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Casos Concretos Tributário Cpiii
Casos Concretos Tributário Cpiii
TEMA 01
1ª QUESTÃO) O Poder Executivo Estadual entendeu ser conveniente fixar, através
de Decreto, a incidência de sobretarifa no serviço de fornecimento de água, a ser
cobrada pela Companhia Estadual de Águas e Esgotos. Sua finalidade é incentivar o
menor consumo durante o período de escassez, posto que, ultrapassada a cota
previamente estabelecida, mais alto será o valor devido. Pergunta-se:
a) Qual a natureza da contraprestação pelo fornecimento de água?
RESPOSTA: A remuneração tem natureza jurídica de tarifa ou preço público, e não
de taxa, escapando à principiologia e normatividade referente aos tributos.
Submetendo-se à prescrição decenal (art. 205 do CC de 2002) ou vintenária (art. 177
do CC de 1916) quando for aplicável a regra de transição prevista no art. 2.028 do
novo diploma.
b) A sobretarifa tem natureza tributária?
RESPOSTA: Tal como a própria tarifa, a sobretarifa não tem natureza tributária, mas
sim de preço público.
c) Decreto é meio idôneo para se estabelecer a criação ou majoração do
referido adicional?
RESPOSTA: Sim, o decreto é meio idôneo, eis que se não se trata de tributo, não há
adstrição ao princípio da legalidade tributária estrita, pm meio infralegal ser utilizado
para alterar a remuneração. O Decreto 25.997/00, que delegou competência ao
presidente da CEDAE para promover as modificações que se fizerem necessárias na
tarifa que incide sobre os serviços de água e esgoto não padece do alegado vício de
inconstitucionalidade. Ademais, toda a legislação aplicável, seja a Lei 8.987/95 ou a
Lei 11.445/07, preveem expressamente o reajuste das tarifas cobradas, exigindo-se
tão somente que se tome por base as condições consignadas no edital e no contrato
de ser calculado de modo a assegurar o equilíbrio econômico-financeiro do contrato,
possibilitando a prestação de um serviço adequado, mas, sem perder de vista os
princípios da modicidade tarifária e justa remuneração.
d) Pode ser cobrada tarifa mínima de água?
RESPOSTA: Sob o rito do art. 543-C do CPC/1973, consolidou-se o entendimento de
que não é lícita a cobrança de tarifa de água no valor do consumo mínimo multiplicado
pelo número de economias existentes no imóvel quando houver único hidrômetro no
local.
A ilicitude da cobrança da tarifa mínima multiplicada pelo número de economias
existentes no imóvel, por outro lado, não confere amparo legal para a cobrança de
forma híbrida, ou seja, mediante "a divisão da tarifa de água por cada condômino com
base no consumo real averiguado no único hidrômetro existente, e, ao mesmo tempo,
enquadrá-los nos patamares iniciais da tabela progressiva.
TEMA 02
QUESTÃO 1) Determinado contribuinte de ICMS propõe demanda em que visa a
anular auto de infração imposto por autoridade tributária e eximir-se da cobrança da
multa daí advinda. Em sua inicial, alega que efetuou creditamento do imposto, na
forma do art. 20, § 6º, I, da LC n. 87/1996, mas a autoridade tributária entendeu
indevido o creditamento, uma vez que o regulamento estadual do ICMS exige que a
compensação ocorra entre produtos agropecuários da mesma espécie da que originou
o respectivo crédito. Responda, fundamentadamente, em no máximo 15 (quinze)
linhas, como deve ser julgado o caso.
RESPOSTA: A apuração do crédito é relacionada ao valor embutido no ICMS, que
pode ser com qualquer produto, não necessariamente o mesmo produto. Portanto,
viola o art. 20, § 6º da LC n. 87/1996 a disposição contida em norma infralegal
estadual que restrinja seu âmbito de aplicação a produtos agropecuários da mesma
espécie.
