargo ocupado.
ii. A compensação financeira indirecta é o salário indirecto decorrente de cláusulas de
convenção colectiva do trabalho e do plano de benefícios e serviços sociais oferecidos
pela organização. Inclui férias, gratificações, gorjetas, adicionais, participações nos
resultados, horas extras, o correspondente monetário dos serviços e benefícios sociais
oferecidos pela organização (alimentação subsidiada, transporte subsidiado, seguro de
vida, etc.).
NB. A soma do salário directo e indirecto constitui a remuneração (tudo o que o empregado
aufere directa ou indirectamente como consequência do trabalho que ele desenvolve na
organização).
Os planos de serviços e benefícios sociais abrangem três áreas da vida do empregado, a saber:
▪ No exercício do cargo: gratificação, seguro de vida, prémios de produção, etc.
▪ Fora do cargo, mas dentro da empresa: lazer, refeitório, cantina, transporte, etc.
▪ Fora da empresa: recreação, actividades comunitárias, etc.
A segurança no trabalho actua em três áreas principais, que são: prevenção de acidentes;
prevenção de roubos (vigilância); e prevenção de incêndios.
Desenvolvimento organizacional
Desenvolvimento de pessoal
Treinamento
2.4.1. O TREINAMENTO
Chiavenato (2004) afirma que usam-se meios ou técnicas para fazer o levantamento das
necessidades ou diagnóstico. Esses meios são os que se discriminam a seguir:
• Avaliação de desempenho: através da avaliação de desempenho é possível descobrir os
empregados que executam as suas tarefas abaixo de um nível satisfatório e averiguar os
sectores da empresa que reclamam uma atenção imediata dos responsáveis pelo
treinamento;
O desenvolvimento de pessoas é o acréscimo de valor `as pessoas. Por via disso, as empresas
enriquecem o seu próprio património, melhorando os seus processos internos e incrementam a
qualidade e a produtividade nas suas tarefas, bem como nos seus produtos e serviços.
Nas organizações, o desenvolvimento de pessoas é visto como um programa de longo prazo para
prever o crescimento profissional das pessoas através de condições externas capazes de realizar
gradativamente as potencialidades humanas. Está orientado para a carreira de cada pessoa e o seu
desdobramento contínuo frente a objectivos de longo prazo.
O conceito de carreira tem sido abordado por vários autores, observando-se diferentes sentidos
atribuídos a este termo. Sousa, et all (2006), citando Hall (1976), distinguem diferentes
significados, destacando-se os seguintes:
▪ Carreira como uma sequência de trabalhos/funções ao longo da vida – este
significado centra-se na história ou percurso profissional do indivíduo;
▪ Carreira como uma sequência de experiencias profissionais ao longo da vida –
compreende as aspirações, concepções e atitudes dos indivíduos face à sua vida
profissional;
Segundo os mesmos autores, o conceito de carreira focaliza-se sobretudo no indivíduo e nas suas
necessidades. No entanto, ele não pode centrar-se na perspectiva individual, devendo implicar
uma análise à dinâmica decorrente da relação entre a organização e o indivíduo. Dai que se
considere mais pertinente e abrangente utilizar o termo de desenvolvimento de carreiras, ao invés
de gestão de carreiras.
Neste ultimo caso, imperam as promoções automáticas que estão, normalmente, definidas nos
contratos colectivos de trabalho, com base na antiguidade do colaborador na empresa.
Caso assuma um papel mais estratégico, pretende-se:
Este conceito está relacionado com as tecnologias de informação por envolver computadores ou
rede de microcomputadores e programas específicos para processar dados e informações.
Dados são elementos que servem de base para a formação de juízo ou para a resolução de
problemas. Eles isolados não proporcionam informação. Exigem processamento, que
compreende a classificação, armazenamento e relacionamento, para que possam ganhar
significado e consequentemente, informar.
Como a ARH é uma responsabilidade de linha e função de staff, o órgão da ARH deve abastecer
os órgãos de linha de informações relevantes sobre o pessoal afecto a cada um dos órgãos para
que os respectivos gerentes possam administrar os seus subordinados.
O banco de dados permite a eficiência da informação, a redução da “memória” para arquivos por
permitir que dados logicamente interligados actualizem e processem de forma integrada e
simultânea. Reduz a inconsistência e erros ocorridos em razão de arquivos duplicados.
Nas organizações, a ênfase deve ser colocada na necessidade de informações e não no uso da
informação, por ser ela a base do processo decisório.
