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CADERNO DE ORIENTAÇÕES PARA O ENSINO DE ARTE

ANO 2024
EXPEDIENTE

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO



APRESENTAÇÃO

Na década de 1970, o ensino de Arte no Brasil foi legitimado com o


nome Educação Artística. Nessa época, redirecionava-se para uma prática
artística polivalente em que o/a mesmo/a professor/a, por exemplo, lecionava
artes da cena, artes visuais e música. No entanto, constituía-se num trabalho
educativo que trazia certa superficialidade no fazer artístico, menosprezando,
por vezes, os conhecimentos de cada linguagem artística na sua
especificidade.
Mais adiante, surgiram as mais recentes reformas de orientação
educacional e o ensino de Arte não deixou de acompanhar todo esse processo
histórico-social. Por exemplo, no ano de 2017 um novo entendimento sobre as
relações entre conhecimentos e saberes, ensinos e aprendizagens, espaços e
tempos foram modificadas na materialidade da estrutura, organização e
funcionamento da Educação Básica – dada a aprovação da Base Nacional
Comum Curricular (BNCC), que por sua vez se desdobrou na tradução de
referenciais curriculares estaduais/distrital.
Em Goiás, isso não foi diferente. É possível dizer que as manifestações
artísticas das artes visuais, dança, música e teatro foram reconhecidas como
formas específicas para o ensino de Arte. Nesse mesmo lugar, a Secretaria de
Estado da Educação tem conjugado esforços e se articulado para oportunizar
aos estudantes da rede estadual de ensino um conjunto de práticas educativas
significativas.
Por meio do ensino de Arte, bem como de suas hibridações nos
diferentes grupos sociais, meios e/ou contextos que lhe conferem significados,
a possibilidade da formação humana concebida dentro do conceito de
educação integral permite a compreensão dos/as escolares como sujeitos
atuantes, cidadãos/ãs sensíveis, indivíduos criativos/as e estudantes
investigativos/as pelo ensino de Arte.
Acredita-se, portanto, na Arte/Educação como um lugar proponente de
aprendizagens que possam dialogar com a potencialidade de materiais,
suportes e ferramentas necessárias para o fazer artístico. E que, ao mesmo
tempo, vai considerar o movimento de pensamentos e sentimentos interligados
ao longo de um processo em que educação e estética se entrecruzam.
Promover diferentes configurações expressivas nas Artes Visuais, Dança,
Música e Teatro constitui a materialidade desse trabalho.

Luz Marina de Alcântara


Fátima Gavioli
Marcos Legais
Constituem-se marcos legais necessários para a compreensão do
Ensino de Arte na Rede Estadual de Ensino em Goiás:
● A Constituição de 1988, em seu Artigo 205, que reconhece a educação
como direito fundamental visando ao pleno desenvolvimento da pessoa,
o preparo para o exercício da cidadania e a qualificação para o mundo
do trabalho; e no Artigo 210, que reconhece a necessidade de fixação
de conteúdos mínimos para assegurar uma formação básica comum de
valores culturais e artísticos, nacionais e regionais;
● A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) de 1996
estabelece competências e diretrizes para a Educação Básica
(Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio), norteando
currículos e conteúdos mínimos, de modo a assegurar uma formação
básica comum e que possa ser complementada por uma parte
diversificada;
● Currículo em Debate - Recorte do Caderno 5, p. 29-64 de 2009, que
trata das orientações para o ensino de Arte, e-Book hospedado no site
https://drive.google.com/file/d/1APJcZipijCvbDUU79Sv5IEd8lDvRZCZ2/v
iew;
● A Lei nº 18.969, de 22 de julho de 2015, que aprova o Plano Estadual de
Educação (PEE) para o decênio 2015/2025 e dá outras providências;
● A Lei nº 13.278, de 2 de maio de 2016, que fixa diretrizes e bases da
educação nacional referente ao ensino da arte, alterando o Art. 26, § 6º
da LDB 9394/96;
● O Parecer CNE/CEB n° 3/2010, que estabelece as Diretrizes
Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica, orientando a
organização curricular em torno de competências gerais e específicas,
bem como de áreas do conhecimento e componentes curriculares;
● A Resolução nº 2/2016, do Conselho Nacional de Educação, que define
Diretrizes Nacionais para a operacionalização do ensino de Música na
Educação Básica;
● O Parecer CNE/CEB n° 5/2017, que apresenta as diretrizes para a
elaboração e implementação da Base Nacional Comum Curricular
(BNCC), define os objetivos, princípios, características e etapas da
BNCC, bem como critérios para sua revisão periódica;
● O conjunto de dispositivos que compõem o Documento Curricular Para
Goiás construído a partir do ano de 2018, para as Etapas do Ensino
Fundamental e do Ensino Médio, que apresenta as orientações
necessárias para o ensino de Arte, entendidos como referenciais
curriculares para as unidades escolares;
● A Portaria 2037/2022 que estabelece os procedimentos para a
implementação do projeto Arte Educa em unidades escolares da rede
estadual de ensino e dá outras providências.

COMO A SEDUC COMPREENDE A EDUCAÇÃO DAS ARTES

A arte é uma forma de presença do ser humano no mundo. Seu


conteúdo apresenta sentidos e significados sócio-histórico-culturais bastante
específicos, relacionados ao exercício da percepção e da sensibilidade dos
indivíduos. A materialização do conhecimento artístico pode ser observada, por
exemplo, em diversas manifestações como as artes visuais, a dança, a música
e o teatro.
O conhecimento artístico pode vir a se tornar em conhecimento escolar
na interdependência do trabalho educativo, compreendendo a produção das
práticas de ensino e dos processos de escolarização. Em uma perspectiva
dialógica, para o território goiano, pressupõe a utilização de um referencial
curricular voltado para a diversidade cultural e formação de identidades. É a
partir dele que se torna possível conceituar o/a estudante como sujeito
histórico-social, pertencente a uma condição de espaço-tempo e protagonista
de sua própria construção identitária.
Assim, como elemento curricular obrigatório, a Arte passa a integrar a
área do conhecimento de Linguagens (e Suas Tecnologias). As práticas
artísticas, ao serem ministradas no contexto escolar, contribuem para a
formação humana na medida em que potencializam o desenvolvimento de
competências e reafirmam o compromisso com a educação integral das
infâncias e juventudes. E, na rede estadual de ensino, existe uma conjugação
de esforços voltados para a aprendizagem criativa que valoriza as diversas
estéticas e poéticas artísticas presentes na sociedade.

Abordagem Metodológica do Ensino de Arte


A construção do conhecimento escolar é orientada pela abordagem da
Arte Educação. Espera-se que a estrutura, organização e funcionamento do
ensino de Arte, nas unidades escolares, aconteça nos momentos de
compreensão crítica, contextualização e produção artística. Desse modo, os
saberes artísticos passam da condição abstrata para a concreta,
articulando-se à vida dos/as estudantes.

Figura 01: Abordagem metodológica para o ensino de Arte

A compreensão crítica vai analisar as representações dos sujeitos


sobre o conhecimento artístico, seus sentidos e significados produzidos,
ampliando o olhar sobre o mundo. É uma apreciação reflexiva, que pondera
diferentes relações e questões acerca das artes no mundo e estimula os
estudantes a refletirem sobre os significados das representações e a produção
de sentidos. Quais relações permitem estabelecer, quais memórias acionam?
A contextualização situa a relação espaço-tempo, enfatizando, por
exemplo, aspectos sócio-histórico-culturais e econômico-políticos na arte.
Significa, também, relacionar formas, funções, materiais e tipos de produção de
acordo com os contextos onde são gerados, apresentados e/ou consumidos. A
atuação do professor não se limita a delimitar a época na qual as
representações foram produzidas, por quem e em qual contexto. Cabe ao
professor contrastar obras, contextualizar o tema em relação a diferentes
períodos, culturas e materiais utilizados.
A produção é o processo de experimentação, do fazer, de representar
ideias e sentimentos por meio das diversas expressões artísticas, de modo
dialógico e crítico. A produção exige o explorar materiais, suportes e recursos
expressivos; exige, ainda, lidar com processos investigativos desses recursos,
relacionando-os com a identidade e contexto sociocultural dos estudantes e
visando construir posicionamentos e projetos de vida.
O conceito Arte/Educação vai além do desenvolvimento das
capacidades afetivas, cognitivas, psicomotoras e socioemocionais dos sujeitos.
Contribui para esses lugares, mas ressalta a importância da preservação da
cultura como patrimônio coletivo. Os/as estudantes, ao entenderem a si
mesmos como parte dela, reconhecem a necessidade de apreensão das
habilidades artísticas para saber se auto representar e comunicar. Além disso,
corrobora para a formação da consciência, do pensamento crítico, da produção
criativa e da transformação da realidade.
Arte é conhecimento. Depende de um processo dinâmico, subjetivo e
relacional estabelecido na experiência da reciprocidade. Ela perpassa por
expectativas, interesses e necessidades sobre aquilo que é ensinado. Por isso,
a escola pode contribuir para o “letramento artístico”, na medida em que
desenvolve o entrecruzamento de aprendizagens culturais e estéticas pelo
ensino escolar. Portanto, ressalta-se a importância do trabalho educativo,
incorporando a compreensão do mundo da arte à construção do projeto de vida
(GOIÁS, 2009, pp. 30-35).

