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26/06/2017

Objetivos:
Adaptações do organismo
materno à gestação Que a(o) aluna(o) ao final da conferência sinta-se
motivado para buscar conhecimentos sobre as
adaptações do organismo materno a gestação.

Introdução

Com a nidação do ovo é preciso


que o organismo da grávida se
altere, adaptando-se para
permitir sua vivência e nutrição
adequadas.
Profª Msc. Sandra L. Felix de Freitas
Sandra L. Felix de Freitas 2

Para uma adequada atenção pré-natal faz-se


As exigências da prenhez atingem os limites da capacidade
necessário conhecer as
funcional de muitos órgãos maternos, podendo fazer despontar,
ADAPTAÇÕES/ALTERAÇÕES DO ou agravar, quadros patológicos preexistentes.
ORGANISMO MATERNO À GESTAÇÃO.
Algumas alterações são percebidas e
A gravidez  série de alterações anatômicas, fisiológicas e
referidas pela gestante durante a
bioquímicas no organismo materno, que resultam em sinais e
entrevista...
sintomas próprios.

Alguns destes sinais e sintomas despertam apenas curiosidade,


outros podem causar sintomas desagradáveis.

Pré-natalista: orientar, encaminhar, apoiar e tranquilizar a


gestante para que a gravidez transcorra de maneira agradável. ...Outras são observadas durante o exame
físico
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Adaptações do aparelho reprodutor feminino


AS PRIMEIRAS ALTERAÇÕES MATERNAS
Mamas
O organismo materno sofre modificações para receber, nutrir, • Congestão mamária (com 5 semanas)
proteger e para oportuna expulsão do concepto.
• Hiperpigmentação da aréola primária (8ª sem)
• Rede de Haller – aumento da circulação venosa
• Amenorréia secundária da mama (16ª sem)
• Náuseas e vômitos (que ocorrem mais • Pré-colostro (16ª sem)
freqüentemente pela manhã) - acometem 1/3 • Tubérculos de Montgomery;
das grávidas, cessando no final da 12ª semana; • Sinal de Hunter –20ª sem

• Tonturas, sonolência, alterações do apetite,


perversões do apetite e constipação intestinal;
•Polaciúria

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Útero • Sinal de Holzapfel – o útero, por volta da 8ª semana, adquire


consistência cística, elástico-pastosa
• Ocorre hipertrofia e dilatação, aumento do
tamanho e número de vasos sanguíneos e linfáticos. • Sinal de Hegar – amolecimento do
istmo
• Alterações no tamanho, forma e posição – piriforme
inicialmente, depois o corpo e fundo assumem uma • Sinal de Goodel – amolecimento do colo,
configuração globular no fim do terceiro mês de consistência cística, elástico-pastosa (8ª
gestação. semana)

• Sinal de Mac Donald – em virtude do amolecimento do


• Alterações da contratilidade istmo, o útero exagera sua anteversoflexão.

Do primeiro trimestre em diante, o útero sofre


contrações irregulares, geralmente indolores – • Sinal de Piskacek ou Braum-Fernwald –
Braxton Hicks - esporádicas e imprevisíveis, assimetria do corpo uterino (8ª semana)
geralmente arrítmicas
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• Sinal de Nobile-Budin – • Surgem frequentemente as ectopias ou


preenchimento dos fundos-de-sacos ectrópios.
vaginais (8ª semana)
ectrópio - eversão do epitélio colunar sobre a
ectocérvice, extensa área avermelhada na
ectocérvix ao redor do orifício cervical
externo.
• Logo após a concepção, forma-se um tampão de muco muito
espesso (rolha de Schroeder) que leva à obstrução do canal
cervical. No início do trabalho de parto, este tampão mucoso é
Ovários e Trompas de Falópio - A ovulação cessa durante a
expulso.
gravidez e o recrutamento e maturação de novos folículos são
• A redução de consistência do muco cervical e aumento do suspensos.
conteúdo vaginal deve-se à estimulação cervical pelo estrogênio e
progesterona.

