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Purgatory

4.2

Livro de Regras

Written by: Purgatory Team


Ato 1: A Ilusão
Capítulo 1: Iniciação. Capítulo 4: Investigação

—O que é RPG de Mesa? —Looting


—O que é o Sistema Purgatory? —Recursos Purgatoriais
—O que é O Purgatório? —Documentos Chave
—Como devo usar esse livro? —Autópsia
—Como serei inserido nesse Universo? —Interrogatórios

Capítulo 2: O Mortal. Capítulo 5: Preparação e


Combate
—Criação de Personagem
—Humano/Purgatorial -Equipamentos
—Idade -Efeito Crítico de Armamentos
—Antecedentes -Recarregamento e Munição
—Relações -Armadura
—Índole -Escudos
—Fobia -Iniciativa
—Classes -Furtividade e Atenção
—Perícias e Ímpeto -Divisão de Ações
—Vitalidade, Sanidade, Integridade e Stamina -Uso de Habilidades
-Uso de Recursos Purgatoriais
-Efeitos de Combate
Capítulo 3: Mecânicas Básicas
-Estado de Morrendo
-Estado de Enlouquecendo
-Testes e suas Utilidades -Estado de Desmaiando
-Culinária -Efeitos de Morte
-Peso e Inventário
-Velocidade de Inventário
-Elementos de Investigação
Capítulo 6: Conhecimento
-Fragilidade de Documentos
-Crítico Herdado
-Lesões
-Ansiedade e Pânico
-Classificação de Criaturas
-Sistema de Afeto
-Grupos Importantes
-Medicina e Terapia
-Criação de Amuletos
-Ganho de Xp e Níveis
-Forja de Equipamentos
-Kit Médico
-A Língua Purgatorial
-Calmantes, Analgésicos e Energéticos
-Bem vindo ao Purgatório, Sobrevivente
-Ficha

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Ato 2: A Verdade
Capítulo 11: O Destino
Capítulo 7: O Transcendente
- Narrando Mortes
- O Infinito - O Sadismo
- O Purgatório - Enlouquecimento.
- O Sacrifício do Transcendente. - Morte por Visio
- Termos Importantes de Jogo - Infecção
- Como devo utilizar esse Livro? - Transcendência Humana

Capítulo 8: Realidade Parasita


Capítulo 12: O Desconhecido
- A Lógica Purgatorial
- A Lógica Humana - Criando Criaturas
- O Aprendizado - Criando Deuses
- Os Amuletos, a Visio e o Maviantum - Criando Semideuses
- O Passado do Purgatório. - Criando grupos Humanos e Purgatoriais
- Personagens Não Jogáveis (NPCs)
- Criando NPCs
Capítulo 9: Adentro do Paraíso
- Criando Designações
- Criando O Apagão
- Criaturas
- Purgatoriais
- Grupos
Capítulo 13: Conhecimento
- Os Deuses Adquirido
- O Fundador
- O Éden e o Oblívio - Bestiário
- A Velhice dos Purgatoriais - NPCs Base
- Transcendência.
- Regras Adicionais
- Lista de Enfermidades
Capítulo 10: Adentro do Inferno - Lista de Traumas
- Lembranças Traumáticas
- A Esperança
- A Sobrevivência
- Os Imortais
- Os Xamãs
- Os Videntes
- Créditos e Contatos.
- Tráfico de Recursos Purgatoriais
- Nômades
- Agradecimentos
- Civis
- Semideuses

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Ato 1
"A Ilusão"

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Capítulo 1: Iniciação
Seja muito bem vindo(a) a introdução ao sistema de RPG de Mesa
Purgatory. Esse sistema tem um foco muito grande em suspense,
Investigação e principalmente terror, mas ainda pode ser muito bem
utilizado em histórias mais leves e descontraídas.

Tal sistema tem uma especialidade bem grande em cenários de


sobrevivência, trazendo manejo de itens importantes como Kits Médicos e
Analgésicos, como também manejo de condições físicas como Vitalidade,
Sanidade e Pânico. Não se surpreenda quando se encontrar em situações
de extrema tensão e precariedade, já que esse sistema foi feito no intuito
de uma jogatina mais estratégica, tanto para o Mestre, quanto para o
Jogador.

Esteja você entre amigos, entre colegas ou até família, saiba que esse
sistema foi feito no intuito de pressionar de várias maneiras cada um dos
integrantes do RPG, seja usando mentiras contadas pelo Mestre, por
traições arquitetadas pelos jogadores, ou até mesmo com uma armadilha
mortal. Cada página desse livro te mostrará que tudo ao seu redor é uma
possível ameaça caso você não seja cuidadoso

Mas antes de introduzirmos você nesse mundo, precisamos inicialmente


responder perguntas básicas que você, leitor, possa ter a medida que você
lê esse livro, ou até mesmo, é introduzido nesse mundo misterioso do RPG
de mesa.

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O que é RPG de Mesa?

