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BASES NEUROFISIOLÓGICAS DAS

EMOÇÕES
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Sumário

Introdução ...................................................................................................... 4

Funcionalidade do cérebro .......................................................................... 5


Hemisférios do Cérebro Humano ............................................................ 6

Lobos Cerebrais ...................................................................................... 7

A neurociência na Formação das Emoções .............................................. 10


Amigdala ............................................................................................... 11

Hipocampo ............................................................................................ 12

Tálamo .................................................................................................. 12

Hipotálamo ............................................................................................ 13

Giro Cingulado ...................................................................................... 13

Tronco Encefálico .................................................................................. 14

Área tegmental ventral .......................................................................... 14

Septo ..................................................................................................... 14

Área Pré-frontal ..................................................................................... 15

Teoria da emoção ........................................................................................ 18

A neuroanatomia e neurofisiologia do sistema límbico ................................. 20

As bases neurais das emoções ................................................................ 22


Prazer e Recompensa ........................................................................... 23

Alegria ................................................................................................... 23

Medo ..................................................................................................... 24

Raiva ..................................................................................................... 24

Reações de luta-fuga ............................................................................ 24

Tristeza ................................................................................................. 25

Emoção e razão .................................................................................... 25

REFERÊNCIAS ............................................................................................ 26

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FACUMINAS

A história do Instituto Facuminas, inicia com a realização do sonho de um


grupo de empresários, em atender a crescente demanda de alunos para cursos de
Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a Facuminas, como entidade
oferecendo serviços educacionais em nível superior.

A Facuminas tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de


conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação
no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua.
Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos
que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino,
de publicação ou outras normas de comunicação.

A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma


confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica,
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido.

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Bases Neurofisiológicas das Emoções

Introdução

As emoções são parte fundamental da experiência humana, pois está


associada com o relacionamento do ser humano com outras pessoas, nos
momentos ou sensações de perigo e na transmissão de alegria, dor, tristeza,
podendo muitas vezes causar problemas, como por exemplo, no caso do estresse
ou ansiedade diante de algo ou alguém. Conhecemos atualmente, diversas
patologias advindas do mau funcionamento das emoções, consequentemente do
sistema límbico como estruturas biológicas, não esquecendo, porém de mencionar o
funcionamento psíquico do sujeito, tais como: transtorno bipolar, pânico, fobias,
ansiedade generalizada, depressão, entre outras.

A compreensão do funcionamento psicobiológico das emoções e suas


patologias, auxiliaria o desenvolvimento de pesquisas com a finalidade de tratar
esses transtornos, no âmbito psicológico e psicofarmacológico se for o caso,
devolvendo aos sujeitos uma melhora em sua qualidade de vida individual e social.

O presente artigo busca descrever o funcionamento do sistema límbico e sua


relação com as emoções. A metodologia utilizada para o desenvolvimento do
trabalho foi a pesquisa de artigos científicos, periódicos relacionados ao tema, além
de livros que tratam sobre o assunto. a pesquisa portanto, busca descrever o modo
de funcionamento neuroantômico e neurofisiológico das emoções.

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Funcionalidade do cérebro

O cérebro é a parte mais


desenvolvida do encéfalo, sua massa de
tecido cinza-rósea apresenta duas
substâncias diferentes, sendo uma
branca, na região central, e uma
cinzenta, da qual se forma o córtex
cerebral.

O córtex cerebral, um tecido fino


com uma espessura entre 1 e 4 mm e uma estrutura laminar formada por 6
camadas distintas de diferentes tipos de corpos celulares, é constituído por células
neuroglias e neurônios. Além de nutrir, isolar e proteger os neurônios, as células
neuroglias são tão críticas para certas funções corticais quanto os neurônios, ao
contrário do que se pensavam alguns anos atrás.

O córtex cerebral é dividido em dois hemisférios cerebrais, que comunicam


entre si. O hemisfério esquerdo controla a metade direita do corpo e o hemisfério
direito a metade esquerda.

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Hemisférios do Cérebro Humano

O cérebro é dividido em hemisférios esquerdo e direito, sendo o primeiro


dominante em 98% dos humanos, já que é responsável pelo pensamento lógico e
competência comunicativa. Já o hemisfério direito é quem cuida do pensamento
simbólico e da criatividade. Nos canhotos estas funções destinadas aos hemisférios
estão trocadas.

A conexão entre os dois hemisférios é feita pela fissura sagital ou inter-


hemisférica, onde está localizado o corpo caloso. Essa estrutura, composta por
fibras nervosas brancas (axônios envolvidos em mielina) faz uma ponte para a troca
de informações entre as muitas áreas do córtex cerebral. Ambos os hemisférios
possuem um córtex motor, que controla e
coordena a motricidade voluntária. O córtex
motor do hemisfério direito controla o lado
esquerdo do corpo do indivíduo, enquanto
que o do hemisfério esquerdo controla o
lado direito. Um trauma nesta área pode
causar fraqueza muscular ou paralisia no
indivíduo.

