ESTADO DE RONDÕNIA

PREFEITURA MUNIICPAL DE GOVERNADOR JORGE TEIXEIRA

SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO – SEMED

PLANO DE AÇÃO FORMAÇÃO CONTINUADA

O planejamento sem ação é inútil; a ação sem planejamento é fatal."

Cornelius Fichtner
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I. IDENTIFICAÇÃO

SEMED- SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

SECRETÁRIO DE EDUCAÇÃO:

Janiel Pinheiro Damasceno

COORDENADORA GERAL PEDAGÓGICO:

Ana Célia da Silva

COORDENADORA DA EDUCAÇÃO INFANTIL

Sandra Pires Venâncio

COORDENADORA DO ENSINO FUNDAMENTAL ANOS INCIAIS E FINAIS:

Gracieli Ribeiro da Silva

FORMADORA DA REDE:

Valdete Souza Portugal

Governador Jorge Teixeira - 2024

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II. INTRODUÇÃO

A formação está de certo modo inseparável da prática docente, uma vez que concluído a
formação inicial para docência, todo docente se forma a todo tempo, diante de toda a evolução
que da sociedade e a tecnologia traz, inevitavelmente o docente precisa, se formar a todo
momento em uma formação autônoma ou não, desde que contínua. Nesses parâmetros a
formação continuada deve fazer parte da prática docente. Em Pedagogia da autonomia, Paulo
Freire preconiza que, "quem forma se forma e re-forma ao formar e quem é formado forma-se e
forma ao ser formado”. A partir dessa citação é possível visualizar que a formação continuada do
docente tem impactos nos estudantes e professores, pois ao formar o formador é formado. No
entanto temos a importância de atualizar conhecimentos e incorporar novos saberes e
habilidades para fazer o mesmo pelos estudantes.

A formação continuada trata-se de um processo de reflexão contínua, atualizando e ampliando

seus saberes alinhados às novidades. Nesse caso a formação continuada não é apenas
promover cursos pontuais ou cumprir determinadas exigências legais, é um processo permanente
de aperfeiçoamento, de modo a permitir que aos docentes ampliem seu repertório de práticas
pedagógicas, para apoiar os estudantes com novas e várias maneiras que promovam
aprendizagens sólidas. Vivemos em um mundo que se transforma e se renova rapidamente em
termos de conhecimento e informações, nos últimos anos, novas metodologias de ensino,
práticas pedagógicas e tecnologias educacionais surgiram e veem ganhando espaço dentro do
contexto educacional. A formação continuada é indispensável para que as instituições de ensino
e equipes de educação acompanhem essas novidades e consigam proporcionar uma educação
ainda mais consistente aos estudantes, promovendo impactos na sua formação.

III. JUSTIFICATIVA

A Secretaria de educação exerce um papel relevante quando o assunto é formação

continuada dos docentes e de outros profissionais que atuam nas instituições de ensino,
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considerando que ela é responsável por ofertar alternativas de formação continuada e/ou reflexão
sobre a prática de cada profissional no contexto atual da educação. Essa formação pode ocorrer
tanto por intermédio do próprio município quanto parcerias de instituições de outras localidades
para desenvolver encontros formativos, conforme o cronograma estipulado pela secretaria. Para
efetivar a formação continuada no município vale ressaltar que com a BNCC (Base Nacional
Comum Curricular), a formação continuada dos docentes passou a ser quesito obrigatório nas
escolas da rede. No entanto a formação continuada deve ainda ser estruturada com base no que
preconiza o Referencial curricular Nacional para Educação Infantil, o Referencial Curricular do
Estado de Rondônia para o Ensino Fundamental anos iniciais e finais e ainda a partir da prática
docente e das peculiaridades de cada instituição. É relevante saber que não há forma única ou
mais correta de promover a formação continuada, o que a de considerar é o que está descrito na
LDB e demais documentos que norteiam a educação e consequentemente a formação docente. A
formação pode ser oferecida nos diversos formatos que estão disponíveis na atualidade. A
formação poderá acontecer com encontros presenciais, capacitações via internet, cursos de curta
ou mais longa duração, palestras, workshops e outros modelos que se ajustem ao contexto e a
organização local.

A formação continuada é um recurso que permite que os profissionais da educação,

tenham oportunidade de reflexão sobre o seu fazer e assim cada vez mais tenham condições de
apoiar e ser mediador, facilitador do desenvolvimento dos estudantes e da própria sociedade.
Essa ação soma benefícios aos estudantes que proporciona a melhoria do nível de
aprendizagem, autonomia dos estudantes em sua vida escolar, estudantes ativos ao processo de
aprendizagem, estudantes com maior possibilidade de atuar na comunidade que pertence e ainda
reflete em índices mais elevado nas avaliações internas e externas a qual o estudante é
submetido.

IV. REFERENCIAL TEÓRICO

Na LDB no artigo 13 e para atender o disposto do artigo 61, preconiza sobre a formação do
professor e especificamente a formação continuada. “A Formação Continuada em Serviço deve
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oferecer aos docentes a oportunidade de aprender, junto com seus colegas de trabalho, com
suporte de um formador experiente (mentoria ou tutoria), compartilhando aprendizagens já
desenvolvidas...” desse modo entende-se que a formação continuada contribui de forma
significativa para o desenvolvimento e o conhecimento profissional, cujo principal objetivo é
facilitar a reflexão sobre a própria prática docente.