RPG é uma sigla para Roleplaying Game, que traduzindo, fica Jogo de
Interpretação de Papéis., ou seja, RPG de mesa é um jogo entre pessoas
em que cada um deles interpreta um papel específico dentro de um
mundo. No caso do RPG de Mesa, um grupo de pessoas se reúne para
agir e atuar como personagens, sendo os Jogadores, dentro de um
mundo pré definido por uma dessas pessoas, comumente chamada de
Mestre.

Ou seja, você pode jogar como quem apresenta o desafio aos seus
amigos, interpretando os arredores dos personagens que seus amigos
interpretam, como você também pode jogar interpretando um
personagem no mundo de seu mestre, trabalhando em grupo com os
outros jogadores a fim de “ganhar” o jogo.

Tudo que o RPG requer para ser jogado é papel, lápis, borracha, dados e
muita criatividade, já que esse jogo não requer nem mesmo um tabuleiro
para ser jogado, apenas um personagem, e habilidade de interpretação.
Mas esse jogo não tem apenas uma maneira de ser jogado, por isso
existem os sistemas. Dungeons and Dragons, Ordem Paranormal e Call of
Cthulhu são exemplos de sistemas com focos diferentes. Dungeons and
Dragons é um sistema dedicado a histórias medievais e fantasiosas,
enquanto Ordem paranormal e Call of Cthulhu tem um grande foco em
suspense, investigação e paranormal.

O sistema que você irá utilizar será baseado no seu estilo de jogo, seja
você alguém casual, fantasioso, amante de desafios ou até mesmo
alguém que ama um suspense de horror. Ou seja, você e seu grupo deve
escolher o Sistema que mais atenda as suas vontades dentro do jogo.

O sistema que você está lendo se chama Purgatory, ou, comumente


conhecido como Purgatório RPG, e logo abaixo, você irá entender do que
ele se trata, e quais são os seus focos narrativos.

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O que é o Sistema Purgatory?

Esse sistema foi construído em cima do desejo de tornar as interações


entre mestre e jogador em algo mais rivalizado e desafiador, tornando o
jogo realmente algo mais vívido para ambos os lados. Enquanto um
almeja a sobrevivência, o outro tem como objetivo causar a morte da
maneira mais sádica e brutal possível.
Esse sistema ignora qualquer chance de protagonismo e posiciona a
mortalidade dos jogadores em um nível igualitário às criaturas mais
baixas desse universo.

Dessa maneira, é possível dizer que aqui, não existem heróis ou vilões.
Existe apenas a ambição de viver e matar.
Purgatory RPG foi ordenada a fornecer diversas maneiras de Morte aos
jogadores, tornando o mínimo descuido Mortal. Vitalidade, Sanidade e até
mesmo estamina são os principais recursos que você deve se atentar ao
sobreviver nesse mundo. Esse sistema é cruel e ignora sentimentos, pena,
e principalmente culpa. Seu foco é tornar a experiência do jogador algo
constantemente tenso e hostil. Mas claro, tem seus momentos de calmaria,
de paz, e ordem em meio a esse caos tão generalizado.
Todos são protagonistas de sua própria história, e a única pergunta a ser
respondida é: Você vai fazer a diferença na crueldade desse mundo?
Mudar a realidade e ser uma peça chave nessa luta. Ter motivos tão
rigorosos que movam até o último pedaço da sua carne em busca do
cumprimento de suas promessas, juramentos e desejos.
Aqui, dentro do Purgatório, heroísmo e vilania não existem. Aqui, o que
existe é a ganância e determinação.
Sobrevive aquele que compreende isso.

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O que é o Purgatório?

"Ele existe desde antes da nossa existência… Da existência de


vocês. Consumindo tudo que ele vê pela frente, em busca de algo
que nós definitivamente não temos. Algo que apenas ele sabe o
que é, e nenhum de nós pode fornecer, por mais que tentemos, ele
não irá se satisfazer. Lutar não é uma opção. Sobreviver é uma
opção. Não somos nada além de uma ferramenta para ele."

—Bittencourt, Phiry.

Ninguém viu seu nascimento, ou sabe de onde o mesmo veio, mas é dito
por muitos que ele vem de muito longe, de universos distantes, em busca
de apenas um recurso. Conhecimento. Em busca de uma informação que
nenhuma das pessoas que tentou lutar contra ele conseguiria
compreender. Mas não é como se uma criatura interdimensional fosse
desistir de seu objetivo tão facilmente apenas por não conseguir.
Não sabem se foram dezenas, milhares ou milhões de realidades
destruídas apenas por esse desejo doentio de conhecimento e inteligência
armazenada.
Existem Humanos que são devotos a ele, fornecendo livros, diários,
informação, e tudo que possa ser útil para esse Parasita. Mesmo
recebendo bênçãos dessa criatura, todos tem o destino maldito de acabar
sendo destruídos pelo mesmo após não serem mais úteis.
Mas antes dos Humanos se darem para esse Parasita, o Purgatório tinha
seus meios para adquirir informações por meio do medo, da ameaça e da
enganação. Essas são as Criaturas.
Mas não era possível fornecer Criaturas irracionais que servem apenas
como olhos do Purgatório se elas simplesmente não podem ser
controladas, já que elas não tem um "governante". Assim, o Purgatório cria
uma criatura capaz de pensar, embuída em Criaturas passageiras e
inconsciente, alguém que poderia controlar o caos que o parasito havia
se tornado.

