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Por vezes a herança cultural de uma organização pode proporcionar uma vantagem
única, mas por vezes pode proporcionar uma barreira significativa à mudança.
Razões para a importância da história:
- Aprender com o passado
- Construir capacidades: as lições do passado podem fazer novas ideias e inovações;
- Legitimação da estratégia e mudança: sucessos passados podem ser usados como
evidências para apoiar as estratégias atuais.
> Conclusão:
A cultura organizacional tem:
- Uma faceta explicativa: é uma força que explica e molda o caminho organizacional;
- Uma faceta instrumental: é um instrumento de gestão da organização.
RESUMO:
- A história e a cultura de uma organização podem contribuir para competências únicas
e distintivas;
- Processos históricos e dependentes do percurso desempenham um papel
significativo no sucesso ou fracasso de uma organização e têm de ser compreendidos
pelos gestores. Podem ser realizadas análises históricas para descobrir essas
influências;
- As influências culturais e institucionais tanto informam como restringem o
desenvolvimento estratégico das organizações;
- A cultura organizacional é o conjunto das crenças, pressupostos e comportamentos
partilhados pelos membros de uma organização;
- Usando a rede cultural é possível obter uma melhor compreensão da cultura de uma
organização e da sua relação com a estratégia organizacional;
- As influências culturais e institucionais podem dar origem à deriva estratégica, porque
a estratégia se desenvolve incrementalmente com base nessas influências não
acompanhando as alterações na envolvente.
Escolhas estratégicas – Estratégias de Negócio:
> Escolhas estratégicas:
Lado esquerdo: concorrente M, para alcanças a segunda linha de valor, deve responder
fazendo uma melhoria substancial na qualidade mantendo os preços, ou reduzindo os
preços, ou por alguma combinação dos dois; O líder de custo (L), pode ter de fazer
algumas melhorias: melhorar a qualidade ou aceitar um pequeno corte de preço; U, não
acompanha e desaparece da segunda linha.
3 decisões chave:
- Avaliação da decisão: as organizações com custos mais elevados (e qualidade
correspondente) precisam de respostas mais sofisticadas;
- Resposta através da diferenciação: avaliar se existe um conjunto relevante de
consumidores dispostos a pagar mais por uma maior diferenciação;
- Respostas através dos custos: é possível adquirir uma outra organização para diminuir
os custos e igualar os preços através de economias de escala.
Hipercompetição:
A hipercompetição caracteriza os mercados em contínuo desequilíbrio e mudança,
por exemplo, música ou eletrónica de consumo.
- Pode ser impossível planear de forma a obter uma vantagem competitiva sustentável a
longo prazo;
- O planeamento pode, na verdade, destruir a vantagem competitiva ao retardar as
respostas;
- O sucesso em hipercompetição exige rapidez e iniciativa em lugar de prudência e
postura defensiva.
Estratégias interativas em hipercompetição:
Quatro princípios-chave:
- Canibalizar as bases que sustentam o sucesso: destruir aquilo que estava na base da
oferta e mudar;
- Fazer uma série de pequemos movimentos, em lugar de grandes mudanças;
- Ser imprevisível: dificultar que a concorrência preveja o que vamos fazer e assim que
não se consiga preparar;
- Enganar a competição.
Estratégias cooperativas:
Por vezes, demasiada rivalidade pode ser prejudicial e é do interesse dos
concorrentes restringi-la. A colaboração com alguns concorrentes pode dar vantagem
competitiva sobre outros concorrentes (ou potenciais concorrentes).
Cooperar com rivais:
Modelos de Negócio:
O Modelo de Negócios descreve uma proposta de valor para clientes e outros
participantes, o esquema de atividades que produz esse valor e as estruturas de receitas
e custos associados → Novos participantes, com novos modelos de negócios podem
mudar radicalmente a dinâmica e a concorrência num mercado e estabelecer posições
superiores (por exemplo, Uber e Spotify).
Componentes do Modelo de Negócios:
Há três elementos essenciais nos modelos de negócios:
- Criação de Valor: uma proposta que atende às necessidades de um segmento de
clientes (e que seja relevante para o mercado que se pretende explorar);
- Configuração de Valor: a forma como os recursos e atividades se organizam para
produzir o valor;
- Captura de Valor: a forma como as estruturas de custos e os fluxos de receitas criam
valor acrescentado para as partes interessadas. Para as empresas, este elemento
descreve como é gerado o lucro.
SUMÁRIO:
- A estratégia de negócio trata da prossecução de vantagem competitiva em mercados,
ao nível do negócio em lugar do nível corporate;
- A estratégia de negócio tem que ser considerada e definida em termos de SBUs;
- As estratégias genéricas de Porter e O Relógio Estratégico definem diferentes
estratégias, em termos de liderança em custos, diferenciação, foco e estratégias
híbridas;
- Os gestores têm que considerar como é que as estratégias de negócio podem ser
sustentadas através das competências estratégicas e/ou da capacidade para alcançar
uma posição de “lock-in” dos compradores;
- Em condições hipercompetitivas é difícil atingir vantagens competitivas sustentáveis.
