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29/11/2022 15:17 TERMOS TÉCNICOS – SEMIOLOGIA – VeteriAmar PDFs

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TERMOS TÉCNICOS – SEMIOLOGIA

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ANAMNESE

Anamnese (do grego ana, trazer de novo e mnesis, memória) é uma entrevista realizada pelo
profissional de saúde ao tutor do animal no caso da medicina veterinária, ou ao doente na medicina
humana, que tem a intenção de ser um ponto inicial no diagnóstico de uma doença, ou uma resposta
humana aos processos vitais no caso do profissional Enfermeiro. Em outras palavras, é uma
entrevista em que o profissional de saúde ajuda o paciente a relembrar todos os fatos que se
relacionam com a doença e à pessoa doente. A anamnese é também referenciada como Anamnese
Corporal, Ficha de Anamnese ou Anamnese Corporal Completa.

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Uma anamnese, como qualquer outro tipo de entrevista, tem formas ou técnicas corretas de serem
aplicadas. Ao seguir as técnicas, pode-se aproveitar ao máximo o tempo disponível para o
atendimento, o que produz um diagnóstico seguro e um tratamento correto. Sabe-se hoje que a
anamnese, quando bem conduzida, é responsável por 85% do diagnóstico na clínica médica,
liberando 10% para o exame clínico (físico) e apenas 5% para os exames laboratoriais ou
complementares.

Após a anamnese é realizado o exame físico, onde se procuram os sinais da doença.

TERMOS TÉCNICOS – SEMIOLOGIA

SUFIXOS:

RÉXIS → Alimentação
DIPSIA → ingestão de água
FAGIA→ deglutição
QUESIA→ defecação/fezes

SISTEMA TEGUMENTAR – TERMOS

ALTERAÇÕES NA PELE:

ALOPECIA→ Redução parcial ou total de pelos em uma determinada área da pele


Simétrica ou assimétrica, generalizada ou focal.

HIPOTRICOSE→ Rarefação pilosa

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DISCROMIA→ Alteração na cor da pelagem.

Alteração da coloração da pele causada por Piodermite.

ALTERAÇÕES NA COR:
ERITRODERMIA (VERMELHO) → Pele avermelhada
HIPERPIGMENTAÇÃO (PRETO) → Escurecimento da pele
HIPOPIGMENTAÇÃO (BRANCO) → Pele mais clara que o normal
ACROMIA→ ausência de cor

PONTOS DE DISTÚRBIOS DE COAGULAÇÃO (HEMATOMAS)

PETÉQUIA→ Pontinho ROXO

EQUIMOSE→ Até 3 cm

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Ilustração feita através da pele em humanos, a Equimose pode variar entre 1 até 3 cm nos animais.

SUFUSÃO→ Acima de 3 cm

Ilustração feita através da pele em humanos

LESÕES SÓLIDAS:

PÁPULA→ Mancha rosada na pele com elevação

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NÓDULO→ Lesão solida, geralmente de origem epitelial ou conjuntiva, com tamanho superior a
1 cm.

TUMOR

Tumor em cachorro: tipos, sintomas e tratamento

PLACA→ Saliência com aspecto retangular.

LESÕES LÍQUIDAS:

ABSCESSO→ coleção de secreção purulenta

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CISTO→ Espaço fechado dentro de um tecido ou órgão, revestido de epitélio e, geralmente cheio
de liquido ou de outra substância.

Caroço no pescoço de cachorro: o que


pode ser?

LESÕES VESÍCULOBOLHOSAS→ queimaduras em formatos de bolha

FLEGMÃO→ Secreção purulenta em todo o lugar

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Cellulitis Symptoms, Causes & Treatment │


Manuals - Distúrbios da pele - Manual MSD
Versão Saúde para a Família

PÚSTULA→ Espinha (com secreção purulenta)

ALTERAÇÕES NA ESPESSURA:
HIPERQUERATOSE/HIPERCERATOSE→ Espessamento da pele

HIPERLIGNIFICAÇÃO→ Pele pode ficar grossa e úmida


HIPOTONIA CUTÂNEA→ Pele fina

PERDAS E REPARAÇÕES TECIDUAIS:

DESCAMAÇÃO→ Pele descamando


CICATRIZ→ Resultada de lesão de pele
COMEDO/COMEDÕES→ Pontos pretos
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COLARETE EPIDÉRMICO→ Pústula que rompeu e formou descamação em forma de anel

SISTEMA OFTÁLMICO – TERMOS

EPISCLERITE→ Olho vermelho

HIFEMA→ Sangue na camada anterior

DOENÇAS MAIS COMUNS DOS OLHOS DOS CÃES E GATOS – Prontodog - Hospital
Veterinário, Clínica Veterinária e PetShop - Foz do Iguaçu