A educação continuada de professores é o processo de desenvolvimento que ocorre na

vida profissional, depois da formação inicial, e que está articulada com sua prática
pedagógica no contexto do cotidiano escolar, quando estão atuando na docência. É,
portanto, um processo permanente, dinâmico e rico que se consolida no cotidiano
pessoal e profissional dos professores e ocorre, primordialmente, na organização do
trabalho pedagógico e no espaço e tempo da escola. (FERNANDES, 2011, p. 91).

Essa reflexão da prática está intimamente relacionada à busca constante de melhoria do

fazer do professor. A formação continuada nos dias de hoje é indispensável, pois é evidente a
necessidade de reflexão sobre a prática docente que proporciona autoconhecimento da
prática, acompanhar o avanço tecnológico que envolve o processo de ensino/aprendizagem e
as metodologias atuais para educação. Nesse contexto Christov (2010) contribui que: “A
educação continuada se faz necessária pela própria natureza do saber e do fazer humanos
como práticas que se transformam constantemente. A realidade muda e o saber que
construímos sobre ela precisa ser revisto e ampliado sempre.” Diante desse exposto percebe
que a formação continuada contribui para que os professores atualizem suas práticas a partir
da reflexão do próprio fazer, o que facilita a o processo de ensinar usando metodologias que
contribua significativamente com a aprendizagem dos estudantes. Para complementar Silva
(2007) comenta que: [...] é necessário investir na formação continuada do professor como meio
de acesso a conhecimentos, experiências e revisão de práticas, de forma crítica e consciente
(...). Então investir na formação continuada do professor é investir no estudante, buscando
melhores caminhos, metodologias que evidencie a aprendizagem necessária para a formação
do estudante.

A formação continuada deve ainda ser um compromisso assumido pelo professor, é

necessário a oferta da formação pela escola ou secretaria de educação e outros órgãos, porém
o professor tomar para si a sua formação depois da formação inicial faz toda a diferença em
sua vida profissional.
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A formação pode estimular o desenvolvimento profissional dos professores, no quadro

de uma autonomia contextualizada da profissão docente. Importa valorizar paradigmas
de formação que promovam a preparação de professores reflexivos, que assumam a
responsabilidade do seu próprio desenvolvimento profissional e que participem como
protagonistas na implementação das políticas educativas (NÓVOA, 1995, p. 27).

A consideração acima mostra a necessidade do engajamento do professor em seu

processo de formação continuada para que realmente tenha impacto na prática docente.

V. OBJETIVO GERAL

Promover a formação continuada aos professores da Educação Infantil e Ensino

fundamental anos iniciais e finais, dos cuidadores, professores da sala de AEE, coordenadores
pedagógicos, orientadores, auxiliares de sala de aula, monitores do transporte escolar,
motoristas do transporte escolar, merendeiras e zeladoras das escolas municipais de
Governador Jorge Teixeira.

VI. OBJETIVO ESPECÍFICO

 Promover encontros periódicos com professores de todos os segmentos;

 Selecionar temas para reflexão conforme o interesse do professor, auxiliar de sala de
aula, cuidador, orientador, coordenador e professores da sala de AEE;
 Realizar os encontros de formação;
 Produzir relatório de cada formação;
 Produzir antecipadamente a pauta de cada formação;
 Reproduzir material para formação;
 Diagnosticar as especificidades de cada instituição;
 Pesquisar interesse de temas de cada segmento;
 Realizar formação em consonância com os temas trabalhados nos programas de
formação PAIC/RENALFA;
 Realizar leitura de material para formação;
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 Planejar os encontros de formação;

 Compartilhar com o secretário de educação e coordenadora geral da SEMED a
pauta e relatório de cada formação;
 Compartilhar material de formação com coordenar, orientador, sala AEE e
professores;
 Realizar encontro mensal com diretores das escolas;
 Realizar encontro mensal com os coordenadores e orientadores;
 Realizar atendimento individual ao coordenador, orientador e sala AEE;

VII. AÇÕES

 Realização de encontros periódicos com professores de todos os segmentos, em

momentos distintos;
 Seleção dos temas para reflexão conforme o interesse do professor, auxiliar de sala
de aula, cuidador, orientador, coordenador, professores da sala de AEE, monitores
de transporte escolar e motoristas de transporte escolar;
 Realização dos encontros de formação nas escolas e na SEMED, ou em local que
contemple a necessidades dos participantes;
 Produção de relatórios cada formação;
 Compartilhamento dos relatórios produzidos com a equipe pedagógica da SEMED, e
secretário de educação.
 Produção antecipada da pauta de cada formação;
 Reprodução de material para formação, conforme a necessidade;
 Diagnóstico das especificidades de cada instituição, podendo ser presencial ou via
formulário google forms;
 Pesquisa de interesse de temas de cada segmento em reuniões presenciais ou via
google forms;
 Realização de formação em consonância com os temas trabalhados nos programas
de formação PAIC/RENALFA, para consolidar o que foi trabalhado no programa de
formação;
 Realização de leitura de material para formação;
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 Planejamento dos encontros de formação, com produção de slides, com leituras,

