Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
5. Assinale a alternativa que relaciona corretamente o exame a ser solicitado para excluir
uma das causas orgânicas do Transtorno Afetivo Bipolar:
a) Hipotireoidismo: TSH, hemograma completo e FTA-Abs;
b) Intoxicação por álcool e drogas: toxicológico para etanol, hemograma completo e
tomografia de crânio;
c) Neurossífilis: hemograma completo, ressonância magnética de tórax e VDRL;
d) Hipertireoidismo: TSH, T3 e T4;
e) Demência frontal: PET scan, coagulograma e hemograma completo.
7. Um homem de 35 anos tem uma longa história de medo de falar em público. Costuma
lidar com seu medo evitando essa atividade ou mantendo ao mínimo o tamanho da
audiência. Como precisa fazer uma apresentação diante de um grande público a curto
prazo, ficou extremamente ansioso, a ponto de não conseguir dormir. Tem medo de passar
vexame diante do público. Não conseguir falar diante desse público terá um impacto muito
negativo sobre seu emprego. Considerando o caso, assinale a alternativa CORRETA:
a) O diagnóstico mais provável é de fobia social e o fato de o paciente evitar falar em
público colabora com o tratamento;
b) O diagnóstico mais provável é de fobia social e deve ser tratado apenas com
benzodiazepínicos;
c) O diagnóstico mais provável é de transtorno de ansiedade generalizada e deve ser
tratado com lítio;
d) O diagnóstico mais provável é de transtorno de ansiedade generalizada e deve ser
tratado com antidepressivos, como a sertralina;
e) O diagnóstico mais provável é de fobia social e deve ser tratado com psicoterapia
com exposição gradual ao fobicogênico e betabloqueadores.
10. No dia 12 de abril de 2022, 26 alunos de uma escola de referência no Recife passaram
mal devido a uma crise de ansiedade generalizada. Examine as afirmativas abaixo e
assinale verdadeiro ou falso para cada uma das alternativas:
I. As crises de ansiedade podem provocar sintomas físicos, como tremor, sudorese,
taquicardia e náuseas;
II. Os transtornos de ansiedade podem ser classificados como: transtorno de ansiedade
generalizada, de ajustamento com sintomas ansiosos, de pânico, de estresse
pós-traumático, fobia social e específica e obsessivo compulsivo;
III. as crises de ansiedade devem ser tratadas com benzodiazepínicos de uso contínuo, já
que eles têm efeito imediato e não apresentam risco de dependência;
IV. Deve-se solicitar exames de glicemia, TSH e T4 livre, urina (toxicológico) e ECG, para
excluir causas orgânicas.
11. Paciente JGO, masculino, 27 anos, procedente de Campo Limpo vem encaminhado do
cardiologista com quem trata Hipertrigliceridemia e Fibrilação Atrial para serviço de saúde
mental da FMJ. Queixa-se de incômodo e coceira nas mãos por “dermatite grave” sic.
Durante a consulta, mostra-se muito ansioso, limpando as mãos com álcool em gel várias
vezes e após alguns minutos decide colocar luvas de borracha pois “o consultório estava
contaminado com vírus e bactérias”. Sua mãe informa que desde a adolescência foi muito
preocupado com a limpeza e que passa o dia inteiro desinfetando a casa onde moram.
Paciente refere que o hábito de descontaminação se intensificou durante a pandemia e que
passou a tomar banho diariamente com desinfetante para evitar infecção pela COVID-19.
Preocupa-se exageradamente com a mesa e a cadeira do consultório, e pergunta de forma
insistente sobre bactérias, infecções e contaminação. Ao exame físico, nota-se lesões
hiperemiadas e descamativas em mãos, tronco e dorso, assim como queda de fâneros por
todo corpo. O que explicaria os achados do exame físico e qual melhor tratamento?
a) Complicações dermatológicas por Dislipidemia mal tratada; Antipsicóticos atípicos e
estatinas;
b) Fenômenos tromboembólicos por Fibrilação atrial com repercussão dermatológica;
Antidepressivos tricíclicos e estabilizadores do humor;
c) Dermatite de contato agravado por Transtorno Obsessivo Compulsivo;
Antidepressivos ISRS e psicoterapia;
d) Autoagressão por transtorno ansioso refratário; Benzodiazepínicos e psicoterapia;
e) Dermatite de contato agravado por transtorno dissociativo; Antidepressivos ISRS e
antipsicóticos.
