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Professor: Jair Modesto Filho

Professora: Vivian Moreira Rodrigues de Souza

TEORIAS E TÉCNICAS
DE GRUPO

2022
Professor: Jair Modesto Filho
Professora: Vivian Moreira Rodrigues de Souza

SUMARIO
• Apresentação ………………………………………………………………………………………..03
• A Arte de Expressar-se e Falar em Público…………………….……………………….04
• Andragogia e Pedagogia no Processo de Aprendizagem…………………..…….22
• Ensino e Aprendizagem …………………………………………………………………………34
• Dinâmica de Grupos…………………………………………………………………………….…52
• Processo Grupal………..……………………………………………………………………………62
• Psicodrama………………………………………………………………………………………….…89
• Grupoterapia………………………………………………………………………….…………….107
Apresentação
Professor: jair Modesto Filho
Professora: Vivian Moreira Rodrigues de Souza

Apostila elaborada para ministrar aula da


Disciplina Teorias e Técnicas de Grupo do curso
de Psicologia da Faculdade Anhanguera de Betim,
MG, ano de 2022.

Professor Dr. Jair Modesto Filho


Professora Me: Vivian Moreira Rodrigues de
Souza
Minas Gerais, 2022

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A Arte de Expressar-se e Falar em Público

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A Arte de Expressar-se e Falar em Público

O que trouxe você aqui?

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A Arte de Expressar-se e Falar em Público

✓ Mão suando
✓ Coração disparado
✓ Boca seca
✓ O “branco”
✓ Tremedeira

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A Arte de Expressar-se e Falar em Público

O que você faz?

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A Arte de Expressar-se e Falar em Público

Estratégias comunicativas

“68% de todos os problemas administrativos resultam de


ineficiência na comunicação.”

(Petter Drucker)

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A Arte de Expressar-se e Falar em Público

Lidando com o medo

Segundo pesquisas, os maiores medos dos seres humanos são:


1º - Medo de Falar em Público
2º - Medo de Altura

3º - Medo de Insetos
4º - Medo de Problemas Financeiros
5º - Medo de Águas Profundas
6º - Medo da Morte

Fonte: Marco Túlio Costa, Mestre em


Administração, Professor de MBA da FGV.

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A Arte de Expressar-se e Falar em Público

De onde vem o medo de falar em público?

• Pensar no que os outros estão


pensando;

• Não conhecer o assunto;

• Não ter prática ou experiência


para falar.

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A Arte de Expressar-se e Falar em Público

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A Arte de Expressar-se e Falar em Público

Equação da comunicação

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A Arte de Expressar-se e Falar em Público

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A Arte de Expressar-se e Falar em Público

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A Arte de Expressar-se e Falar em Público

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A Arte de Expressar-se e Falar em Público

Quanto maior o grau de dificuldade


maior o desenvolvimento

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A Arte de Expressar-se e Falar em Público

Como receber um prêmio com elegância

Técnica ARDA
• Agradeça às pessoas por terem te escolhido merecedor do prêmio.

• Reconheça algo que te fez merecer o prêmio (importante reconhecermos as nossas


conquistas)

• Dedique esse prêmio a alguém que tenha alguma relação com a sua conquista.

• Agradece novamente a todos de uma forma bem breve

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A Arte de Expressar-se e Falar em Público

Entonação

Existem 3 maneiras de finalizar uma frase:

o Ascendente;

o Descendente;

o Linear.

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A Arte de Expressar-se e Falar em Público

o Ênfase

o Velocidade da fala

o Articulação

o Tom de voz

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A Arte de Expressar-se e Falar em Público

o Linguagem Corporal – Gestos

o Postura

o Expressão Facial

(A, Ã, E, Ê, I, O, Ô, U);

o Olhar

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A Arte de Expressar-se e Falar em Público

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Andragogia e Pedagogia no Processo de Aprendizagem

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Andragogia e Pedagogia no Processo de Aprendizagem

Definindo

“Andragogia é a ciência
que estuda como os
adultos aprendem.”

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Andragogia e Pedagogia no Processo de Aprendizagem

ANDROS Agogus PAIDOS

Homem maduro Conduzir Criança

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Andragogia e Pedagogia no Processo de Aprendizagem

Definindo

Adulto é aquele indivíduo que, além de ocupar o status definido pela


sociedade, tem capacidade reprodutiva, é psiquicamente independente,
é capaz de responder por seus direitos e deveres no convívio social.

Adulto é aquela pessoa madura o suficiente para assumir as


responsabilidades por seus atos diante da sociedade. Ele tem plena
consciência de suas ações e pode tomar decisões responsáveis em sua
vida.

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Andragogia e Pedagogia no Processo de Aprendizagem

A forma como o adulto aprende

Adultos aprendem de forma diferente das


crianças.
A aprendizagem somente poderá ser
efetivada se aplicarmos teorias e técnicas
adequadas (CONHECER OS ALUNOS)

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Andragogia e Pedagogia no Processo de Aprendizagem

A forma como o adulto aprende

• Aplicação prática na vida e não conceitos abstratos.

• Análise de experiências (estudos de casos): Parábolas,


situações do cotidiano.

• Utilizar as próprias experiências das pessoas, para aplicar


ensinos profundos.

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Andragogia e Pedagogia no Processo de Aprendizagem

A forma como o adulto aprende

O estudo de como os adultos aprendem levou as seguintes conclusões:

1. Adultos retêm 10% do que ouvem após 72 horas(3 dias).

2. Adultos retêm 85 % do que ouvem, vêm e fazem no mesmo período.

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Andragogia e Pedagogia no Processo de Aprendizagem

A forma como o adulto aprende

3. Adultos podem se concentrar numa explanação teórica durante 10/15 minutos. Depois disso a atenção
dispersa.

4. As informações mais lembradas são aquelas recebidas nos primeiros 15 minutos.

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Andragogia e Pedagogia no Processo de Aprendizagem

A forma como o adulto aprende

5. Adultos querem uma aplicação prática imediata do que aprendem.

6. Não se interessam por conhecimento que serão úteis apenas no futuro.

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Andragogia e Pedagogia no Processo de Aprendizagem

A forma como o adulto aprende

7. Adultos vivem a realidade do dia-a-dia. Querem aprender algo para melhorar sua vida ou para
resolver problemas reais.

8. Adultos querem saber “o que” e “como fazer”.

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Andragogia e Pedagogia no Processo de Aprendizagem

O que motiva os adultos a aprenderem


coisas novas?