O cérebro é contralateral – ou seja,


cada metade controla a metade oposta do
corpo. É por isso que um derrame do lado
direito do cérebro comprometerá os
movimentos do lado esquerdo do corpo, e
um derrame do lado esquerdo afetará o funcionamento do lado direito. Como algo
em torno de 90% da população é destro, temos que em mais ou menos de 90% das
pessoas o hemisfério esquerdo controla atividades motoras importantes como a
escrita, o ato de comer e o movimento do mouse do computador.

A aprendizagem motora e os movimentos de precisão são executados pelo


córtex pré-motor, que fica mais ativa do que o restante do cérebro quando se
imagina um movimento sem executá-lo. Lesões nesta área não chegam a

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comprometer a ponto do indivíduo sofrer uma paralisia ou problemas para planejar


ou agir, no entanto a velocidade de movimentos automáticos, como a fala e os
gestos, é perturbada.

Além dos hemisférios, de quem dependem a inteligência e o raciocínio do


indivíduo, o cérebro é formado por mais dois componentes, o cerebelo e o tronco
cerebral, sendo o primeiro o coordenador geral da motricidade, da manutenção do
equilíbrio e da postura corporal.

No tronco cerebral encontram-se o bulbo raquiano, o tálamo, o mesencéfalo e


a ponte de Varólio. Ele conecta o cérebro à medula espinal, além de controlar a
atividade de diversas partes do corpo através da coordenação e envio de
informações ao encéfalo; enquanto que o bulbo raquiano cuida da manutenção das
funções involuntárias, como a respiração, por exemplo.

O tálamo é o centro de retransmissão dos impulsos elétricos, que vão e vem


do córtex cerebral, ao passo que o mesencéfalo recebe e coordena as informações
que dizem respeito às contrações dos músculos e à postura. Já a ponte de Varólio,
constituída principalmente por fibras nervosas mielinizadas, liga o córtex cerebral ao
cerebelo.

O córtex cerebral é dividido em áreas denominadas lobos cerebrais, cada


uma com funções diferenciadas e especializadas. Os lobos parietais, temporais e
occipitais estão envolvidos na produção das percepções resultantes das
informações obtidas por nossos órgãos sensoriais do que diz respeito à relação do
meio ambiente e nosso corpo. O lobo frontal, por sua vez, por incluir o córtex motor,
o córtex pré-motor e o córtex pré-frontal, está envolvido no planejamento de ações e
movimento, assim como no pensamento abstrato.

Lobos Cerebrais

Na região da testa está localizado o lobo frontal, na área da nuca está o lobo
occipital, na parte superior central da cabeça localiza-se o lobo parietal e o lobo
temporal é encontrado na região lateral, sob a orelha.

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Lobo frontal

No lobo frontal, acontece o planejamento de ações e movimento, bem como o


pensamento abstrato. Nele estão incluídos o córtex motor e o córtex pré-frontal.

O córtex motor controla e coordena a motricidade voluntária, sendo que o


córtex motor do hemisfério direito controla o lado esquerdo do corpo do indivíduo,
enquanto que o do hemisfério esquerdo controla o lado direito. Um trauma nesta
área pode causar fraqueza muscular ou paralisia.

A aprendizagem motora e os movimentos de precisão são executados pelo


córtex pré-motor, que fica mais ativa do que o restante do cérebro quando se
imagina um movimento sem executá-lo. Lesões nesta área não chegam a
comprometer a ponto do indivíduo sofrer uma paralisia ou problemas para planejar
ou agir, no entanto a velocidade de movimentos automáticos, como a fala e os
gestos, é perturbada.

A atividade no lobo frontal de um indivíduo aumenta somente quando este se


depara com uma tarefa difícil em que ele terá que descobrir uma sequência de
ações que minimize o número de manipulações necessárias para resolvê-la. A
decisão de quais sequências de movimento ativar e em que ordem, além de avaliar
o resultado, é feito pelo córtex-frontal, localizado na parte da frente do lobo frontal.
Suas funções incluem o pensamento abstrato e criativo, a fluência do pensamento e

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da linguagem, respostas afetivas e capacidade para ligações emocionais,


julgamento social, vontade e determinação para ação e atenção seletiva. Lesões
nesta região fazem com que o indivíduo fique preso obstinadamente a estratégias
que não funcionam ou que não consigam desenvolver uma sequência de ações
correta.

Lobos occipitais

Localizados na parte inferior do cérebro e cobertos pelo córtex cerebral, os


lobos occipitais processam os estímulos visuais, daí também serem conhecidos por
córtex visual. Possuem várias subáreas que processam os dados visuais recebidos
do exterior depois destes terem passado pelo tálamo, uma vez que há zonas
especializadas a visão da cor, do movimento, da profundidade, da distância e assim
por diante.