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O nome dessa criatura era Fundador.

O Purgatório havia aprendido o que os humanos eram para as suas crias.


Ele aprendeu o que era um Pai. Assim, o Fundador cumpriu com seu
propósito, por mais que fosse frágil como um idoso, deu às criaturas um
ideal a se seguir, um ideal de ordem, compaixão, e prosperidade. Mas
claro, ainda existiam desertores, Criaturas que saiam em busca de comida,
do caos, e principalmente, de Humanos desavisados no nosso mundo.
Para isso, o Fundador decidiu criar líderes separados de si, outros ideais,
moldados para liderar os mais rebeldes. Assim, os deuses começaram a
ser criados. Tornando o caos do Purgatório cada vez menos existente.

Mas quando Humanos começaram a explorar o Purgatório com armas,


explosivos, e ganância, os problemas começaram a se acumular. Os
Deuses eram carne e osso, e ao morrer, nunca mais voltariam. Deuses,
afinal de contas, eram mortais, ao menos fisicamente.
Enfim, eles precisavam superar essa dificuldade. Não adiantava reter um
poder gigantesco e ser tão frágil quanto um humano, a imortalidade se
tornou uma necessidade, e enfim, após anos de mutação, evolução, e
principalmente luta, enfim, deuses que se baseavam em carne e osso,
agora eram uma existência separada de um corpo, mas, mesmo
avançando ao estado de eternidade, um corpo ainda era viável para os
deuses permanecerem realizando suas atividades de exploração e
liderança. Esses corpos começaram a ser chamados de "receptáculos".

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Muitos deuses foram criados, formados, e eternizados, e mais adiante
nesse livro, mas, atualmente, existem apenas 6 Deuses, 3 que
permaneceram no grande Palácio Albino, um grande local fortificado
como um Castelo, protegendo não apenas os descendentes dos deuses,
mas também, o próprio fundador. O Deus do Medo, O Deus da Justiça e A
Deusa da Misericórdia foram aqueles que permaneceram juntos no
Palácio.

Os outros 3 foram destinados a permanecer nos confins do Abismo após


um desentendimento relacionado a poder, injustiça e traição, fazendo com
que O Deus do Sangue, a Deusa dos Ossos e a Deusa da Morte ficassem
responsabilizados pela parte mais “animalesca” do Purgatório. No abismo,
residem as criaturas irracionais, que são frutos dos deuses mais
agressivos, como reais filhos e crias. Além disso, o Abismo é o local onde
as Fendas para o mundo humano se encontram. Não existem fendas que
ligam o Palácio Pálido ao mundo Humano

Os nomes dos deuses foram perdidos em meio aos milhares de


receptáculos que os mesmos já tiveram, mas geralmente eles mesmos se
batizam ao encontrar um novo hospedeiro. Alguns purgatoriais também
cultuam ao redor dos astros de dentro do parasita, como o Sol e a Lua,
mesmo que não existam deuses para representar os dois. O eterno
aumento do Purgatório dá a impressão de que após algumas décadas, o
sistema solar inteiro seja totalmente feito dentro dessa criatura imensa.

Esse é o resumo básico do que é este grande parasita de realidades, que


sua extensão gigante apenas busca por mais e mais conhecimento,
enquanto seus “filhos” prosperam a medida que ele também se expande,
como uma grande criatura alimentando suas crias.

Caso você deseje mais informações na criação de personagem, pergunte


ao seu mestre sobre mais detalhes do universo, já que, em seu livro, tem
informações muito privilegiadas.

Mas enfim, tendo um mínimo contexto do que é o Purgatório, podemos ir


para o próximo capítulo.

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Como devo usar esse livro?

Esse livro foi para todos que irão jogar neste sistema, desde o Jogador até
o Mestre. Já que ele ensina a criar personagens dentro do universo de
Purgatory RPG, além de dar informações privilegiadas de como sobreviver
nestas narrativas.

Esse livro deve ser usado para aprender a se inserir nesse universo, para
explorar as mecânicas em volta do sistema, e para, claro, descobrir mais
sobre as narrativas que podem ser feitas em volta.

Mas a utilidade deste livro não se limita á tutoriais e exploração, já que


este livro pode ser consultado de várias maneiras, principalmente em meio
à sessão do jogo, já que este livro tem informações resumidas e objetivas
de fácil acesso. Afinal de contas, o livro do jogador é um livro de mão.

Veja esse livro como uma enciclopédia de rápido acesso, e claro, se for a
versão física, destaque as páginas que você achar mais importante com
marcadores de página, ou anotando na sua própria ficha. Uma boa dica é:
Caso você seja um iniciante, faça sua primeira ficha com um mestre ou
jogador experiente para ter uma melhor “Iniciação”.

Lembre-se: Caso você deseje organizar ou, do popular, mestrar uma


campanha ou oneshot com esse sistema, é muito recomendado que você
leia o livro do jogador (Ato 1: A Ilusão) por completo, e principalmente,
tenha vivenciado a experiência como jogador, sendo um participante de
uma campanha, mestrado por outra pessoa. Obtenha experiência e
descubra na prática o que o Purgatório é, e o que ele pode ser.