CATARATA→ Cristalino opaco

CERATITE→ Inflamação na córnea

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HIPÓPIO→ Pus na câmara anterior

Ceratite em cães - Tipos, sintomas e


tratamento

MIOSE→ Contração pupilar

MIDRÍASE→ Dilatação pupilar

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SISTEMA RESPIRATÓRIO & CARDIOCIRCULATÓRIO – TERMOS

SECA (sistema respiratório ou cardiovascular)


PRODUTIVA (pneumonia, broncopneumonia).
PAROXÍSITICA (engasgo), de alta intensidade (doenças traqueais) ou baixa intensidade.

TOSSE

Inspiratória (TRS)
Expiratória (TRI)
Mista (S. Cardiovascular.)

DISPNÉIA→ Dificuldade respiratória.

BRADIPNÉIA→ Redução da FR
TAQUIPNÉIA→ Aumento da FR
APNÉIA→ Parada respiratória
SÍNCOPE → desmaio
CIANOSE→ Coloração roxo/azulada

SISTEMA DIGESTÓRIO – TERMOS

NORMOREXIA/NORMOFAGIA→ apetite normal


ANOREXIA→ Perda de apetite/ interesse por comida
HIPOREXIA→ Diminuição do apetite
POLIFAGIA→ Aumento contínuo do apetite
PAROREXIA→ Apetite inapropriado ou anormal (FITOFAGIA; COPROFAGIA).
NORMODIPSIA→ Ingestão normal de água
ADIPSIA→ Não ingere água/ perda de interesse
OLIGODIPSIA→ Diminuição da ingestão de água
POLIDIPSIA→ Aumento de ingestão de água
DISFAGIA→ Dificuldade de deglutição
ÊMESE→ Expelir conteúdo gástrico, com esforço, digerido ou não (vômito).
REGURGITAÇÃO→ Expelir conteúdo esofágico, sem esforço, não digerido.
HEMATÊMESE→ Vômito com sangue
NORMOQUESIA→ Defecação normal
AQUESIA→ Não defeca
OLIGOQUESIA→ Diminuição de defecação
HEMATOQUESIA→ Sangue vivo nas fezes (IG)
MELENA→ Sangue preto ou digerido nas fezes
DISQUESIA→ Dor ao defecar
TENESMO→ Esforço ao defecar
CONSTIPAÇÃO→ Incapaz de defecar
INCONTINÊNCIA→ Incapaz de controlar a defecação

SISTEMA GENITOURINÁRIO – TERMOS

ANÚRIA→ Não produz urina (rins)


ESCÚRIA→ Não elimina (tem urina, mas não elimina).
OLIGÚRIA→ Pouca eliminação
POLIÚRIA→ Aumento do volume
POLAQUIÚRIA→ Aumento da frequência
ESTRANGÚRIA→ Micção lenta e dolorosa
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COLÚRIA→ Urina escura com espuma amarelada


DISÚRIA→ Urinar com dificuldade
HEMATÚRIA→ Urina com sangue
SECREÇÕES→ Serosa/ sero-sanguinolenta/ sanguinolenta/ purulenta

SISTEMA NEUROLÓGICO & LOCOMOTOR – TERMOS

LUXAÇÃO→ Perda da congruência articular


ATAXIA→ Incoordenação motora
CLAUDICAÇÃO→ Mancando
FRATURA→ Perda da integridade óssea

Convulsão ou alterações de comportamento

Postura e marcha

EXAME CLÍNICO – TERMOS TÉCNICOS

TR→ Temperatura Retal (37,5° a 39,2°C)


FC→ Frequência Cardíaca (CÃO→ 60 – 160 / GATO→ 120-240)
FR→ Frequência Respiratória (CÃO→ 18-36 / GATO→ 20-40)
TPC→ Tempo de Preenchimento Capilar (1-2 segundos)
NORMOSFIGMIA→ Normal
BRADISFIGMIA→ Abaixo do normal
TAQUISFIGMIA→ acima do normal

PULSO

TPC→ Tempo de Preenchimento Capilar (1-2 segundos)


HIDRATAÇÃO→ O primeiro e mais importante sinal de desidratação é o ressecamento e o
enrugamento da pele. Uma pele normal é elástica quando pinçada com os dedos, voltando
rapidamente à posição normal quando solta (dois segundos, em média). Em animais
desidratados, quanto maior for o grau de desidratação, maior será o tempo (em segundos) que a
pele permanecerá deformada. A desidratação discreta (até 5%) não promove alterações clínicas
marcantes.