12. Paciente do sexo feminino, GHL, 32 anos, secretária, casada. Procurou este serviço
com queixas de: tristeza constante, hipersonia, anedonia, dificuldade de concentração e
atenção, ausência no trabalho, queixas somáticas, fadiga, hiperfagia. Na sua história
pregressa refere que há cerca de 2 anos, passou 2 semanas muito agitada, com insônia
global, gastando muito, heteroagressiva e com idéias megalomaníacas, tendo que ser
internada no Hospital São Vicente por 7 dias. História familiar positiva para esquizofrenia
(pai) e depressão maior recorrente (mãe e irmã). Diante desse relato, é correto afirmar que:
a) O diagnóstico mais provável para essa paciente é de transtorno esquizoafetivo,
episódio atual depressivo;
b) Essa paciente possui depressão pós-esquizofrênica e deve ser tratada com
antipsicóticos;
c) A medicação ideal para o tratamento agudo dessa paciente é um antidepressivo de
ação dual;
d) Trata-se de uma paciente com Transtorno Bipolar, episódio atual depressivo;
e) O tratamento de manutenção não deve ser continuado por mais de um ano.
13. Um homem de 18 anos é levado ao setor de emergência pela polícia depois de ter sido
encontrado sentado no meio de uma rua de grande movimento. À guisa de explicação, o
paciente fala: "foram as vozes que mandaram". Relata que, no último ano, sentiu que "as
pessoas não são quem elas dizem ser", afirmando que estariam divulgado nas redes sociais
que é homossexual e fotos "montadas" fazendo sexo com outro homem. Começou a
isolar-se em seu quarto e largou a escola em função do ocorrido, mesmo que seus colegas
tenham negado ciência do fato. Afirma que ouve vozes lhe dizendo para fazer "coisas
erradas". Em geral existem 2 ou 3 vozes falando, vindas da caixa de som de seu
computador, que muitas vezes comentam entre si o seu comportamento ("tá vendo só, ele
está preso no quarto, não vai mais sair daí. está vendo o Facebook".), deixando muito
nervoso e angustiado. Nega estar usando drogas ou álcool, embora relate ter fumado
maconha ocasionalmente no passado. Diz que interrompeu o hábito nos últimos seis meses
porque não tem mais dinheiro para comprar. Nega qualquer problema clínico geral e não
estaria tomando medicamento algum. Ele nega qualquer ideação suicida ou homicida.
Sobre o caso acima, marque a alternativa CORRETA:
a) Trata-se provavelmente de quadro de esquizofrenia. O tratamento pode ser
realizado com um antipsicótico de 1a geração como o haloperidol. A internação
psiquiátrica só será necessária se ele mantiver comportamento de risco para si e/ou
não aceitar o uso da medicação indicada;
b) Trata-se provavelmente de quadro de depressão grave com alto risco de suicídio. O
tratamento pode ser realizado com um antidepressivo tricíclico. A internação
psiquiátrica é mandatória;
c) Trata-se provavelmente de quadro de esquizofrenia. O tratamento indicado é a
clozapina pelo alto risco de suicídio. A internação é mandatória;
d) Trata-se provavelmente de transtorno psicótico secundário ao abuso de maconha. O
tratamento pode ser realizado com um antipsicótico de 2a geração e garantir a
abstinência de maconha;
e) Trata-se de um quadro de esquizofrenia com delírio persecutório agravado pelo uso
de maconha. Tratamento indicado é uso de antidepressivos tricíclicos.
14. Paciente feminina, 22 anos, procedente de São Paulo, procura atendimento pela
Psiquiatria da FMJ por “não conseguir esquecer a noite em que foi assaltada e violentada”.
Relata que há um ano, estava voltando à noite para casa a pé quando foi abordada por um
homem que a sequestrou, assaltou e a violentou sexualmente. Desde então, refere
inquietação, choros frequentes e dificuldade para realização de tarefas durante o período
noturno pois “todas as noites fazem a recordar do evento”. Relata dificuldade para dormir,
assim como pesadelos frequentes. Não consegue andar mais sozinha e informa
“inquietação profunda ao conversar a sós com um homem”. Faz uso de Zolpidem antes de
deitar e trata Hipotireodismo com Levotiroxina há 3 anos. Sobre o caso, qual o diagnóstico
mais provável e sua justificativa?
a) Transtorno de Ansiedade Generalizada; Inquietação, insônia e dificuldade de
realização de tarefas diárias há mais de 6 meses;
b) Transtorno Depressivo Maior; Choros frequentes e insônia por mais de 2 semanas;
c) Fobia social; Aversão a conversas e interações sociais;
d) Transtorno de Estresse Pós Traumático; Perturbação psíquica após evento
perturbador;
e) Hipotireodismo mal tratado; Insônia, inquietação e dificuldade para realização de
tarefas.
