Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Objetivos:
Adaptações do organismo
materno à gestação Que a(o) aluna(o) ao final da conferência sinta-se
motivado para buscar conhecimentos sobre as
adaptações do organismo materno a gestação.
Introdução
1
26/06/2017
Sistema Cardiovascular
Vagina e Períneo Coração:
– eleva-se e roda anteriormente para a esquerda (devido o
aumento uterino que faz com que o diafragma se desloque para
• Sinal de Jacquemier ou de Chadwiick – coloração cima);
violácea da vulva (8ª semana) – hipertrofia leve, secundária ao aumento do volume sanguíneo
• Sinal de Osiander – percepção dos batimentos do pulso vaginal circulante e ao débito cardíaco aumentado – volta ao normal após
(8ª semana) o parto;
• Sinal de Kluge - coloração violácea da mucosa vaginal (8ª semana) – a freqüência cardíaca aumenta de 10 a 15 bpm entre a 14ª a 20ª
• Sinal de Puzos – rechaço fetal intra-uterino (impulsiona-se o feto semana, persistindo elevada até o termo. Podem ocorrer
com os dedos no fundo-de-saco posterior (14ª semana) ; palpitações.
•pH ácido - produção de ácido lático a partir da ação dos
Vasos sanguíneos:
lactobacilos no glicogenio do epitélio vaginal.
– Redução da resistência vascular periférica.
Sandra L. Felix de Freitas 11 Sandra L. Felix de Freitas 12
2
26/06/2017
O aumento do volume sanguíneo resulta do aumento de: plasma ▪ fator de Christmas (IX),
(40 a 50%) e da massa eritrocitária (30 a 33%). ▪ fator de Stuart (X)
• A hemodiluição (anemia fisiológica) ocorre porque o aumento da
massa eritrocitária é menor que a expansão plasmática.
• taxa de leucócitos durante o 2º trim e atinge pico no 3º.
diminuindo a chance de sangramento e aumentando a sua
• taxa de plaquetas ligeiramente - hemodiluição e de consumo vulnerabilidade à trombose.
Sandra L. Felix de Freitas 13 Sandra L. Felix de Freitas 14
SISTEMA CARDIOVASCULAR
HIPOTENSÃO ORTOSTÁTICA - redução excessiva da pressão arterial
Pressão arterial
ao adotar-se a posição vertical, o que provoca uma diminuição do
A pressão arterial sistêmica diminui ligeiramente durante a fluxo sanguíneo ao cérebro podendo levar ao desmaio.
gravidez, logo desde as primeiras semanas. A pressão arterial
sistólica varia pouco, mas a diastólica reduz-se 5 a 10mmHg SÍNDROME DA HIPOTENSÃO SUPINA:
entre as 12 e 26 semanas. Ao aproximar-se o termo, é habitual em decúbito dorsal a veia cava inferior
os valores de pressão arterial regressarem aos níveis observados e aorta abdominal são comprimidas
pelo útero gravídico, ocorrendo do
antes da gravidez.
retorno venoso, do débito cardíaco
Obs.: verificar sempre no mesmo
hipotensão acompanhada por tontura
braço e com a mulher na mesma (lipotimia ou lipotímia), desfalecimeto,
posição pois ocorrem variações: palidez, taquicardia, sudorese e
- sentada – mais alta náusea.
- DL – mais baixa Orientação – manter gestante em
decúbito lateral, preferencialmente
esquerdo. Sandra L. Felix de Freitas
Sandra L. Felix de Freitas 15
3
26/06/2017
- morfológicas
Alterações anatômicas As mudanças na estrutura renal - por ação
• No início da gravidez, ocorre dilatação capilar, levando a edema hormonal (estrogênio e progesterona), da pressão
da nasofaringe, laringe, traquéia e brônquios a voz modifica- exercida pelo útero aumentado e do aumento do
volume de sangue.
se, respiração pelo nariz torna-se mais difícil.
• O diafragma desloca-se cerca de 4 cm para cima à medida que a Pelve renal e ureteres – dilatação a partir da 10ª
gestação avança a respiração torácica substitui a abdominal. semana – levando a estase urinária –
aumentando a suscetibilidade à ITU.
• A gestante respira mais profundamente – aumentando o
volume corrente Polaciúria – início e final da gestação
• Freqüência respiratória ligeiramente maior.
4
26/06/2017
Sistema Endócrino
• Pela ação da progesterona a atividade
peristáltica e o tono diminuem, provocando Hormônios da gravidez
a regurgitação esofágica, esvaziamento Gonadotrofina coriónica humana (hCG) - secretada pelo
gástrico lento, podendo levar à indigestão sinciciotrofoblasto e pode ser detectada no sangue ou urina 9 dias
ácida ou azia (pirose) e à constipação após a concepção.
intestinal. Funções: manter o corpo lúteo além da sua duração habitual,
• Desconforto abdominal: pressão ou peso estimular a síntese de relaxina e inibe a secreção hipofisária de LH.
pélvico, tensão dos ligamentos redondos,
flatulência, distensão, cólicas intestinais ou
contrações uterinas.