As auditorias começam por uma avaliação das relações organizacionais que afectam a
administração do potencial humano, incluindo o pessoal de linha e de staff, as qualificações dos
membros do staff de RH e adequação do suporte financeiro para vários programas. A partir dai
aplica-se uma variedade de padrões e medidas que permitem:
c) Examinar os registos e relatórios de pessoal;
d) Analisar, comparar e preparar o relatório final, que inclui recomendações para mudanças
e alterações.
A auditoria penetra mais profundamente quando avalia programas, políticas e filosofias.
Dependendo da política existente na organização, a auditoria de RH pode dirigir-se a um ou a
todos os seguintes níveis de produtividade:
▪ Resultados, incluindo as realizações concretas e solução de problemas pela administração
em vigor;
▪ Programas, incluindo politicas e procedimentos de RH;
▪ Politicas, tanto as formalizadas, como as implícitas e não formalizadas;
▪ Filosofias da administração, suas prioridades, valores, alvos e objectivos; e
▪ Teorias, relações e explanações que explicam e relacionam filosofias, politicas e práticas
do pessoal.
A questão da responsabilidade social não é nova e o problema não se põe exclusivamente para as
empresas. Também se estende a organizações sem fins lucrativos. No que se refere ao mundo
empresarial, a situação da ética e responsabilidade social tem evoluído no sentido da crescente
aceitação da responsabilidade social das empresas e dos seus gestores. Por isso, podemos
considerar duas ópticas de abordagem da responsabilidade social, nomeadamente, a visão
clássica e a visão contemporânea.
Freedman chega mesmo a afirmar que “existe uma e apenas uma responsabilidade social das
empresas – usar os seus recursos e aplica-los em actividades projectadas para aumentar os seus
lucros desde que elas se confinem as regras do jogo, que são envolver-se em competição livre e
aberta, sem logro ou fraude”.
Davis afirma que “a longo prazo, quem não usar o poder de uma forma que a sociedade
considere responsável está condenado a perde-lo” e apresenta 5 proposições relativas a
responsabilidade social, que são:
▪ A responsabilidade social surge como poder social, isto é, uma vez que a empresa tem
um determinado poder ou influência sobre a sociedade, a sociedade pode e deve
Nos nossos dias, poucos são os subscritores das ideias de Freedman e, há cada vez mais gestores
com tendências para aceitar as obrigações decorrentes da responsabilidade social numa
perspectiva contemporânea.
Numa perspectiva mais alargada, as expectativas da sociedade no que se refere aos objectivos
das empresas podem agrupar-se em 3 níveis, que são:
▪ O primeiro nível diz respeito a função económica das empresas, ou seja, a produção e
bens e serviços que, satisfazendo as necessidades dos cidadãos, proporcione empregos,
permita obter lucros e estimule o crescimento económico;
▪ O segundo nível refere-se a resposta das empresas as alterações das exigências
sociais. Tem que ver com o controlo da poluição, a segurança e qualidade dos produtos,
segurança no trabalho, etc.
▪ O terceiro nível refere-se ao apoio das empresas para a prossecução dos objectivos
gerais da sociedade de que faz parte (eliminação da pobreza, decadência da vida urbana
ou suburbana, etc.). Embora este nível não constitua propriamente uma obrigação das
Chiavenato (2004) afirma que o balanço social surge como um instrumento para delimitar e
definir a responsabilidade social da organização.
Basicamente, o balanço social busca recapitular num documento único os principais dados que
permitam apreciar a situação da organização no domínio social, registar as realizações efectuadas
e medir as mudanças ocorridas no curso do ano em referência e dos anos anteriores. Assim, o
balanço social deve comportar informações sobre o emprego, remuneração, encargos sociais,
condições de HST, produtividade do pessoal, disfunções (rotatividade, absentismo, conflitos
trabalhistas, etc.).
Segundo Teixeira (2005), ética é a disciplina do conhecimento acerca do que é bom e mau, certo
e errado, dever moral ou obrigação.
No plano empresarial, a ética tem a ver com os comportamentos e a tomada de decisões, ou seja,
as escolhas efectuadas face a uma pluralidade de hipóteses, tendo como pano de fundo o conceito
da moralidade aplicado aos negócios. Seja como respostas as decisões dos indivíduos que usam
as suas posições institucionais (gestores) em proveito próprio, ou aos prejuízos que algumas
organizações provocam ao nosso ambiente social e natural, ou aos sofrimentos que impõem aos
seus trabalhadores e gestores, a verdade e que o crescimento acelerado das preocupações de
ordem ética relacionada com as organizações é uma tendência importante dessa época.