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Como serei inserido neste universo?

Como dito anteriormente, aqui não existe vilania ou heroísmo, então seu
personagem pode ir desde um herói incorruptível até alguém com
objetivos mais importantes do que a vida de qualquer um.
Mas, ainda sim, você não é a única pessoa pertencente a esse mundo.
Existem grupos de pessoas que lutam contra o Purgatório pelo bem maior,
outros que exploram os confins dele em busca de conhecimento e poder,
e outros que tentam domar o parasita de realidades.
Enfim, sua inserção nesse mundo é relativa à história que o seu
personagem irá participar, e claro, à personalidade e índole do mesmo.

No decorrer da leitura você irá descobrir grupos de pessoas que,


dependendo do personagem, podem se encaixar na história e estilo do
seu personagem. Mas não se sinta limitado a essas alternativas, seu
personagem pode ser desde um lobo solitário até um comandante de um
grupo que nem incluso no livro está. Seu personagem ainda é um mortal,
mas ainda sim, pode ser muitas coisas nesse mundo, contanto que claro,
siga as predefinições do mestre do jogo.

Nos próximos capítulos, você aprenderá como fazer um personagem


nesse mundo banhado em divindades, morte e principalmente
conhecimento. Seja ele um humano exilado que luta em busca de
vingança, ou até mesmo um Purgatorial em busca de sobreviver à
realidade brutal do purgatório.

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Capítulo 2: O Mortal

Enfim, chegamos à parte principal desse livro, a Criação do seu


personagem.
Neste capítulo você aprenderá do básico até o avançado da ficha do seu
personagem, além de entender como funcionam as classes e as
diferenças entre humano, purgatorial, e mestiço. Saiba que todas as
classes tem diferenças gritantes, seja das Perícias, seja das habilidades, ou
seja até mesmo das próprias características físicas.
Lembre-se, seu personagem (em boa parte das vezes) faz parte de um
grupo, então lembre-se de trabalhar em equipe. Não largue mão da ideia
original de seu personagem, mas ainda sim, mantenha em mente que a
sobrevivência do grupo pode depender até mesmo de você colocar um
ponto a mais em Medicina. Você faz parte de um grupo que tem um
objetivo geral: Sobreviver. Todos lutam por objetivos que podem ser
divergentes, mas não existe uma pessoa que deseje mais do que tudo a
própria vida.
Mas não vale a pena começar a dar sugestões sem antes introduzir você
á Criação de Personagens.

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Criação de personagem.

Primeiro, precisamos ter uma ideia de como seu personagem será. Alguém
impulsivo? Alguém cuidadoso? Uma pessoa mais reclusa, mas impetuosa?
Saber como o seu personagem vai ser ajuda muito, tanto para saber
como interpretar ele, quanto para escolher, por exemplo, a classe do
personagem, ou se ele é purgatorial ou não. Tenha um conceito de como
seu personagem será, e todo o resto vai ser incrivelmente mais fácil.

Lembre que experiência é recebida enquanto você joga, então tente


começar pelas definições mais simples antes de avançar para os lados
mais complicados. Querendo ou não, é melhor você saber o que faz com
poucos recursos, do que não ter ideia do seu próximo passo tendo
milhares de recursos.

Para fins de exemplificação, iremos, junto a você, criar um personagem.


Dessa maneira, você pode usar esse personagem como base para criar o
seu próprio.

Utilizaremos uma imagem como


base para criar um personagem. Ele
utilizará uma Katana como arma.
Ele não terá um corpo muito forte,
mas será ágil, como se fosse tão
rápido quanto o Vento. As cicatrizes
em seu corpo demonstram anos de
treinamento e experiências,
fazendo dele alguém disciplinado e
calmo, mas ainda sim, casual e
brincalhão.

O nome deste personagem será


Yioken, O Espadachim.

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Humanos, Mestiços e Purgatoriais

Não são apenas humanos que lutam contra o Purgatório, existem


Purgatoriais que têm noção de quem é o verdadeiro inimigo, e lutam não
apenas pela sua sobrevivência, mas também pelo fim do parasita.
E claro, com alianças e relações de Humanos e purgatoriais, foram criados
os Mestiços, filhos de humanos com purgatoriais.

Cada uma das raças tem suas características principais, tanto em jogo,
quanto em interpretação. Cada Raça tem suas especialidades em
combate, estratégia, sobrevivência e até Investigação, e claro, além de
suas especialidades, existem condições específicas e especiais para a
coexistência humana e purgatorial.

Uma dessas condições é o fato de que não são todos os purgatoriais e


Mestiços que sabem falar alguma língua humana, precisando aprender
novas línguas, ou dialogar com um outro ser que saiba sua língua para
poder se comunicar propriamente.

Mas mesmo sem saber uma língua específica, diversos purgatoriais


sabem fazer Armamentos humanos, e vice-versa, tornando a escolha de
raça algo de preferência, já que elas modificam a Integridade, a
Vitalidade, e a Sanidade do seu personagem. Sem contar que dependendo
da sua raça, você recebe melhorias diferenciadas ao subir de nível.

