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Resumo – Klein

Hybris – voracidade

Hybris Oral = fantasias de sucção vampiresca, incorporação oral do objeto de amor

Hybris Sádico-anal = excesso de possessividade, desejo de controle, domínio muscular sobre o


objeto (dinamismo esfincteriano – fantasia de estreitas/estrangular o objeto).

Hybris uretral e fálica = ambição desmesurada, competição, fantasia de penetrar, triunfar,


tomar posse, triunfar sobre o objeto.

Édipo precoce (desde a etapa oral) – primeira triangulação: criança + mãe (experiencia de
satisfação) + ausência desta (experiência de frustração).

Relação de objeto parcial = primeiros meses de vida – objeto de amor a ser consumido – mãe
não é conhecida como sujeito autônomo. Neste momento, existe a angústia paranoide,
persecutória. Como o bebê projeta o sadismo, tem medo de recebe-lo de volta. Há um medo
de aniquilamento.

Quando passa a ver o objeto de amor de forma autônoma, passa a sentir a angústia depressiva,
o medo de ter feito danos ao objeto de qual depende, é uma angústia depressiva, dotada de
culpa. Agora o sadismo encontra-se balanceado por sentimentos amorosos – ambivalência. Há
um desejo de reparação, de aspiração à manutenção do bem-estar do objeto de amor (defesas
maníacas).

*Defesas maníacas = desejo de anular todos os ataques sádicos realizados na posição


paranoide.

É necessário que essas defesas maníacas sejam SUPERADAS pelas atividades REAIS de
reparação. Possibilidade de sublimação mais desenvolvida = uma coisa é negar magicamente
os estragos, e outra é efetivamente aceitar a responsabilidade pelo dano, procurando reduzi-
los ou remediá-los.

*micromania = diminuir o valor/importância do objeto amado. Megalomania = ampliar ao


máximo a capacidade de restaurar o dano feito pelo sadismo.

Elaboração da posição depressiva = introjeção do objeto bom. É decisivo para determinar a


capacidade de amar e de reparar. Faz-se uma reserva de interna de experiências de prazer,
sendo capaz de tolerar estados transitórios de privação ou frustração.

Imagos = objetos internos maus e bons (phantasia, realidade psíquica) - x objetos externos.
Para Klein, ao contrário de Freud, essa phantasia é inata, filogenética.

Negação da realidade psíquica – meio de defesa poderoso para evitar sofrimento psiquico=
fechamento sobre si mesmo do aparelho psíquico – sujeito não projeta nem introjeta, não
desenvolve o funcionamento psíquico – psicoses graves são assim.

Excisão – outro mecanismo de defesa contra a realidade psíquica. Diante de um acréscimo


insuportável de estímulos e tensões, o sujeito expulso tudo que prova incomodo, no entanto,
inibe sua capacidade de elaborar a realidade psíquica. A posição esquizo-paranoide é assim,
nega, projeta e expulsa a realidade psíquica, mas gera angustias, posto que o ambiente se
torna ameaçador e persecutório. Ex. crianças com muitos medos. Predomina nessa posição a
desconfiança na bondade de objetos.

A saúde psíquica e a capacidade de amar dependem de uma boa elaboração da posição


depressiva, lidando com a ambivalência fundamental, ou seja, uma introjeção consolidada do
objeto bom, de forma a tolerar a frustração. A posição depressiva cria algo como um “espaço
psíquico” onde os conflitos poderão ser enfrentados.

Desmame = primeira emergência da posição depressiva. Luto. Como o bebê internaliza os pais.
Ao ser amado e sentir prazer junto a outras pessoas, sua confiança na bondade dos outros e de
si mesmo é fortalecida. O caos interno se transforma em cosmos.

Posição esquizo-paranoide = predominam os mecanismos de defesa = Cisão, projeção e


negação da realidade psíquica.

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