A Arte/Educação e suas especificidades

O ensino de Arte reforça a razão de que a apropriação dos saberes


culturais amplia a possibilidade de pertencimento dos sujeitos no mundo por
meio das expressões artísticas. Porém, reafirma-se a condição do ensino
escolar mais especializado, em que o/a professor/a responsável pelo
componente curricular Arte assuma a sua ministração de acordo com a
especificidade da formação acadêmica, superando, sobretudo, a ideia da
polivalência, em que um professor tenta ensinar todas as expressões artísticas
sem aprofundar conhecimentos em nenhuma delas, característica da educação
artística dos anos de 1970.
O direcionamento para a especialização do ensino escolar das práticas
artísticas é baseado na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
(LDBEN) - Lei nº 9.394/96. E, mais recentemente, nas orientações normativas
da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) para as etapas da Educação
Básica. Sob eventual exceção, considerada a realidade da rede estadual de
ensino, para a área do conhecimento de Linguagens (e Suas Tecnologias), na
hipótese de admitir professores/as com outra formação acadêmica, esse
profissional deverá definir apenas uma expressão artística, aquela que tenha
maior habilidade e, assim, vincular-se ao Centro de Estudo e Pesquisa Ciranda
da Arte e manter-se em contínuo aprimoramento profissional em cursos de
formação continuada.
A orientação para o ensino de Arte, na perspectiva da Arte/Educação,
compreende que o componente curricular Arte pode ser especificado, em forma
e conteúdo, no desenvolvimento de Arte/Artes Visuais, Arte/Dança, Arte/Música
e Arte/Teatro. O referencial curricular da rede estadual de ensino contempla
essa possibilidade, proporcionando um processo de ensino-aprendizagem
sobre as práticas artísticas com qualidade e profundidade.

Figura 02: Conceitos essenciais para o ensino de Arte/Artes Visuais


Figura 03: Conceitos essenciais para o ensino de Arte/Dança

Figura 04: Conceitos essenciais para o ensino de Arte/Música

Figura 05: Conceitos essenciais para o ensino de Arte/Teatro

Reforça aqui a necessidade de o/a professor/a compreender que a


experiência com a arte na escola precisa ser atravessada por intencionalidades
pedagógicas, respeitando as singularidades de cada uma dessas expressões
artísticas e dos estudantes, não praticando a superficialidade de um ensino
polivalente. Preza-se pela verticalização de uma expressão artística orientada
por profissionais especializados na área.
O ensino de Arte, nessa perspectiva, problematiza a hegemonia de um
currículo escolar tradicionalmente hierárquico, eurocêntrico e monocultural. O
referencial curricular goiano avança ao conceber a multiculturalidade, com
distintas representações simbólicas, no qual há reflexão da relação entre
saberes e poderes em movimento. Por isso, o trabalho educativo em Arte
passa a ser desenvolvido de modo espiralado, compreendendo que à
educação, ao ensino e à escola se articula a ideia de uma sociedade
democrática.
Assim, desenvolve o pensamento artístico dos/as estudantes e contribui
para a promoção do pensamento científico e filosófico como um todo. O estudo
sistemático de artistas e obras artísticas (locais, nacionais e/ou internacionais),
fortalece o reconhecimento identitário sobre a cultura goiana. Ao se
perceberem enquanto sujeitos, no lugar simultâneo da semelhança e diferença,
se estabelece uma identificação de influências e outras relações.
A qualidade das práticas artísticas é dependente da consistência e
profundidade dos conceitos desenvolvidos pelos/as professores/as. O trabalho
educativo é dependente da potencialidade da formação acadêmica
especializada e do aprimoramento profissional sobre as manifestações
artísticas. O referencial curricular goiano indica questões epistemológicas,
teórico-metodológicas e didático-pedagógicas a serem enfrentadas. Considerar
as condições do espaço físico, a infraestrutura das unidades escolares e os
recursos materiais também é importante.

Formas de Avaliação

A avaliação escolar no ensino de Arte precisa ser considerada. De modo


sistêmico, pode compreender momentos distintos (diagnóstico, formativo,
somativo e comparativo), de maneira processual e contínua. Por exemplo, o/a
professor/a pode observar interesse, participação, envolvimento e capacidade
de reflexão teórico-prática dos/as estudantes. Além disso, levantar outros
atributos relacionados à percepção da própria experiência sobre os aspectos
técnicos e os conceitos que foram trabalhados.
São exemplos de instrumentos avaliativos para o ensino de Arte: a
avaliação escrita, para verificar a apreensão teórico-conceitual do
conhecimento em Arte; a avaliação prática, para observar aspectos técnicos
incorporados ao fazer artístico; a autoavaliação, para refletir sobre as próprias
atitudes nos momentos de ensino; o diário de bordo, para registrar as
impressões sobre as práticas artísticas experienciadas; o portfólio, para
sistematizar tanto o processo quanto o produto artístico desenvolvido; os
ensaios, para entender o lugar da expressão representativa e de opiniões da
criação artística; os eventos, para expor o que fora produzido e dialogar
posteriormente sobre a relação entre artista e público; dentre tantas outras
possibilidades.

A Arte no Ensino Fundamental


O contato com as manifestações artísticas acontece desde a Educação
Infantil, nos “campos da experiência”. No Ensino Fundamental, a Arte como
componente curricular passa a compor a área do conhecimento de Linguagens.
Nos anos iniciais, se desenvolve predominantemente no processo de
escolarização do/a professor/a generalista. Já nos anos finais, o/a professor/a
especialista assume essa ministração, colocando os/as estudantes em contato
com o aprofundamento de conceitos sobre o conhecimento em arte - o que
amplia suas capacidades de identificação, análise e produção artística.
No Ensino Fundamental, o ensino de Arte acontece na experiência
artística do ambiente escolar. É possível expressar afetos, emoções e
sentimentos, bem como ideias e pensamentos sobre o mundo. Os discursos
são produzidos pelas representações simbólicas, utilizando-se da imaginação.
Aprender sobre arte abarca a experiência da provocação dos sentidos, por
meio de processos criativos que permitem o exercício da percepção nos
momentos em que os/as estudantes podem se colocar ao longos dos
momentos de sua aprendizagem.
É preciso intencionalidade pedagógica por parte do/a professor/a.
Pautado no referencial curricular goiano, é possível promover o conhecimento
sobre a generalidade da arte e, ao mesmo tempo, sobre a particularidade de
qualquer manifestação artística experienciada. Ao desdobrar a mobilização de
conceitos e procedimentos, deve-se buscar articulá-las com as habilidades que
promovam atitudes e valores direcionados à solução de questões cada vez
mais complexas. Em outras palavras, poder fruir e saber valorizar as
manifestações artísticas e participar de suas práticas, compreendendo-as como
resultado de uma produção cultural, seja talvez o maior desafio para o Ensino
Fundamental.
O ensino de Arte nas unidades escolares de Ensino Fundamental
precisa ser potencializado pela Arte Educação. O desenvolvimento do
conhecimento artístico deve se realizar a partir de um trabalho educativo
colaborativo, como comunidade escolar. Aqui, o conceito de
interdisciplinaridade é uma premissa fundamental para a área do conhecimento
na qual o componente curricular passa a se integrar. O/a professor/a precisa
estar sensível às possibilidades de diálogo que podem ser estabelecidas
durante o seu processo de mediação.

Ensino de Arte no Ensino Médio

A Educação Básica é uma conquista histórica do direito à educação, da


emancipação do indivíduo e da promoção da equidade social. E para que
aconteça, depende da universalização do acesso à escola, da democratização
do ensino, da valorização profissional e do comprometimento da sociedade.
Sua organização curricular pressupõe a aprendizagem essencial de
conhecimentos escolares e a construção de atitudes, habilidades e valores que
potencializam o desenvolvimento pleno dos/as estudantes.
Para a etapa do Ensino Médio, reforça-se a objetividade de uma
educação escolar comprometida com a promoção da formação humana, o
exercício da cidadania e a preparação para o mundo do trabalho. Por meio do
ensino de Arte, propõem-se aprendizagens que dialogam com materiais,
pensamentos e sentimentos interligados, permitindo que educação e estética
se entrecruzem, promovendo diferentes configurações expressivas
materializadas e refletidas. Desse modo, é importante garantir a sua presença
em todos os anos escolares do Novo Ensino Médio goiano, seja na formação
geral básica e/ou na parte flexível do currículo, não se esquecendo do trabalho
educativo na área do conhecimento de Linguagens e Suas Tecnologias, na
qual os componentes de uma mesma área do conhecimento precisam
desenvolver-se de modo integrado.
Se os objetos de conhecimento das manifestações artísticas sintetizam
conceitos, processos e conteúdos, torna-se necessário a realização de um
trabalho educativo autoral e consciente sobre as matrizes estéticas e culturais,
os sistemas de linguagem, os elementos da linguagem, os contextos e práticas,
os processos de criação e as materialidades. Assim, reforça-se novamente a
presença do/a professor/a especialista para a Arte/Artes Visuais, Arte/Dança,
Arte/Música e Arte/Teatro como alguém que consegue lidar pedagogicamente
com a especificidade daquilo que for escolhido. E também, pela condição do
tratamento com as dimensões do conhecimento artístico que se estabelece ao
longo da experiência artística, a saber: criação, crítica, estesia, expressão,
fruição e reflexão.