Mas antes de apresentar as diferenças dentro do sistema, primeiro, iremos


apresentar as diferenças sociais, comportamentais e físicas dentre todas
as 3 raças.

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Humano
Sendo a raça com o maior número de indivíduos neste universo, os
humanos são a raça que inicialmente começou a lutar contra o Purgatório.
Foram eles que exploraram cada parte do parasita e criaram as armas
que hoje conhecemos. O Maviantum, os Amuletos, e claro, o uso da Visio.
Essa espécie é conhecida por usar em sua maioria armas de fogo para
compensar sua força que, quando comparada aos purgatoriais, é menor.
Como essa espécie não é Nativa ao Purgatório, eles são propícios a serem
infectados por ele, se fragilizando à medida que começam a se tornar
um só com o Purgatório.

Assim, diversos humanos exploram o


Purgatório como podem não apenas em
busca de resolver toda essa situação,
mas sim pelos recursos que ele possui.
Maviantum, Visio, Amuletos, tudo. Desde
o Maviantum para soldados militares e
justiceiros solitários, até os Amuletos que
podem trazer alguém de volta à vida.

Alguns lutam contra ele com o que ele


fornece, enquanto outros tiram proveito
do que ele bem fornece.

Esses seres têm uma língua materna


criada por eles, e podem muito bem aprender o purgatorial durante sua
vida. Dessa maneira, se relacionando com as outras espécies com
facilidade. Compensam a falta de força não apenas com as armas de
fogo, mas também por geralmente andarem em grupos, por serem de
fácil socialização e cooperação, diferente dos purgatoriais que existem
em nosso mundo, que andam em grupos pequenos de 3 ou 6 indivíduos.

Essa será a espécie do nosso personagem Teste, Yioken (página 16).


Na língua purgatorial, humanos são chamados de “heikuys”

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Purgatorial
Mais fortes, mais determinados, e mais orgulhosos do que os humanos. Os
purgatoriais são conhecidos como os seres que são imunes á Infecção do
Purgatório, já que todos eles são descendentes parciais de cada um dos 6
deuses atuais. Isso faz com que cada purgatorial seja diferente, mas ainda
baseado em um conceito de uma criatura maior.

A maior característica dos purgatoriais é


o fato de que eles podem utilizar
Amuletos á vontade, sem medo da
infecção, mas não pode utilizar
maviantum e visio por serem nocivos a
estes recursos, além de suas orelhas
pontudas. Esses seres raramente
conhecem outra língua além do próprio
dialeto que é falado dentro do parasita,
mas existem grupos desses seres que
conhecem outras línguas e estudam
como humanos, em busca de locais
seguros para viver.

Afinal de contas, essa espécie vive no


meio da cadeia alimentar. Diferente dos
Humanos que ocupam o "topo", os purgatoriais precisam lutar todos os
dias de suas vidas para não serem mortos por predadores animalescos
que existem dentro do parasita. Toda essa sobrevivência fez com que os
purgatoriais se tornassem seres muito desenvolvidos no conceito de
sobrevivência, além de andarem em grupos de forma oportunista.

Procuram indivíduos que sejam úteis para o bem estar do grupo para
levarem como aliados, ou simplesmente ameaçam uns aos outros para
seus próprios objetivos. Levam a vida deles ou como nômades isolados,
ou como uma família unida e forte.
Existem 6 tipos de purgatoriais, sem contabilizar os irracionais, já que eles
simplesmente vivem como animais em busca de alimento e abrigo.

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Descendentes dos Ossos/Primordiais: Purgatoriais com maior
índice de compreender uma língua humana, além de serem os únicos
desta espécie que preferem viver em grupos grandes e harmoniosos de
mais de 20 a 30 indivíduos.

São conhecidos dentro do purgatório


como “Yor’hans”. Um dialeto da língua
que representa “Descendentes das
Sombras”, já que ao atacarem um alvo,
eles geralmente preferem atacar de
noite, tendo uma vantagem imensa nas
sombras, pois a maior característica
destes descendentes é a pele
escurecida. Essa característica se
estende até os ossos e veias do
purgatorial, incluindo até mesmo o
cabelo, mas existem casos raros em
que essa coloração é misturada a tons
de cinza e esbranquiçado.

Eles tem uma alta adoração pela deusa Akhie, ou, A Mãe das Vítimas,
representada pela Lua do purgatório. Essa crença vem com uma
vilanização do Sol, Eukhi, O Pai da Violência, com a crença de que as
chamas que ele retém algum dia machucaram a lua e trouxeram as
crateras para o seu corpo. A crença de que Eukhi fez cicatrizes no corpo
prateado de Akhie. Essa crença bate com a história de anos de
perseguição contra os descendentes da deusa dos ossos feita pelos
descendentes do Deus do Sangue, que veem esses purgatoriais como um
“Alimento Fácil”, já que sua maior característica é a inteligência, e não a
força, tornando esses grupos um grande alvo ambulante.

“Que sua alma seja abençoada pelas cicatrizes de Akhie.”