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Sistema Cardiovascular
Vagina e Períneo Coração:
– eleva-se e roda anteriormente para a esquerda (devido o
aumento uterino que faz com que o diafragma se desloque para
• Sinal de Jacquemier ou de Chadwiick – coloração cima);
violácea da vulva (8ª semana) – hipertrofia leve, secundária ao aumento do volume sanguíneo
• Sinal de Osiander – percepção dos batimentos do pulso vaginal circulante e ao débito cardíaco aumentado – volta ao normal após
(8ª semana) o parto;
• Sinal de Kluge - coloração violácea da mucosa vaginal (8ª semana) – a freqüência cardíaca aumenta de 10 a 15 bpm entre a 14ª a 20ª
• Sinal de Puzos – rechaço fetal intra-uterino (impulsiona-se o feto semana, persistindo elevada até o termo. Podem ocorrer
com os dedos no fundo-de-saco posterior (14ª semana) ; palpitações.
•pH ácido -  produção de ácido lático a partir da ação dos
Vasos sanguíneos:
lactobacilos no glicogenio do epitélio vaginal.
– Redução da resistência vascular periférica.
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Volume sanguíneo • Aumento de vários fatores da coagulação:


Aumenta cerca de 20% durante a gravidez. ▪ fibrinogênio (fator I),
• A hipervolemia inicia-se no 1ºtrimestre, a partir da 6ª a 8ª ▪ protrombina (fator II),
semana, aumenta rapidamente no segundo, diminui a velocidade ▪ pro-convertina (fator VII),
de aumento no terceiro trimestre e estabiliza em torno das 32-34
semanas ▪ fator anti-hemofílico (VIII),

O aumento do volume sanguíneo resulta do aumento de: plasma ▪ fator de Christmas (IX),
(40 a 50%) e da massa eritrocitária (30 a 33%). ▪ fator de Stuart (X)
• A hemodiluição (anemia fisiológica) ocorre porque o aumento da
massa eritrocitária é menor que a expansão plasmática.
• taxa de leucócitos  durante o 2º trim e atinge pico no 3º.
diminuindo a chance de sangramento e aumentando a sua
• taxa de plaquetas  ligeiramente - hemodiluição e  de consumo vulnerabilidade à trombose.
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SISTEMA CARDIOVASCULAR
HIPOTENSÃO ORTOSTÁTICA - redução excessiva da pressão arterial
Pressão arterial
ao adotar-se a posição vertical, o que provoca uma diminuição do
A pressão arterial sistêmica diminui ligeiramente durante a fluxo sanguíneo ao cérebro podendo levar ao desmaio.
gravidez, logo desde as primeiras semanas. A pressão arterial
sistólica varia pouco, mas a diastólica reduz-se 5 a 10mmHg SÍNDROME DA HIPOTENSÃO SUPINA:
entre as 12 e 26 semanas. Ao aproximar-se o termo, é habitual em decúbito dorsal a veia cava inferior
os valores de pressão arterial regressarem aos níveis observados e aorta abdominal são comprimidas
pelo útero gravídico, ocorrendo  do
antes da gravidez.
retorno venoso, do débito cardíaco 
Obs.: verificar sempre no mesmo
hipotensão acompanhada por tontura
braço e com a mulher na mesma (lipotimia ou lipotímia), desfalecimeto,
posição pois ocorrem variações: palidez, taquicardia, sudorese e
- sentada – mais alta náusea.
- DL – mais baixa Orientação – manter gestante em
decúbito lateral, preferencialmente
esquerdo. Sandra L. Felix de Freitas
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Porque a pressão arterial diminui?


Débito cardíaco
DC = Vm x FC
é o produto do volume de ejeção pela freqüência
PA = DC x RP cardíaca.
Ele aumenta cerca de 40% durante a gravidez,
Pressão venosa atingindo um valor máximo às 20-24 semanas e torna-
se muito sensível a alterações posturais.
A pressão venosa da metade
Esta sensibilidade aumenta ao longo da gravidez visto
superior do corpo não sofre
que o útero comprime a veia cava inferior, diminuindo
alterações significativas
o retorno venoso.
durante a gravidez, mas, nas
extremidades inferiores,
aumenta significativamente,
sobretudo na posição supina,
ortostática e sentada.
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Consequências da anemia em gestantes:


Metabolismo do Ferro
▪ > risco de morbidade e mortalidade fetal e materna;
apesar da absorção do ferro estar elevada durante a
gestação, a quantidade de ferro absorvido pela dieta, ▪ > risco ao parto prematuro e baixo peso ao nascer, (infecções
junto com a mobilização do ferro estocado, seria e mortalidade infantil).
insuficiente em geral para suprir a demanda imposta pelo
processo gravídico.

Anemia Ferropriva em gestantes – ocorre devido ao


aumento das necessidades do mineral decorrente da rápida
expansão da massa celular vermelha e pelo crescimento
acentuado dos tecidos.