Depois de passarem por esta área, chamada área visual primária, estas
informações são direcionadas para a área de visão secundária, onde são
comparadas com dados anteriores, permitindo assim o indivíduo identificar, por
exemplo, um gato, uma moto ou uma maçã. O significado do que vemos, porém, é
dado por outras áreas do cérebro, que se comunicam com a área visual,
considerando as experiências passadas e nossas expectativas. Isso faz com que o
mesmo objeto não seja percepcionado da mesma forma por diferentes indivíduos.

Quando esta área sofre uma lesão provoca a impossibilidade de reconhecer


objetos, palavras e até mesmo rostos de pessoas conhecidas ou de familiares. Esta
deficiência é conhecida como agnosia.

Lobos temporais

Na zona localizada acima das orelhas e com a função principal de processar


os estímulos auditivos encontram-se os lobos temporais. Como acontece nos lobos
occipitais, as informações são processadas por associação. Quando a área auditiva
primária é estimulada, os sons são produzidos e enviados à área auditiva
secundária, que interage com outras zonas do cérebro, atribuindo um significado e
assim permitindo ao indivíduo reconhecer ao que está ouvindo.

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Lobos parietais

Na região superior do cérebro temos os lobos parietais, constituídos por duas


subdivisões, a anterior e a posterior. A primeira, também chamada de córtex
somatossensorial, tem a função de possibilitar a percepção de sensações como o
tato, a dor e o calor. Por ser a área responsável em receber os estímulos obtidos
com o ambiente exterior, representa todas as áreas do corpo humano.

É a zona mais sensível, logo ocupa mais espaço do que a zona posterior,
uma vez que tem mais dados a serem interpretados, captados pelos lábios, língua e
garganta. A zona posterior é uma área secundária e analisa, interpreta e integra as
informações recebidas pela anterior, que é a zona primária, permitindo ao indivíduo
se localizar no espaço, reconhecer objetos através do tato etc.

A neurociência na Formação das Emoções

É importante destacar que as estruturas envolvidas com a emoção se


interligam intensamente e que nenhuma delas é exclusivamente responsável por
este ou aquele tipo de estado emocional. No entanto, algumas contribuem mais que
outras para esse ou aquele determinado tipo de emoção.

As neurociências estudam os neurônios e suas moléculas constituintes, os


órgãos do sistema nervoso e suas funções, e ainda as funções cognitivas e o
comportamento que são resultantes da atividade dessas estruturas. Graças ao
desenvolvimento e ao aperfeiçoamento de técnicas de neuroimagem, de
eletrofisiologia, da neurobiologia molecular e ainda os achados no campo da
genética e da neurociência cognitiva, o conhecimento neurocientífico cresceu muito
nos últimos anos.

A neurociência compreende o estudo do controle neural das funções


vegetativas, sensoriais e motoras; dos comportamentos de locomoção, reprodução
e alimentação; e dos mecanismos da atenção, memória, aprendizagem, emoção,
linguagem e comunicação.

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Amigdala
Pequena estrutura em forma de amêndoa, situada dentro da região antero-
inferior do lobo temporal, se interconecta com o hipocampo, os núcleos septais, a
área pré-frontal e o núcleo dorso-medial do tálamo. Essas conexões garantem seu
importante desempenho na mediação e controle das atividades emocionais de
ordem maior, como amizade, amor e afeição, nas exteriorizações do humor e,
principalmente, nos estados de medo e ira e na agressividade.

A amigdala é fundamental para a autopreservação, por ser o centro


identificador do perigo, gerando medo e ansiedade e colocando o animal em
situação de alerta, aprontando-se para se evadir ou lutar. A destruição experimental
das amigdalas (são duas, uma para cada um dos hemisférios cerebrais) faz com
que o animal se torne dócil, sexualmente indiscriminativo, afetivamente
descaracterizado e indiferente às situações de risco.

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O estímulo elétrico dessas estruturas provoca crises de violenta


agressividade. Em humanos, a lesão da amígdala faz, entre outras coisas, com que
o indivíduo perca o sentido afetivo da percepção de uma informação vinda de fora,
como a visão de uma pessoa conhecida. Ele sabe quem está vendo mas não sabe
se gosta ou desgosta da pessoa em questão.

Hipocampo

Está particularmente envolvido com os fenômenos de memória, em especial


com a formação da chamada memória de longa duração (aquela que persiste, as
vezes, para sempre). Quando ambos os hipocampos ( direito e esquerdo) são
destruídos, nada mais é gravado na memória.

O indivíduo esquece, rapidamente, a mensagem recém recebida. Um


hipocampo intacto possibilita ao animal comparar as condições de uma ameaça
atual com experiências passadas similares, permitindo-lhe, assim, escolher qual a
melhor opção a ser tomada para garantir sua preservação.