A LC n. 87/1996, em harmonia com a CF/1988, assegura o direito à compensação,
levando em consideração o imposto devido em cada operação na qual haja circulação
de mercadoria ou prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal
e de comunicação, sem impor que a operação antecedente refira-se a uma
determinada mercadoria ou serviço. Destarte, a regra contida em regulamento
estadual que inova no ordenamento jurídico, ao exigir que a compensação ocorra
entre produtos agropecuários da mesma espécie da que originou o respectivo crédito
(não estorno), cria regra nova de compensação do ICMS (por ato infralegal), que não
é prevista nem na Constituição Federal nem na LC n. 87/1996. Desse modo, viola o
art. 20, § 6º, da LC n. 87/1996 a disposição contida em norma infralegal estadual que
restrinja seu âmbito de aplicação, criando regra nova de compensação do ICMS,
sobretudo porque tal matéria é reservada à lei complementar.
TEMA 03
QUESTÃO 1) Determinada sociedade propõe demanda em face do Estado, em que
visa a infirmar a cobrança que o réu lhe impõe acerca de ICMS e da respectiva multa.
Alega que vendeu determinada mercadoria a outra sociedade com a cláusula Free on
Board (FOB) e comunicou ao fisco a destinação da mercadoria conforme
documentação apresentada pela compradora. Ocorre que a compradora deu outra
destinação à mercadoria, levando-a para outro Estado, diferente do que anteriormente
informado. Dessa forma, responda, fundamentadamente, em no máximo 15 (quinze)
linhas, qual a modalidade da alíquota que deve ser paga, bem como sobre quem recai
essa responsabilidade.
RESPOSTA: A empresa vendedora de boa-fé que evidencie a regularidade da
operação interestadual realizada com cláusula FOB (Free on Board) não pode ser
objetivamente responsabilizada pelo pagamento do diferencial de alíquota de ICMS
em razão de a mercadoria não ter chegado ao destino declarado na nota fiscal. Embora
seja certo que as convenções particulares não vinculam o fisco quanto à identificação
da responsabilidade tributária (art. 123 do CTN), salienta-se que a cláusula Free on
Board (FOB), em que o frete se dá por conta e risco do comprador, não infirma a
realização do negócio praticado pelo vendedor de boa-fé, nem o obriga a perseguir o
itinerário da mercadoria, porquanto essa tarefa é privativa do exercício do poder de
polícia pela autoridade fiscal e, por isso, indelegável. Ademais, não há previsão na
Carta Política ou no CTN que autorize a responsabilizaçãodo vendedor de boa-fé pelo
pagamento do diferencial de alíquota do ICMS por eventual tredestinação da
mercadoria. O que antes era implícito, agora, após a Emenda Constitucional n.
87/2015, está expresso no texto constitucional (art. 155, § 2º, VIII, "a"), ou seja, é
do comprador contribuinte do imposto a responsabilidade tributária pelo pagamento
do diferencial de alíquota de ICMS. Se o comprador deu à mercadoria destinação
diversa do contratado, levando-a para outro estado que o não declarado ou mesmo a
tendo revendido no próprio estado de origem, caberá a ele, e não ao vendedor de
boa-fé, responder perante o fisco competente para complementar o valor do imposto
devido. A responsabilidade por infração (art. 136 do CTN) também não alcança o
vendedor de boa-fé, pois sua configuração exige que o fisco identifique o agente ou
responsável pela tredestinação, não sendo possível atribuir sujeição passiva por mera
presunção, competindo à autoridade fiscal, de acordo com os arts. 116 e 142 do CTN,
espelhar o princípio da realidade no ato de lançamento, expondo os motivos
determinantes que a levaram à identificação do fato gerador e o respectivo
responsável tributário.
TEMA 04
1) Responda, fundamentadamente, em no máximo 15 (quinze) linhas, se o aumento
no custo de geração de energia elétrica, derivado do sistema de bandeiras tarifárias,
gera aumento na base de cálculo do ICMS, tornando assim o imposto mais oneroso.