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Sistema Respiratório Alterações no sistema urinário

- morfológicas
Alterações anatômicas As mudanças na estrutura renal - por ação
• No início da gravidez, ocorre dilatação capilar, levando a edema hormonal (estrogênio e progesterona), da pressão
da nasofaringe, laringe, traquéia e brônquios  a voz modifica- exercida pelo útero aumentado e do aumento do
volume de sangue.
se, respiração pelo nariz torna-se mais difícil.
• O diafragma desloca-se cerca de 4 cm para cima à medida que a Pelve renal e ureteres – dilatação a partir da 10ª
gestação avança a respiração torácica substitui a abdominal. semana – levando a estase urinária –
aumentando a suscetibilidade à ITU.
• A gestante respira mais profundamente – aumentando o
volume corrente Polaciúria – início e final da gestação
• Freqüência respiratória ligeiramente maior.

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Alterações funcionais Sistema Gastrointestinal

• O tempo de filtração glomerular e o fluxo de plasma renal • Apetite – oscila


aumentam no início da gravidez.
• Náuseas com ou sem vômitos – mais freqüentes no período
• A função renal é mais eficiente na posição de decúbito lateral matutino – desaparece no final do 1º trimestre.
e menos da supina – o DL amplia a perfusão renal, aumenta a
• Perversões do apetite
eliminação urinária e diminui edema.
• Boca – epúlide – gengivas hiperêmicas, esponjosas e
• Reabsorção tubular prejudicada – podendo ocorrer glicosúria edemaciadas, com tendência a sangramento (ação estrogênica)
– aumenta risco para ITU.
• Ptialismo

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Sistema Endócrino
• Pela ação da progesterona a atividade
peristáltica e o tono diminuem, provocando Hormônios da gravidez
a regurgitação esofágica, esvaziamento Gonadotrofina coriónica humana (hCG) - secretada pelo
gástrico lento, podendo levar à indigestão sinciciotrofoblasto e pode ser detectada no sangue ou urina 9 dias
ácida ou azia (pirose) e à constipação após a concepção.
intestinal. Funções: manter o corpo lúteo além da sua duração habitual,
• Desconforto abdominal: pressão ou peso estimular a síntese de relaxina e inibe a secreção hipofisária de LH.
pélvico, tensão dos ligamentos redondos,
flatulência, distensão, cólicas intestinais ou
contrações uterinas.
• Aumento do fluxo sanguíneo na pelve,
aumentando pressão venosa, contribuindo
para o aparecimento de hemorróidas.
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Progesterona
Estrogênios
É o hormônio mais diretamente responsável pela instalação e A produção de estrógenos (estradiol,
manutenção do feto na cavidade uterina. estrona e estriol) aumenta na gravidez.
Funções: estimular a secreção de nutrientes pela trompa de Funções: estimular o crescimento contínuo
Falópio e glândulas endometriais por forma a manter o zigoto; do miométrio uterino e o desenvolvimento
manter a decídua uterina, inibir as contrações uterinas, do sistema ductal mamário, do qual se
estimular o desenvolvimento dos sacos alveolares mamários, desenvolverão os alvéolos, aumentar a
inibir respostas imunológicas maternas a antígenos fetais e síntese de progesterona.
estimular o centro respiratório da grávida, aumentando a
Inicialmente são sintetizados pelo corpo
ventilação.
lúteo sob a ação da hCG, papel que mais
A placenta começa a sintetizar progesterona por volta 6ª tarde é assumido pela placenta.
semana e na 12ª semana segrega quantidades suficientes para
substituir o corpo lúteo.
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Lactogénio placentário humano (hPL) ou


Relaxina - segregada pelo corpo lúteo e
somatomamotrofina coriónica humana
possivelmente pela decídua uterina.
(hCS) é sintetizado pelo sinciciotrofoblasto
e pode ser detectado logo na 4ª semana. Função: relaxante miometrial e:
Funções: atividade lactogênica, estimula a • amolecimento e apagamento do colo uterino,
lipólise materna e antagoniza as ações da • alterações na pressão arterial,
insulina no metabolismo glicídico. • alterações na mobilidade da sínfise púbica,
• regulação da lactação e
• remodelagem dos tecidos conjuntivos.
Na 1ª fase funciona como calmante uterino e em
Prolactina fases mais tardias pode facilitar a passagem do feto
pelo canal do parto.
A principal função deste hormônio na
gestante é assegurar a lactação.
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Outras alterações hormonais da gravidez