1. Procuram aprender coisas novas antes, depois ou durante eventos de mudanças em suas vidas: novo emprego,
promoção, namoro, noivado, casamento, filhos etc.

2. Experiências de aprendizado que tragam respostas práticas para os problemas que estão enfrentado ou vão
enfrentar num prazo muito curto.

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Andragogia e Pedagogia no Processo de Aprendizagem

A forma como o adulto aprende

As necessidades específicas dos ADULTOS exigem dos


professores:

PLANEJAMENTO

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Ensino e Aprendizagem

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Ensino e Aprendizagem

Ensino

Transmissão de
conhecimento

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Ensino e Aprendizagem

Aprendizagem

Tomar posse do
Conhecimento
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Ensino e Aprendizagem

Aprender...
... é o processo de mudança
comportamental, resultante
da aquisição de três coisas...

38
Ensino e Aprendizagem

C ONHECIMENTO
H ABILIDADE - CAPACIDADE

A TITUDE
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Ensino e Aprendizagem

Facilitador

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Ensino e Aprendizagem

Papel do Facilitador?
O papel do facilitador é apresentar informações
através de técnicas de ensino e criar um ambiente
adequado para a aprendizagem

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Ensino e Aprendizagem

O que é preciso para que eu me torne um


FACILITADOR?

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Ensino e Aprendizagem

Preciso…

COMUNICAR-ME
COM EFICIÊNCIA

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Ensino e Aprendizagem

Preciso…

Promover o
entusiasmo

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Ensino e Aprendizagem

Preciso…

Demonstrar a
importância prática
do ensino
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Ensino e Aprendizagem

Preciso…

Demonstrar como o
ensino aplicado fará
a diferença na vida
do aluno
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Ensino e Aprendizagem

Preciso…

Dominar a aplicação
das atividades em
grupos
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Ensino e Aprendizagem

Preciso…

Demonstrar com
exemplos práticos,
como o ensino
muda a vida
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Ensino e Aprendizagem

PREPARAÇÃO INTELECTUAL

• Procure dominar o assunto que vai tratar;


• Procure experimentar o assunto que vai tratar;
• Crie uma pergunta de quebragêlo que produza uma reflexão profunda sobre o tema;

Para Saber Mais:


• “O Monge e o Executivo”
• “Multiplicando a Liderança”
• “Pais Brilhantes, Professores Fascinantes”

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Ensino e Aprendizagem

• PREPARAÇÃO DO AMBIENTE

▫ • Coloque as pessoas em círculo;


▫ • Provoque interação ente elas;
▫ • Crie um ambiente agradável, não intimidador.
▫ • Cuidado com o número de pessoas! Quanto maior o
grupo MENOR será sua eficácia.

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Ensino e Aprendizagem

Recursos Audiovisuais

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Ensino e Aprendizagem

Passos para uma atividade de sucesso


1. Estude seus alunos
2. Defina os objetivos de sua aula
3. Selecione o conteúdo
4. Selecione a técnica de ensino
5. Escolha os recursos audiovisuais
6. Determine o tempo da aula
7. Revise a idéia central
8. Faça a conclusão
9. Desenvolva a introdução

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Dinâmica de Grupos

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Dinâmica de Grupos

Biografia William Carl Schutz


(1925-2002) nasceu em
Chicago. Estudou Psicologia e
obteve um PhD em 1951. Em
1958,

Introduziu a teoria das


relações interpessoais que ele
chamou de (FIRO). do Artigo:
Processo Grupal, ao final da
aula faremos um debate.

54
Dinâmica de Grupos

DINÂMICA DE GRUPOS William C. Schutz

Chutz introduziu a teoria das relações interpessoais que ele chamou de (FIRO).

Segundo a teoria de três dimensões das relações interpessoais eram considerados


necessários e suficientes para explicar a maior interação humana: Inclusão, Controle e
Afeto.

Essas dimensões têm sido usados até hoje para avaliar a dinâmica dos grupos.

Schutz também criou FIRO-B, um instrumento de medição com escalas que avaliam os
aspectos comportamentais das três dimensões inclusão, controle e afeto.

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Dinâmica de Grupos

DINÂMICA DE GRUPOS William C. Schutz

Dinâmica de grupo “UNIÃO DE UMA EQUIPE” relacionada à teoria de Schutz.

Segundo Schutz, um grupo se integra a partir do momento em que as necessidades


interpessoais são satisfeitas. E apenas em grupo e pelo grupo elas podem ser satisfeitas
adequadamente.

Sendo assim ele dividiu em, 3 necessidades interpessoais sendo elas: inclusão, controle e
afeição. Logo, ao entrar em qualquer grupo o indivíduo busca estas três necessidades de
forma respectiva.

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Dinâmica de Grupos

DINÂMICA DE GRUPOS William C. Schutz

Inclusão

A fase de inclusão não implica necessariamente em fortes conexões


emocionais ou de domínio com outros indivíduos, mas um processo de
formação grupal.

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Dinâmica de Grupos

DINÂMICA DE GRUPOS William C. Schutz

Inclusão
A necessidade de inclusão é a necessidade de se sentir incluído, integrado, de receber
atenção e ser valorizado pelos demais integrantes do grupo, além de ser a fase em que o
indivíduo analisa as pessoas e suas idéias, para saber se estar no grupo certo.

Essa necessidade pode ser tanto adequada, quanto inadequada dependendo do nível de
assistência dada ao grupo.

Na dinâmica percebemos a importância de cada indivíduo no grupo quando ficamos em roda


de mãos dadas transparecendo união e notando a particularidade de todos em conjunto.