Tálamo

Lesões ou estimulações do núcleo dorso-medial e dos núcleos anteriores do


tálamo estão correlacionadas com alterações da reatividade emocional, no homem
e nos animais. No entanto, a importância desses núcleos na regulação do
comportamento emocional possivelmente decorre, não de uma atividade própria,
mas das conexões com outras estruturas do sistema límbico.

O núcleo dorso-medial conecta com as estruturas corticais da área pré-frontal


e com o hipotálamo. Os núcleos anteriores ligam-se aos corpos mamilares no
hipotálamo ( e, através destes, via fornix, com o hipocampo) e ao giro cingulado,
fazendo, assim, parte do circuito de Papez.

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Hipotálamo

Esta estrutura tem amplas conexões com as demais áreas do prosencéfalo e


com o mesencéfalo. Lesão dos núcleos hipotalâmicos interferem com diversas
funções vegetativas e com alguns dos chamados comportamentos motivados, como
regulação térmica, sexualidade, combatividade, fome e sede. Aceita-se que o
hipotálamo desempenha, ainda, um papel nas emoções.

Especificamente, as partes laterais parecem envolvidas com o prazer e a


raiva, enquanto que a porção mediana parece mais ligada à aversão, ao desprazer
e a tendência ao riso (gargalhada) incontrolável. De um modo geral, contudo, a
participação do hipotálamo é menor na gênese do que na expressão (manifestações
sintomáticas) dos estados emocionais.

Quando os sintomas físicos da emoção aparecem, a ameaça que produzem,


retorna, via hipotálamo, aos centros límbicos e, destes, aos núcleos pré-frontais,
aumentando, por um mecanismo de "feedback" negativo, a ansiedade, podendo até
chegar a gerar um estado de pânico. O conhecimento desse fenômeno tem, como
veremos adiante, importante sentido prático, dos pontos de vista clínico e
terapêutico.

Giro Cingulado

Situado na face medial do cérebro, entre o sulco cingulado e o corpo caloso


(principal feixe nervoso ligando os dois hemisférios cerebrais). Há ainda muito por
conhecer a respeito desse giro, mas sabe-se que a sua porção frontal coordena
odores, e visões com memórias agradáveis de emoções anteriores.

Esta região participa ainda, da reação emocional à dor e da regulação do


comportamento agressivo. A ablação do giro cingulado (cingulectomia) em animais
selvagens, domestica-os totalmente. A simples secção de um feixe desse giro
(cingulotomia), interrompendo a comunicação neural do circuito de Papez, reduz o
nível de depressão e de ansiedade pré-existentes.

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Tronco Encefálico

O tronco encefálico é a região responsável pelas "reações emocionais", na


verdade, apenas respostas reflexas, de vertebrados inferiores, como os répteis e os
anfíbios. As estruturas envolvidas são a formação reticular e o locus cérulus, uma
massa concentrada de neurônios secretores de nor-epinefrina. É importante
assinalar que, até mesmo em humanos, essas primitivas estruturas continuam
participando, não só dos mecanismos de alerta, vitais para a sobrevivência, mas
também da manutenção do ciclo vigília-sono.

Outras estruturas do tronco encefálico, os núcleos dos pares cranianos,


estimuladas por impulsos provenientes do cortex e do estriado (uma formação
subcortical), respondem pelas alterações fisionômicas dos estados afetivos:
expressões de raiva, alegria, tristeza, ternura, etc.

Área tegmental ventral

Na parte mesencefálica (superior) do tronco cerebral existe um grupo


compacto de neurônios secretores de doapmina - área tegmental ventral - cujos
axônios vão terminar no núcleo accumbens, (via dopaminérgica mesolímbica).

A descarga espontânea ou a estimulação elétrica dos neurônios desta última


região produzem sensações de prazer, algumas delas similares ao orgasmo.
Indivíduos que apresentam, por defeito genético, redução no número de receptores
das células neurais dessa área, tornam-se incapazes de se sentirem
recompensados pelas satisfações comuns da vida e buscam alternativas
"prazerosas" atípicas e nocivas como, por exemplo, alcoolismo, cocainômano,
compulsividade por alimentos doces e pelo jogo desenfreado.

Septo

Anteriormente ao tálamo, situa-se a área septal, onde estão localizados os


centros do orgasmo (quatro para a mulher e um para o homem). Certamente por
isto, esta região se relaciona com as sensações de prazer, mormente aquelas
associadas às experiências sexuais.

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Área Pré-frontal

A área pré-frontal compreende toda a região anterior não motora do lobo


frontal. Ela se desenvolveu muito, durante a evolução dos mamíferos, sendo
particularmente extensa no homem e em algumas espécies de golfinhos. Não faz
parte do circuito límbico tradicional, mas suas intensas conexões bi-direcionais com
o tálamo, amigdala e outras estruturas sub-corticais, explicam o importante papel
que desempenha na gênese e, especialmente, na expressão dos estados afetivos.

