Aula 1: Inteligência e

Neuropsicologia

Daniel Vítor Gomes de Sousa

Mestre em Psicologia – UFES
Doutorando em Psicologia Social – UERJ
Roteiro de Apresentação

1 – Teorias sobre Inteligência

2 – Inteligência como Processo

3 – Inteligência como Conhecimento

4 – Capacidade Sensório-Motoras
 1 – Teorias sobre Inteligência
• Como a psicologia atualmente concebe a
inteligência?

• Séc. XX: teorias sobre inteligência

apresentaram um conceito unitário sobre o
construto.
 1 – Teorias sobre Inteligência
• Estudos atuais sobre inteligência decorrem
dos esforços realizados ao longo do século
XX.

• Modelo atual de compreensão das

capacidades cognitivas deriva dos estudos
psicométricos.
 1 – Teorias sobre Inteligência

• Nos estudos psicométricos da inteligência,

analisam-se correlações entre uma
diversidade de testes cognitivos, buscando-se
identificar subgrupos de testes que, no nível
manifesto, aparecem correlacionados.
 1 – Teorias sobre Inteligência

• A lógica subjacente a essa análise baseia-se na

avaliação da relação entre os testes psicológicos e as
capacidades cognitivas.

• Dado o interesse dos pesquisadores sobre o

construto inteligência, diversos foram os resultados
dos estudos fatoriais realizados, os quais se voltavam
principalmente para a estrutura e a definição das
capacidades intelectuais.
 1 – Teorias sobre Inteligência
Raymond Cattell (1905 – 1998)

• Propôs uma divisão do fator geral de

inteligência, dentro de um modelo
hierárquico.
• Teoria Gf-Gc: inteligência fluida (Gf) e
cristalizada (Gc).
 1 – Teorias sobre Inteligência
Teoria Gf-Gc
Inteligência Fluida (Gf) Inteligência Cristalizada (Gc)

Raciocínio geral Resultante do investimento de Gf

em experiências de aprendizagem
cristalizadas (conhecimento)

Base potencial da aprendizagem Transformam-se em potencial para

aprendizagens mais complexas
 1 – Teorias sobre Inteligência

John L. Horn (1928 – 2006)

• Estudante de R. Cattell

• Propôs uma divisão da inteligência em mais

subfatores.
 1 – Teorias sobre Inteligência

John B. Carroll (1916 – 2003)

• Teoria dos Três Estratos

• Publicou uma metanálise dos principais

estudos fatoriais da época, cujos resultados
deram origem a um modelo-síntese
hierárquico que buscou reunir os achados
mais importantes e clássicos nos estudos
acerca da estrutura da inteligência.
 1 – Teorias sobre Inteligência
1990

• Modelos foram reunidos em uma única

proposta;

• Teoria Cattell-Horn-Carroll de Inteligência

(CHC)
 1 – Teorias sobre Inteligência

• A teoria CHC tem uma visão hierárquica

multidimensional das habilidades
cognitivas, sendo considerada, pelos
pesquisadores da área, como uma das
mais completas descrições da inteligência
disponíveis.
 1 – Teorias sobre Inteligência
Inteligência (Teoria CHC)

• Visão multidimensional;
• Composta por fatores ligados a áreas
amplas do funcionamento cognitivo e
domínios de conhecimento.
2 – Inteligência como Processo
 2 – Inteligência como Processo

• Refere-se às capacidades gerais do modelo

CHC.

• Processos cognitivos gerais que operam em

praticamente em todas as atividades
intelectuais.
2 – Inteligência como Processo
 2 – Inteligência como Processo

a) Raciocínio/Inteligência fluída

• Capacidade geral ligada ao controle da

atenção para executar processos básicos de
percepção de relações como classificar, inferir
regras e generalizar.
 2 – Inteligência como Processo

a) Raciocínio/Inteligência fluída

• É conhecida como a capacidade de resolução

de problemas novos, para os quais não há
informação memorizada.
 2 – Inteligência como Processo

a) Raciocínio/Inteligência fluida

• O termo “fluida” vem da ideia original de

Cattel de que não possui forma, pois utiliza
diferentes funções cognitivas.
 2 – Inteligência como Processo

b) Memória

• Construto que tem sido revisado

constantemente em virtude de estudos
recentes em Neuropsicologia.
 2 – Inteligência como Processo

b) Memória

Modelo CHC:

1 – Memória Primária (de curto prazo);