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Dinâmica de Grupos

DINÂMICA DE GRUPOS William C. Schutz

Controle

O comportamento de controle refere-se ao processo de tomar


decisões em conjunto em áreas de poder, influencia e autoridade; a
necessidade de controle varia ao longo de um continuum, deste
desejo de ter autoridade sobre os outros (e portanto, sobre o futuro).

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Dinâmica de Grupos

DINÂMICA DE GRUPOS William C. Schutz

Controle

A necessidade de controle se trata de influência sob o grupo, ou seja, trata-se da


responsabilidade do indivíduo perante o grupo e suas ações a favor do mesmo, se
tornando uma necessidade adequada quando há o processo de tomada de decisão.

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Dinâmica de Grupos

DINÂMICA DE GRUPOS William C. Schutz

Afeição

São vínculos pessoais que referem-se às proximidades pessoais e emocionais entre as pessoas.

SUBSOCIAL – Ha prevalência da tendência ao retraimento e introversão.

SUPERSOCIAL - Tendência a ser extrovertido sociável - a interação com as pessoas não


representa problemas significativos.

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Dinâmica de Grupos

DINÂMICA DE GRUPOS William C. Schutz

Afeição

Afeição, consiste em querer se sentir valorizado pelo grupo, sendo que o indivíduo
buscará saber se é importante e respeitado aos olhos dos membros por sua
competência.

Sendo adequada quando há uma comunicação clara, aberta e honesta entre os


integrantes.

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Processo Grupal

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Processo Grupal

•KISNERMAN(1978): Propõe o Desenvolvimento


evolutivo do grupo
•Leva em consideração a integração dinâmica entre seus
membros e a conquista do objetivo proposto;

Etapas e operações de resolução de problemas


integrados entre si.

Ademir de Lucas Esalq/US P

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Processo Grupal

1- Fase de Formação
É fundamental conhecer a motivação dos que virão a formar o grupo.
•Tensão e mobilização de defesas com relação a situação;
•Surgem atitudes alternativas de submissão, agressão, aceitação ou rejeição,
verbalizadas ou percebidas nos gestos;
•Indecisão quanto a objetivos e possibilidades – grupo aparente
•Podem surgir sub grupos.

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Processo Grupal

1- Fase de Formação
.
Por que Papel do facilitador
Fase de inclusão Momentos do grupo Medo de se expressar Promover
I Fase de Inclusão Medo de errar apresentações
Formação Desconfiança Desconfia do que vai Criar clima descontraido
Isolamento acontecer Deixar claro
Mudez objetivos/conteúdo
Insegurança Levantar expectativas
Dificuldade de se
expressar

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Processo Grupal

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Processo Grupal

2- Fase de Conflito
Três categorias de conflitos:
•valores e normas
•objetivos
•de personalidades
•Conflito é positivo para o grupo, pois ele adquire auto-conhecimento e experiência;
•Analisar os conflitos acelera a integração e a organização do grupo.

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Processo Grupal

2- Fase de Conflito

Por quê Papel do


facilitador
Fase de controle Cobranças Confiança Abrir espaços p/
Iniciativas p/ dar Integração lideranças
Conflito explicações Perda dos medos comportamento
Vontade de exercer Necessidade de ocupar discreto
influências espaços no grupo Promover discussão
Tentativas de lideranças Incentivar idéias
Feed-back para Respeitar pontos de
faciliatador vista
Definição de normas Decidir em conjunto
Estimular a expressão
de sentimentos,
dificuldades, facilidades

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Processo Grupal

3- Fase Organização

Por quê Papel do Facilitador

Fase de afeição ou Aproximação Estabelecimento de Lista de endereços


maturidade Formãção de pequenos amizades Estimular compromissos
grupos Necessidade de mais com melhorias e
Organização Demonstração de vínculos mudanças
afeto/desafeto Facilidade de expressar Promover aproximação
Troca de endereços afetividade de pessoas
Solicitação de novos Incentivar feed back
encontros

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Processo Grupal

4- Fase de Integração
Auto coesão dos grupos.
Unidos, confiantes no espírito de associação do grupo, sensação de pertença, reforça
os laços de amizade, camaradagem, lealdade para com os membros.Tem satisfação de
estar juntos.
Fatores de coesão: status, reconhecimento, avaliação positiva dos de fora,
oportunidades de interação.

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Processo Grupal

5- Fase de Dissolução
Quando o grupo já atingiu seus objetivos e não encontra outros, para se renovar. É um processo
natural.
Grupo perde a motivação para estar junto.
Competição dentro do grupo.

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Processo Grupal

Equilíbrio no Grupo

Mutirão - Ação Objetivo


Organização
Cooperação
Pauta – tempo
Solidariedade
Regras do jogo
Troca –partilha
Técnicas –
Comunicação direta
Avaliação
União força
Participação Ação
Criatividade
Novas idéias – Poder do grupo
Invenção - Sabedoria
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Processo Grupal
Desequilíbrio no Grupo

Egoísmo Desorganização

Individualismo Falta de objetivos

Centralização Desordem

Silêncio Mandão

Boicotes Sabichão

Vingança Omissão
Apatia
Poder de um chefe
Desinteresse
Esperar, esperar
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Processo Grupal

O QUE É CONFLITO?
“Do latim conflitu, embate dos que lutam;
discussão acompanhada de injúrias,
ameaças; desavença; guerra; luta;
combate; colisão; choque; o elemento
básico determinante da ação dramática, a
qual se desenvolve a função da oposição e
luta entre diferentes forças.”

(Novo Dicionário Da Língua Portuguesa)


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Processo Grupal

O QUE É CONFLITO?

“Luta, combate, desavença,


discórdia, disputa, atrito,
antagonismo, desarmonia,
controvérsia, hostilidade, desunião,
guerra.”

(Dicionário Aurélio)

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Processo Grupal

ORIGEM

Surgem por um choque de


interesses, personalidades,
ansiedade e frustrações, lutas
pelo poder e status.

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Processo Grupal

AS ORGANIZAÇÕES:

“Constituem-se em verdadeiras arenas


para conflitos individuais e grupais, nos
quais os participantes lutam por seus
interesses.”