Ensino de Arte e a Modalidade Educação de Jovens e Adultos (EJA)

A Educação de Jovens e Adultos (EJA) é uma modalidade de ensino


que se destina às pessoas que não tiveram acesso e/ou oportunidade de
concluírem seus estudos na idade considerada para as etapas do Ensino
Fundamental e do Ensino Médio. Ela vai apresentar a tríplice função:
reparadora, de reconhecimento do acesso humano aos direitos civis - pela
restauração do direito à educação; equalizadora, de objetivação da igualdade
de oportunidade, acesso e permanência do/a estudante na instituição escolar;
e qualificadora, de viabilizar uma atualização permanente do conhecimento e
de promoção de aprendizagens contínuas.
O ensino de Arte considera os/as estudantes da EJA como sujeitos
histórico-sociais que possuem seus próprios saberes, construídos ao longo de
experiências culturais. A transitoriedade dos desejos, escolhas e necessidades
foram decorrentes da sua relação com o mundo, devendo ser respeitadas.
Essa pluralidade pressupõe a sensibilidade do/a professor/a em se deixar fazer
conhecer as origens, os valores e as experiências de cada pessoa,
considerando o princípio da diversidade. O conhecimento artístico vai depender
também dessa percepção, pois existe uma maturidade de vivências em relação
ao mundo que podem considerar o contato com as manifestações artísticas.
Por exemplo, o/a jovem pode trazer a condição de exclusão do sistema
regular de ensino (por evasão ou retenção) e buscar uma formação geral
básica articulada à melhores oportunidades de trabalho. Já o/a adulto/a pode
estar buscando o seu direito tardio à educação para além da
instrumentalização para o trabalho (como compensação ou reparação), por
possuir uma experiência de vida que abarca certa discussão do mundo
contemporâneo a partir de sua particularidade geracional. O ensino de Arte
precisa estar articulado às possibilidades de educação, ensino e escola que
lhes serão apresentadas, considerando esse mapeamento uno e diverso, na
aplicabilidade do referencial goiano.

O Ensino de Arte por uma Educação Antirracista

Como já citado anteriormente, um dos pontos importantes do ensino de


arte na Rede Estadual de Ensino é tratar da multiculturalidade, das distintas
formas de produzir e refletir sobre arte. Propomos um ensino que problematiza
a hegemonia de um currículo escolar tradicionalmente hierárquico, eurocêntrico
e monocultural. Neste sentido, faz-se necessário colocar em prática as Leis
10.639 e 11.645/2008 que versam sobre a obrigatoriedade do estudo da
História e Cultura da África, Afro-Brasileira e Indígena na Educação Básica. No
currículo de Arte de Goiás, são diversas as habilidades que elencam o fazer, a
compreensão crítica e a contextualização de Matrizes Estéticas e Culturais
Africanas, Afro Brasileiras e Indígenas. É, portanto, uma obrigatoriedade do
ensino de arte trabalhar com tais questões de forma a ampliar a compreensão
do mundo, o respeito à diversidade cultural, às diferentes práticas artísticas e
experimentações estéticas.
No sentido de exemplificar possibilidades de ensino de arte, em uma
educação antirracista, a educadora Aissi Kárita (professora do Centro de
Estudo e Pesquisa Ciranda da Arte) fez um compilado de algumas atividades
educativas, demonstrando formas possíveis de correlacionar tais temas ao
ensino das artes na educação básica
(https://drive.google.com/file/d/1iRILZORO2Q9fg9s__2p93MKXEfTkxLS-/view) .
Nas palavras da autora:

O material que você tem em mãos trata-se de uma seleção de


atividades escritas para a Rede Estadual de Ensino de Goiás,
por meio do Centro de Estudo e Pesquisa Ciranda da Arte/Seduc
GO, primeiramente para a revista digital WebZine Ciranda da
Arte e que posteriormente, também compôs as sugestões de
atividade elencadas pelo Net Escola. Ambas as plataformas têm
como principal objetivo fornecer referências e sugestões de
atividade para que professoras e professores da rede pública de
Goiás possam trabalhar com estudantes em sala de aula.
Escrevi essas atividades visando colocar em prática as Leis
10.639 e No 11.645/2008 que versam sobre a obrigatoriedade do
estudo da História e Cultura da África, Afro-Brasileira e Indígena
na Educação Básica. Vale ressaltar que ambas as leis advêm do
contexto de pressões dos movimentos negros e dos povos
indígenas ou povos originários, e que tratam não só de uma
reparação histórica, mas de uma conquista desses movimentos
para toda a sociedade. Assim como atender às diretivas no
Estado de Goiás que, com o Documento Curricular para Goiás
Ampliado (DCGO Ampliado), remetem às Leis ao elencar como
objeto do conhecimento nas Artes Visuais, Matrizes Estéticas e
Culturais, Contextos e Práticas, Materialidades e Imaterialidades,
Patrimônio Cultural Material e Imaterial (CIRANDA DA ARTE,
2024, p. 3 ).

No sentido de promover o contato com obras de arte e com artistas, o


Centro de Estudo e Pesquisa Ciranda da Arte circula nas escolas com duas
galerias itinerantes com temática antirracista, a saber:

● Afrofuturar. Exposição de Artes Visuais da Profª. Ms. Aissi Kárita;


● Perfis Originários: Retrato a Lápis de um Brasil Ancestral.
Exposição de Artes Visuais do Prof. Indígena José Alecrim.

Ambas as exposições possuem agenda de viagens e oficinas


planejadas, mas as escolas também podem solicitar as visitações por meio do
e-mail: cirandadaarte@seduc.go.gov.br.

O ENSINO DE ARTE E A ORGANIZAÇÃO CURRICULAR


A Seduc-GO apresenta, em suas Diretrizes Pedagógicas 2024,
orientações específicas para a Organização Curricular de toda a rede
educacional goiana, com características peculiares para cada modalidade,
etapa e forma de ensino: Unidade Escolar de Tempo Parcial; Centro de Ensino
em Período Integral (CEPI); Educação de Jovens e Adultos (EJA); Ensino
Mediado por Tecnologia (EJATEC); Educação Técnica Profissional, dentre
outras.
Em todas as configurações apresentadas, a Arte se faz presente como
Componente Curricular da Área de Linguagens e suas Tecnologias, no núcleo
de Formação Geral Básica. Na Parte Diversificada está estruturada como
Eletiva na Área Integrada e como Formação Inicial Continuada (FIC) e Cursos
Livres no Núcleo de Qualificação Profissional, contidos nos respectivos
modelos de Matriz Curricular (Modelo 1 e Modelo 2).
Todas as eletivas, cursos FIC e cursos livres vinculados à Gerência de
Arte e Educação terão material de apoio pedagógico produzido pelo Centro de
Estudo e Pesquisa Ciranda da Arte, hospedados no site:
https://cirandadaarte.com.br/webzine/. Os Cursos Livres terão tutoria on-line do
Ciranda da Arte e os Cursos FIC, de caráter autoinstrucional, serão orientados
pelo Centro de Estudo e Pesquisa Ciranda da Arte.

Parte Diversificada das Unidades Escolares de Tempo Parcial:

No Ensino Fundamental em Tempo Parcial, a Arte está contemplada


na Área Integrada como Eletivas:
● Produção Cênica (ministrada por professor de Arte)
● Produção Literária (ministrada por professor de Língua
Portuguesa).

Estas Eletivas estão vinculadas ao Concurso-Cênico Literário


Reconhecendo Nossas Goianidades e serão orientadas pela Gerência de Arte
e Educação/SDEAE, em ação conjunta com a Superintendência do Ensino
Fundamental e Centro de Estudo e Pesquisa Ciranda da Arte.
Fonte: Diretrizes Pedagógicas 2024 - Seduc Goiás

No Ensino Médio em Tempo Parcial, a Arte está contemplada em dois


modelos de Matriz Curricular. No Modelo 1, ela compõe o Núcleo de
Qualificação Profissional com os Cursos de Formação Inicial Continuada -
FIC e Cursos Livres.
Cursos FIC vinculados ao Ciranda da Arte:
● Tópicos de Arte para o ENEM - Artes Visuais
● Canto Coral - Música
● Contação de Histórias - Teatro

Cursos Livres vinculados ao Ciranda da Arte:


● Habilidades em Desenho Artístico
● Dança: História e Coreografia
● Expressão Cênica
● Flauta Doce
● Coro Cênico Juvenil.
● agosto) com a culminância nas escolas para apresentação da
pesquisa-ação à comunidade escolar e sociedade em geral.
● 3ª Etapa: Trilha Científica no Parque Nacional da Chapada dos
Veadeiros (PNCV). A Trilha Científica acontece durante os meses
Na Matriz Modelo 2, a Arte compõe a Área Integrada como Eletivas de:
● Produção Cênica (ministrada por professor de Arte)
● Produção Literária (ministrada por professor de Língua
Portuguesa)
● A Fotografia e suas Possibilidades na Escola (ministrada por
professor de Arte).
As Eletivas Produção Cênica e Produção Literária estão vinculadas
ao Concurso Literário de Redação Bariani Ortêncio e são orientadas pela
Gerência de Arte e Educação/SDEAE em parceria com a Superintendência do
Ensino Médio e Centro de Estudo e Pesquisa Ciranda da Arte.
A Eletiva A Fotografia e suas Possibilidades na Escola também será
orientada pelo Centro de Estudo e Pesquisa Ciranda da Arte.
Fonte: Diretrizes Pedagógicas 2024 - Seduc Goiás