RESPOSTA: A configuração normativa do ICMS exigido na comercialização da energia
elétrica, foi estruturada para que a base de cálculo a ser mensurada ao usuário,
incorpore todos os custos de produção do bem até o seu efetivo consumo. Isso
significa que, em tema de fornecimento de energia elétrica, o "valor da operação"
deve corresponder ao valor da nota fiscal/fatura cobrado pela concessionária, não se
restringindo tão somente ao valor da quantidade de energia elétrica consumida - um
dos componentes da tarifa de energia. Deve-se agregar para a definição da base de
cálculo da exação, todos os elementos que são internalizados para a deflagração do
custo da mercadoria consumida, conforme os regramentos definidos pela Agência
Nacional de Energia Elétrica e, outrora, consoante a exegese normativa do artigo 9º,
§ 1º, inciso II, c/c o artigo 13, § 1º, II, alíneas, "a" e "b", todos, da Lei Complementar
n.º 87/1996.
Portanto, neste aspecto, o adicional oriundo das bandeiras tarifárias constitui uma
parte integrante na composição do custo de produção da energia elétrica em um dado
momento, razão pela qual, tal rubrica deve integrar a base de cálculo do ICMS, por se
correlacionar na definição do "valor da operação", quando da apuração do consumo
da energia elétrica pelos usuários do sistema, conforme apregoa a exegese conjunta
dos artigos 9º, § 1º, inciso II, e, 13, § 1º, II, alíneas, "a" e "b", da Lei Complementar
n.º 87/1996, a par das disposições contidas na Resolução n.º 547/2013 da ANEEL.
TEMA 05
1) A Empresa ABC LTDA., contribuinte do ICMS por substituição tributária, verifica
que nas vendas efetivamente por ela realizadas, a base de cálculo do tributo foi maior
do que aquela utilizada de forma estimada para o cálculo do tributo devido na
operação de substituição tributária. Postula, assim, perante o Fisco Estadual, a
devolução da diferença de imposto pago a maior em função da utilização efetiva de
base de cálculo maior do que a estimada. À luz da jurisprudência do STF e STJ, analise
o pleito do contribuinte.
RESPOSTA: O Supremo Tribunal Federal, no julgamento do RE 593.849 RG/MS, sob
o regime de repercussão geral, firmou a compreensão de que "é devida a restituição
da diferença do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços - ICMS pago a
mais no regime de substituição tributária para a frente se a base de cálculo efetiva da
operação for inferior à presumida". Artigo 1.030, II, do CPC/2015.
TEMA 06
1) Em processo de separação em que figuram JOÃO e MARIA, o varão decide "abrir
mão" de sua parte na meação para que todos os bens fiquem na propriedade do
cônjuge virago. No entanto, após o retorno dos autos das Fazendas Estaduais e
Municipais, MARIA é surpreendida com a decisão do juiz, que a mandou pagar os
tributos de transmissão relativo aos imóveis objeto da liberalidade do ex-marido.
Responda fundamentadamente:
a) se MARIA deve realmente recolher tais valores;
b) em caso positivo, quais tributos podem ser cobrados;
c) sobre qual valor devem incidir os tributos?
RESPOSTA: a) Sim, houve doação, portanto Maria deve pagar o ITCMD. Ele abre
mão em benefício dela.
Se Maria compensou financeiramente: compra e venda
Se Maria não compensou financeiramente: doação da parte de João à Maria.
b) ITCMD.
C) A base de cálculo é o valor que excede a meação. Pois a meação ela já tinha, então
o que deve servir para fins de cálculo é o valor que ela está recebendo acima do que
já era seu direito.