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Processo Grupal

Conflitos podem ser


construtivos?

79
Processo Grupal

PERCEPÇÃO DO CONFLITO
FORMA POSITIVA

•Útil
• Estimulante
• Criativo
• Oportunidade de
crescimento
• Desafiador

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Processo Grupal

VISÃO DE CONFLITO – INFLUÊNCIAS


POSITIVAS

• História pessoal
• Atitude perante a vida
• Crenças
• Valores
• Filosofia de vida
• Maturidade
• Família
• Trabalho e ambiente de trabalho
• Ambiente social

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Processo Grupal

TIPOS DE CONFLITOS POSITIVOS

• DISCUSSÃO – Contribuições diferentes podem levar


a uma melhor solução

• COMPETIÇÃO – Estabelecimento de padrões para


um desempenho superior e motivação para as pessoas
conseguirem a superação.

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Processo Grupal

PRÉ-REQUISITOS PARA DISCUSSÕES


PRODUTIVAS:

1. A existência de uma liderança compartilhada, com


confiança entre os membros do grupo.

2. As questões devem ser tratadas de forma que os


objetivos sejam esclarecidos e a discussão se foque
em fatos conhecidos, nas metas a serem
perseguidas e nos métodos a serem utilizados.

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Processo Grupal

PRÉ-REQUISITOS PARA COMPETIÇÃO


PRODUTIVA:

1. Estabelecem-se padrões para um desempenho


superior.
2. Motivam-se as pessoas para produzir e trabalhar mais
para atingir tal padrão de desempenho superior.

A competição só pode ser frutífera se ela for


aberta, visto que nas competições fechadas tem-
se uma pessoa ganhando sobre a outra, o que
pode levar a conflitos destrutivos.
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Processo Grupal

ASPECTOS POSITIVOS

• Permite libertar tensões

• Fortalece relações quando é resolvido criativamente

• Pode elevar a motivação e energia para melhor execução das tarefas

• Permite reconhecer problemas ignorados

• Falta de conflito - Passividade

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Processo Grupal

ASPECTOS POSITIVOS

• Faz surgir ou ressurgir problemas que foram ignorados no passado

• Incentiva o indivíduo a conhecer melhor o outro

• Motiva o aparecimento de novas idéias/soluções

• Aumenta o nível de lealdade e sentimento de inclusão ao grupo (bem


como a colaboração)

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Processo Grupal

CONFLITO CONSTRUTIVO

• Gente muda
- Tentar novas estratégias
- Comunicar de forma diferente
- Mudança de objetivos

• Interação com objetivo de aprender ao invés de proteger (compreender, solucionar, perguntar, abrir,
mudar)

• Não ficar atolado no conflito (o conflito não define as pessoas)

• Procura o aumento da auto-estima

• Foco na relação

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Processo Grupal

CONFLITO:

O conflito como algo nocivo surge principalmente


por três razões:

• Falta de confiança;

• Perspectivas diferentes;

• Enfoques individuais para o tratamento dos


conflitos.
88
Processo Grupal

Conflito x Confronto - Leandro Karnal

https://www.youtube.com/watch?v=HbQ23ZeH8Fo

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Psicodrama

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Psicodrama

O psicodrama foi criado


por Jacob Levy Moreno,
psiquiatra romeno que nasceu
em 1898, viveu e trabalhou em
Viena até 1925 quando
emigrou para os Estados
Unidos, onde desenvolveu suas
teorias e veio a falecer em
1974.

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Psicodrama

❖ "Drama" significa "ação" em grego. Psicodrama pode ser


definido como uma via de investigação da alma humana
mediante a ação.

❖ É um método de pesquisa e intervenção nas relações


interpessoais, nos grupos, entre grupos ou de uma pessoa
consigo mesma.

❖ Mobiliza para vivenciar a realidade a partir do


reconhecimento das diferenças e dos conflitos e facilita a
busca de alternativas para a resolução do que é revelado,
expandindo os recursos disponíveis. (FEBRAP)

92
Psicodrama

❖ Psicodrama

Segundo Moreno (1978 p.231) o propósito do psicodrama é a partir do jogo do faz


de conta, “chegar perto da solução de problemas da infância assim como dos
mais profundos conflitos psíquicos” tendo o aqui e agora como referência
temporal, com todas as questões que emergem no momento da dramatização.

Psicodrama corresponde a uma abordagem psicoterápica na qual permite que ao


cliente externalizar seus conflitos psíquicos através de uma dramatização
terapêutica chamada de teatro espontâneo.

93
Psicodrama

❖ Psicodrama

Principal caracteriza do método psicodramático, os cinco instrumentos


criados por Moreno:

1. protagonista, diretor, ego-auxiliar;


2. platéia e cenário ou palco;
3. roteirizado pelas três etapas;
4. aquecimento, dramatização e compartilhar e
5. a aplicação das técnicas psicodramáticas.
94
Psicodrama

❖ Psicodrama Bipessoal

“O Psicodrama Bipessoal é uma modalidade da abordagem terapêutica


proveniente da teoria de Moreno. A teoria bipessoal não faz uso de egos-
auxiliares e atende apenas a um paciente por vez, a relação é composta por um
paciente e um terapeuta e não por todo um grupo.” (CUKIER, 1992)

95
Psicodrama

❖ Psicodrama com criança


“(...) levando em conta o número de psicodramatistas brasileiros, poucos tem se dedicado
especialmente à infância e ao aprofundamento de estudos nesta área. Poucos formadores,
poucos formados, escassez de publicações, indefinição e lento caminhar.
Assim eu percebo o psicodrama com crianças no Brasil, uma
psicoterapia em desenvolvimento.” (PETRILLI, 1995)

Ferrari e Leão apresentam a real possibilidade do trabalho do


método psicodramático para crianças, seja no atendimento individual
ou em grupo.

96
Psicodrama

PSICODRAMA COM CRIANÇAS

97
Psicodrama

98
Psicodrama

❖ Técnicas do psicodrama com crianças

Técnica do duplo: utilizada para auxiliar na organização das idéias que o paciente traz e
na tradução de emoções não verbalizadas e muitas vezes não conscientes.