Organização Curricular do Centro de Ensino em Período Integral (CEPI) -

Parte Diversificada (Núcleo de Integração Curricular):

Na Parte Diversificada da Matriz do Centro de Ensino em Período


Integral (CEPI), a Arte está contemplada com as Eletivas
● Produção Cênica (para professores de Arte)
● Produção Literária (para professores de Língua Portuguesa)
● A Fotografia e suas Possibilidades na Escola

As Eletivas Produção Cênica e Produção Literária estão vinculadas a


dois importantes concursos literários da Seduc: o Concurso Cênico-Literário
(E.F.) e o Concurso Literário de Redação Bariani Ortencio (E.M.). Ambos
são orientados pela Gerência de Arte e Educação/SDEAE, em parceria com a
Superintendência do Ensino Fundamental, do Ensino Médio e com o Centro de
Estudo e Pesquisa Ciranda da Arte.
Já a Eletiva A Fotografia e suas Possibilidades na Escola é indicada
para estudantes do Ensino Médio, com orientação do Centro de Estudo e
Pesquisa Ciranda da Arte.
Caso haja outras Eletivas da área de Arte, como dança, violão, coral,
dentre outras modalidades artísticas, elas devem ser ministradas por
professores com formação em Arte ou com experiências comprovadas. Essas
Eletivas devem ser acompanhadas pelo Centro de Estudo e Pesquisa Ciranda
da Arte/Gerência de Arte Educação e poderão participar do Festival Arte
Educativo de Goiás - Faego.
Sobre a Eletiva de Banda/Fanfarra, no CEPI de 9 horas, as aulas devem
ser organizadas no horário das Eletivas, do Protagonismo Juvenil, Pós-Aula e
aos sábados. Já no CEPI de 7 horas, as aulas devem acontecer após o turno e
aos sábados.
Todas as eletivas vinculadas à Gerência de Arte e Educação terão
material de apoio pedagógico produzido pelo Centro de Estudo e Pesquisa
Ciranda da Arte, hospedados no site: https://cirandadaarte.com.br/webzine/,
composto por aulas completas relacionadas ao currículo de Goiás e aos
projetos vinculados à Gerência de Arte e Educação.

Resumo:
CENTRO DE ENSINO EM PERÍODO
ESCOLA DE TEMPO PARCIAL
INTEGRAL (CEPI)
ENSINO ENSINO
FUNDAMENTAL ENSINO MÉDIO FUNDAMENTAL ENSINO MÉDIO
(ANOS FINAIS) (ANOS FINAIS)

Produção Cênica Produção Cênica Produção Cênica Produção Cênica

Produção Literária Produção Literária Produção Literária Produção Literária

A Fotografia e
A Fotografia e suas
suas
Possibilidades na
Possibilidades na
Escola
Escola

IMPORTANTE: Foi elaborado um conjunto de ementas para que o trabalho


educativo das Eletivas se desenvolva. Ou seja, recomenda-se que o/a
professor/a da unidade escolar utilize esse material para construir tanto a sua
proposta de ensino quanto o seu sequenciamento de atividades, em
consonância com as possibilidades da sua realidade escolar. Vale destacar que
essas Eletivas fomentam: a produção do Concurso Cênico-Literário - para a
etapa do Ensino Fundamental; e do Concurso Literário de Redação Bariani
Ortêncio - para a etapa do Ensino Médio). A ementa de cada Eletiva pode ser
encontrada nos links disponibilizados abaixo:
1. Etapa do Ensino Fundamental
❖ Produção Cênica. Disponível em:
<https://docs.google.com/document/d/1ExXIsTwm4i-qeGeRyQ_ce
bQIeW3WJbil/edit?usp=sharing&ouid=110015516946620774610
&rtpof=true&sd=true>;
❖ Produção Literária. Disponível em:
<https://docs.google.com/document/d/1V3uhgersyhHiXpPkotVw7
8Toe96yy2YF/edit?usp=sharing&ouid=110015516946620774610
&rtpof=true&sd=true>.

2. Etapa do Ensino Médio


❖ A Fotografia e Suas Possibilidades na Escola. Disponível em:
<https://docs.google.com/document/d/1DqA25oqkZM5YWcJ9Usa
Kvcg7Ks604Ows/edit?usp=sharing&ouid=1100155169466207746
10&rtpof=true&sd=true>;
❖ Produção Cênica. Disponível em:
<https://docs.google.com/document/d/16Gg4E0mplUv2s4du4pHc
VxY1Egv4cRGn/edit?usp=sharing&ouid=11001551694662077461
0&rtpof=true&sd=true>;
❖ Produção Literária. Disponível em:
<https://docs.google.com/document/d/1NS2Daiwn783wArQkyJyzg
epQXB9RFYI2/edit?usp=sharing&ouid=110015516946620774610
&rtpof=true&sd=true>.

Do Ensino Mediado por Tecnologia

Na parte diversificada do Ensino Fundamental mediado por tecnologia, a Arte


pode ser contemplada como Eletiva de Produção Cênica. No Ensino Médio, é
contemplada por meio dos cursos FIC e Cursos Livres.
Organização Curricular da Educação de Jovens e Adultos (EJA) e suas
diferentes formas

Na segunda etapa do Ensino Fundamental e na terceira do Ensino Médio da


Educação de Jovens e Adultos - EJA Presencial, a Arte constitui componente
curricular da Base Nacional Comum e como Eletiva na parte Diversificada.

PROGRAMA ARTE/EDUCAÇÃO GOIÁS CIRANDA DA ARTE

Trabalho colaborativo da Gerência de Arte e Educação e Centro de Estudo e


Pesquisa Ciranda da Arte

O Centro de Estudo e Pesquisa Ciranda da Arte, instituído por meio da Lei


15.255/2005, é uma unidade educacional que tem como finalidade a formação
continuada dos professores que atuam na área de Arte, também subsidiando
pedagogicamente os projetos artísticos desenvolvidos nas unidades escolares.
Como espaço de aprendizagens onde professores/as da rede estadual refletem,
discutem e sistematizam possibilidades para o ensino de Arte (artes visuais, dança,
música e teatro) tem, desde a sua criação, sido referência de elaboração curricular,
construindo projetos de ensino, materiais pedagógicos e auxiliando na
materialização de propostas arte/educativas.
Arte Educa

O projeto Arte Educa é instituído por meio da Portaria nº 2037/2022, que


apresenta no bojo de suas ações a promoção da cultura, da formação artística
e estética dos estudantes, na perspectiva de inclusão e transformação social,
em busca de melhorar a qualidade da educação e de manter o estado de Goiás
como referência nacional na Arte Educação e, ainda, elevar o Índice de
Desenvolvimento da Educação Básica.
O Arte Educa vem para democratizar o acesso aos bens culturais,
ampliar saberes artísticos e estéticos, prover oportunidades para o
aprofundamento de conhecimentos específicos e de interesse dos/das
estudantes, além de prepará-los/las para futuras profissões que emergem no
contexto dessa contemporaneidade em importantes campos que surgem no
Brasil e no exterior, na economia criativa.
O Arte Educa se configura como atividade educacional complementar ao
currículo básico, com o objetivo de prover oportunidades de acesso à formação
artística e estética dos/das estudantes nas diversas expressões: artes visuais,
dança, música e teatro com o intento de verticalizar aprendizagens na área de
maior interesse do/a estudante, consumando experiências que possam
desenvolver suas múltiplas inteligências. Todas as expressões artísticas são
essenciais na formação de indivíduos criativos, reflexivos e colaborativos,
principalmente pelo caráter de coletividade instituído no projeto Arte Educa.
A Arte, quando vivida e aprendida por meio de processos
arte/educativos, além do conjunto das aprendizagens cognitivas, alcança as
dimensões emocionais, relacionais e atitudinais, favorecendo o
desenvolvimento da consciência crítica e posicionamento ético, motivação,
resiliência, solidariedade, compromisso, autoconhecimento, engajamento,
empatia, respeito às diferenças, interesse pelo conhecimento, portanto,
conatus aumentado.

O Arte Educa/Artes Visuais abrange diversas formas de expressão


artística, como pintura, escultura, desenho, arquitetura, artesanato, fotografia,
cinema e design, integrando o mundo real ao imaginário. As Artes Visuais,
centradas em cores e formas, desempenham papéis importantes como fontes
de informação, entretenimento, questionamento, registro histórico e, quando
amparadas pelos processos arte/educativos, promovem a formação artística e
estética dos estudantes. Com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e
Documentos Curriculares para Goiás (DCGO Ampliado e DCGO-EM), as
dimensões do conhecimento se entrelaçam, consumando experiências
artísticas de criação, crítica, estética, expressão, apreciação e reflexão. Essas
experiências são essenciais para aprofundar o processo de
ensino-aprendizagem, promovendo também o desenvolvimento sustentável e a
preservação da identidade cultural.