ㅡDitado antigo dos Yor’hans.

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Descendentes do Sangue/Predadores: Os seres com maior força
bruta e selvageria do purgatório. Não existe um dialeto feito apenas para
esses seres solitários, mas são conhecidos apenas como “Eles”, ou Iwua.
Solitários como lobos sem matilha, e sorrateiros como ratos, Eles são
conhecidos especificamente por se alimentarem de qualquer tipo de
carne, seja ela purgatorial ou até mesmo humana.

A maior característica desses seres é a


pele avermelhada e a grande obsessão
por itens metálicos, posicionando por todo
o seu corpo, ou até mesmo usando estes
itens como armas para combate. Não é
raro achar um deles usando uma espada
prateada ou um escudo dourado. Não
existem deuses ou religião uniforme dentre
esses seres, já que o seu costume é andar
apenas com a própria companhia.

Um dos mitos já desmascarados sobre


essa espécie é que os mesmo são como
zumbis, se alimentando de carne crua, mas eles são muito habilidosos em
deixar o alimento próprio para o consumo, sendo classificados como
ótimos cozinheiros. Os Descendentes também costumam escolher
propriamente sua próxima presa, com base em seus nutrientes e estado
corporal, já que os mesmos tem a habilidade de farejar diversas
condições tanto em si mesmo, quanto aos demais.

O único tipo de alvo que esses seres evitam são seus semelhantes, se
focando em se afastar o mais rápido possível e se esconder. Parte dessa
atitude se dá pelo fato de que não é possível lidar com um ser que pensa
igual a você sem ser arriscado demais.

Os descendentes se espalham pelas cidades do abismo, predando além


de criaturas irracionais, purgatoriais descendentes dos ossos e da morte.
São considerados bárbaros pela população abismal, já que é muito raro
achar um indivíduo que pense em algo além de sua própria sobrevivência
e sua próxima refeição.

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Descendentes da Morte/Carniceiros: Completando a tríade das
populações abismais, os “Ay’kuhn”, conhecidos como “Mortais Divinos”, os
descendentes da Deusa da morte tem grande influência com todos os
seres dentro desse nicho do abismo, já que esses seres se alimentam de
restos mortais de quaisquer criaturas. Uma grande singularidade desses
seres é a chance dos mesmos preverem o destino de outros seres. Seja
uma reação corporal como um sentimento de “Logo irei me alimentar”
quanto pela leitura.

Essa habilidade foi desenvolvida por


décadas e séculos para terem certeza
de sempre ter um alimento próximo, e
pode ser feita tanto pelo seu corpo,
quanto usando as chamadas Cartas
de Transcendência. São 26 cartas
representando cada letra do alfabeto.
Geralmente é usado como um baralho
de comunicação comum para quando
não se é possível falar verbalmente,
mas nas mãos de um Descendente de
morte, a previsão do futuro se torna
ainda mais vívida.

Sua maior característica é a palidez, além de andarem em grupos


pequenos de 6 ou 7, dividindo suas refeições entre si, e constantemente
agradecendo, não á um deus, mas sim aos restos. Caso seja carne de
alguém importante ou de uma boa pessoa, é comum contarem histórias
sobre a “refeição” ou até mesmo pedir benção ao próprio deus da morte
para que a alma da mesma seja devidamente transportada para o pós
vida.

É a maior população abismal existente, contando com mais de milhares de


espécimes em todo o arquipélago ao redor do palácio pálido, sendo
impossível contar especificamente quantos podem ser. Só se sabe que eles
estarão lá, seja para assistir a sua morte ou para causá-la.

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Descendentes da Justiça/Imortais: Começando com a população
purgatorial do Palácio Pálido, os Phyniun são seres que desconhecem o
conceito de velhice. Os mesmos seres que nasceram a séculos atrás são
os mesmos que nasceram a apenas alguns anos. Esses descendentes não
tem forma definida, são como Sombras vivas, que conseguem se
modificar à sua própria vontade para usar seu próprio corpo como
armamento. Seus corpos são quase indestrutíveis, sendo frágeis á fogo e
principalmente Maviantum, mas existe um ponto frágil desses seres, que é
decidido logo em seu nascimento, chamado de Núcleo.

O Núcleo pode ser desde uma peça de roupa


específica até, o mais comum, uma máscara.
Quanto mais forte o Imortal, mais difícil de
ocultar o seu núcleo, e ao ser desvinculado do
corpo por mais de 1 dias, ou terem seu núcleo
totalmente destroçado, o imortal lentamente
começa a desaparecer e perder forças, até
simplesmente parar de existir. Geralmente
esses seres andam com várias peças de roupa
e acessórios para confundir seus inimigos ao
buscarem seu núcleo.

Eles são como uma grande família, sempre conhecendo uns aos outros e
recebendo lições dos Anciões, que são Imortais com muito tempo de vida,
e claro, de luta. Todos os descendentes são vangloriados em respeito e
admiração pelo arquipélago do Palácio Pálido, e mesmo não sendo da
mesma espécie, muitos purgatoriais almejam algum dia se igualaram á
eles.