Quando o cortex pré-frontal é lesado, o indivíduo perde o senso de suas


responsabilidades sociais, bem como a capacidade de concentração e de
abstração. Em alguns casos, a pessoa, conquanto mantendo intactas a consciência
e algumas funções cognitivas, como a linguagem, já não consegue resolver
problemas, mesmo os mais elementares.

Quando se praticava a lobotomia pré-frontal, para tratamento de certos


distúrbios psiquiátricos, os pacientes entravam em estado de "tamponamento
afetivo", não mais evidenciando quaisquer sinais de alegria, tristeza, esperança ou
desesperança. Em suas palavras ou atitudes não mais se vislumbravam quaisquer
resquícios de afetividade.

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As neurociências têm mostrado que os processos cognitivos e emocionais


estão profundamente entrelaçados. O fenômeno emocional tem raízes biológicas
antigas e sua manutenção no processo evolutivo se deu pelo seu valor para a
sobrevivência das espécies e dos indivíduo.

Do ponto de vista das neurociências, as competências mais exigidas em nível


cerebral para o aprendizado humano são listadas como cognitivas, técnicas,
relacionais e emocionais.

O desencadeamento das emoções colabora para a formação de memórias.


Desde que exista suficiente emoção numa determinada experiência, somos capazes
de registrar na memória e de ativá-la, posteriormente. As emoções podem ser
classificadas por valência (positiva e negativa) e ainda por três grupos: as primaria
ou básicas, as secundárias e as emoções de fundo.

As emoções conferem, o suporte básico, afetivo, fundamental e necessário


às funções cognitivas e executivas da aprendizagem que são responsáveis pelas
formas de processamento de informação mais humanas, verbais e simbólicas

Classificação das emoções humanas por grupo e por valência

Classificação por grupo


Primárias/básicas Secundárias De fundo
Alegria Culpa Ansiedade
Tristeza Vergonha Depressão
Medo Orgulho Calma
Nojo Tensão
Raiva
Surpresa
Classificação por
valência
Emoções positivas Amor, alegria, encantamento, amizade
Emoções negativas Ódio, tristeza, agonia, desespero, pânico, inveja, medo, ansiedade,
raiva,

As primárias se originam na rede de circuitos neurais do sistema límbico, a


amígdala e o cíngulo são seus gatilhos, são inatas e não dependem de fatores
sociais e culturais, são inerentes a todas as pessoas. As secundárias são
influenciadas pelo contexto social e cultural, são aprendidas. Por meio delas o

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indivíduo obedece, ou não, as regras de comportamento que a sociedade lhes


recomenda em cada lugar e época histórica. Já as emoções de fundo, referem-se a
estados gerais de bem estar, ou mal estar.

O desencadeamento das emoções colabora, ainda, para a formação de


memórias, desde que exista suficiente emoção numa determinada experiência,
somos capazes de registrá-la na memória e de ativá-la, posteriormente.

Áreas especiais nas regiões límbicas basais do cérebro determinam se uma


informação é importante ou não e tomam a decisão subconsciente de armazenar a
informação como um traço de memória sensibilizada ou suprimi-la

Hipocampo Porção posterior parece estar envolvida nos processos de


aprendizagem e memória. Já o lóbulo anterior faz parte dos circuitos
do lobo temporal envolvidos com a emoção e o comportamento
motivado. Ablação bilateral do hipocampo causa amnésia retrograda,
ou seja, a pessoa torna-se incapaz de aprender coisas novas, mas é
capaz de acessar a memória anterior ao evento.
Amígdala Relacionada com muitas funções emocionais, como o medo,
comportamentos agressivos, maternal, sexual e ingestivo (os atos de
beber e comer). Está também envolvida nos mecanismos de
recompensa e suas implicações na motivação.

Giro de cíngulo Está relacionado com a memória. Lesões singulares podem provocar
apatia, mutismo e mudanças de personalidade. Existem evidências
de que possa estar envolvido precocemente em patologias como a
doença de Alzheimer, a esquizofrenia, a depressão e o transtorno.

Septo Relaciona-se à raiva, ao prazer e ao controle neurovegetativo.


Cerebelo Historicamente conhecido por suas funções no controle da
motricidade. Parece estar envolvido, também, na aprendizagem
motora e na memória correspondente a memória de procedimentos.
Estudos de envolvendo tecnologias de neuroimagem têm mostrado
alterações cerebelares em patologias como a esquizofrenia, o
autismo e a dislexia.

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Hipotálamo Grande participação nos mecanismos reguladores dos processos


emocionais e motivacionais, além da função de controle da
reprodução e do comportamento sexual.