As aulas do Arte Educa/Dança devem ser elaboradas tendo como base


o DCGO Ampliado e DCGO-EM, não havendo necessidade de considerar os
cortes temporais, uma vez que o planejamento deve ser elaborado a partir das
habilidades desejadas para o projeto, considerando o nível dos estudantes no
mesmo. Para a organização das aulas, deve ser considerado o espaço escolar
e as dimensões do conhecimento em dança no referido espaço, sem
negligenciar técnicas específicas da modalidade a ser trabalhada. As turmas
também podem ser organizadas por modalidades de dança, tais como jazz,
balé, hip hop, ou qualquer outra modalidade à escolha do professor. No
processo educativo se deve propor a investigação e a reflexão do movimento,
do corpo e das ações deste movimento na vida do/a estudante e na
comunidade.

O Arte Educa/Música tem um importante papel no desenvolvimento


integral dos estudantes, contribuindo para o aprimoramento cognitivo,
emocional e social. Por meio do contato com a música, os estudantes
expandem sua percepção sonora, desenvolvem habilidades motoras e refinam
a expressão emocional. Além disso, a educação musical promove a apreciação
estética, permitindo que os estudantes explorem diferentes gêneros e culturas,
enriquecendo sua bagagem cultural. Ao aprender a tocar um instrumento ou
participar de corais e grupos musicais, os estudantes também cultivam a
disciplina, a colaboração e a concentração.

A música, como linguagem universal, proporciona uma forma única de


comunicação, conectando pessoas e transcendendo barreiras culturais. A
educação musical nas escolas não apenas nutre potenciais talentos, mas
também democratiza o acesso à arte, promovendo a inclusão e a diversidade.
Além disso, estudos mostram que a exposição à música desde a infância está
associada a melhorias na capacidade de aprendizado, memória e resolução de
problemas. Portanto, investir na educação musical não apenas enriquece a
experiência educacional, mas também contribui para formar indivíduos mais
sensíveis, criativos e conectados com o mundo ao seu redor.

O Arte Educa/Teatro se compromete a oferecer aos estudantes


vivências sensoriais que os conduzam à consciência de si mesmos e dos
outros, explorando expressões cênicas. Essas experiências revelam narrativas,
conhecimentos e práticas presentes nos espaços presentes nos processos de
aprendizagem, abordando o entendimento do mundo e da vida. Convidados a
uma imersão significativa, os participantes compreendem a complexidade das
ações humanas e os afetos que as impulsionam. Alinhado aos eixos temáticos
da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e do Documento Curricular de
Goiás (DCGO), o Arte Educa no Teatro considera contextos, práticas,
elementos linguísticos, processos criativos, matrizes estéticas culturais e
materialidades. Essa abordagem visa capacitar os estudantes a se tornarem
críticos, protagonistas e agentes transformadores em sua realidade e
sociedade.

Dos espaços e materiais necessários para o Arte Educa

Para a implementação e continuidade do Arte Educa de artes visuais,


dança, teatro e música, em suas diferentes modalidades (banda, violão,
prática de conjunto, coral) é necessário espaço adequado para o
desenvolvimento das aulas no contraturno escolar. Quanto aos materiais do
Arte Educa de artes visuais, dança, teatro, coral, violão, é responsabilidade da
unidade escolar proponente do projeto a viabilização dos recursos necessários
para o seu desenvolvimento. Já para as bandas e fanfarras, a Seduc
desenvolve política de aquisição de instrumentos (processo em andamento) e
uniformes em processo de finalização das entregas às unidades escolares. No
entanto, há um processo de aquisição de material da Seduc, em andamento,
para subsidiar as aulas da área de Arte, ainda sem previsão de conclusão.

A nomenclatura destinada a cada grupo musical, adotada pela Gerência


de Arte e Educação, segue a convenção das entidades brasileiras de Bandas e
Fanfarras (CNBF e LBF) que divide cada grupo musical de acordo com o
instrumental utilizado, como descrito abaixo:

● Banda de Percussão: constituída de instrumentos da família da percussão,


bombos, surdos, pratos, caixas, tenores e instrumentos de percussão sem
altura definida (meia lua, agogô, chocalho, triângulo, pandeiro entre outros);
pode-se acrescentar percussão sinfônica (tímpanos, marimbas, xilofones,
vibrafones, glockenspiel, etc). Existe a possibilidade também de instrumentos
melódicos como escaleta, lira e flauta doce. Caso haja instrumentos melódicos,
a banda deverá ser equilibrada com 50% de instrumentos percussivos sem
altura definida e 50% de instrumentos melódicos.
● Fanfarra: formada por instrumentos melódicos de sopro da família dos metais
(cornetas lisas, com gatilho ou com 1 pisto, cornetões, com gatilho ou com 1
pisto de qualquer tonalidade) e percussão bombo, caixa, prato, tenor, etc.
Pode-se acrescentar percussão sinfônica (tímpanos, marimbas, xilofones,
vibrafones, glockenspiel, etc.) sendo obrigatória a utilização de pelo menos 02
(dois) instrumentos diferentes de cada família (sopro e percussão). Ex.: corneta
+ cornetão + instrumentos de percussão (bombo, caixa, prato, tenor).
● Banda Marcial: composta por instrumentos melódicos de sopro da família dos
metais (sousafone, tuba, bombardino/eufônio, melofone, trombone de vara,
trombone de pisto, trombonito, trompa, trompete, etc.) e percussão bombo,
caixa, prato, tenor, etc. Pode-se acrescentar percussão sinfônica (tímpanos,
marimbas, xilofones, vibrafones, glockenspiel, etc.) sendo obrigatória a
utilização de pelo menos 04 (quatro) instrumentos diferentes de cada família
(sopro e percussão). Ex.: tuba (sousafone) + bombardino + trombone de vara +
trompete + percussão.
● Banda Musical: constituída por instrumentos de sopro da família das madeiras
(flauta transversal, clarinete, requinta, saxofones, etc.) e instrumentos de sopro
da família dos metais (trompete, trombone, trompa, bombardino/eufônio, tuba,
etc.) e percussão, bombo, caixa, prato, tenor, etc. Pode-se acrescentar
percussão sinfônica (tímpanos, marimbas, xilofones, vibrafones, glockenspiel,
etc.); além dos instrumentos de percussão é obrigatória a utilização de pelo
menos 2 (dois) instrumentos diferentes de cada família (metais, madeiras e
percussão). Ex.: tuba + trombone + trompete + clarinete + saxofone +
percussão.

Em relação aos materiais didáticos do Arte Educa/Banda, a Seduc-GO adota

como referencial o Método Tocar Junto, de autoria de Marcelo Eterno Alves;

porém, incentiva o uso de outros métodos que possam ampliar a atuação técnica

dos discentes. A coleção contém 7 volumes, de acordo os naipes: trompete,

trombone, trompa, eufônio, tuba e percussão destinados aos estudantes e o livro

do maestro contendo toda a grade dos exercícios técnicos e repertório. O uso

correto desse material e de qualquer outro método contribui para o

desenvolvimento consciente e consistente, possibilitando o aprendizado musical

gradativo.

No método Tocar Junto também constam elementos importantes da

organização de um grupo musical, tais como: cuidados e manutenção dos

instrumentos; um pouco da história de cada instrumento musical; princípios básicos

da respiração; princípios básicos de pulso e andamento, de ritmo, som e silêncio;

princípios básicos de teoria musical; sugestões de metodologia de uso dos

exercícios, dentre outras orientações. O importante é que todos os estudantes das

bandas/fanfarras precisam ter esse material para seus estudos, sendo de uso

pessoal, o qual se encontra disponibilizado pela Seduc e poderá ser retirado no


Centro de Estudo e Pesquisa Ciranda da Arte. A unidade escolar desprovida deste

material deve solicitar ao Articulador do Desporto Educacional, Arte e Educação.

Da rotina do Arte Educa

Em relação ao acompanhamento do Projeto Arte Educa, a Gerência de Arte

Educação trabalha em conjunto com as CREs, contando com a colaboração de

suas Assessorias Pedagógicas; em especial, do Articulador do Desporto

Educacional, Arte e Educação, o responsável pelo monitoramento do Arte Educa

em cada CRE.

Para a autorização de um novo projeto (a iniciar em 2024) e modulação do

professor, a unidade escolar deve encaminhar para a Gerência de Arte e

Educação, via SEI 18295, os documentos constantes no link

https://drive.google.com/drive/folders/1i-w5uG1Z55PZrxlGRgeDc5qo5u7ZhMpW

● Anexo I - Projeto
● Anexo II - Parecer do Conselho Escolar
● Anexo III - Termo de Compromisso e Responsabilidade da Unidade
Escolar
● Anexo IV - Declaração da Coordenação Regional de Educação.