• Aumento do fluxo sanguíneo na pelve,
aumentando pressão venosa, contribuindo
para o aparecimento de hemorróidas.
Sandra L. Felix de Freitas 25 Sandra L. Felix de Freitas 26
Progesterona
Estrogênios
É o hormônio mais diretamente responsável pela instalação e A produção de estrógenos (estradiol,
manutenção do feto na cavidade uterina. estrona e estriol) aumenta na gravidez.
Funções: estimular a secreção de nutrientes pela trompa de Funções: estimular o crescimento contínuo
Falópio e glândulas endometriais por forma a manter o zigoto; do miométrio uterino e o desenvolvimento
manter a decídua uterina, inibir as contrações uterinas, do sistema ductal mamário, do qual se
estimular o desenvolvimento dos sacos alveolares mamários, desenvolverão os alvéolos, aumentar a
inibir respostas imunológicas maternas a antígenos fetais e síntese de progesterona.
estimular o centro respiratório da grávida, aumentando a
Inicialmente são sintetizados pelo corpo
ventilação.
lúteo sob a ação da hCG, papel que mais
A placenta começa a sintetizar progesterona por volta 6ª tarde é assumido pela placenta.
semana e na 12ª semana segrega quantidades suficientes para
substituir o corpo lúteo.
Sandra L. Felix de Freitas 27 Sandra L. Felix de Freitas 28
5
26/06/2017
FASE DIABETOGÊNICA
6
26/06/2017
Sistema Músculo-Esquelético
A hiperpigmentação é estimulada pelo
hormônio melanotropina da hipófise
anterior.
Angiomas do tipo aranhas vasculares – A inspeção geral inclui o aspecto
estrogênio da gestante, que no dizer de
Briquet tem...
Estrias - resultam de alterações do tecido
conjuntivo, designadamente maior retenção ...o rosto cheio, olhar vivo,
respiração ativa, cintura alargada
hídrica, por ação estrogênica.
e curva dos quadris aumentada.
Sistema Músculo-Esquelético
O volume uterino aumenta
- Embebição gravídica: ligamentos mais relaxados, acentuando a lordose lombar.
particularmente os relacionados com a bacia. Tal deve-se à
ação do hormônio relaxina.
• O centro de gravidade - deslocado
A diminuição da rigidez das articulações sacro-ilíacas,
para os membros inferiores,
sacrococcígeas e sínfise púbica permite movimentos de
báscula durante o parto. A sínfise púbica alarga-se 3 a 4mm. • a grávida tenta compensar com
flexão anterior do pescoço e
inclinando anteriormente a cintura
escapular,
• resultando numa tração dos nervos
cubital e mediano.
7
26/06/2017
DE: Náusea, evidenciada por (NANDA, 2017) DE: Risco para nutrição desequilibrada, mais que as necessidades corporais,
PE: relacionadas à gestação (NANDA, 2017).
PE:
DE: Eliminação urinária prejudicada, evidenciada por relato de polaciúria, DE: Constipação, evidenciada por relato de fezes endurecidas, relacionadas à
relacionada à gravidez (NANDA, 2017). gravidez (NANDA, 2017).
PE: PE:
8
26/06/2017
DE: Mastalgia atual (CIPE, 2017) DE: Risco de Infecção, relacionado à barreiras primárias inadequadas
PE: (ectopia) (NANDA, 2017).
PE:
DE: Risco de trauma, relacionado à possibilidade de hipotensão ortostática DE: Edema atual em MMII (CIPE, 2017)
(NANDA, 2017) PE:
PE:
9
26/06/2017
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
“Não basta ensinar ao homem uma especialidade, porque se tornará
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de assim uma máquina utilizável e não uma personalidade. É necessário
Atenção Básica. Atenção ao pré-natal de baixo risco [recurso eletrônico] /
que adquira um sentimento, um senso prático daquilo que vale a pena
Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção
Básica. – 1. ed. rev. – Brasília : Editora do Ministério da Saúde, 2013. ser empreendido, daquilo que é belo, do que é moralmente correto.”
Albert Einstein
FREITAS, S.L.F de. Ocorrência das vulvovaginites em gestantes de baixo risco.
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Centro
de Ciências Biológicas e da Saúde. Campo Grande, MS, 2008.
LOWDERMILK, D. L.; PERRY, S. E.; BOBAK, I.M. O cuidado em enfermagem
materna. 5 ed. Porto Alegre: Artmed, 2002.
10