- secreção de insulina aumenta até um pico no 3º trimestre. Há Alterações metabólicas
ainda uma resistência periférica à ação da insulina. ocorrem em resposta ao rápido crescimento
- hipófise aumenta cerca de 135% durante a gravidez; do feto e placenta e são numerosas e
profundas. Deste ponto de vista, a gravidez
- volume aumentado da tireóide: hiperplasia e vascularização.
pode ser dividida em 2 fases:
• durante a 1ª metade da gravidez - a mulher
encontra-se num estado anabólico e o
produto de concepção não representa uma
sobrecarga nutricional grave;

• na 2ª metade da gravidez (especialmente no terço final) - os


Hiperpigmentação da aréola, abdome e face – dá-se pela pesos fetal e placentário aumentam aceleradamente elevando as
hiperfunção do lobo anterior da hipófise – as células basófilas necessidades calóricas à custa do metabolismo materno.
secretam hormônio melanotrófico.
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Aumento ponderal Metabolismo glicídico


a maior parte do aumento ponderal é
A gravidez é um estado potencialmente diabetogênico - a diabetes
atribuível ao útero e seus conteúdos,
mellitus pode agravar neste período ou surgir neste contexto o DG.
mamas e aumento do volume plasmático
e fluido intersticial. Na a 1ª metade da gestação, há necessidade fetal de glicose para
Em média, a grávida aumenta cerca de crescer e se desenvolver.
12.5K, dando-se a maior parte deste
aumento nos dois últimos trimestres. Para preencher sua necessidade de “combustível” o feto 
consome estoque de glicose materna,  a capacidade da
gestante de sintetizar a glicose ao sequestrar seus aminoácidos
Metabolismo da água
 levando-a a valores de glicemia baixo
O aumento de retenção hídrica é uma
alteração fisiológica normal da
gravidez. FASE HIPOGLICÊMICA
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Na 2ª metade  placenta cresce e produz quantidades


Sistema Tegumentar
progressivamente maiores de hormônios (hPL, estrogênio e
progesterona) A maioria das grávidas apresenta um aumento de pigmentação
cutânea, mais evidente em determinadas regiões corporais: a
Hormônios placentários maior produção de cortisol pelas adrenais
face e pescoço (manchas hiperpigmentares que se designam por
cloasma gravídico e que regridem, pelo menos parcialmente,
antagonismo à insulina
após o parto), sinal de Hunter, linea nigra (escurecimento da
linha alba) e vulva.
 glicemia estimula pâncreas aumentar produção de
insulina

caso não seja capaz – DG


a disposição do feto

FASE DIABETOGÊNICA

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Sistema Músculo-Esquelético
A hiperpigmentação é estimulada pelo
hormônio melanotropina da hipófise
anterior.
Angiomas do tipo aranhas vasculares – A inspeção geral inclui o aspecto
estrogênio da gestante, que no dizer de
Briquet tem...
Estrias - resultam de alterações do tecido
conjuntivo, designadamente maior retenção ...o rosto cheio, olhar vivo,
respiração ativa, cintura alargada
hídrica, por ação estrogênica.
e curva dos quadris aumentada.

Estrias ou víbices - representam soluções de continuidade


da derme, de cor avermelhada ou arroxeada no início
(estrias violáceas) e depois esbranquiçadas (estrias
nacaradas).
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Sistema Músculo-Esquelético
O volume uterino aumenta
- Embebição gravídica: ligamentos mais relaxados, acentuando a lordose lombar.
particularmente os relacionados com a bacia. Tal deve-se à
ação do hormônio relaxina.
• O centro de gravidade - deslocado
A diminuição da rigidez das articulações sacro-ilíacas,
para os membros inferiores,
sacrococcígeas e sínfise púbica permite movimentos de
báscula durante o parto. A sínfise púbica alarga-se 3 a 4mm. • a grávida tenta compensar com
flexão anterior do pescoço e
inclinando anteriormente a cintura
escapular,
• resultando numa tração dos nervos
cubital e mediano.