Ao elaborar o projeto, o professor/instrutor deve preencher todos os


campos da seguinte forma:

● Na Introdução, descrever a proposta pedagógica, evidenciando os


benefícios educativos e sociais a serem desenvolvidos com os
estudantes.
● A Justificativa deve fundamentar a importância do projeto
arte/educativo como resposta a um problema ou necessidade
identificado no ambiente escolar.
● O Objetivo geral é igual para todos e deve ser o de promover a cultura
da formação artística e estética dos estudantes numa perspectiva de
inclusão e transformação social, buscando a melhoria da qualidade da
educação, a fim de tornar o estado de Goiás uma referência nacional na
Arte/Educação e elevar o Índice de Desenvolvimento da Educação
Básica – Ideb.
● Os Objetivos específicos devem ser descritos levando em
consideração a progressão dos conhecimentos necessários para a
habilidade proposta.
● A Metodologia deve evidenciar como as aulas serão realizadas,
descrevendo os processos metodológicos, as estratégias e práticas de
ensino, especificando com detalhes.
● Sobre a avaliação, deve-se apresentar os critérios de forma clara e
compreensível, como por exemplo: a avaliação será de modo sistêmico
e contínuo, compreendendo momentos de diagnóstico, formativo,
somativo e/ou comparativo, de modo a analisar o interesse, a
participação, o envolvimento e a capacidade de reflexão teórico-prática
sobre os objetos de conhecimento/conteúdos propostos, bem como
aspectos relacionados à percepção e à sensibilidade na experiência dos
conteúdos trabalhados.

Após aprovação do projeto e modulação dos professores/instrutores, inicia-se o

monitoramento do Arte Educa nessas unidades escolares. Para os projetos que já

se encontram em andamento, o monitoramento já começou. Neste sentido, a

escola deverá encaminhar ao articulador, no primeiro dia de cada mês, assinado

pelo gestor escolar, os documentos do Arte Educa, com exceção do Portfólio

Digital, que deve ser encaminhado semestralmente.

03 - DOCUMENTOS ARTE EDUCA 2024 - Google Drive:

● Plano de Estudo (planejamento mensal referente ao mês a ser


trabalhado);
● Folha de Chamada dos Estudantes (referente ao mês trabalhado);
● Diário das Aulas (referente ao mês trabalhado);
● Relatório Analítico (mensal), contendo informações quali-quantitativas
sobre as atividades do projeto (referente ao mês trabalhado);
● Portfólio Digital, para apresentar tanto o processo quanto o produto
artístico desenvolvido durante o ano letivo (Entregar em junho e novembro).

Das aulas/atividades
As aulas/atividades do Projeto Arte Educa de artes visuais, dança,
teatro, ensino coletivo de violão e coral das unidades escolares de tempo
parcial devem acontecer no contraturno do estudante, após aula e/ou aos
sábados para o ensaio geral.
No Centro de Ensino em Período Integral (CEPI), admite-se apenas o
Arte Educa Banda/Fanfarra e a Prática de Conjunto. No CEPI de 9 horas, as
aulas podem ser organizadas no horário das Eletivas, do Protagonismo Juvenil,
aos sábados e após a aula. Já no CEPI de 7 horas, as aulas das
bandas/fanfarras devem acontecer no contraturno do estudante (após a aula)
e/ou aos sábados. O horário limite para o término das aulas é: 19 horas para
estudantes do Ensino Fundamental e 20 horas para estudantes do Ensino
Médio. Todas essas informações deverão ser apresentadas no corpo do
projeto, com a devida anuência da gestão escolar.
É aceitável a participação de até 10% de estudantes egressos nas
corporações musicais, desde que participem do projeto em seu cotidiano, com
Termo de Compromisso firmado pelo estudante egresso e com frequência às
aulas comprovada pelo gestor da escola.
Somente será permitida a participação de estudante em projeto de outra
unidade escolar quando sua escola não oferecer Arte Educa. Para isso, os
gestores das duas unidades escolares devem formalizar o Acordo e informar à
Gerência de Arte e Educação para que autorize a inserção do/a estudante em
questão em uma banda de outra escola.
Da organização da Jornada de Trabalho do professor/instrutor Arte Educa

20 horas 30 horas 40 horas

16 horas/aulas 24 horas/aulas 32 horas/aulas


(correspondente a 13 (correspondente a 20 (correspondente a 26
horas/relógio) em presença horas/relógio) em horas/relógio) em presença
pedagógica e 7 presença pedagógica e pedagógica e 14
horas/relógio de Hora 10 (dez) horas/relógio horas/relógio de Hora
Atividade, sendo 2 (duas) de Hora Atividade, Atividade, sendo 5 (cinco)
horas presenciais na sendo 3 (três) horas presenciais na unidade
unidade escolar destinadas presenciais na unidade escolar, destinadas ao
ao planejamento, reuniões e escolar e 7 (sete) para planejamento, reuniões e
preparo da documentação o aprimoramento preparo da documentação do
do monitoramento e 5 profissional (cursos e monitoramento e 9
(cinco) destinadas ao afins). horas/relógio para o
aprimoramento profissional aprimoramento profissional
(cursos e afins). (cursos e afins).

ATENÇÃO!

- As horas/relógio destinadas ao aprimoramento profissional, em cursos de formação


continuada, não devem constar no quadro de horário a ser elaborado por cada
professor/instrutor. Elas são destinadas à formação continuada ofertada pela Secretaria
de Educação/Gerência de Arte Educação/Ciranda da Arte, com certificado válido para a
comprovação do Bônus Aprimoramento Profissional, ou atividades afins.

- Os horários de aprimoramento são: 5 horas/relógio para carga horária de 20 horas; 7


horas/relógio para 30 horas e 9 horas/relógio para 40 horas. Essas horas poderão,
também, subsidiar ações específicas da Gerência de Arte e Educação.

Da organização dos tempos pedagógicos, de acordo com a


especificidade do projeto.

O horário das aulas deve ser demonstrado em siglas no Quadro de Horário de


cada professor.

(Local onde inserimos os quadros de horário em PDF na diagramação)

A organização dos tempos pedagógicos de Artes Visuais, Dança e


Teatro deve ser organizada em agrupamentos de estudantes de acordo com as
diferentes modalidades e níveis como iniciante, intermediário, avançado. Ao
elaborar o projeto, inserir o quadro de horário a partir desta orientação.

Do quantitativo de estudantes

No Arte Educa Banda, Fanfarra, Prática do Conjunto, o quantitativo de


estudantes deve corresponder ao total de instrumentos disponíveis para o
projeto, sendo que o mínimo é de 25 estudantes.
No Arte Educa Ensino Coletivo de Violão, deve-se levar em conta o
quantitativo de instrumentos para a formação das turmas em uma carga horária
equivalente a 20 horas semanais. A escola que possui 10 violões deverá
atender o quantitativo de 40 estudantes, organizados em 4 turmas. A escola
que possui 15 violões deverá atender o quantitativo de 60 estudantes,
organizados em 4 turmas. Cada turma deverá ter 2 encontros semanais com
aulas duplas, totalizando, assim, a carga horária de 16 horas/aula semanal em
efetivo exercício com estudantes.

Para o Ensino Coletivo de Teclado, a quantidade estipulada para cada


turma é de 8 a 10 teclados. Nesse caso, o professor com 20 horas semanais
deverá organizar as turmas com aulas duplas de 1h40min, em 2 dias,
perfazendo um total de 4 aulas por turma. Consequentemente, o professor
atenderá o total de 32 estudantes (para 8 teclados) a 40 estudantes (para 10
teclados).

No Arte Educa Dança, cada turma deve ter no mínimo 10 e no máximo


15 estudantes, considerando o espaço de uma sala de aula de 50 metros
quadrados com carteiras. Se houver na escola uma sala exclusiva para dança
nesta mesma metragem, a turma pode comportar até 20 estudantes.
Festival Arte Educativo de Goiás - FAEGO

O Festival Arte Educativo de Goiás (FAEGO) é uma ação formativa,


artística e cultural destinada à promoção de ambientes de interação e
divulgação do Projeto Arte Educa de bandas/fanfarras, prática de conjunto,
ensino coletivo de violão, dança, coral, teatro e artes visuais. Outras práticas
artísticas da área de Arte (artes visuais, dança, música e teatro) que
acontecem nos CEPIs podem participar do FAEGO.

O FAEGO visa a difusão de produções artísticas desenvolvidas nas


unidades escolares da rede estadual de educação de Goiás, como parte de
políticas voltadas para as atividades educacionais complementares na área de
Arte, em consonância com os ideais formativos presentes na Base Nacional
Comum Curricular e nos Documentos Curriculares de Goiás – DCGO Ampliado
e do Ensino Médio. Tem como objetivo estimular e valorizar a produção
artística escolar em suas vertentes criativas, reflexivas e críticas. Além disso
contribui para difundir as linguagens artísticas como essencial para a formação
integral dos estudantes nos aspectos cognitivo, afetivo, social, físico e cultural,
contribuindo para a proficiência nas demais áreas do conhecimento,
fortalecendo, portanto, valores essenciais para a formação cidadã e a projeção
da cultura arte/educativa desenvolvida nas escolas goianas.