TERMOS TÉCNICOS DA ANAMNESE

Astenia= sensação de debilidade física, quase sempre acompanhada de mal-estar indefinido que
só melhora com o repouso.
Fadiga= sensação de cansaço ao realizar pequenos esforços
Sudorese ou diaforese= eliminação abundante de suor
Calafrios= sensação passageira de frio com ereção dos pêlos e arrepiamento da pele. “arrepios de
frio”
Cãibras= contrações involuntárias e dolorosas de um músculo esquelético Prurido= ”coceira”
Lacrimejamento= excesso de secreção de lágrima
Xantopsia= visão amarelada
Iantopsia= visão violeta
Cloropsia= visão verde
Ambliopia= perda parcial da visão
Amaurose= perda total da visão
Hemeralopia= baixa acuidade visual quando a intensidade luminosa diminui Diplopia= visão
dupla
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Fotofobia= hipersensibilidade à luz


Nistagmo= movimentos repetitivos e rítmicos dos olhos
Escotomas= área de cegueira parcial ou total, dentro de um campo visual. Escotomas cintilantes
(ex: antecedendo os episódios de enxaqueca)
Otorréia= secreção auditiva
Otorragia= perda de sangue pelo canal auditivo
Disacusia= perda da capacidade auditiva, que pode ser moderada (hipoacusia), acentuada
(surdez) ou total (anacusia)
Zumbidos= percepção de ruídos sem que haja estímulo exterior
Vertigem= sensação de se estar girando em torno dos objetos ou os objetos girando em torno de si
Hiposmia= diminuição do olfato
Anosmia= abolição do olfato
Hiperosmia= aumento do olfato
Cacosmia= sentir mau cheiro
Rinorréia ou corrimento nasal= secreção nasal
Epistaxe= hemorragia nasal
Odinofagia= dor à deglutição
Disfagia= dificuldade de deglutir
Halitose= mau hálito
Disfonias= alterações da voz, que podem ser desde discreta rouquidão até ausência da voz ou
afonia
Pigarro= hipersecreção de muco que se acumula e adere na parede posterior da faringe, no
vestíbulo laríngeo e nas cordas vocais
Expectoração= escarro
Tosse produtiva= tosse com expectoração
Vômica= eliminação mais ou menos brusca, através da glote, de uma quantidade abundante de
pus (ou raramente líquido de aspecto mucóide ou seroso)
Hemoptise= eliminação com a tosse de sangue proveniente da traquéia, brônquios ou pulmões
Dispnéia= dificuldade para respirar (pode ser relacionada aos pequenos, médios e grandes
esforços, pode ser de repouso)
Ortopnéia= dispnéia que impede o paciente de ficar deitado e o obriga a sentar ou a ficar de pé
para ter alívio
Dispnéia paroxística noturna= ocorre depois que o paciente já dormiu algumas horas.
Sibilância= chiado ou chieira, ruído percebido na respiração
Cornagem= ruído (estridor) que ocorre devido a dificuldade inspiratória por redução do calibre
das vias respiratórias superiores, na altura da laringe
Tiragem= aumento da retração dos espaços intercostais durante as fases da respiração
Palpitações= percepção incômoda dos batimentos cardíacos
Síncope= desmaio, perda súbita e transitória da consciência
Lipotímia ou pré-síncope= sensação de desmaio ou perda parcial da consciência
Cianose= coloração azulada da pele e das mucosas devido ao aumento da Hb reduzida no sangue
capilar
Edema= inchaço
Polifagia ou hiperorexia= apetite aumentado
Inapetência ou anorexia= apetite diminuído
Eructação= arroto
Flatulência= acúmulo e eliminação de gases no tubo digestivo
Geofagia= desejo de comer terra
Pirose=sensação de queimação retroesternal
Regurgitação: volta do alimento ou de secreções gástricas à cavidade bucal, sem antecedentes de
náuseas
Sialose ou sialorréia ou ptialismo= produção excessiva de secreção salivar
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Hematêmese= vômito com sangue