Tálamo Participa de processos emocionais e motivacionais e exerce papel na


ativação e na integração de atividades do córtex cerebral.

Área pré-frontal Está relacionada ao planejamento de comportamentos e


pensamentos complexos, expressão da personalidade, tomadas de
decisões e modulação de comportamento social.

Giro Desempenha um papel importante na codificação e recuperação de


parahipocampal memória.

O conhecimento fornecido pelas neurociências pode indicar algumas


direções, ainda que não exista uma receita única a ser seguida, mesmo porque
cada ser humano tem sua individualidade e sofre interferências, tanto em relação ao
seu contexto familiar, quanto social. A aprendizagem significativa e motivadora é o
resultado da interação entre a emoção e a cognição, ambas estão tão conectadas a
um nível neurofuncional tão básico, que se uma não funcionar a outra é afetada
consideravelmente.

Conhecer o funcionamento do cérebro humano, saber que as emoções


participam positivamente do desenvolvimento humano, mas que também pode
cerceá-lo é uma ferramenta imprescindível aos que lidam com o processo de
aprendizagem.

Teoria da emoção

As emoções referem-se a sensações subjetivas que ocorrem em resposta


imediata a estímulos externos que envolvem avaliação subjetiva, processos
fisiológicos e crenças cognitivas.

No século XIX, cientistas como Darwin e Freud, consideraram o papel do


encéfalo na expressão das emoções, onde eram observados as expressões das

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experiências emocionais dos animais e humanos. O psicólogo americano William


James em 1984, propôs que a emoção era a resposta das alterações fisiológicas
em nosso organismo, essa teoria foi contestada por Cannon ? Bard, em 1987 que
criticou de modo persuasivo a teoria de James; propondo que a experiência
emocional pode ocorrer independente de uma expressão emocional; onde as
emoções podem ser experimentadas mesmo quando não sentimos as mudanças
fisiológicas acontecerem. Trabalhos subsequentes demonstram que as teorias
propostas desde os tempos de James, Lange, Canon e Bard, tem seus méritos, pois
na predição da teoria de Cannon, apesar de o medo e a raiva terem respostas
diferentes estão associados por ter respostas fisiológicas distinguíveis, apesar de
ativarem o Sistema Neurovegetativo (SNV). Em estudos com homens adultos com
lesão na medula, encontrou diminuições relatadas nas experiências emocionais,
esse resultado pode ser utilizado para reviver a teoria de James (BEAR, 2002).O
termo sistema límbico foi popularido no ano de 1952, pelo fisiologista americano
Paul MacLean.

Na metade do século XIX e início do século XX, as relações entre o corpo e a


mente começaram a ser investigada pela Filosofia, Psicologia, a Psicanálise e a
Biologia, onde voltava o interesse para os processos cognitivos relacionados aos
processos mentais, conectadas a memória, raciocínio e aprendizagem (SILVA,
2010).

Com o desenvolvimento de novas técnicas de pesquisas em neurofisiologia e


neuroimagem, ficou mais interessante os estudos neurais nos processos das
emoções no Sistema Límbico, como também no reconhecimento das áreas
relacionadas ao processo da cognição, motivação e memória. Segundo o autor
SILVA (2010, p.387) "ademais, as emoções estão geralmente acompanhadas por
respostas autonômicas, endócrinas e motoras esqueléticas, que dependem de
áreas subcorticais do Sistema Nervoso, as quais preparam o corpo para a ação."

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A neuroanatomia e neurofisiologia do sistema límbico

O sistema límbico é formado por estruturas pertencentes a região cortical e


subcortical, por alguns núcleos nervosos e por conexões nervosas que interligam as
estruturas; repetindo as mesmas funções hipotalâmicas com a diferença de as
mesmas serem mais elaboradas e, sofrerem ação do neocórtex. O neurologista
francês Paul Broca, publicou um artigo no ano de 1878, onde designou que a
coleção de áreas corticais encontradas na superfície medial do cérebro, como
sendo sistema límbico, pois formam uma borda ao redor do tronco encefálico.
Segundo o autor Bear (2002, p. 584) "de acordo com essa definição o lobo límbico
consiste do córtex ao redor do corpo caloso, principalmente no giro cingulado, e o
córtex na superfície medial do lobo temporal, incluindo o hipocampo."

Por volta de 1930, James Papez, acreditava que houvesse um sistema da


emoção que ligaria como o córtex e o hipotálamo, de forma anatômica os
componentes do circuito de Papez estão interconectados e essas estruturas envolve
a emoção, que é constituído pelo circuito básico das emoções que composto pelo
giro do cíngulo, giro parahipocampampal, hipocampo, fórnix, corpo mamilar, núcleos
anteriores do tálamo.

