Você está na página 1de 3

Frequência Modelos Sistémicos e Modelos Dinâmicos 2013/2014

Modelos Dinâmicos
1.Escolha múltipla: (11 perguntas para 10 valores)
a) 1ª teoria sobre angustia dizia que ela era … (perda de objecto) (quando não
encontra objecto de satisfação, é uma consequência do recalcamento e secundária
à defesa)
b) Psiconeuroses de transferência são constituidas por…(neurose obsessiva, neurose
fobica, histeria de angustia, histeria de conversão)
c) Formação de compromisso… (sintoma, resposta ao conflito, toda correctas?)
(constituição do sintoma; conflito -> ansiedade -> regressão -> fixação -> sintoma)
d) A metáfora dos cristais de Freud refere-se a que? (sintoma, estrutura psíquica,
traumatismo, ?) (Freud aponta a metáfora do cristal exemplificando as linhas de
fratura ou clivagem da personalidade)
e) Defesas típicas das neuroses… (Recalcamento)
f) Natureza da angústia na estrutura psicótica (fragmentação)
g) Natureza da angustia na estrutura neurótica (castração)
h) A que escola pertence a dinâmica? (escola positivista alemã, biodinâmica anglo-
saxonica, estruturalista, escola francesa?)?
i) 1ª tópica constituída por… (Inconsciente, préconsciente, Consciente)
j) 2ª tópica constituída por… (ID, Ego, SuperEgo)
k) ?

2.Desenvolvimento curto (escolher duas) (5 valores cada)


- Relação entre conflito e angústia
- Aliança Terapeutica
- Processo de formação de compromisso
- Ponto de vista dinâmico, económico e tópico

Modelos Sistémicos
1-Texto de preenchimento de espaços sobre TGS, Cibernética e TCH

2- Escolher dois tipos de família e utilizar 5 palavras-chave para descrever cada uma.

3- Escolher duas fases do ciclo familiar e utilizar 5 palavras-chave para descrever os novos
desafios de cada uma dessas etapas.

4- Corresponder uma coluna de “situações” ao eixo diacrónico/sincrónico

5- Escolha múltipla
-Ecomapa e genograma (n servem para - O que define a intervenção sistémica
avaliar a mesma coisa) -O setting terapêutico serve para…
-A hipótese sistémica é… - Reenquadramento
6- Preenchimento de espaços: Fases da entrevista interpessoal conjunta e quem participa em
cada uma das fases.

Algumas respostas:
Angustia e conflito: Angústia: Segundo a teoria psicanalítica podem destacar-se duas teorias
sobre a angústia: 1ª Teoria: (“Três Ensaios sobre a Teoria da Sexualidade” de 1905 e “O
Pequeno Hans” de 1909) a líbido transforma-se em angústia quando não encontra o
seu objecto de satisfação (o bebé perante a saída da mãe transforma em angústia o
amor que o liga a essa personagem, recalcando esse afecto). Nesta perspectiva a
angústia é vista como uma consequência do recalcamento destas pulsões. Este
recalcamento separa a representação (a ideia de mãe) do seu afecto (amor que o liga
ao objecto) e todo o afecto assim tratado (isto é, não ligado a uma representação) é
susceptível de se transformar em angústia. 2ª Teoria (sinal-sintoma): esta segunda
teoria surge, no contexto da obra de Freud, concomitantemente com as alterações
que lhe foram impostas a propósito da realidade do traumatismo sexual infantil dos
pacientes adultos, particularmente dos pacientes “histéricos”. Renunciando à
existência de um “facto real”, colocou como hipótese a existência de um fantasma de
sedução com as mesmas implicações traumáticas dos “factos reais”. Estas
modificações conduziram-no a repensar o estatuto da angústia e assim, em “Inibição,
Sintoma e Angústia” (1926), a angústia constitui-se ela própria como um sinal de
alarme, que leva o Eu da criança a utilizar os diversos mecanismos de defesa à sua
disposição para lutar contra aquilo que pressente ser um perigo. O Eu suscita a
angústia face a um perigo potencial (interno ou externo). Neste caso, a angústia não é
vista como uma consequência do recalcamento (tal como na primeira teoria) mas
antes como a origem desse mesmo recalcamento na medida em que esse sinal de
perigo seria o mecanismo determinante do recalcamento. Passa assim de uma teoria
da angústia automática (líbido sem objecto provocando o processo de angústia) a uma
teoria da angústia-sinal. Por outras palavras, passa de uma teoria onde a saída da mãe
(perda do objecto), implicando uma líbido sem objecto leva ao recalcamento e depois
à angústia, a uma teoria onde os sinais de ameaça da perda do objecto (saída da mãe
igual a ameaça de perda de amor) se constituem como o sinal de perigo que obriga ao
accionamento dos meios de protecção (recalcamento).