Uma vontade forte desses descendentes é sempre honrar aqueles aliados


que já se foram, já que além da determinação de vencer o combate e
proteger os mais fracos, também existe a vontade gigantesca de sempre
preservar o núcleo de seus aliados a todo custo, mesmo que tal aliado já
tenha encontrado seu destino no campo de batalha.

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Descendentes da Misericórdia/Eternos: Conhecidos pelo dialeto
“Uylan”, os Eternos são seres que receberam a chamada “Benção” após
terem sua vida ceifada. A benção realça as cicatrizes do corpo dos
Eternos, além de tornar seu sangue em um tom dourado, além de
embranquecer todo o corpo do alvo, desde os olhos até os fios de cabelo.
Esses seres são imortais, e podem vagar infinitamente pelo purgatório em
busca de uma única coisa que pode acalmar seu apelo pelo fim de sua
vida.

Seu nome, para enfim, poder descansar.


Após receber a benção, os Eternos
começam a ter sua existência apagada
de arquivos, documentos e lembranças,
até esse ser simplesmente parar de
existir, estando fadado a vagar pelo
mundo sem propósito, sem nome, e sem
lembranças.

Esse processo pode durar desde uma


semana, até séculos, o que faz esses
seres quase sempre enlouquecerem.
Qualquer um pode ser um eterno, desde
um purgatorial até um Humano com
infecção alta ou baixa. A morte encanta a
Deusa da Misericórdia, e se você chamar a atenção dela, a benção é sua.
A imortalidade desses seres é cruel, já que após ter seu corpo mutilado, a
carne desses seres lentamente volta, se regenera, e se torna um só
novamente. Queimados, destruídos, mutilados e até mesmo explodidos,
nada vai matar esses seres até descobrirem quem eles foram, tornando
eles soldados imortais e invencíveis, tendo apenas as cicatrizes de sua
vida antes da Benção.

Mas mesmo retendo a imortalidade, esses seres tem uma alta chance de
desenvolver doenças mentais, já que mesmo com o corpo sendo eterno,
sua mente não é. A dor ainda é sentida, e gritar não vai fazer ela parar.

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Descendentes do Medo/Pesadelos: Conhecidos como os
metamorfos do Purgatório, ou os “Yinean’s”, esses seres conseguem
modificar suas formas como bem compreenderem, para assumir papéis
de purgatoriais ou até mesmo de humanos. São ótimos diplomatas, além
de terem milhares se escondendo no mundo humano em busca de
comida e abrigo, passando sua vida inteira usando uma pele que não vos
pertence.

Às vezes, esses seres se passam por


humanos que já morreram, apenas para se
aproveitar de seu status e até mesmo para
abusar de suas lembranças. Mas essa
transformação não é desenfreada, já que é
necessário assistir a morte de algum ser
para assim se transformar nele. Caso o
próprio Yinean tenha causado a morte, as
lembranças desse ser começam a se instalar
na mente do assassino. Caso mate pessoas
demais, os Descendentes do Medo podem
acabar enlouquecendo e esquecendo que
são verdadeiramente.

Sua alimentação é bem similar aos humanos, se alimentando desde carne


de animais até vegetais, mas normalmente, esses seres não conseguem
caçar, já que são os piores purgatoriais no quesito Físico. Apenas a
inteligência desses seres pode fornecer sua sobrevivência.
Vivem indefinidamente, mas não são imunes à morte, já que seus corpos
por mais versáteis que seja, permanecem sendo frágeis, o que forneceu
desde estratégias de sobrevivência á esses seres, quanto um conjunto de
comportamentos para os Descendentes conseguirem se identificar na
multidão, já que sua população ultrapassa o marco dos Milhões, tanto
dentro quanto fora do purgatório.

“Sua vida é tão bela, tão próspera… Serei eternamente grato a


você, pequena presa, por me dar essa nova vida tão…
Inesquecível.”

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Mestiço.
Frutos da convivência entre purgatoriais e humanos, os Mestiços tem
desde as características humanas dominantes, até as características
purgatoriais bem aparentes. Ossos extras colocados na parte externa no
corpo ou marcas brilhantes por cima da pele são os melhores exemplos
dos diferenciais do “lado” purgatorial. Ás vezes essas diferenças são
pequenas e quase imperceptíveis, mas na grande maioria dos casos
(como na imagem) essas características são quase impossíveis de serem
escondidas.

Essa espécie se naturalizou tanto no


purgatório, onde é mais aceita e acolhida,
quanto no mundo humano, que
constantemente é caçada por ser uma
“Aberração da Natureza”, resultando em
protestos e violência generalizada contra
esses seres, no objetivo de “Extinguir” essa
raça.

Perante a essa realidade, os mestiços se


especializaram principalmente em controlar
seu lado purgatorial, ao qual eles chamam de
“Maldição”, já que esse lado fica cada vez
mais instável à medida que a integridade do mestiço se torna baixa.

Por isso, é possível notar que geralmente mestiços são constantes


fugitivos do mundo humano, tentando incessantemente encontrar seu
caminho para o Purgatório, que não se importa com aparências ou níveis
de ameaça. Mas ainda existem mestiços que tentam encontrar seu lugar
no mundo humano, ou como refugiados, ou como sobreviventes.

