infantilismo, à exasperação imaginativa. Contra isso o estudo não basta. Tomem consciência da infecção moral e lutem, lutem, lutem pelo seu equilíbrio, pela sua maturidade, pela sua lucidez. Tenham a normalidade, a sanidade, a centralidade da psique como um ideal. Prometam a vocês mesmos ser personalidades fortes, bem estruturadas, serenas no meio da tempestade, prontas a vencer todos os obstáculos com a ajuda de Deus e de mais ninguém. Prometam SER e não apenas pedir, obter, sentir, desfrutar.” Olavo de Carvalho A normalidade (uma perspectiva de ordem e saúde) - é o centro do tratamento da psicoterapia, entretanto é um tema completamente abandonado na psicologia.
Freud diz que a normalidade é uma ficção ideal,
ou seja, para ele todos são doentes -uns em maior e outros em menor grau.
Um terapeuta que não trabalha com o conceito
de normalidade caminha de maneira desordenada. Terapias levadas desse modo são intermináveis e têm pouca clareza.
O profissional precisa da normalidade para
saber para onde está conduzindo o seu paciente.
Uma vez que só se pode levar os pacientes a
lugares que já se foi anteriormente, a normalidade é fundamental para a vida do terapeuta. Psicologia da Normalidade: A Psicologia da Normalidade começa a partir de um itinerário de autoconhecimento e sinceridade do terapeuta consigo mesmo - que repercute diretamente na atuação clínica.
A normalidade traz uma clareza e uma
resolubilidade muito maior para o terapeuta em sua atuação.
Uma vez que já tenha transformado a própria
personalidade, sendo co-autor e personagem nessa história de mudança, acaba tornando possível propor a outra pessoa essa mesma situação.
O terapeuta é um espelho para o paciente.
Normalidade, sanidade e centralidade da
psique como ideal significa ter uma personalidade forte, bem estruturada e serena em meio a tempestade. Medo: Além das definições básicas a respeito do medo, aqui ele será tratado como um sofrimento relacionado à vida afetiva - o modo com que se interpreta a realidade.
O medo quando bem compreendido pode
ser uma coisa boa, ou seja, uma resposta satisfatória a perigos que são iminentes.
Existem duas realidades problemáticas em
relação ao medo: aqueles que afirmam que nunca o tem, e aqueles que sempre o carregam consigo. Os medos mais frequentes: Morrer; Ficar sozinho a vida inteira; Ficar pobre; Ser um fracassado; Eleições.
No caso dos terapeutas:
Não saber atender; Errar no atendimento; Prejudicar o paciente.
Além de uma vida travada, o medo leva a
uma agitação interior. O sujeito vencido pelo medo tem dificuldade em conservar dois hábitos fundamentais para um diálogo interior: ficar em silêncio e ficar sozinho.
Desse modo, ele vai em busca daquilo
que não tem valor, mas que promete uma falsa proteção, resultando em uma série de sentimentos, como de derrota, sensação de ter perdido tempo e oportunidades… E essas são sensações percursoras para o desenvolvimento de uma depressão.
Apesar do medo defender de ameaças,
quando é motivado por situações que não são realmente ameaçadoras, ele se transforma em covardia, e depois em paralisação. Quando se está diante de uma ameaça, é necessário questionar: isso é real, ou fruto da imaginação?
Se de fato está acontecendo algo, a postura
deve ser de ação. Dependendo da situação, é necessário fugir ou então resolvê-la. Existem medos que também são frutos de traumas.
O fenômeno do medo é enriquecido pela
imaginação.
Aristóteles dizia que o medo nasce da
imaginação de um mal, que destrói e entristece. Ou seja, o ser humano tem medo de ficar triste e ser destruído.
Entretanto, há medos fantasiosos - que
envolvem elementos impossíveis. E é necessário investigar a carga de imaginação e fantasia que participam dos medos dos pacientes. O medo é uma fonte de muito sofrimento. Padre Miguel Fuentes vai dizer que ele leva a uma pusilanimidade - um encolhimento da própria alma.
Um dos passos necessários na terapia é pedir
que o paciente narre os acontecimentos de sua vida que tem relação com o seu medo - dando atenção aos elementos fantasiosos ali presentes.
As faces do medo mais percebidas na clínica
são três: Medo propriamente dito: é aquele que tem relação com algo concreto ou imaginário, e que é possível identificar; Ansiedade: algo difuso, sem identificação; Fobia: em geral, é o temor exagerado; Santo Tomás de Aquino dizia que os principais objetos de medo são: A morte; As coisas repentinas; Aquilo que não tem remédio; O próprio medo.
Um remédio para os medos em geral é se
preparar, e moldar as fantasias e os movimentos imaginários.
Após narrar o objeto de medo, é necessário
trabalhá-lo de maneira clara, vendo qual seria o pior cenário se a situação em questão acontecesse, então, a partir da virtude da fortaleza, preparar-se para melhor enfrentar essas ameaças caso aconteçam.