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A queixa mais frequente associada a


Diagnósticos de Enfermagem /
estas alterações é a lombalgia que Prescrição de Enfermagem
poderá ser minimizada numa grávida
com melhor condicionamento físico.
DE: Menstruação anormal (CIPE, 2017).
PE:
solicitar Teste Imunológico de Gravidez;
Orientar a cliente para colher a primeira urina da manhã;
Agendar retorno para avaliar o resultado de exame.
Se amenorréia há mais de 10 semanas, tentar auscultar os BCFs com Sonnar Doppler.

Shakespeare denominou esta postura


"orgulho da gravidez".
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DE: Conhecimento deficiente sobre a importância do pré-natal,


evidenciada por verbalização do problema e seguimento Conhecimento deficiente sobre o preparo das mamas para o
aleitamento, caracterizada por verbalização do problema,
inadequado de instruções, relacionado à falta de exposição, falta relacionado à falta de exposição, falta de familiaridade com os
de familiaridade com os recursos de informações e interpretação recursos de informações.
errônea de informações.
PE: PE:
1. Orientar a gestante sobre a importância das consultas regulares no 1. Instruir a gestante quanto à necessidade do uso de sutiã de
pré-natal durante toda a gravidez; sustentação firme, com alças largas para equilibrar o peso das
2. Estimular a participação do cônjuge ou outra pessoa significativa mamas (RICCI, 2008);
nas consultas do pré-natal; 2. Esclarecer que o uso de sabonete, creme ou pomadas no mamilo
3. Incentivar a gestante a comparecer em, no mínimo, seis consultas deve ser evitado (BRASIL, 2005);
de pré-natal, conforme preconiza o Ministério da Saúde (BRASIL, 3. Estimular a cliente a enxaguar a área mamilar com água pura
2005); durante o banho, para mante-la limpa (RICCI, 2008);
4. Explicar para a gestante sobre os exercícios e repousos adequados 4. Recomendar banhos de sol nas mamas por 15 minutos, até 10
durante a gestação - Uma boa preparação corporal e emocional horas da manhã ou após as 16 horas, ou banhos de luz com
capacita a mulher a vivenciar a gravidez com prazer, permitindo-lhe lâmpadas de 40 watts, a cerca de um palmo de distância (BRASIL,
desfrutar plenamente seu parto (BRASIL, 2005); 2005);
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DE: Náusea, evidenciada por (NANDA, 2017) DE: Risco para nutrição desequilibrada, mais que as necessidades corporais,
PE: relacionadas à gestação (NANDA, 2017).
PE:

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DE: Eliminação urinária prejudicada, evidenciada por relato de polaciúria, DE: Constipação, evidenciada por relato de fezes endurecidas, relacionadas à
relacionada à gravidez (NANDA, 2017). gravidez (NANDA, 2017).
PE: PE:

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DE: Mastalgia atual (CIPE, 2017) DE: Risco de Infecção, relacionado à barreiras primárias inadequadas
PE: (ectopia) (NANDA, 2017).
PE:

Sandra L. Felix de Freitas 49 Sandra L. Felix de Freitas 50

DE: Risco de trauma, relacionado à possibilidade de hipotensão ortostática DE: Edema atual em MMII (CIPE, 2017)
(NANDA, 2017) PE:
PE:

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DE: Dispepsia atual (CIPE, 2017) OUTRAS QUEIXAS FREQUENTES NA GESTAÇÃO


PE:

 Astenia e desmaios  Lombalgia


 Cólicas, flatulência e constipação  Cefaléia
intestinal  Epúlide (sangramento nas
 Hemorróidas gengivas)
 Corrimento vaginal  Varizes
 Queixas urinárias  Câimbras
 dispnéia  Cloasma gravídico
 Estrias

Ver apostila com diagnósticos e intervenções de enfermagem

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
“Não basta ensinar ao homem uma especialidade, porque se tornará
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de assim uma máquina utilizável e não uma personalidade. É necessário
Atenção Básica. Atenção ao pré-natal de baixo risco [recurso eletrônico] /
que adquira um sentimento, um senso prático daquilo que vale a pena
Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção
Básica. – 1. ed. rev. – Brasília : Editora do Ministério da Saúde, 2013. ser empreendido, daquilo que é belo, do que é moralmente correto.”
Albert Einstein
FREITAS, S.L.F de. Ocorrência das vulvovaginites em gestantes de baixo risco.
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Centro
de Ciências Biológicas e da Saúde. Campo Grande, MS, 2008.
LOWDERMILK, D. L.; PERRY, S. E.; BOBAK, I.M. O cuidado em enfermagem
materna. 5 ed. Porto Alegre: Artmed, 2002.

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