A jurisprudência desta Corte (súmula n° 66) é firme no sentido de que, "em partilha
de bens decorrente da separação consensual, em que haja diferença de quinhões sem
indício de reposição, compensação pecuniária ou qualquer onerosidade, incidirá o
imposto estadual de transmissão sobre doações". Nessa perspectiva, haverá fato
gerador apto a incidência do citado tributo quando a partilha dos bens não ocorrer em
conformidade com a meação, ou seja, na divisão patrimonial um dos cônjuges for
beneficiado com uma parte maior da massa de bens do que a que efetivamente lhe
cabia, entendendo-se que o montante excedente se deu por meio de doação, entre
os cônjuges, a justificar a incidência do ITCMD. 3. Por outro lado, se há compensação
financeira efetuada pelas partes em virtude da diferença de quinhões adquiridos, o
imposto incidente é o ITBI, de competência do respectivo ente Municipal, uma vez
que houve transmissão onerosa. 4. No caso concreto, os documentos acostados aos
autos demonstram que, por ocasião da partilha, houve compensação financeira em
razão de quinhão maior recebido pela impetrante, o que não configura o fato gerador
do ITCMD (doação), mas sim do imposto sobre transmissão de bens imóveis de
competência municipal (ITBI), tributo este já quitado pela impetrante.
TEMA 07
1) ULTRALEVE ESCOLA DE PILOTAGEM E ASSESSORIA AERONÁUTICA LTDA impetra
um Mandado de Segurança contra ato do Secretário Municipal de Administração
Tributária, na vara de fazenda pública competente, pretendendo a suspensão da
exigibilidade do crédito tributário do IPTU relativo ao imóvel situado na Av. ABCD nº
3, pertencente à União, no qual explora atividade ligada à aviação. Alega que tal
imóvel foi lhe dado através de contrato de concessão de uso com a INFRAERO, motivo
pelo qual não cabe à impetrante o recolhimento do tributo. Analise,
fundamentadamente, se deve ser deferido o writ.
RESPOSTA: Incide o IPTU, considerado imóvel de pessoa jurídica de direito público
cedido a pessoa jurídica de direito privado, devedora do tributo. Esse é o
entendimento do Plenário, que, em conclusão de julgamento e por maioria, deu
provimento a recurso extraordinário em que se discutia a incidência do Imposto Predial
Territorial Urbano (IPTU) sobre imóvel de propriedade de ente público - no caso, a
Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (INFRAERO) - concedido a
empresa privada exploradora de atividade econômica com fins lucrativos.
A imunidade recíproca prevista no art. 150, VI, "a" da CF, não foi concebida com o
propósito de permitir que empresa privada atue livremente no desenvolvimento de
atividade econômica e usufrua de vantagem advinda da utilização de bem público.
Asseverou que a referida previsão decorre da necessidade de observar-se, no contexto
federativo, o respeito mútuo e a autonomia dos entes. Não cabe estendê-la para evitar
a tributação de particulares que atuam no regime da livre concorrência.
Nesse contexto, salientou que, uma vez verificada atividade econômica, nem mesmo
as pessoas jurídicas de direito público gozam da imunidade (CF, art. 150, § 3º).
2) FULANO adquire um imóvel na modalidade alienação fiduciária de bem imóvel, em
que o pagamento se dá em parcelas mensais, muitas vezes alcançando décadas para
a quitação do valor total. Dessa forma, FULANO é o devedor fiduciante e a instituição
financeira que lhe emprestou o dinheiro é o credor fiduciário, restando o imóvel
gravado como garantia ao pagamento da dívida. No contrato em tela, a intenção do
devedor fiduciante, ao oferecer o imóvel como garantia ao contrato de alienação
fiduciária, não é, ao fim e ao cabo, transferir para o credor fiduciário a propriedade
plena do bem, diversamente do que ocorre na compra e venda, mas apenas garantir
o adimplemento do contrato de financiamento a que se vincula, objetivando que,
mediante o pagamento integral da dívida, a propriedade plena do bem seja restituída
ao seu patrimônio, quando então a sua propriedade será plena. No caso de não
pagamento, a lei que regulamenta essa negociação permite que o credor obtenha o
imóvel de forma rápida, segura e efetiva, garantindo assim a normal circulação de
bens no mercado. Dessa forma, responda, fundamentadamente, se a municipalidade
pode eleger o credor fiduciário como sujeito passivo do IPTU.