pesquisas, seleção de materiais para realizar cada encontro;
 Compartilhamento da pauta e relatório de cada formação com o secretário de
educação e coordenação geral da SEMED, para ajustes e sugestões;
 Compartilhamento material de formação com coordenador, orientador, sala AEE e
professor;
 Realização de encontro mensal com diretores das escolas, com a presença do
secretário de educação e da equipe pedagógica da SEMED;
 Realização de encontro mensal com os coordenadores e orientadores, com a
presença da coordenadora geral e/ou coordenador de cada segmento;
 Realização de atendimento individual ao coordenador, orientador, sala AEE, caso
haja necessidade ou solicitação da escola presencial ou via met.

VIII. AVALIAÇÃO

A avaliação dará a partir dos relatórios compartilhados, em conversas de alinhamento com

o secretário de educação a coordenadora geral da SEMED, feedback da gestão das escolas e
dos professores e demais envolvidos no processo de formação. Essa avalição poderá
acontecer em reuniões presenciais, questionários abertos e fechados através de formulário do
google forms.

IX. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O plano de ação trata-se de um documento norteador da prática, onde traça objetivos a

serem alcançados e ações que favoreçam atingir os objetivos elencados. Vale ressaltar que o
plano de ação e para ser executado a longo prazo, por essa razão precisa ser flexível e
suscetível às alterações. Os tópicos que mais admitem alterações são objetivos específicos,
ações e cronograma. Esse plano de ação tem o período do ano letivo de 2024 para efetivação
das ações e consequentemente alcançar os objetivos elencados.

X. CRONOGRAMA
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MÊS AÇÃO PÚBLICO ALVO

Fevereiro

Palestra educar e cuidar auxiliares de sala de aula,

monitores do transporte
escolar, motoristas do
transporte escolar, serviços
gerais, merendeiras e
zeladoras
Fevereiro

Planejamento anual (apresentação dos quadros Professores do ensino

de planejamento, exposição sobre a importância fundamental anos iniciais e
do planejamento, discussão a cerca das finais
metodologias a serem descrita no planejamento)
Fevereiro

Planejamento anual (reflexão e considerações da Professores do ensino

produção das metodologias a serem descritas no fundamental anos iniciais e
quadro de planejamento) finais (obs. Realizado em
cada escola: Fernão Dias
Paes 07/02 vespertino, José
Serafim Barbosa 08/02
matutino e Armindo Ferreira
Fraga 09/02 matutino)
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fevereiro

Planejamento anual (apresentação dos quadros Professores da educação

de planejamento, exposição sobre a importância infantil
do planejamento, breve discussão acerca das
(obs. Realizado em cada
metodologias a serem descrita no planejamento,
escola: Filomena Martins de
breve discussão sobre as habilidades descrita
Freitas 07/02 matutino,
nos quadros de planejamento)
Fernão Dias Paes 07/02
vespertino e José Serafim
Barbosa 08/02 matutino)
Fevereiro

1º Encontro coordenadores pedagógico Coordenadores pedagógicos

(planejamento anual, atribuições do coordenador das escolas
pedagógico, plano de ação do coordenador
escolar)
março

Visita na escola para contribui com a construção Educação infantil

das metodologias do planejamento anual
março

Visita na escola para contribui com a construção Ensino fundamental

das metodologias do planejamento anual
março

1º Encontro orientador escolar

março

1º Encontro coordenador pedagógico

março

1º Encontro diretor escolar

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abril
Maio
Junho

formação Motoristas
julho

Monitores do transporte
escolar
Julho

formação Merendeiras

Zeladoras
Agosto
Setembro
novembro
Outubro
novembro
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dezembro

XI. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

______FERNANDES, Rosana C. de A. A Educação Continuada de professores no espaço e tempo

da coordenação pedagógica: avanços e tensões. In: VEIGA, I. P. A.; SILVA, E. F. da (org.). A Escola
mudou. Que mude a formação de professores! 3. ed. Campinas, SP: Papirus, 2011.

______NÓVOA, Antônio. Formação de professores e profissão docente. In: NÓVOA, Antônio (org.).
Os professores e a sua formação. 2 ed. Lisboa, Publicações Dom Quixote, 1995.

______BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, LDB. 9394/1996. BRASIL.

______CHRISTOV, Luiza Helena da Silva. Educação Continuada: função essencial do coordenador

pedagógico. In: BRUNO, Eliane Bambini Gorgueira; CHRISTOV, Luiza Helena da Silva (orgs): O
coordenador pedagógico e a educação continuada. São Paulo: Edições Loyola, 2010.

______FERNANDES, Rosana C. de A. A Educação Continuada de professores no espaço e tempo

da coordenação pedagógica: avanços e tensões. In: VEIGA, I. P. A.; SILVA, E. F. da (org.). A Escola
mudou. Que mude a formação de professores! 3. ed. Campinas, SP: Papirus, 2011.
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