“Me veem como uma arma viva, feita de metal e morte.


Mas no fim, sou mais humana do que qualquer um deles.”

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Idade

Neste sistema, todos os personagens devem seguir uma faixa etária por
conta da narrativa, já que personagens com menos de 20 anos não tem
um corpo preparado para lidar com o purgatorial. O limite de idade é 75
anos, já que a partir dessa idade se torna inviável lutar contra o Parasita,
já que seu corpo começa a se tornar frágil e fraco. Mas ainda sim, você
recebe vantagens específicas pela faixa etária do seu personagem.

Entre 20 e 34 anos: Seu personagem recebe +10 de Vitalidade e +1


ponto de vantagem para distribuir entre as perícias Físicas (Página ?).

Entre 35 e 50 anos: Seu personagem recebe +2 de Stamina e +1 ponto


de vantagem para distribuir entre as perícias Técnicas.

Entre 51 e 75 anos: Seu personagem recebe +10 de Sanidade e +1 ponto


de vantagem para distribuir entre as perícias Psicológicas.

A contagem de idade de purgatoriais e humanos é similar, com a


diferença de que purgatoriais vivem no máximo 130 anos, além de que os
dias no purgatório duram 48 horas, então, tecnicamente, purgatoriais
vivem 260 anos, mas geralmente trabalhamos com a idade “contabilizada”
pelos humanos.

Claro, dependendo de mestre para mestre, os personagens podem ser


mais jovens ou mais velhos do que o esperado pelo sistema, já que essa
mecânica foi feita para diversificar a idade dos personagens das
campanhas.

Nosso personagem de teste, Yioken, terá 27 Anos, dando mais chance do


espadachim sobreviver durante combates mortais, por conta do aumento
de Vitalidade e do aumento de vantagem física.

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Antecedentes

Todo personagem tem um passado, seja ele sombrio ou distante, familiar


e esperançoso, ou até mesmo um passado calmo e sorridente. Seja qual
for esse passado, conhecimentos foram obtidos dele, o que pode
ocasionar no aumento de algumas perícias do seu personagem.

Se no passado, seu personagem foi um grande piloto de fuga, ele vai


receber vantagens extras em condução, por exemplo. Os antecedentes
são diversos em níveis extremos, e cabe ao mestre decidir quais
vantagens serão recebidas pelos antecedentes. Tente manter o tamanho
da sua história razoável, nem muito grande, e nem muito pequeno. Dessa
maneira é confortável para o seu mestre ler, e também de compreender
os acontecimentos mais importantes da vida do seu personagem.

Desenvolva a história do seu personagem tentando demonstrar onde ele


será bom, e onde ele será ruim, mas se lembre de responder uma
pergunta imprescindível: “O que motiva o seu personagem?” . Responder
essa pergunta será o seu maior foco ao criar os antecedentes do seu
personagem.

Para exemplificar melhor, abaixo tem os antecedentes do nosso


personagem de teste, Yioken (Página 16), para você conseguir usar como
Base na sua criação de Antecedentes.

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“Yioken foi nasceu em uma familia de caçadores de purgatoriais,
dissecando seus corpos e retirando órgãos que podem ser usados em
transplantes, como rins de pulmões. Yioken foi criado vendo como sua
família caçava criaturas horrendas e dava seus órgãos em troca de
dinheiro, para viver. Seu contato com essa realidade foi crescendo, até
que finalmente, Yioken pode realizar sua primeira caça com 18 anos, que
já foi um grande sucesso.

Ao fazer 25 anos, a informação de que purgatoriais eram criaturas


inteligentes como os humanos começou a se instalar na cabeça de Yioken,
à medida que as criaturas usavam até mesmo armas contra o caçador.
Após anos de luta, Yioken encontrou sua última caça. Uma purgatorial que
assim como ele, era uma caçadora, falante de um idioma incompreensível
para o caçador. A luta entre os dois foi longa e destrutiva, mas enfim, o
caçador foi o último de pé, após dar um corte no pescoço da caçadora.
Ela agonizou até finalmente soltar seu último suspiro, e durante todo esse
processo a mesma puxava as vestes de Yioken, implorando piedade,
ajuda, até mesmo perdão. Mesmo não compreendendo o que ela dizia, o
caçador sabia que ela não lutava afim de conseguir dinheiro, comida ou
prosperidade.

Sua vítima se debateu até o último segundo pela própria vida, não como
uma criatura sem emoções, mas sim como um humano. Como forma de
respeito e admiração, o caçador obteve enfim a katana da purgatorial.
Yioken percebeu que matar purgatoriais era algo tão desumano quanto
matar a sua própria espécie, e ao tentar convencer sua família do mesmo,
ele foi exilado como traidor, e quase morto pelos seus irmãos. A luta durou
menos de 5 minutos, deixando o caçador com todas essas cicatrizes pelo
corpo. Hoje ele busca exterminar o restante de sua família, para enfim
pagar por todas as vidas inocentes que ele retirou apenas pelo dinheiro de
seus corpos.”

“Minha vida é temporária, mas minha honra será eterna.”

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