Náuseas= enjôo
Dispepsia= conjunto de sintomas relacionados à parte alta do abdome. (Síndrome dispéptica:
desconforto ou dor epigástrica, empazinamento, saciedade precoce, sensação de distensão do
abdome por gases, náuseas com vômitos ocasionais, intolerância a alimentos gordurosos e
eructações)
Esteatorréia= aumento da quantidade de gordura excretada nas fezes
Enterorragia= eliminação de sangue vivo pelo ânus (gde qtde)
Melena= eliminação de sangue digerido pelo ânus, fezes enegrecidas
Obstipação ou constipação intestinal= “prisão de ventre” “intestino preso”
Icterícia= coloração amarelada da pele e das mucosas devido à impregnação dos tecidos por
pigmentos biliares
Retenção urinária= incapacidade da bexiga de esvaziar-se parcial ou completamente
Oligúria= redução do volume urinário (<500 ml/dia)
Anúria= diurese < 100 ml em 24 horas
Poliúria= aumento do volume urinário (> 2500 ml/dia)
Polaciúria (ou freqüência)= aumento do número de micções, sem aumento do volume urinário
Disúria= micção associada à sensação de dor, queimação ou desconforto Urgência miccional=
necessidade súbita e imperiosa de urinar
Noctúria= necessidade de esvaziar a bexiga à noite por uma alteração do ritmo circadiano da
diurese
Hematúria= presença de sangue na urina
Colúria= urina cor de Coca-Cola
Estrangúria= emissão lenta e dolorosa de urina
Hemospermia= presença de sangue no esperma
Corrimento uretral= secreção que sai pelo meato da uretra
Disfunção erétil= impotência sexual
Metrorragia= sangramento uterino sem as características da menstruação normal
Menorragia= excessiva perda de sangue durante o período menstrual
Amenorréia= falta de menstruação por um período de tempo maior do que 3 ciclos prévios
Menarca= primeira menstruação
Menopausa= última menstruação
Dispareunia= dor durante o coito (mulher)
Galactorréia= produção de leite fora do período puerperal ou de lactação. Pode ocorrer em
homens
Mastalgia= dor nas mamas
Adenomegalia= crescimento de linfonodos
Esplenomegalia= crescimento do baço
Hepatomegalia= crescimento do fígado
Artralgia= dor articular
Artrite= processo inflamatório das articulações
Cefaléia= dor de cabeça
Hemiplegia= paralisia de um lado do corpo (direita e esquerda)
Paraplegia= paralisia dos membros inferiores
Tetraplegia= paralisia dos membros superiores e inferiores
Parestesia= sensação de formigamento e dormência
Sonilóquio= pessoa que emite sons durante o sono ou forma frases sem sentido
Sonambulismo= pessoa caminha enquanto dorme
Briquismo=bruxismo=ato de ranger os dentes
Enurese noturna= emissão involuntária de urina durante o sono
Caquexia= estado de extrema magreza com comprometimento do estado geral do paciente (ex:
doenças consuntivas)
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Midríase= pupilas dilatadas


Miose= pupilas contraídas
Exoftalmia= protusão do globo ocular
Enoftalmia= globo ocular afundado para dentro da órbita
Hematoquezia= sangue eliminado pelo reto vermelho-vivo em pequena quantidade, de origem
proctológica

ALTERAÇÕES NA COR DA PELE E PELAGEM DOS ANIMAIS

A cor natural da pele, tanto do homem quanto dos animais, depende da quantidade e localização da
melanina e de outros pigmentos presentes tanto na pele quanto no pêlo, nas penas das aves, nas
escamas dos peixes, etc.

Quando um animal apresenta um escurecimento da pele, chamamos isto de HIPERPIGMENTAÇÃO


OU MELANODERMIA, e quando ocorre o inverso, ou seja, diminuição ou perda da cor natural,
denominamos HIPOPIGMENTAÇÃO OU LEUCODERMIA. O mesmo vale para mudanças na cor
do pêlo: leucotriquia (pêlo que se tornou mais claro) e melanotriquia (pêlo que se tornou mais
escuro).

Existem muitas causas que levam a estas alterações, e vamos abordar apenas algumas delas. No caso
das hiperpigmentações podemos citar:

LENTIGO: manchas negras no abdomen (região das mamas), de origem hereditária.

ACANTOSE NIGRICANTE (https://dermatopet.com.br/acantose-nigricante/): comum em cães da


raça Teckel (antigo Dachshund ou salsichinha); pode ser de origem genética ou decorrente de
alergias e micoses. Aparece como manchas negras acompanhadas de uma maior espessura e
aspereza da pele na região axilar e inguinal (virilha).
MANCHAS PÓS-INFLAMATÓRIAS: decorrentes de lesões cutâneas de origem inflamatória
(cicatrizes, infecções bacterianas da pele, sarna negra, micoses, etc). Muitas delas regridem
quando tratamos a causa de base.
ALTERAÇÕES HORMONAIS: problemas decorrentes do mau funcionamento das tireóides, das
gônadas (testículos e ovários) e das glândulas adrenais promovem manchas na pele e mudança na
cor dos pêlos.

