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[novidade]O autor demonstra, a partir do trabalho de campo que a troca nas sociedades
“primitivas” não segue – como até então se supunha – um padrão meramente utilitário e
espontâneo. [o Kula] Malinowski toma como principal tema de seu trabalho o Kula, um amplo
sistema cerimonial de trocas intertribais, no qual se trocam ornamentos de conchas (mwali e
soulava) são trocados uns pelos outros. Tais ornamentos não apresentam utilidade cotidiana,
são pequenos demais, e estão sob condição constante troca, sendo assim transportados de
ilha em ilha em sentidos opostos (soulava em sentido horário e mwali em sentido anti-
horário). [aliança, função e conflito] Através das trocas do Kula se estabelecem parcerias,
laços de amizade, vínculos de prestação de serviços e alianças políticas. O kula produz relações
pessoais que se mantêm ao longo do tempo, se atualizam e se entrelaçam. O kula propicia
trocas diversas: costumes, canções etc. - contato entre as tribos. Assim, o kula produz uma
coesão intertribal e a eliminação do conflito
[link] Algumas das questões levantadas por Malinowski são desenvolvidas três anos depois por
Marcel Mauss. Através de um estudo comparativo, Mauss pretende se desvencilhar das
particularidades das relações de troca em cada cultura e entender o que há de comum na
economia das sociedades primitivas e o quanto desse modelo permanece nas sociedades
europeias.
Simmel – Dinheiro separa o sujeito e objeto (posse, empresa, etc.). Economia do dinheiro
produz dois efeitos: liberdade pessoal e individualização + objetivação das relações
econômicas (relação com a propriedade, como a terra, relação com a empresa/guilda... elas
eram relações íntimas e coletivas. o sujeito não existia sem elas, as produzia diretamente e era
por esses elementos diretamente constituido).
-> individuo se torna livre pra se expressar e explorar uma personalidade. Se por um lado
maiores são os círculos sociais, por outros mais independentes são os indivíduos e mais
personalidades são essas relações.
Marx – troca objetiva, (não é um contrato geral como o mauss). Equivalência quantitativa
(não existe no Malinowski e mauss). Td é mercadoria. Relações sociais se coisificam
(fetichismo).
Questão 2 – metodologia
Geertz : -. Cultura como uma teia de significados produzida pelo homem e a partir do qual ele
vive. O papel do antropólogo é reconhecer/desvendar essas teias. Impossibilidade da imersão:
dialética das experiências (próxima e distante)
[aproximação com weber- antropologia como uma ciência interpretativa. A diferença de weber
é que ele busca uma universalização da sua intepretação e, pra isso, trabalha com a noção de
racionalidade e de tipos ideais]
[ contraposição ao estruturalismo – leitura de quarta mão. É apenas o uso de um dos
entendimentos, distante.]
**
Strauss:
[apresentação] Apesar de reconhecer a diversidade das culturas, Strauss vai buscar evidenciar
a unidade humana, em sentido contrário ao empreendimento boasiano (que evidenciava a
diferença, apesar de reconhecer uma unidade). Para tanto, atenta sua análise para o
elemento que considera um dos mais universais dentro do âmbito da cultura: a proibição do
incesto.
[natureza x cultura] Distinção metodológica. Como a empiria falha, toma a natureza como o
universal e a cultura como a regra/norma.
Elias:::
Civilização (resgata freud) como um processo de muitos níveis. Coerção externa + auto
regulação dos comportamentos. Social e psicológico(individuo) se retroproduzem. A
civilização, na perspectiva de Elias é um processo GLOBAL que tende a vencer sobre a
“incivilidade” (há um grande processo civilizador e eventos/casos contrários, descivilizadores).
Esse processo é .
Processo social: transformações amplas, de longa duração, que seguem por um caminho
específico dentro de muitos possíveis.