No circuito de Papez, o hipotálamo governa a expressão comportamental da


emoção. O hipotálamo e o neocórtex estão arranjados de tal forma que um pode
influenciar o outro, ligando, assim, a expressão e a experiência da emoção. No
circuito, o córtex cingulado afeta o hipotálamo através do hipocampo e do fórnix (o
grande feixe de axônios que deixa o hipocampo), enquanto que o hipotálamo afeta o
córtex cingulado pelo tálamo anterior. O fato de que a comunicação entre o córtex e
o hipotálamo seja bidirecional significa que o circuito de Papez é compatível com
ambas as teorias da emoção, a de James-Lange e a de Cannon ? Bard (BEAR,
2002, p.586).

Em 1949, McLean propôs que o conceito de cérebro visceral, era composto


pelo rinencéfalo, giro do cíngulo, giro parahipocampal e hipocampo; essas hipóteses
foram corroboradas em 1977, por Lockard, que afirmou que estas áreas anatômicas

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eram comuns a todos os mamíferos e responsáveis pelas funções de comer, beber


e reprodução (BARRETO, 2010).

O hipotálamo é uma parte importante do sistema límbico, pois controla a


temperatura corporal, o impulso para comer e beber, o controle do peso corporal e
algumas funções vegetativas do encéfalo que está intimamente relacionada ao
comportamento. O hipotálamo é uma estrutura distinta do sistema límbico, sendo
um dos elementos centrais do sistema e ao seu redor ficam as estruturas
subcorticais, incluindo o septo, a área paraolfativa, o epitálamo, o núcleo anterior do
tálamo, parte dos gânglios da base, o hipocampo e a amígdala. E, circundando
estás áreas, encontram-se o córtex cerebral, área orbitofrontal que fica situado na
superfície ventral dos lobos frontais, entendendo-se para o giro subcaloso, anterior
ao corpo caloso e o giro do cíngulo; e, por fim, descendo para a superfície
ventromedial do lobo temporal para o giro para-hipocampal e o uncus. O
paleocórtex, que é um anel que circunda as estruturas profundas intimamentes
associadas ao comportamento geral e ás emoções, funcionando em comunicação
bidirecional e ligações associativa entre o neocórtex e as estruturas límbicas
inferiores (GUYTON, 1991).

O sistema límbico está relacionado às emoções, em uma complexa relação


entre a emoção-razão que se tornou recorrente no pensamento de diferentes
filósofos. A origem dos estudos da emoção no cérebro é algo recorrente na
neurociência que nos remete a época de Aristóteles que falava de uma alma
sensível ligada à emoção e uma alma racional ligada a cognição. Desde muitos
anos, que fisiologistas, filósofos, neurocientistas vem descobrindo os avanços da
emoção no cognitivo. Recentemente cientistas da Universidade de Stanford, Robert
Zajonc e da Universidade de Berkeley, Richard Lazarus entraram em debates sobre
os sistemas neurais da emoção. O cientista Zajonc afirma que o julgamento
emocional era fruto da preparação dos organismos para lutar e fugir e que viam da
amígdala, e que respondiam sem o processo da cognição. Enquanto Lazarus arguiu
que a emoção não pode ocorrer sem uma avaliação cognitiva se experimentarmos
sinais de alerta no sistema nervoso autônomo, nossa resposta vai depender da
situação em que é enfrentada pelo indivíduo. As pesquisas da neurociência têm
respondido que os dois cientistas estão certos, por incrível que pareça, pois os

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sistemas neurais da emoção e cognição são independentes e interdependentes. O


sistema límbico é ampliado em um circuito neural que juntos invocam um papel em
diferentes tarefas emocionais, onde é formado pelo hipocampo, hipotálamo, giro do
cíngulo, amígdala, tálamo, núcleos somatossensorial e córtex orbitofrontal
(GAZZANIGA, 2006).

A amígdala possui o papel de processar o significado emocional dos


estímulos e gera reações emocionais e comportamentais imediatos. Interagindo
com outros sistemas da memória, particularmente o de memória hipocampal,
quando existem eventos explícitos ou declarativos das propriedades emocionais dos
estímulos é de fundamental importância para aquisição e expressão do aprendizado
emocional adquirido na resposta condicionada aversiva, existe dois modos
principais de interação da amígdala com a interação da memória declarativas
dependentes do hipocampo. O córtex orbitofrontal tem o papel de regular nossas
habilidades de inibir, avaliar e agir com informação emocional e social, dependendo
da tarefa a ser decidida, alguns fatores desses pode ser mais importante que outros.
Se nossa habilidade de processar qualquer informação está prejudicada, a tomada
de decisão ficará alterada, possuindo uma relevância para processar, avaliar e filtrar
informações sociais e emocionais (GAZZANIGA, 2006).

Podemos observar a importância do sistema límbico no papel das atividades


realizadas pelo indivíduo, e no processamento dessas atividades, armazenamento e
avaliação.