15. Menino de 4 anos é trazido para consulta pela mãe por acreditar em “atraso no
desenvolvimento”. A mãe relata que ainda não fala adequadamente, apenas balbucia e que
parece evitar contato social e interações com sua família e outras crianças. Sua aparência
física, desenvolvimento motor e habilidades estavam apropriadas para a idade mas
apresentava, desde muito cedo, falta de respostas a estímulos emocionais e a jogos
infantis. O garoto não demonstrava interesse por outras crianças e nem por sua irmã de 6
anos. Seus balbucios não tem entonação de conversa. Apresenta estereotipias motoras.
Seu discurso consistia em ecoar algumas palavras e frases com o tom e entonação do
locutor original. Usava uma ou duas frases para indicar suas necessidades mais simples
(ex: você quer água?). Não se comunica por expressões faciais. Não conseguia
compreender ordens simples. Ficava fascinado por luzes brilhantes, objetos giratórios e
música. Reagia a esses estímulos, agitando as mãos e balançando o tronco. Era apegado a
um carrinho, mas não brincava com ele de modo adequado. A impressão diagnóstica mais
provável e principais justificativas são:
a) TDAH; dificuldade em brincar e interagir com outras crianças;
b) TEA; comprometimento da fala e comportamento inadequado com brinquedos;
c) Atraso do Desenvolvimento Neuropsicomotor a esclarecer; fala e interações sociais
desproporcionais a idade;
d) Não há atraso ou suspeita de transtorno neuropsiquiátrico pois para essa idade
esses sinais podem ser compatíveis para desenvolvimento neuropsicomotor;
e) TEA, deficiência de interação social, estereotipias e comportamento irregular.
17. Durante seu internato, no ciclo de saúde coletiva, você atende o paciente DBM,
masculino, 64 anos, que é trazido pela filha para UBS Caxambu, apresentando-se inquieto,
com sudorese profusa, taquicardia, agitado, com náuseas e vômitos e com uma sensação
de que vai morrer a qualquer momento. Filha relata que o quadro se iniciou há 1 hora e
decidiu trazer seu pai para assistência médica mais próxima. A acompanhante fala que, há
alguns dias, ele não consegue dormir e está cursando com tremores – “no começo eram
finos, mas olha agora como ele está!”sic. Paciente relata tratamento há 12 anos para HAS
com Enalapril e usa Alprazolam diariamente há 5 anos para “ dormir melhor” porém acabou
o medicamento há 1 semana. Qual a sua principal suspeita diagnóstica em relação ao uso
de benzodiazepínico em questão?
a) Abuso;
b) Tolerância;
c) Intoxicação;
d) Síndrome de Abstinência;
e) Fissuras.
a) 1 e 4 estão corretos;
b) 1,2 e 3 estão corretos;
c) 2, 3 e 4 estão corretos;
d) Todos estão incorretos;
e) Todos estão corretos.
20. Um paciente de 72 anos, com diagnóstico de transtorno bipolar (TB), com histórico de 2
episódios de mania e 1 episódio depressivo, ao longo da vida. Estava eutímico, em uso
correto de lítio (litemia, 1,1 mEq/L), mas há duas semanas, teve quadro de aceleração do
pensamento, aumento da libido, aumento da energia e gastos excessivos, após uso abusivo
de substâncias psicoativas e mudanças do ritmo de sono-vigília em período festivo no local
onde reside. A análise de diagnóstico e tratamento sugerem:
I- Trata-se de um TAB do tipo II, em atual fase depressiva.
II- Dados sugerem comorbidade com uso de substâncias psicoativas.
III- Trata-se de um caso de ciclagem rápida.
IV- Associar um antipsicótico atípico ao lítio nessa fase atual e reavaliar depois da remissão
dos sintomas pode ser útil para esse caso.