O terapeuta atua como um dublê , dizendo ou fazendo pelo


paciente aquilo que ele não pode fazer.

Esta técnica está relacionada à primeira fase da Identidade, quando o bebê precisa da
mãe para traduzir o que ele sente e necessita.

99
Psicodrama

❖ Técnicas do psicodrama com crianças

Técnica do espelho: Caracterizada por um momento em que o


terapeuta reproduz a postura física que o paciente assume.

Através desta técnica o paciente pode se enxergar e observar sua


reação diante dos aspectos que estão sendo tratados.

“Um incremento da função observadora do eu”


(CUKIER , 1992, p. 41).

100
Psicodrama

❖ Técnicas do psicodrama com crianças

Técnica inversão de papéis é possivelmente uma das técnicas mais


utilizadas e mais importantes dentro do Psicodrama.

Por meio dela, o sujeito pode vivenciar o papel do outro e assim, entrar em contato com
aspectos de si mesmo, de seu próprio papel.

101
Psicodrama

❖ Técnicas do psicodrama com crianças

Técnica de entrevista: utilizada em conjunto com outras técnicas como a própria inversão
de papéis, por exemplo. O terapeuta conversa com os personagens da cena dramática
representados pelo protagonista sem, contudo, desempenhar o papel de um
personagem na cena em questão.

102
Psicodrama

❖ Técnicas do psicodrama com crianças

Técnica do solilóquio: consiste em fazer com que o paciente verbalize seus pensamentos,
fale o que está pensando sem se prender às conservas culturais, a padrões socialmente
esperados.

“Do solilóquio emergem sentimentos e questões ainda não


trabalhados facilitando a condução da dramatização.”
(CUKIER , 1992)

103
Psicodrama

❖ Técnicas do psicodrama com crianças

Técnica da interpolação de resistências : utilizada para trazer a possibilidade de atuação,


por parte do paciente, em papéis pouco dramatizados, proporcionando novas vivências.

Desta forma, o paciente poderá se tornar mais flexível frente a representação de outros
papéis.

104
Psicodrama

❖ A criança e o luto dentro do psicodrama

“A questão da origem da vida e da morte está presente na


criança, principalmente no que concerne na separação
definitiva do corpo. Ela tem uma aguda capacidade de
observação (...)”.
(KOVÁCS,1992, p. 42)

105
Psicodrama

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Psicodrama

107
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Grupoterapia
Grupoterapia

Grupoterapia

A terapia de grupo é uma forma de terapia em que um grupo de


indivíduos, cuidadosamente seleccionados, se reúne
regularmente com um propósito terapêutico, sob a orientação de
um ou dois terapeutas.

109
Grupoterapia

Como e feita a terapia de grupo?

De modo geral, os principais aspectos a serem considerados para compor o


grupo são: ter a experiência relacionada ao tema e estar disposto a entrar nesse
processo. Cabe ao psicólogo, ainda, observar mais a fundo o perfil do paciente e
perceber se ele está em condições de participar.

110
Grupoterapia

Grupoterapia - Benefícios

Favorece relações interpessoais

É uma oportunidade de conhecer e estar em contato com outras pessoas, o que é


algo importante.

Essa dinâmica da terapia em grupo também prepara o paciente para


relacionamentos mais saudáveis, que ele pode construir fora do hospital.

111
Grupoterapia

Grupoterapia e Gestalt

A linha de trabalho da Gestalt-terapia enfatiza o


autoconhecimento e o crescimento pessoal, focando no
homem e em suas percepções do presente, como
capacidade de se autogerir e regular.

112
Grupoterapia

O grupo Gestáltico é um recurso eficaz ao trabalhar numa perspectiva


sistêmica, abarcando os sentimentos e comportamentos dos indivíduos
de forma bastante profunda, assim o grupo é mais do que uma mera
soma de indivíduos, são pessoas que passam a afetar e serem afetadas
na relação com o meio.

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Grupoterapia

O terapeuta deve analisar como os indivíduos se relacionam observando os estágios do grupo.

O primeiro estágio está relacionado a identidade e dependência, neste momento os participantes demostram a
vontade de pertencer - necessidade de afeição -, ou seja, momento em que chegam e precisam que suas
queixas sejam acolhidas.

Mesmo que tais fases possam variar conforme o momento ou nem sempre ser facilmente definidas.

114
Grupoterapia

Indicações e Contra-indicações para a Grupoterapia

• Estejam mal motivados, tanto em relação à sua real disposição para um tratamento longo e difícil, quanto
ao fato de ser especificamente em grupo. O paciente precisa estar comprometido com o reconhecimento de
sua necessidade de tratamento psicoterápico.

• Sejam excessivamente deprimidos, paranóides ou narcisistas.


• O primeiro porque exigem atenção e preocupação concentradas exclusivamente em si próprios,
• os segundos pela exagerada distorção dos fatos, assim como a sua atitude defensiva-beligerante;
• o terceiro devido a sua compulsiva necessidade de que o grupo gravite em torno de si, o que os leva a
comportarem-se como “monopolistas crônicos” (Bach, 1975).

115
Grupoterapia

Indicações e Contra-indicações para a Grupoterapia

• Apresentam uma forte tendência a actings (atuações) de natureza maligna. Muitas vezes
envolvendo outras pessoas do mesmo grupo, como é o caso do psicopata;

• Grave risco de suicídio;

• Apresentam déficit intelectual ou uma elevada dificuldade de abstração;

• Pertence a uma condição profissional ou política que representa sérios riscos por uma eventual
quebra de sigilo.

116
Grupoterapia

CARACTERÍSTICAS DE GRUPOTERAPIA COM CRIANÇAS

• Homogenidade Grupal: alinhando as idades dos participantes, o tipo de patologia (psicóticos e não
psicóticos);

• Uso da linguagem motora e lúdica;

• O setting deve conter jogos e brinquedos;

• Uso de contato físico e, por vezes, a contenção física;

• É indispensável o acompanhamento dos pais, de preferência em grupo.