2 – Memória Secundária (de longo prazo);
3 – Memória de Armazenamento (Capacidade de
codificar, manter e transformar informações da MP);
4 – Memória Operacional (Ligada às funções
executivas).
 2 – Inteligência como Processo

b) Memória

• Capacidade de armazenamento e
recuperação de informações: Habilidade de
armazenar informações e fortalecer seu
registro na memória secundária e a
capacidade de recuperá-la posteriormente.
 2 – Inteligência como Processo
c) Velocidade

Modelo CHC:

1 – Velocidade de Processamento (habilidade de executar

tarefas simples e repetitivas de forma rápida e fluente);
2 – Rapidez da Decisão (velocidade de reagir, tomar
decisões ou realizar julgamentos em tarefas que envolvam
processamentos complexos);
3 – Velocidade Psicomotora (velocidade e fluidez com
que os movimentos do corpo são realizados)
 3 – Inteligência como Conhecimento

• Cattel afirmou que, a partir do

funcionamento das capacidade gerais da
inteligência como processo consolidam-se
estruturas básicas na memória denominadas
de inteligência cristalizada.
 3 – Inteligência como Conhecimento

• A inteligência enquanto conhecimento indica

as características individuais em relação à
riqueza e a extensão das informações
armazenadas na memória de longo prazo.
 3 – Inteligência como Conhecimento

• A inteligência enquanto conhecimento indica

as características individuais em relação à
riqueza e a extensão das informações
armazenadas na memória de longo prazo.
3 – Inteligência como Conhecimento
3 – Inteligência como Conhecimento
 3 – Inteligência como Conhecimento

a) Inteligência Cristalizada

• Extensão e profundidade de domínios do

conhecimento e dos comportamentos que são
valorizados por determinada cultura.

• Reflete o grau em que o indivíduo aprendeu e

utiliza conhecimentos e competências.
 3 – Inteligência como Conhecimento

b) Conhecimento de Domínios Específicos

• Envolve a profundidade, amplitude e o

domínio de um determinado conhecimento
especializado.

• Não se espera que todos os indivíduos

adquiram.
 3 – Inteligência como Conhecimento

c) Leitura e Escrita

• Refere-se a amplitude e profundidade de

conhecimentos ligados à linguagem escrita.
 3 – Inteligência como Conhecimento

c) Leitura e Escrita

Habilidades:

• Decodificação de leitura;
• Compreensão de leitura;
• Velocidade de leitura;
• Soletrar e uso do português;
• Habilidade de escrita;
• Velocidade de escrita.
 3 – Inteligência como Conhecimento

c) Leitura e Escrita

• Pessoas com habilidades altas não tem

dificuldade em escrever e a linguagem é
desenvolvida.

• Pessoas com habilidades baixas tem

dificuldades na escrita e na linguagem
 3 – Inteligência como Conhecimento

d) Conhecimento Quantitativo

• Relaciona-se à amplitude e profundidade do

conhecimento ligado à matemática.
 3 – Inteligência como Conhecimento

d) Conhecimento Quantitativo

Habilidades:

• Conhecimentos de símbolos matemáticos e

operações;
• Procedimentos computacionais
 4 – Capacidades Sensório-Motoras

• No modelo CHC algumas habilidades estão

relacionadas à modalidades sensoriais ligadas
especificamente à regiões específicas e ao
funcionamento do córtex cerebral.
4 – Capacidades Sensório-Motoras
 4 – Capacidades Sensório-Motoras

a) Processamento Visual

• Habilidade de gerar, perceber, armazenar,

analisar, manipular e transformar imagens
para resolver problemas.
 4 – Capacidades Sensório-Motoras

b) Processamento Auditivo

• Habilidade de detectar processos que

envolvem informação não verbal em formato
de som.
 4 – Capacidades Sensório-Motoras

c) Processamento Olfativo

• Habilidade de detectar e processar

informações relacionadas a odores.
 4 – Capacidades Sensório-Motoras

d) Processamento Tátil

• Habilidade de detectar e processar

informações significativas relacionados às
sensações táteis.
 4 – Capacidades Sensório-Motoras

e) Habilidade Cinestésica

• Habilidade de detectar e processar

informações significativas relacionados às
sensações proprioceptivas.
 4 – Capacidades Sensório-Motoras

f) Habilidade Psicomotora

• Habilidade de executar movimentos

corporais e físicos.