RESPOSTA: O credor fiduciário, antes da consolidação da propriedade e da imissão
na posse no imóvel objeto da alienação fiduciária, não pode ser considerado sujeito
passivo do IPTU, uma vez que não se enquadra em nenhuma das hipóteses previstas
no art. 34 do CTN.
TEMA 08
1) O Município ajuíza execução fiscal em face de Bruno em razão da inscrição do
contribuinte na Dívida Ativa pela ausência do pagamento do ITBI decorrente da
promessa de compra e venda por ele realizada. O executado oferece exceção de pré-
executoriedade, sob o argumento de que o fato gerador do tributo se dá com o efetivo
registro do imóvel, na forma do art. 1.245 do Código Civil. A Municipalidade alega ser
possível a lei fixar, com base no art. 150, § 7o, da CRFB88, o aspecto temporal do
fato gerador do ITBI em momento anterior ao da lavratura da escritura definitiva, isso
como forma de evitar protelações e até mesmo sonegações do referido tributo.
Responda, fundamentadamente, em no máximo 15 (quinze) linhas, se a exceção deve
ser acolhida ou se o executivo merece trânsito.
RESPOSTA: No caso em tela, não deve haver a antecipação da obrigação tributária
ao pagamento do ITBI. Uma vez que, o fato gerador do ITBI se dá através da efetiva
transferência do bem ao novo proprietário mediante registro em cartório e não em
momento anterior ao da lavratura da escritura (promessa de compra e venda).
Nesse caso não há a possibilidade de antecipação do pagamento do tributo, sendo
inaplicável a substituição tributária progressiva prevista no art. 150, § 7o, pois trata-
se de um tributo monofásico.
Súmula 110. Art. 1124 e sumula 108.
2) Ao adquirir um imóvel, CARLOS se surpreende com o valor do ITBI. Percebeu que
o valor elevado do tributo se deve à base de cálculo do mesmo, qual seja, o valor
venal do imóvel. No entanto, observou que o valor venal do ITBI não é o mesmo valor
venal correspondente à base de cálculo do IPTU, mas muito superior. Dessa forma,
Carlos propõe demanda em face do município e argumenta que não pode haver dois
valores venais a fim de definir, de forma diferente, as bases de cálculo dos tributos
citados. Requer, consequentemente, a redução do valor venal do ITBI de forma a que
seja igual à do IPTU. Responda, fundamentadamente, como deve ser definida a
questão.
RESPOSTA: Nesse caso não há vinculação do valor venal do ITBI com o valor venal
do IPTU, sendo as bases dos respectivos tributos independentes uma da outra.
Não há identidade entre as bases de cálculo do IPTU e do ITBI e suas respectivas
formas de apuração, de modo que os valores lançados podem ser diversos.
TEMA 09
1) Determinado contribuinte que explora o comércio legal de produtos de informática
propõe demanda em que visa a desconstituir o auto de infração lavrado pela
autoridade estadual, que lhe impôs multa pela comercialização de softwares, sem o
devido recolhimento do tributo estadual que entende pertinente. Em sua inicial, o
autor alega que a lavratura foi equivocada, já que, sobre esses produtos, o Estado
não tem competência para a tributação. Responda, fundamentadamente, em no
máximo 20 (vinte) linhas, como deve ser julgado o caso, abordando a evolução
jurisprudencial sobre o tema.
RESPOSTA: O entendimento atual do STF é no sentido de que as operações relativas
ao licenciamento ou cessão do direito de uso de software, seja ele padronizado ou
elaborado por encomenda, devem sofrer a incidência do ISS, e não do ICMS. Tais
operações são mistas ou complexas, já que envolvem um dar e um fazer humano na
concepção, desenvolvimento e manutenção dos programas.
