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Da leitura da certidão de óbito anexa, verifica-se que era casado com a representante legal
da consignante,
Ocorre, Excelência, que o Decreto n°. 85.845/1981, que regulamenta a Lei n°. 6.858/1980,
prescreve, em seu artigo 1°, que "os valores discriminados no parágrafo único deste artigo,
não recebidos em vida pelos respectivos titu-lares, serão pagos, em quotas iguais, aos seus
dependentes habilitados na forma do artigo 2º.
Por sua vez, o artigo 2°, da referida lei, é expresso no sentido de que: "a condição de
dependente habilitado será declarada em documento fornecido pela instituição de
Previdência ou se for o caso, pelo órgão encarregado, na forma da legislação própria, do
processamento do benefício por morte", informação à qual a consignante não teve acesso,
residindo neste fato a necessidade da propositura da presente ação.
O senhor José Pereira, foi contratado pelo Banco tio Patinhas S/A em 02-02-2013 na
agência de Vitória da Conquista- BA. Lamentavelmente o senhor José faleceu em
decorrência de um trágico acidente de trânsito no momento em que se deslocava da sua
residência para o trabalho.
A Sra Zuleica Silveira, afirmando que mantinha uma união estável com o empregado
falecido, comuncando, inclusive que estava grávida. A segunda, Sra Modestina Pereira,
afirmando ser esposa do empregado falecido, estando em posse de uma certidão de
casamento. Registra-se, conforme se observa que a ficha de registro de empregado, que o
“de cujus” afirmou, no ato de contratação que não era mais casado com essa senhora.
No ato de contratação, o consignante também informou que possuía três filhos, fruto do
matrimônio com a Sra. Modestina, um deles ainda menor Não há notícia de abertura de
inventário.
Deste modo, a propositura desta ação afigura-se necessária para que consignante possa,
então, adimplir as obrigações decorrentes da extinção do vínculo empregatício.
III- DO DIREITO
Nos termos do artigo 477, da Consolidação das Leis do Trabalho, com a extinção do
vínculo empregatício, surge para o empregador as seguintes obrigações:
A situação narrada dá ensejo à aplicação do artigo 335. IV, do Código Civil, o qual
dispõe que: "a consignação tem lugar se ocorrer dúvida sobre quem deva legitimamente
receber o objeto do pagamento"
Além disso, também se aplica ao caso a norma do artigo 539, § 1°, do Código de
Processo Civil. Assim, uma vez realizado o depósito judicial, considera-se feito o
pagamento e extingue-se a obrigação.
Cumpre mencionar que a consignante já fez a anotação na Carteira de Trabalho do Sr e
fez as comunicações de praxe. A consignante instrui a exordial com o Termo de Rescisão
do Contrato de Trabalho, comprometendo-se a entregar, se assim for determinado por este
juízo, 4 (quatro) vias originais deste documento.
a) A notificação dos herdeiros e sucessores do, ora consignatários, nos endereços acima
indicados, para comparecerem à audiência una, à qual deverão comparecer para o fim
de oferecer resposta ou habilitar-se ao recebimento da importância consignada;