O Faego é constituído das seguintes fases: intermunicipal, municipal,


regional e estadual. Todo o edital, processo de inscrição e orientações do
FAEGO você encontra no link: https://cirandadaarte.com.br/faego/

Concurso Cênico-Literário Reconhecendo Nossas Goianidades

O projeto que configura este concurso é interdisciplinar, envolvendo os


componentes curriculares de Língua Portuguesa e de Arte/Teatro. Ao
estabelecer pontos de contato entre Literatura e Teatro, inter-relacionando-os
neste projeto, propõe-se aos estudantes participantes atividades de criação,
crítica, estesia, expressão, fruição e reflexão conforme as habilidades e objetos
de conhecimentos que compõem o DCGO-Ampliado com o foco na
valorização, no reconhecimento, na promoção e na preservação das
identidades culturais de Goiás.
Assim, possibilita aos/às estudantes participantes experiências para
(re)descobrir a forma de desenvolver a linguagem oral, escrita, gestual e cênica
com sensibilidade e senso crítico, trazendo à realidade emoções profundas e
significativas a partir da utilização de experiências pessoais para a construção
de textos literários e/ou de cenas teatrais, interligados à pesquisa e ao estudo
de biografias e autobiografias de artistas e autores/as, bem como de obras
artísticas e obras literárias que valorizam a diversidade cultural goiana da
comunidade local e regional.
O concurso visa premiar estudantes do Ensino Fundamental da Rede
Pública Estadual de Goiás em reconhecimento à qualidade de suas produções
cênicas e produções textuais inéditas.
Todo material de apoio ao CCL, sugestões de aulas e edital você pode
encontrar no link:
https://cirandadaarte.com.br/ccl-reconhecendo-nossas-goianidades/

Concurso Literário de Redação Bariani Ortêncio

O concurso é uma homenagem ao escritor e folclorista Waldomiro


Bariani Ortencio, aprovado pela Lei 18.733/2014. O concurso tem como
finalidade incentivar e despertar nos estudantes de Ensino Médio o interesse e
o gosto pela leitura, pela escrita de textos de diversos gêneros literários e pela
representação cênica das histórias barianianas. Os estudantes finalistas são
premiados em cerimônia que acontece no dia 22 de agosto de cada ano, em
comemoração ao Dia do Folclore. O concurso é realizado em ação conjunta
com a Secretaria de Estado da Cultura e parceria com o Instituto Cultural e
Educacional Bariani Ortencio. As despesas da premiação correm por conta do
Fundo Estadual de Arte e Cultura do Estado de Goiás, Fundo Cultural da
Secretaria de Cultura.
Todo material de apoio, sugestões de aulas e edital pode ser acessado
no link: https://cirandadaarte.com.br/clr-bariani-ortencio/

Escrevendo a história dos municípios goianos


Trata-se da Resolução nº 10, de 28 de fevereiro de 2023, aprovada pela
Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego), que objetiva a publicação
de livro físico e digital que conte a história de cada município goiano. Fruto de
pesquisas e coletâneas obtidas, por meio do Regulamento do concurso,
incluindo redações, entrevistas e pesquisas sobre a história dos municípios
goianos. De caráter interdisciplinar, o concurso envolve os componentes
curriculares das áreas de Linguagens e de Ciências Humanas (e suas
tecnologias) e é destinado a estudantes do Ensino Médio. No segundo
semestre, a Gerência de Arte e Educação encaminhará as ementas das
Eletivas vinculadas a este concurso, que terá início no mês de agosto.
A escolha da temática Escrevendo a história dos municípios goianos é o
ponto de partida para pesquisar, conhecer e reconhecer as diversidades
históricas, sociais, políticas, econômicas e culturais peculiares aos nossos
municípios, especialmente aquelas que constituem as identidades culturais da
nossa goianidade.
Todas as despesas referentes à publicação do livro físico e e-book serão
da Assembléia Legislativa do Estado de Goiás.

AÇÕES ESPECÍFICAS DO CIRANDA DA ARTE

Historicamente o Centro de EstudCiranda da Arte é centrado na tríade:


formação de professores; produção artística; pesquisa em arte/educação. Por meio
desses eixos todas as ações do Ciranda da Arte são desenvolvidas.

Formação de Professores - Cursos Ciranda da Arte

Dentre as diversas propostas formativas elaboradas pelo Ciranda da Arte, os


cursos de longa duração têm como objetivo oferecer capacitação nas áreas
artísticas para os(as) professores(as), técnicos administrativos(as) da rede pública
de educação e pesquisadores(as). Os estudos ocorrem nas modalidades
presencial, semipresencial e à distância com o intuito de ampliar os conhecimentos
pertinentes à arte/educação.
Os cursos proporcionam o estudo e a reflexão em torno de concepções e
práticas pedagógicas em arte orientadas pela matriz curricular de Goiás. Isso é
feito por meio do subsídio teórico-metodológico das ações educativas, fomentando
a elaboração e execução de projetos e/ou planos de ensino nas unidades
escolares; relacionando a teoria com a prática investigativa; incentivando o acesso
a espaços culturais, tais como museus, exposições, espetáculos de dança e teatro,
concertos musicais e outros.
Previsão de oferta de cursos para o 1º semestre de 2024, na modalidade de
ensino à distância:

● Orientação Curricular Para o Ensino de Arte/Artes Visuais;


● Orientação Curricular Para o Ensino de Arte/Dança;
● Orientação Curricular Para o Ensino de Arte/Música;
● Orientação Curricular Para o Ensino de Arte/Teatro.

OBS.: As inscrições para os cursos de formação docente serão realizadas por


meio do link: <https://forms.gle/pVLz5JwLZVFgeuQr5>

Os cursos ofertados pelo Ciranda da Arte possuem a aprovação do


Conselho Estadual de Educação e possuem certificação de 40h. A plataforma
de cursos é o moodle do Ciranda da Arte, que você encontra no link:
https://moodleciranda.educacao.go.gov.br/

Arte Educação no Currículo

O projeto Arte Educação no Currículo é voltado para a formação de


professores e estudantes da Rede Estadual de Educação. Tem como proposta
realizar ações pedagógicas, didáticas e artísticas dentro do contexto escolar
oferecendo cursos, oficinas, materiais didáticos e realizando apresentações,
exposições, performances artísticas/didáticas a fim de aprimorar e
complementar o ensino/aprendizagem de Arte no currículo da educação
básica.
O Projeto Arte Educação no Currículo possui um perfil itinerante, onde a
equipe de professores/artistas do Centro de Estudo e Pesquisa Ciranda da Arte
vai até a escola no momento presencial de formação, procurando atender
todas as CREs (Coordenadoria Regional de Educação), uma por vez, em cada
circulação de formação. Além da formação de jovens e professores, o CEP
Ciranda da Arte deixa material de suporte pedagógico para que os conteúdos
possam ser aprofundados na escola.
A cada ano, novos conjuntos de espetáculos e cursos são formados e,
em 2024, cinco diferentes apresentações/exposições artísticas irão circular nas
escolas da rede pública de educação de Goiás. São elas:

● Goiano de Todo Canto. Grupo Musical: Os Menestréis;


● Vou te Contar... Tudo é Divino Maravilhoso. Grupo Musical: Ciranda da
Gente;
● Pretura. Grupo Experimental de Teatro: Trupe de Cirandeiros;
● Afrofuturar. Exposição de Artes Visuais da Prof. Ms. Aissi Kárita;
● Perfis Originários: Retrato a Lápis de um Brasil Ancestral. Exposição de
● Artes Visuais do Prof. José Alecrim.

OBS.: O cronograma do Projeto Arte Educação no Currículo estará disponível


a partir de fevereiro/2024, com acesso no link:
<https://seducgogov-my.sharepoint.com/:f:/g/personal/arteeducacao_nocurricul
o_seduc_go_gov_br/EpOnk0HYYrtOk1YB87F6h9sBBDG0Ks4TmGNKunnZcEe
9yA?e=eAzULj>

Suporte Pedagógico

As sugestões de aulas produzidas pelo Ciranda da Arte, destinadas ao


componente Arte estão disponibilizadas em diversas plataformas, de livre
acesso para download. São mais de 3.000 aulas, nas diversas linguagens
artísticas, que estão disponibilizadas no NetEscola e no site
www.webzinecirandaarte.com.br . Os materiais estão sendo utilizados há
quatro anos e temos recebido relatos de ações exitosas. As aulas estão
produzidas de forma a garantir a diversidade de propostas de direitos e
objetivos de aprendizagem, propiciando o desenvolvimento de competências e
habilidades da área, tal como proposto pela BNCC e DCGO-ampliado.

Habilidades Artísticas Juvenis (FIC/ Cursos Livres/ Cursos Presenciais)

Com a constante preocupação em ampliar a educação artística no


espaço escolar, o Ciranda da Arte desenvolve o Projeto Habilidades Artísticas
Juvenis. Este projeto é formado por uma equipe multiprofissional que busca
oportunizar o desenvolvimento dos(as) estudantes nas áreas de Dança,
Música, Teatro e Artes Visuais. O objetivo geral é contribuir, por meio da
arte/educação, com estratégias que estimulem a construção da autonomia de
pensamento e do posicionamento crítico diante do mundo, assim como o
desenvolvimento de habilidades sociais e emocionais.
O projeto oferece Cursos Livres na modalidade EAD e Presencial para
estudantes da Rede Estadual de Educação de Goiás interessados(as) em
aprofundar seus conhecimentos e interesses nas diversas linguagens
artísticas.
Os Cursos Livres na modalidade presencial, destinados a estudantes
da região metropolitana, são:

● Arte/Artes Visuais: Habilidades em Desenho Artístico;


● Arte/ Dança: Dança - História e Coreografia;
● Arte/Música: Flauta Doce;
● Arte/Música: Coral Cênico Juvenil;
● Arte/Teatro: Expressão Cênica.