As bases neurais das emoções

As vias neuronais do sistema límbico são conectadas entre si, integradas


funcionalmente, ao nível do sistema nervoso autônomo, onde são processadas e
ocorrendo um refinamento ao nível das vísceras.

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Prazer e Recompensa

É uma das emoções mais antigas a ser estudadas pelos os neurofisiologistas


devido a finalidade do estabelecer a relação do funcionamento cerebral e o circuito
encefálico específico. Alguns cientistas relatam que o centro de recompensa pode
ser prolongado até o tronco cerebral.

O centro da recompensa está relacionado ao feixe prosencefálico medial, nos


núcleos lateral e ventromedial do hipotálamo, havendo conexões com o septo, a
amígdala, algumas áreas do tálamo e os gânglios da base. Já o centro de "punição"
é descrito com localização na área cinzenta central que rodeia o aqueduto cerebral
de Sylvius, no mesencéfalo, estendendo-se às zonas periventriculares do
hipotálamo e tálamo, estando relacionado à amígdala e ao hipocampo e, também,
às porções mediais do hipotálamo e às porções laterais da área tegmental do
mesencéfalo (BARRETO , 2010, 389-390).

Alegria

É associado ao amor, com respostas de expressões faciais de felicidade. Os


gânglios basais, incluindo o estriado ventral e o putâmen, são ativados com a
indução da alegria.

Os gânglios basais recebem uma rica inervação de neurônios


dopaminérgicos do sistema mesolímbico, intimamente relacionados à geração do
prazer, e do sistema dopaminérgico do núcleo estriado ventral. A dopamina age de
modo independente, utilizando receptores opióides e gabaérgicos no estriado
ventral, na amígdala e no córtex órbito-frontal, algo relacionado a estados afetivos
(como prazer sensorial), enquanto outros neuropeptídeos estão envolvidos na
geração da sensação de satisfação por meio de mecanismos homeostáticos
(BARRETO, 2010, p. 390).

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Medo

A amígdala e o hipotálamo estão relacionadas a sensação de medo e raiva e,


é a amígdala responsável pela detecção, geração e manutenção das emoções
relacionadas ao medo.

A lesão da amígdala em humanos produz redução da emotividade e da


capacidade de reconhecer o medo. [...] A amígdala é uma estrutura que exerce
ligação essencial entre as áreas do córtex cerebral, recebendo informações de
todos os sistemas sensoriais. [...] Os núcleos basolaterais são as principais portas
de entradas da amígdala, recebendo informações sensoriais e auditivas; já a via
amigdalofugal ventral e a estria terminal estabelecem conexão com o hipotálamo,
permitindo o desencadeamento do medo (BARRETO, 2010, p. 390).

Raiva

A raiva é manifestada por comportamentos agressivos, sendo uma das


emoções bastante diferenciadas, pois possui como objetivo de um conjunto reflexos
de atacar, lutar e ganhar. Está associada ao hipotálamo, no século XX em um
estudo realizado por Flynn (1960), foi "identificado que esses comportamentos
agressivos eram provocados pela estimulação de áreas específicas do hipotálamo
localizadas no hipotálamo lateral e medial, respectivamente" (BARRETO, 2010, p.
391).

Reações de luta-fuga

O Sistema Nervoso Autônomo está diretamente envolvido com a situação de


luta-fuga e no processo de imobilização, onde é caracterizado pela capacidade do
indivíduo de percepção a respeito da segurança ou ameaça ao meio em que se
encontra.

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Em um ambiente ameaçador a amígdala estará livre para desencadear


estímulos excitatórios sobre a região lateral e dorsolateral da substância cinzenta
periaquedutal, que então estimula as vias do trato piramidal, produzindo respostas
de luta e/ou fuga (BARRETO, 2010, p. 391).

Tristeza

A tristeza gera lentidão nos processos fisiológicos e pode está conectada no


mesmo pólo da depressão, apesar de a tristeza ser algo fisiológico e a depressão,
algo patológico, mas estão relacionadas neurofisiologicamente. Segundo Barreto
(2010, p. 391), "esse sentimento relaciona-se a ativação de áreas centrais, como os
giros occipitais inferior e medial, giro fusiforme, giro lingual, giros temporais póstero-
medial e superior e amígdala dorsal, ressaltando-se, também, a participação do
córtex pré-frontal dorsomedial"

Emoção e razão

As informações passam pelo sistema límbico e paralímbicas, para adquirirem


significado emocional, que regiões do córtex frontal e pré-frontal estão relacionadas
com a tomada de decisão e no processo de autonomia. No complexo Córtex Órbito-
Frontal (COF) / Córtex Pré-frontal (CPF), mantém importante papel com a amígdala,
a ínsula, hipotálamo e córtex cingulado anterior e o córtex orbital, na integração
entre a emoção/razão (BARRETO, 2010).

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