Tomar decisões eticamente adequadas tem a ver com as convicções dos gestores acerca do que é
bom ou mau, certo ou errado, moral ou imoral. Estas convicções formam-se a partir das fontes de
inspiração ética (bíblia, alcorão, etc.), a voz interior, ou seja, a consciência da própria pessoa.
Outras fontes de inspiração ética são a internalização dos valores básicos das sociedades e aquilo
que os psicólogos designam de outros significados, ou seja, os que exercem ou exerceram
influência sobre a formação de uma empresa – pais, amigos, os modelos a seguir. Para algumas
profissões existem códigos de ética organizados pelas respectivas associações profissionais. A
própria lei, ao proibir determinados comportamentos que podem prejudicar terceiros, é uma fonte
de inspiração ética.
A classificação de um comportamento em ético ou não ético depende não apenas da relação entre
as suas convicções e o que as fontes de ensinamento ou inspiração lhe sugerem. Por exemplo, um
aluno sem o referir, usa o o trabalho de outro colega para melhorar o seu próprio porque, por
deficiência moral, está convencido de que esse procedimento não e incorrecto. Comete uma falta
ética, mas apenas do tipo I, isto é, as suas convicções foram formadas em sentido diferente do da
maioria das pessoas mas provavelmente por deficiência ou insuficiência de ensinamentos de
A ética na gestão empresarial preocupa-se, acima de tudo, com a vontade e a justiça e tem que
ver fundamentalmente com:
▪ As expectativas da sociedade que dependem da sua cultura, dos seus valores morais e,
nomeadamente do que é aceite como função e objectivos da empresa;
▪ A concorrência leal, isto é, não utilização de práticas que desvirtuem o comércio;
▪ A publicidade, no sentido de veicular com verdade as características dos produtos ou
serviços, não utilizando publicidade enganosa, explicita ou implicitamente;
▪ As relações publicas, com vista a manter o público informado sobre os negócios da
empresa:;
▪ A responsabilidade social, nas vertentes do ambiente em termos sociais e ecológicos;
▪ A autonomia do consumidor, que passa pela ausência de acções que de algum modo
limitem a liberdade do consumidor enquanto tal;
▪ O comportamento da empresa, quer no plano externo (cuja actuação pelo menos
parcialmente se relaciona com os aspectos anteriores) quer no plano interno, pela forma
como se relaciona institucionalmente com os seus trabalhadores.
Como se depreende, todos estes aspectos estão bastante relacionados entre si, sendo difícil
conceber uma organização que tenha um comportamento eticamente perfeito externamente e
actue de forma oposta aos princípios da ética no plano interno. Por outro lado, verifica-se que a
ética e a responsabilidade social da empresa, sendo conceitos diferentes, estão intrinsecamente
interligadas, com várias áreas de actuação em comum.
Tendo em conta o peso das convicções morais individuais nas atitudes e formas de
comportamento, é difícil ensinar a alguém o que é moral ou ético e o que não o é; mas é
importante alinhavar alguns critérios que nesta matéria possam ajudar as pessoas que têm de
tomar decisões.
De modo geral, pode dizer-se que um gestor pode esperar que a generalidade das pessoas
considerara eticamente correctas as acções que se enquadrarem dentro das seguintes regras:
▪ Regra de ouro: actuar como gostaríamos que os outros actuassem em relação a nos
próprios;
▪ Princípio do utilitarismo: actuar de forma que resulte no maior proveito para o maior
número possível de pessoas ou entidades;
▪ Imperativo categórico de Kant: agir de forma que a acção desenvolvida se pudesse
enquadrar numa lei, regra, ou comportamento universal;
▪ Ética profissional: actuar de forma que as atitudes e acções sejam sempre consideradas
correctas, se avaliadas com independência, pela generalidade dos colegas da profissão;
▪ Teste da TV: sentir-se a vontade se tivesse de explicar num programa de televisão as
razões daquelas decisões;
▪ Teste legal: agir de forma a poder responder afirmativamente a questão «a acção em
causa é legal?» (as leis vigentes geralmente correspondem ao standard mínimo exigível
em ética);
▪ Teste das quatro questões: actuar de forma a poder responder as quatro seguintes
questões:
➢ A decisão assenta na verdade?
➢ É justa para todas as pessoas envolvidas ou por elas afectadas?
98 Elaborado por Mateus Sengueranhe
➢ Contribuirá para aumentar algo de positivo ou amigável?
➢ Será benéfica para todos aqueles a quem diz respeito?
A simples existência de um código de ética não garante em absoluto que o comportamento dos
membros da organização seja eticamente correcto, mas acaba por clarificar expectativas e
aperfeiçoar as atitudes e comportamentos.