OBS: As inscrições para os Cursos Livres/2024 - Habilidades Artísticas Juvenis


- Modalidade Presencial, serão realizadas através do link:
<https://forms.gle/bBA6dqEay8WL5DBe7.

Estes mesmos cursos são oferecidos na modalidade EaD e já foram


detalhados neste documento em itens anteriores.

Ipeartes
Desenvolvido por meio da atuação do Centro de Estudo e Pesquisa
Ciranda da Arte, o IPEARTES foi criado com base no conjunto de metas
estipuladas pelos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da
Organização das Nações Unidas (ONU), em especial, o ODS 4. O Ipeartes
busca implementar políticas públicas em arte/educação e tecnologias
sustentáveis, a partir de programas, projetos e ações focados na aprendizagem
significativa, na pesquisa/inovação e na extensão. Nesse sentido, ser
referência em educação integral, de maneira a ampliar a potência dos sujeitos,
considerando as dimensões cognitiva, física, afetiva e seus processos
socioculturais, está na meta do Ipeartes.
O Ipeartes/Ciranda da Arte atua no aperfeiçoamento profissional e na
formação de professores(as). Para isso, realiza encontros para abordagem de
temas transversais do processo de ensino/aprendizagem, desde o autocultivo
do(a) educador(a) até a criação de vínculo com a comunidade, por meio da
manutenção de Redes Educativas. As principais ações do Ipeartes são:
Ipeartes Itinerante e a Olimpíada de Humanidades.

Ipeartes Itinerante

É uma proposta de apoio educacional para alfabetização humanizada,


que acontece por meio de metodologia intertransdisciplinar nas áreas da Arte
Educação, práticas corporais (Educação Física), educação socioemocional,
educação socioambiental em suas várias dimensões do conhecimento. De
forma interdisciplinar, lúdica e artística, os conteúdos são vivenciados no
sentido de fortalecer a autonomia, a totalidade do ser, a consciência
socioambiental e a integração social. Agora em 2024 esta proposta alcança
diversas escolas da Apa Pouso Alto e, em breve, teremos a disponibilização
dos planos de aula integrados para toda a rede de ensino.

Olimpíada de Humanidades

A ação consiste no desenvolvimento de projetos arte/educativos para o


ensino médio das escolas da rede estadual de educação de Goiás, na
microrregião da Chapada dos Veadeiros, nos municípios que compõem a Área
de Proteção Ambiental (APA) de Pouso Alto: Alto Paraíso de Goiás,
Cavalcante, Colinas do Sul, Nova Roma, São João D’Aliança e Teresina de
Goiás. Participa, também, o município de Monte Alegre de Goiás.
O objetivo geral é desenvolver Projetos de Aprendizagem Significativa
(PAS) nas áreas de Arte e Ciências Humanas, que se articulem de forma inter
e transdisciplinar com o currículo escolar e com outras áreas de conhecimento,
a partir de um tema geral.

A Olimpíada é organizada em 5 (cinco) etapas:

❖ 1ª Etapa: Sensibilização ao tema por meio de oficinas de


formação dos professores e estudantes inscritos desenvolvidas
pelo Ipeartes nas unidades escolares participantes; elaboração do
pré-projeto de pesquisa-ação (fevereiro e março);
❖ 2ª Etapa: Desenvolvimento da pesquisa-ação. Esta etapa é onde
os estudantes colocam em movimento todo o estudo, pesquisa e
planejamento desenvolvido anteriormente. É o momento de atuar
ativamente na comunidade, buscando solucionar os problemas
levantados. É nesta etapa que buscam atuar em âmbitos
políticos, sociais, transformadores da realidade local.
Desenvolvem projetos de revitalização, de conscientização, de
demandas por leis e outras questões necessárias. Após essa
grande transformação, fazem a culminância do projeto em sua
escola e compartilham o saber com toda a comunidade, em uma
grande celebração e partilha dos saberes/ações fomentadas ao
longo do ano.

❖ 3º Etapa: Trilha Científica no Parque Nacional da Chapada dos


Veadeiros. É o momento em que os estudantes podem conhecer
e reconhecer a grande biodiversidade e riqueza do local onde
vivem. Muitos estudantes daquela região vão ao PNCV, pela
primeira vez, nesta etapa da Olimpíada, apesar de residirem na
região desde que nasceram. É o momento quando aprendem
sobre si, sobre o local onde habitam, sobre a responsabilidade
social que possuem com o ambiente. Tudo isso envolto com
estudos e pesquisadores que apresentam a natureza ao redor
com olhar científico, crítico, analítico e muito dialógico. É, para
muitos estudantes, o primeiro estudo de campo sobre a região em
que habitam. É também um momento pleno de significação pela
presença, troca de saberes, onde a escola amplia-se para além
dos muros e passa a agir no mundo.
❖ 4ª Etapa: O Turismo Educacional propicia viagens educativas
para lugares de referência cultural. O objetivo é construir laços
afetivos com nosso jeito de ser goiano(a). Durante o trajeto,
os(as) estudantes são levados a conhecer e a reconhecer parte
significativa da História, da Geografia, da Socioantropologia, da
Filosofia, das Artes e da variedade cultural das linguagens e da
linguística em Goiás.

❖ 5ª Etapa: Festival de Humanidades que acontece com a


participação de todos os estudantes e professores da Olimpíada
para a apresentação das produções resultantes da
pesquisa-ação: produção científica e produção artístico-cultural.

Congresso Estadual do Ensino de Arte

O Congresso Estadual do Ensino de Arte é um evento que congrega


professores cursistas do Centro de Estudo e Pesquisa Ciranda da Arte para
aprofundar questões acerca do ensino/aprendizagem em Arte. Este é um
evento que busca refletir sobre os conhecimentos vividos pelos professores e o
currículo da Rede Estadual de Goiás. É um momento de troca de saberes,
promoção de ideias inovadoras na educação e compartilhamento de práticas
exitosas. Busca-se reunir professores de diversas regiões do estado para
compreender como o currículo de arte pode ter diferentes abordagens, de
acordo com a cultura local. As palestras, oficinas e debates serão filmados e
transmitidos em tempo real para professores que desejarem acompanhar o
evento no formato online.

Aquisição de Instrumentos Musicais e Material Didático de Arte


A Gerência de Arte Educação é responsável por elaborar e acompanhar
os processos de aquisição de materiais para apoio pedagógico do componente
curricular arte e os processos de aquisição de materiais de apoio pedagógico
para todas as áreas artísticas, instrumentos musicais, equipamentos, uniformes
do projeto Arte Educa e licitação para a realização de eventos como o Festival
Arte Educativo de Goiás, Concursos Literários, Olimpíada de Humanidades.

Unidade Curricular: Formação Inicial Continuada (FICs) e Cursos Livres

Os Cursos de Formação Inicial Continuada (FICs) oportunizam aos


estudantes a realização de uma qualificação profissional, o qual corresponde a
um componente curricular do segmento formação técnica e profissional que
integrará a respectiva proposta curricular do Ensino Médio. Assim, no início de
cada ano letivo, o estudante escolhe uma opção de curso para realizar durante
a série em curso, sendo que fará uma escolha a cada série do Ensino Médio.
Os cursos/componentes são disponibilizados aos estudantes em
Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA), por meio da plataforma Moodle,
neste espaço o estudante cursista terá acesso aos materiais instrucionais, às
atividades e avaliações referentes a cada módulo do curso.
Cada curso/componente possui quatro módulos, correspondente aos
quatro bimestres do ano letivo. Assim, como nos componentes da FGB os
cursos possuem verificação de aproveitamento e frequência e, ao final do ano
letivo, é computada uma média geral como resultado final do componente, que
deve ser igual ou superior à média definida pela unidade escolar.
Além disso, os estudantes que concluírem o curso/componente com o
devido aproveitamento e frequência recebem um certificado de qualificação
profissional correspondente à temática de formação realizada. A avaliação do
módulo/bimestre compreende o cômputo da realização das atividades e
avaliação final.
Ressalta-se que embora a oferta dos componentes curriculares dos
cursos FICs seja de natureza autoinstrucional, os estudantes contam com o
efetivo e contínuo acompanhamento do Coordenador 45 de Apoio de EaD do
Ensino Médio, na realização dos componentes curriculares dos cursos FICs,
conforme cronograma e orientações encaminhadas pela Gerência de
Educação Profissional.
O Ciranda da Arte irá disponibilizar FICs para o Ensino Médio, conforme
a orientação das Diretrizes Pedagógicas da SEDUC, sendo estes:
● Arte/Artes Visuais: Tópicos de Arte Para o ENEM
● Arte/Música: Canto Coral
● Arte/Teatro: Contação de Histórias

● Os cursos livres ofertados pelo Ciranda da Arte são:
● Arte/Artes Visuais: Habilidades em Desenho Artístico
● Arte/Dança: História e coreografia
● Arte/Música: Coral Cênico Juvenil
● Arte/Música: Flauta Doce
● Arte/Teatro: Expressão Cênica

Os Cursos Livres terão tutoria on-line do Centro de Estudo e Pesquisa Ciranda


da Arte (GOIÁS, 2024, p. 47, item 8.4.3).

● s.
REFERENCIAL

CIRANDA DA ARTE. Educação Antirracista: coletânea de Amostra de


Atividades. 2024 ?????

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