Nesse contexto, o legislador complementar buscou dirimir o conflito de competência
tributária (art. 146, I, da CF), no subitem 1.05 da lista de serviços tributáveis pelo ISS
anexa à Lei Complementar nº 116/03, prevendo o "licenciamento ou cessão de direito
de uso de programas de computação". Com isso, nos termos do entendimento atual,
essas operações não são passíveis de tributação pelo ICMS, independentemente do
meio de disponibilização do programa, conforme o art. 2º da Lei Complementar nº
87/96 e ao art. 1º da Lei do Estado de São Paulo nº 6.374/89, de modo a impedir a
incidência do ICMS sobre o licenciamento ou cessão do direito de uso de programas
de computador.
Assim, é inconstitucional a incidência do ICMS sobre o licenciamento ou cessão do
direito de uso de programas de computador.
TEMA 10
a) Tem-se que o entendimento agora vigente nesta Corte é o seguinte: o sujeito ativo
da relação tributária, na vigência do DL 406/68, é o Município da sede do
estabelecimento prestador (art. 12); a partir da LC 116/03, é aquele onde o serviço é
efetivamente prestado, onde a relação é perfectibilizada, assim entendido o local onde
se comprove haver unidade econômica ou profissional da entidade prestadora.
c) Sim. Essa orientação ficou estabelecida não apenas para as hipóteses de leasing,
como também para qualquer espécie de serviço submetido à incidência do ISS.
TEMA 11
TEMA 12
RESPOSTA: 1º item: A ação de Paulo deverá ser julgada improcedente, em face dos
dois argumentos em que se embasa, ambos em desacordo com a Lei e o Direito. Das
duas modalidades de empréstimo compulsório previstas no artigo 148 da Constituição
Federal, a primeira delas (inciso I), aplicável ao caso, por sua própria natureza (para
atender a despesas urgentes), dispensa a observância do princípio da anterioridade,
podendo, segundo a doutrina, ser inclusive objeto de medida provisória. Ademais, é
induvidosa, mormente após a Constituição de 1988, a natureza tributária do
empréstimo compulsório, previsto que foi no Capitulo atinente ao Sistema Tributário
Nacional. A doutrina que, no Direito Financeiro, defendia tratar-se de contrato coativo
de mútuo e para a qual o empréstimo compulsório era instrumento de crédito público,
classificada como receita de capital, chegou a ser sustentada pela Fazenda Nacional
no regime constitucional anterior então, adotada pelo STF na Súmula 418, não mais
prosperando, contudo, após a CF/88.
TEMA 13
TEMA 14
TEMA 15
2) Determinado contribuinte, pessoa física, sujeito ao IRPF tem seu imposto retido na
fonte pela entidade que lhe paga salário. Ao final do ano-base, apresenta declaração
de ajuste, normalmente no último dia do mês de abril do ano-base seguinte. Assim,
qual tipo de lançamento vincula o tributo supracitado? Qual o efeito da apresentação
da declaração de ajuste anual? Considerando que a declaração de ajuste pode conter
valor a menor de imposto a pagar, que postura e em que prazo deve a Administração
Fazendária agir para cobrar tal diferença? Respostas fundamentadas.
TEMA 16
TEMA 17
TEMA 18
RESPOSTA: Não sendo o autor responsável pela importação tida como irregular e
não tendo ele o dever de fiscalizar a regularidade da importação precedente, a par de
encontrar-se toda a mercadoria acompanhada da respectiva nota fiscal, único
documento exigível para a operação de compra e venda no mercado interno, não pode
ele ser autuado. Assim, considera-se improcedente a alegação da União de que a boa
fé da autora deveria ser afastada uma vez que a mercadoria por ela comprada não
poderia ser importada por impedimento legal, na medida em que não fez prova desse
argumento. Tal conduta somente pode ser imputada ao importador ou a beneficiário
que esteja associado à conduta do importador ou, ainda, se o comprador das
mercadorias no mercado interno não comprovar de forma eficaz a aquisição regular
das mercadorias.
TEMA 19