117
Grupoterapia

GRUPOTERAPIA COM PÚBERES E ADOLESCENTES

• Passagem de um setting lúdico para o uso da comunicação verbal, por isto, o enquadre deve
prover a utilização de uma caixa com material para desenhos, um quadro negro e jogos
coletivos.Uso de dramatização.

• Esta modalidade é indicada para estes pacientes possuem uma inclinação natural ao grupo de
iguais para que este funcione como caixa de ressonância ou continente para as ansiedades
existenciais.

• Por meio do interjogo das identificações projetivas, cria-se um ambiente favorável insiht.

118
Grupoterapia

GRUPOTERAPIA COM PÚBERES E ADOLESCENTES

• Há maior tolerância do adolescente a um enquadre grupal do que individual;

• Há um favorecimento na estruturação do sentimento de identidade, individual e grupal.

• O grupo propicia uma melhor elaboração dos conjuntos de inevitáveis (perdas e ganhos)físicas,
psíquicas e sociais, assim como uma transição de valores que são comuns a todos.

119
Grupoterapia

TERAPIA DE CASAL

• A terapia do casal que se encontra em crise visa ajudar o casal a se recompor ou a se separar
definitivamente, com menos traumas para eles.

• As duas principais questões que interferem na relação conjugal é a emancipação da mulher e o


fato de um dos cônjuges estar em tratamento individual e romper com o equilíbrio neurótico da
relação.

• O casal se estrutura com uma reciprocidade de dependência em quatro áreas: a afetiva, a


econômica, a sexual e a social. Sua maior ou menor estabilidade vai depender da qualidade
desta dependência.

120
Grupoterapia

TERAPIA DE CASAL

• O terapeuta deve entender quais os fatores que unem ou desunem o casal. Compreender se o
uso da palavra está deixando de ter um vínculo de comunicação para se tornar um instrumento
a serviço de projeções agressivas.

• O terapeuta deve cuidar para não entrar na “trama” das identificações projetivas do casal; O
terapeuta não pode se identificar com um deles ou tomar partido, sob pena de perder a sua
neutralidade.

• Caso o terapeuta queira atender um dos cônjuges individualmente, deve ficar atento para não
gerar, a partir desta situação, conflito de lealdade.

121
Grupoterapia

TERAPIA DE CASAL

• É recomendável a utilização eventual de técnicas dramáticas,


principalmente, a que propõe a inversão na representação de respectivos
papéis.

• Também é comum a solicitação de tema de casa, em que o terapeuta faz


alguma solicitação ao casal para ser cumprida fora da terapia e que será
trabalhado, posteriormente, em sessão.

122
Grupoterapia

TERAPIA DE FAMÍLIA

• O maior cuidado do terapeuta de família está em não


permitir que o tratamento não se foque em um único
paciente-emergente e assim fique transformado numa
terapia individual, feita às vistas dos demais familiares.

123
Grupoterapia

TERAPIA DE FAMÍLIA

• Do ponto de vista da teoria sistêmica(tenta compreender o


funcionamento da família dentro do sistema e subsistemas) a dinâmica
da família consiste essencialmente em uma compreensão abrangente
entre as várias partes (subsistemas) componentes de uma totalidade
maior e interdependente.

124
Grupoterapia

TERAPIA DE FAMÍLIA

• Os terapeuta deve encarar a família como sendo ao mesmo tempo uma produção
coletiva e um aspecto do mundo interno de cada membro em separado.

• O terapeuta que escolhe trabalhar com o referencial psicanalítico não terá como
objetivo a modificação do comportamento, mas sim a resolução de conflitos
interpessoais a partir da elucidação das motivações inconscientes dos membros da
família.

125
Grupoterapia

TERAPIA DE FAMÍLIA

• Todas as escolas teóricas da abordagem sistêmica destacam a importância da


distribuição de papéis entre os familiares, especialmente a do “paciente
identificado”, assim como todos concordam com o fato de que o sistema
familiar se comporta como um conjunto integrado, ou seja, qualquer
modificação de um elemento do sistema, necessariamente, vai afetar o sistema
como um todo.

126
Grupoterapia

GRUPOTERAPIA DE NEURÓTICOS

• Os pacientes somáticos apresentam um sério distúrbio em formar fantasias inconscientes


e, portanto, em poder nomear, verbalizar, ou até mesmo, descarregar os conflitos
inconscientes através da via motora, assim a descarga se processa pela vis corporal.

• Em tratamento individual estes pacientes frequentemente abandonam o tratamento ou


apresentam uma forte resistência a mudança, em grupoterapia o grupo se constitui em um
holding, o qual permite que se crie um espaço muito rico de trocas de vivências, além de
servir de estímulo a que os pacientes psicossomáticos possam perceber e falar dos conflitos,
até então inconscientes, ou vividos como catastróficos e condenados a eterna repressão ou
negação.

127
Grupoterapia

• Grupoterapia com pacientes depressivos:

• Cuidar para não inserir pacientes melancólicos e muito deprimidos , pois estes tem uma
exagerada necessidade de constantes reafirmações, assim como de provas de amor e de
atenção.

• Por esta razão, o seu desempenho no grupo costuma adquirir uma das seguintes três formas
nocivas para a evolução da grupoterapia: ou este paciente funciona como um monopolista
crônico, ou sente-se marginalizado e alienado dos problemas dos demais, ou prejudica o
progresso do grupo através de suas constantes queixas e tragédias cotidianas, de natureza e
finalidade culpógenas.

128
Grupoterapia

• Na psicodinâmica de um indivíduo depressivo sempre


encontramos um círculo vicioso formado pelos sentimentos de
carência, agressão, culpa, descrença nas capacidades reparadoras
e necessidade de castigo. Uma grupoterapia propicia o surgimento
e o manejo deste círculo vicioso de causa-efeito.

129
Grupoterapia

• O grupo terapêutico, por si só, comporta-se como um novo e indispensável


continente das angústias e necessidades básicas de cada um dos pacientes.

