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O presente trabalho tem como tema os modelos de avaliação de empresas, e tem como objectivo

realizar uma análise comparativa dos principais métodos de avaliação empresarial utilizados
atualmente. Neste estudo, iremos explorar e comparar três métodos amplamente utilizados: o
método do fluxo de caixa descontado (FCD), a avaliação por múltiplos e o método patrimonial,
identificando suas principais aplicações, e desse modo identificar o método mais eficaz de
avaliação empresarial. O trabalho foi elaborado mediante uma investigação científica. E está
estruturado da seguinte maneira: introdução, desenvolvimento, conclusão e as suas respectivas
referências bibliográficas.

Avaliação empresarial

Segundo Ching, Marques & Prado (2007), ao avaliar uma empresa, objetivamos alcançar o valor
justo de mercado, isto é, aquele que representa a potencialidade económica de determinada
empresa. (p.267)

A avaliação empresarial é uma prática crucial para empresas de todos os setores e tamanhos, que
visa determinar o valor de mercado, atratividade e potencial de retorno de um negócio. Avaliar
de forma precisa o valor de uma empresa é fundamental para diversos contextos, como fusões e
aquisições, obtenção de financiamentos, venda de participação acionária, entre outros. Cada
método de avaliação proporciona uma abordagem única para quantificar o valor de uma empresa.
É importante entender as vantagens, desvantagens e aplicabilidade de cada um deles, a fim de
selecionar o método mais adequado para o objetivo em questão.

Modelos de avaliação

Segundo Damodaran (2007) destacam-se três modelos para avaliação de uma empresa: avaliação
por fluxos de caixa descontados, por múltiplos e patrimonial. (p.480)

Método do Fluxo de Caixa Descontado (FCD)

O FCD ou (discounted cash flow – DCF) é um método amplamente utilizado para avaliar
empresas com base na previsão de fluxos de caixa futuros. Ele considera que o valor de uma
empresa está ligado aos seus fluxos de caixa, descontados a uma taxa de desconto apropriada. O

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FCD oferece uma visão quantitativa do valor presente líquido da empresa, fornecendo uma base
sólida para tomada de decisões financeiras. (Ching, Marques e Prado, 2007)

Segundo Leal (2012), na avaliação pelo fluxo de caixa descontado (discounted cash flow –
DCF), o valor da empresa é determinado pelo fluxo de caixa da empresa trazido a valor presente
por uma taxa de desconto que reflita adequadamente o custo de oportunidade e os riscos
associados ao investimento, sendo assim, o valor da empresa se dá pela expectativa de
rendimentos futuros, ao invés de ser pelo seu passado ou pelo custo de aquisição dos ativos
utilizados na produção. (p.8)

Conforme Soute, (2008) o fluxo de caixa descontado pode ser analisado sob três principais
enfoques: fluxo de dividendos, fluxo de caixa do acionista e fluxo de caixa da empresa.

Avaliação por Múltiplos

A avaliação por múltiplos utiliza-se de indicadores de mercado, como o preço/lucro (P/L),


preço/valor patrimonial (P/VP) e o valor de mercado da empresa em relação a sua receita líquida.
Esses múltiplos são aplicados à empresa em análise com base em outras empresas do mesmo
setor ou mercado. Esse método é mais rápido e menos complexo em comparação ao DCF, mas
pode sofrer distorções se não houver empresas comparáveis disponíveis.

Segundo Damodaran (2007), o modelo de avaliação por múltiplos é um modelo cujo valor de um
ativo deriva da precificação de ativos comparáveis, padronizados por uma variável comum, isto
é, o valor de uma empresa é mensurado utilizando como parâmetros empresas consideradas
similares.

Conforme Soute (2008), os principais múltiplos utilizados são: múltiplos de lucro; múltiplos
EBITDA (Earnings Before Interests, Taxes, Depreciations and Amortizations); múltiplos de
patrimônio; e múltiplos de faturamento.

Método Patrimonial

O método patrimonial baseia-se no valor dos bens e direitos da empresa, deduzindo suas
obrigações. Esse método é mais comumente utilizado para pequenas empresas e startups, onde o
valor resultante se concentra nos ativos tangíveis e intangíveis. No entanto, esse método não
considera o potencial futuro da empresa e pode subestimar seu valor real. (Soute, 2008)

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Chegado ao fim do trabalho pode concluir se, que cada método de avaliação empresarial tem
suas vantagens e limitações. O método do Fluxo de Caixa Descontado (DCF) é mais abrangente
e considera projeções futuras, o que o torna mais apropriado para empresas mais maduras com
fluxos de caixa estáveis. A avaliação por múltiplos é rápida e mais adequada para empresas
comparáveis e mercados líquidos. Já o método patrimonial é simples, sendo mais útil para
startups e pequenas empresas. A escolha do método dependerá das características da empresa,
disponibilidade de dados e do objetivo da avaliação. Avaliar corretamente o valor de uma
empresa é um desafio importante para investidores, empreendedores e gestores. Portanto, é
essencial ponderar cuidadosamente as vantagens e desvantagens de diferentes métodos de
avaliação empresarial e adaptá-los às necessidades específicas de cada situação. Tendo em mente
essas considerações, a escolha do método mais adequado permitirá uma avaliação mais precisa
do valor de uma empresa.

Referências Bibliográficas

Ching, Y.H., Marques, F. & Prado, L. (2007). Contabilidade e Finanças para não especialistas.
(2ª. ed). São Paulo, Brasil: Pearson Prentice Hall.

Damodaran, A (2007). Avaliação de Empresas. (2ª. ed.). São Paulo, Brasil: Pearson.

Soute, D.O. (2008). Métodos de avaliação utilizados pelos profissionais de investimento.


Brasília, Brasil: Revista UnB Contábil.

Leal, M.E. (2012). Modelos de avaliação de empresas: Valuation do vale. Rio de Janeiro, Brasil:
Universidade Federal do Rio de Janeiro, Instituto de Economia.

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