Conflito psíquico: Expressão de exigências internas inconciliáveis, tais como desejos e


representações opostas ou, mais especificamente, forças pulsionais antagonistas. Pode
ser manifesto ou latente (neste caso o sintoma é a expressão manifesta dessa
realidade latente). A psicanálise considera o conflito como qualquer coisa de intrínseco
à própria existência humana.

Aliança terapêutica: Conceito usado por alguns psicanalistas para caracterizar a aliança entre o
Eu adaptado do paciente, que deseja ultrapassar a neurose, que deseja consciente e
racionalmente cooperar na cura e o trabalho do analista. Para estes psicanalistas, a
aliança terapêutica será uma contrapartida necessária da neurose de transferência,
que liga o paciente ao terapeuta e impede que a neurose se instale de forma definitiva,
tornando a análise interminável. Dewald (1989) define-a como uma aliança “... na qual
os aspectos sadios do ego do paciente formam uma parceria com o terapeuta, em que
ambos, como par, opõem-se aos elementos neuróticos ou doentios da vida mental do
primeiro, com a intenção de influenciá-los ou alterá-los. Os processos do ego incluem
capacidade de comunicação, autoconhecimento, inteligência, motivação, relações de
objecto e capacidade total de integração e síntese. Contudo, há também aspectos da
função do ego que se opõem aos processos terapêuticos, de maneira que, conquanto
o paciente deseje o alívio para o seu sofrimento e incapacidade neuróticas, não quer
renunciar à neurose, já que esta representa a sua tentativa para resolver o conflito
psicológico, e, como tal, expressa o melhor nível de adaptação que foi capaz de
adquirir por si próprio. O desejo de alívio é grandemente consciente e fornece
motivação para a terapia e para a vontade de colaborar no tratamento, fazendo
sacrifícios e esforços necessários para que este alcance o sucesso. O desejo de manter
a neurose é grandemente inconsciente, resultando na instalação e manutenção de
uma variedade de resistências a mudanças e à resolução de conflitos inconscientes...”
(Dewald, 1989, 120) O termo, segundo Postel (1998), terá sido introduzido por Zetzel
(1956).

Formação de compromisso: Meio pelo qual o recalcado irrompe na consciência sem ser
reconhecido como tal. Esta situação acontece não apenas na neurose (sintoma) mas também
no sonho e nos actos falhados do quotidiano. Através desta formação a acção da defesa
permanece paradoxalmente compatível com a satisfação do desejo inconsciente

Exame dinâmica:
Identificação projectiva: Termo introduzido no discurso psicanalítico por M. Klein para
descrever um modo específico de projecção e identificação. Este modo específico
consiste basicamente em introduzir partes ou aspectos do self no outro para o
dominar e prejudicar, atacando por dentro. Este mecanismo é originalmente descrito
como ligado ao sadismo: “... a criança não quer simplesmente destruir a mãe, mas
apossar-se dela. Isto leva a uma forma de identificação que estabelece o protótipo de
uma relação de objecto agressiva ...” (Roudinesco e Plon, 2000, 371).

Você também pode gostar