• É claro, que para que isto aconteça, o grupo deve funcionar como um “bom
continente”, ou seja, a gestalt grupal deve ter condições de acolher as angústias
de cada um e de todos, assim como a entidade grupal e as individualidades
devem sobreviver aos recíprocos ataques (inveja, ciúmes, realidades, mal-
entendidos etc).

• Uma grupoterapia, pela própria natureza multipessoal, ajuda a reconstruir a


família internalizada de cada um dos pacientes.

130
Grupoterapia

• A natural evolução da grupoterapia propicia reiteradas experiências de


manifestações agressivas de uns contra os outros (inclusive com o
terapeuta), sem que estes ataques resultem em “feridos ou mortos”.

• Pelo contrário, não há experiência mais estruturante, do que a constatação e


que o sentimento de amor prevalece sobre o de ódio, e que os intentos
reparatórios são bem sucedidos.

131
Grupoterapia

GRUPOS DE AUTO-AJUDA

• A proposta deste tipo de grupo é que uns ajudem aos outros.


• Surgiram a partir dos Aas, em 1935.

• O grupo se sustenta no uso da conotação positiva, utilizando a motivação grupal como principal
instrumento de sua ação terapêutica.

• Os grupos de Aas são conduzidos por lideranças emergentes do próprio grupo de iguais. Os outros
grupos que surgiram em semelhança aos Aas (de obesos, artríticos, hipertensos, diabéticos,
colostomizados, asmáticos, aidéticos,...) são conduzidos por grupoterapeutas.

132
Grupoterapia

GRUPOS DE AUTO-AJUDA

• Há um melhor entendimento e aceitação por parte dos integrantes do grupo


quando esse for homogêneo, pela razão de utilizarem de uma mesma
linguagem e partilharem as mesmas vivências. Isso costuma propiciar uma
adesão ao tratamento a pacientes que tendem a fugir.

• Possibilita que as pessoas doentes aceitem e assumam o seu problema, de


forma menos conflituosa e humilhante.

• Proporciona um maior envolvimento comunitário, interativo.

• Possibilita novos modelos de identificação

133
Grupoterapia

GRUPOS DE AUTO-AJUDA

• Representa um estímulo à socialização.


• Comporta-se como um importante teste de confronto com a realidade.
• Exerce uma função de continente, isto é, de absorver e conter as angústias e dúvidas.
• Representa um reasseguramento aos integrantes de que eles não estão sozinhos, não
são seres bizarros, que são respeitados em suas limitações e que as mesmas não
excluem uma boa qualidade de vida.

134
Grupoterapia

Papéis dos membros em uma Grupoterapia

• Bode expiatório: Toda a “maldade” do grupo fica depositada em um indivíduo do grupo.


• Porta-voz: trata-se do indivíduo que manifesta o conteúdo emergente grupal. É comum
se manifestar como contestador.
Sabotador: o paciente que procura obstaculizar o andamento do grupo.
• Vestal: aquele que assume o papel de zelar pela manutenção da “moral e bons
costumes”.

135
Grupoterapia

Radar: em geral é o papel do indivíduo mais regressivo do grupo,


o paciente capta os primeiros sinais de ansiedade do grupo,
podendo manifestá-las, por falta de capacidade de
simbolização, por meio de somatizações , abandono da terapia,
ou crises explosivas.

136
Grupoterapia

Apaziguador: geralmente desempenhado por algum indivíduo do


grupo que tem dificuldades de se confrontar com situações
tensas.
Líder: surge em dois planos, um que naturalmente foi designado
ao grupoterapeuta, e outro que surge espontaneamente entre
os membros do grupo

137
Grupoterapia

A ansiedade em contexto da grupoterapia:

• Ansiedade de separação: trata-se da ansiedade que se formou


quando a criança ainda não desenvolveu um núcleo de
confiança básica em relação à mãe, de quem depende
completamente e, devido o medo de vir a perdê-la, não
conseguem se separar e vivem grudadas.

138
Grupoterapia

Ansiedade de perda do amor: a criança sente-se em condição de


dispensar a constante presença física da mãe, no entanto,
devido à ação de suas fantasias inconscientes, ela se mantém
em permanente estado de sobressalto quanto a um possível
abandono afetivo por parte da mãe, como um revide desta.

139
Grupoterapia

Ansiedade de castração: surge em decorrência da conflitiva


edípica

Ansiedade devido ao Superego: herdeiro direto do Complexo


de Édipo, o superego ameaça o indivíduo com severas
punições, caso as suas expectativas e exigências não
forem cumpridas.

140
Grupoterapia

GRUPOTERAPIA DE NEURÓTICOS

• Os pacientes somáticos apresentam um sério distúrbio em formar fantasias incoNscientes e,


portanto, em poder nomear, verbalizar, ou até mesmo, descarregar os conflitos inconscientes
através da via motora, assim a descarga se processa pela via corporal.

• Em tratamento individual estes pacientes frequentemente abandonam o tratamento ou


apresentam uma forte resistência a mudança, em grupoterapia.

• O grupo se constitui em um ambiente, o qual permite que se crie um espaço muito rico de trocas
de vivências, além de servir de estímulo a que os pacientes psicossomáticos possam perceber e
falar dos conflitos, até então inconscientes, ou vividos como catastróficos e condenados a eterna
repressão ou negação.

141
Grupoterapia

GRUPOTERAPIA COM DEPRESSIVOS

• Cuidar para não inserir pacientes melancólicos e muIto deprimidos , pois estes tem uma
exagerada necessidade de constantes reafirmações, assim como de provas de amor e de
atenção.

• Por esta razão, o seu desempenho no grupo costuma adquirir uma das seguintes três formas
nocivas para a evolução da grupoterapia:
• Ou este paciente funciona como um monopolista crônico, ou sente-se marginalizado e
alienado dos problemas dos demais, ou obstaculiza o progresso do grupo através de suas
constantes queixas e tragédias cotidianas, de natureza e finalidade culpígenas.