Husky Siberiana com áreas hiperpigmentadas e despigmentadas no pelame devido à endocrinopatia


(desequilíbrio de hormônios sexuais) – antes e pós castração (foto: Cibele Nahas)

USO DE MEDICAMENTOS: drogas como mitotane e menociclina podem promover


escurecimento da pele e do pelame.
TUMORES CUTÂNEOS: melanomas, carcinoma baso-celulares, fibromas e outros tumores
podem aparecer como manchas em relevo de coloração castanho escura ou nódulos (massas
sólidas com mais de 1 cm de diâmetro) enegrecidos.

Já em relação à perda ou diminuição da pigmenação, podemos citar outras causas:

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ALBINISMO: hereditáio e genético, caracteriza-se pela brancura total dos pêlos e da pele, sendo
que a íris dos olhos é azulada. Gatos brancos só são considerados albinos se não possuem
nenhuma parte do corpo com pigmento, nem mesmo as almofadinhas das patas (coxins).
VITILIGO (https://dermatopet.com.br/vitiligo/): mais freqüente nas raças Pastor alemão,
Rotweiller, Doberman e Schanuzer gigante, bem como em gatos siameses. É de origem genética e
hereditária, acarretando perda da coloração do pêlo e/ou da pele que normalmente se inicia pela
cabeça, envolvendo inclusive os coxins e as unhas.
DESPIGMENTAÇÃO NASAL ( “DUDLEY NOSE, SNOW NOSE”): de causa desconhecida,
aparece como uma perda gradual da cor negra ou castanho-escura do nariz, que adquire uma cor
desbotada. Pode haver uma melhora espontânea, ou ciclos de melhora (nos meses mais quentes) e
piora (nos meses mais frios do ano). É comum dentre os cães Labradores, Golden Retriever,
Husky siberiano, Bernese Mountain dog, Pastores alemães e Poodles. É importante se fazer a
diferenciação com dermatite de contato pelo uso de comedouros plásticos, bem como com outras

doenças, como as auto-imunes, citadas a seguir.

Despigmentação nasal em Golden Retriever (fotos: Karine Andrade)

DOENÇAS AUTO-IMUNES: embora pouco freqüentes, algumas delas podem levar à morte se
não diagnsoticadas a tempo. As que causam perda da pigmentação na região do focinho e da
cabeça são o Pênfigo eritematoso, o Lupus eritematoso discóide, o Pênfigo foliáceo, e a Síndrome
úveo-dematológica, muito comum nos cães Akitas. O tratamento envolve o uso de drogas
imunosupressoras, como corticóides, bem como de anti-inflamatórios e protetores solares.

Síndrome úveo-dermatológica em
Akita com despigmentação nasal (foto: Cibele Nahas)

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Cães Samoyeda com despigmentação nasal


devido ao Lupus Eritematoso Discóide (foto: Cibele Nahas)

HIPOPIGMENTAÇÃO PÓS-INFLAMATÓRIA: a inflamação cutânea normalmente promove


aumento da pigmentação, mas pode induzir também à perda ou diminuição da cloração da pele
em casos de calos de apoio inflamados, esporotricose, leishmaniose e queimaduras. A
esporotricose e a Leishmaniose são doenças transmissíveis ao homem, muito graves, e devem ser
prontantamente identificadas pelo clínico.

USO DE MEDICAMENTOS: cortisona, hormônios anti-concepcionais, cetoconazol e


procainamida podem levar a um clareamento do pêlo.

Despigmentação desencadeda por


aplicação de corticóide sub-cutâneo (foto: Cibele Nahas)

DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS: deficiência de zinco, cobre, ácido pantotêncio e lisina na dieta


podem promover branqueamento ou avermelhamento do pelame.

Existem muitas outras causas, mas estas são as mais corriqueiras. Cada uma delas pode ser
diagnosticada preferencialmente pelo clínico veterinário especialista em dermatologia, mediante um
bom exame clínico, bem como pêlos trazidos pelo proprietário. Normalmente, se faz necessária a
realização de exames complementares para fechar ou concluir o diagnóstico, a exemplo do exame
histopatológico da biópsia cutânea, que deve ser realizado por um patologista com grande vivência
em dermatologia.

Para cada caso há uma conduta específica, e o veterinário especialista é o profissional mais indicado
para orientar o proprietário.

Não podemos deixar de citar ainda as manchas senis e os pêlos brancos decorrentes do
envelhecimento natural, afinal, os anos passam para todos, até mesmo para nossos animaizinhos…

Publicado em Cães e Gatos por Cibele. Marque Link Permanente.

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