142
Grupoterapia
GRUPOTERAPIA COM DEPRESSIVOS

• Na psicodinâmica de um indivíduo depressivo sempre


encontramos um círculo vicioso formado pelos sentimentos
de carência, agressão, culpa, descrença nas capacidades
reparadoras e necessidade de castigo.
• Uma grupoterapia propicia o surgimento e o manejo deste
círculo vicioso de causa-efeito.

143
Grupoterapia

GRUPOTERAPIA COM DEPRESSIVOS

• O grupo terapêutico, por si só, comporta-se como um novo e indispensável continente das
angústias e necessidades básicas de cada um dos pacientes.

• É claro, que para que isto aconteça, o grupo deve funcionar como um “bom continente”, ou seja, a
gestalt grupal deve ter condições de acolher as angústias de cada um e de todos, assim como a
entidade grupal e as individualidades devem sobreviver aos recíprocos ataques (inveja, ciúmes,
realidades, mal-entendidos etc).

• Uma grupoterapia, pela própria natureza multipessoal, ajuda a reconstruir a família internalizada
de cada um dos pacientes.

144
Grupoterapia

GRUPOTERAPIA COM DEPRESSIVOS

• A natural evolução da grupoterapia propicia reiteradas experiências de


manifestações agressivas de uns contra os outros (inclusive com o terapeuta),
sem que estes ataques resultem em “feridos ou mortos”.

• Pelo contrário, não há experiência mais estruturante, do que a constatação e


que o sentimento de amor prevalece sobre o de ódio, e que os intentos
reparatórios são bem sucedidos.

145
Grupoterapia

GRUPOTERAPIA COM PSICÓTICOS

• Nesta deve ser sempre priorizada uma homogeneidade em relação ao nível


diagnóstico e às capacidades do ego dos integrantes.

• São muitas as razões pelas quais a grupoterapia está se tornando uma


modalidade preferencial para este tipo de paciente:
– A modalidade pode ser diluída, e é melhor tolerada;

146
Grupoterapia

GRUPOTERAPIA COM PSICÓTICOS

• Há o desenvolvimento de uma ressocialização, na qual os pacientes cultivam amizades e sentem-


se reciprocamente apoiados e respeitados;

• O próprio grupo funciona como continente que absorve as fantasias, angústias e a confusão
existencial de cada um;

• O tratamento em grupo possibilita a este pacientes reconhecer com mais facilidade o intenso uso
de identificações projetivas patológicas, permitindo que se abram para uma melhoria de
percepção em relação ao mundo exterior.

147
Grupoterapia

GRUPOTERAPIA COM PSICÓTICOS

• O terapeuta deve valorizar os fatos exteriores concretos que estão


contidos nos relatos de cada um .

• A atividade interventiva deve privilegiar o reconhecimento dos


distúrbios de percepção, do pensamento e da comunicação.

148
Grupoterapia

GRUPOTERAPIA PSICANALÍTICA

•As grupoterapias podem funcionar psicanaliticamente voltadas


para o insight (clareza súbita na mente) ou se limitar a
benefícios terapêuticos menos pretenciosos, além de objetivar
à manutenção de um estado de equilíbrio;

•Grupamento: os sinônimos de “grupamento” ou composição se


derivam de um “encaixe” de peças isoladas, no caso de uma
grupoterapia refere-se a uma visualização antecipada de como
será a participação interativa de cada um dos indivíduos
selecionados.

149
Grupoterapia

•Freud afirma "a psicologia individual e a social não diferem em sua


essência”;

•Bion e Joyce Mac Dougall declararam à revista Gradiva "... E tive o prazer
de descobrir que as terapias de grupo trocavam em aspectos da
personalidade que não eram notadas na psicanálise individual" ;

•A grupoterapia é um método da psicoterapia, usando como base a teoria


da ação racional e visa investigar a concordância entre os indivíduos
participantes.

•O aspecto predominante consiste no reconhecimento em cada indivíduo e


no grupo como um todo, levando em conta a subjetividade;

150
Grupoterapia

Terapias grupais derivados de outros marcos referenciais


teórico-técnicos

PSICOTERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL DE GRUPO:

Atividades terapêuticas: Monitorar os comportamentos


“problemas”, avaliar o processo, planejar procedimentos
específicos de mudança.

151
Grupoterapia

Terapias grupais derivados de outros marcos referenciais


teórico-técnicos

PSICOTERAPIA EXISTENCIAL-HUMANÍSTICA DE GRUPOS - Soren


Kierkegaard (1813-1855), suas concepções influenciaram vários
psicoterapeutas, tais como: Rogers, Frankl, Alexander, Ferenczi,
Winnicott, entre outros.
O indivíduo é o senhor de sua existência. - Estar no mundo é
compartilhá-lo com os outros humanos.

152
Grupoterapia

Terapias grupais derivados de outros marcos referenciais


teórico-técnicos

Grupos terapêuticos Experenciais

São modalidades de terapia grupal que não se sustentam em referenciais teórico-técnicos


definidos e foram criados um tanto aleatoriamente.

• Grupos de Ajuda Recíproca ("Auto-Ajuda") • Surgiram como desdobramentos do AA; • Usam a


força da motivação grupal como principal instrumento de sua ação terapêutica;

• Curiosamente inicialmente não eram coordenados por um profissional da saúde.

153
Grupoterapia

Terapias grupais derivados de outros marcos referenciais


teórico-técnicos

Psicodrama Psicanalítico; – O elemento comum à psicanálise e o psicodrama


além de sua inserção no paradigma linear, padrão causa- efeito, é o da
revivência do passado (seja transferencial ou dramática),

– Valorização do compartilhamento. • Grupos Operativos; – Criados por


Pichon-Riviére (meados de 1940) são um modelo constituído a partir dos
referenciais teóricos da psicanálise e da dinâmica de grupos.

154
Professor: Jair Modesto Filho
Professora: Vivian Moreira Rodrigues de Souza

Muito obrigado(a)!
Prof° Dr. Jair Modesto Filho
Professora Me: Vivian Moreira Rodrigues de Souza
Tel: 31 9 8805-9017
jair.m.filho@kroton.com.br

Tel: 31 9 9764-2328
vivian.m.souza@kroton.com.br

2022

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