Os concorrentes têm de ser capazes de canibalizar, fazer pequenos movimentos, ser
imprevisíveis e enganar os rivais, tendo em conta os contramovimentos;
- As estratégias cooperativas tanto podem ser alternativas às estratégias competitivas
como ser prosseguidas em paralelo;
- Um modelo de negócio descreve a lógica empresarial de uma empresa, incluindo os
domínios de criação de valor, configuração de valor e captura de valor,
Escolhas estratégicas – Estratégias Corporate e Diversificação:
> Direções estratégicas e Estratégia Corporativa - Âmbito:
Matriz Ansoff:
Diversificação:
Diversificação envolve o aumento do número de produtos ou mercados servidos
pela organização.
Diversificação:
- Diversificação relacionada: envolve a diversificação de produtos ou serviços
relacionados com os negócios atuais da empresa, em termos de tecnologia,
competências nucleares ou outros sustentáculos de vantagem competitiva. (ex: uma
empresa de vinhos que vá produzir azeite – se utilizarem as competências e os recursos
que já têm);
- Diversificação conglomerada (ou não relacionada): envolve diversificação em produtos
ou serviços, sem relações com as áreas de negócio atuais da empresa.
A. Penetração de mercado:
A penetração de mercado refere-se a uma estratégia de aumento da quota da
empresa nos mercados atualmente servidos e com a gama de produtos atual.
Esta estratégia:
- baseia-se nas aptidões estratégicas já estabelecidas pela empresa;
- mantêm-se os mercados e os segmentos alvos, significando que há:
- aumento de poder de mercado da organização, levando a maior quota de
mercado e maior quota nos negócios dos clientes e fornecedores;
- maiores economias de escala e benefícios de curva de experiência (descida
percentual de custos unitários).
Restrições na penetração do mercado:
- Retaliação dos concorrentes (ex: a empresa faz desconto de 50% e os concorrentes
fazem o mesmo);
- Constrangimentos legais;
- Constrangimentos económicos (recessão ou crise de financiamento).
Consolidação e Desinvestimento:
- A consolidação refere-se a uma estratégia pela qual a organização se foca
defensivamente nos mercados onde já está e com a sua atual gama de produtos (nas
fases de crescimento e maturidade da indústria, podem focar-se nas gamas e atividades
existentes);
- Desinvestimento refere-se a uma estratégia de retirada de atividades marginais, a fim de
se concentrar em segmentos e produtos mais valiosos dentro dos seus negócios atuais
(em fase de declínio).
B. Desenvolvimento do produto:
Desenvolvimento do produto é a estratégia pela qual uma organização vai oferecer
produtos novos ou modificados em mercados em que já atua.
Esta estratégia:
- envolve diversos graus de diversificação relacionada (em termos de produtos);
- pode ser dispendiosa e de alto risco;
- pode exigir novas aptidões estratégicas;
- normalmente envolve riscos de gestão de projetos.
(exemplos: Uber eats; Facebook → Instagram)
C. Desenvolvimento do mercado:
Desenvolvimento do mercado refere-se a uma estratégia pela qual uma
organização oferece os seus produtos atuais em mercados novos (para ela, em que antes
não atuava).
Esta estratégia envolve diferentes graus de diferenciação relacionada (em termos
de mercados relacionados):
- também pode envolver algum desenvolvimento de produto (por exemplo, um novo estilo
ou embalagem);
- pode obrigar a atrair novos utilizadores (por exemplo, a ampliação da utilização de
alumínio para a indústria automóvel);
- pode envolver novas zonas geográficas (por exemplo, o alargamento do mercado para
novas áreas – nomeadamente mercados internacionais);
- para ter sucesso, deve atender aos fatores críticos de sucesso do novo mercado;
- pode exigir novas aptidões estratégicas especialmente de marketing.
D. Diversificação em conglomerado:
Diversificação para conglomerado (ou não relacionada) leva a organização tanto
para além dos seus mercados atuais como dos seus produtos atuais e aumenta
radicalmente o âmbito da organização (a sua gama de atividades e de mercados alvo).
Indutores de diversificação:
- Explorar economias de gama – ganhos de eficiência através da aplicação dos recursos
ou competências atuais da organização em novos mercados ou serviços;
- Exigir mais às competências de gestão a nível corporate;
- Explorar os processos internos superiores desenvolvidos ou em desenvolvimento;
- Buscar aumento do poder de mercado.
Sinergia:
Sinergia → é o conjunto de benefícios obtidos quando as atividades ou ativos da
organização se complementam entre si, de modo que o seu efeito combinado é maior que
a soma das partes.
A sinergia é frequentemente referida como o efeito ‘2+2=5
Indutores de diversificação destruidores de valor:
Alguns indutores de diversificação podem envolver destruição de valor (sinergias
negativas):
- Responder ao declínio do mercado;
- Dispersão do risco e;
- Ambição dos gestores.
Apesar de a dispersão do risco e a resposta ao declínio do mercado serem duas
justificações comuns para a diversificação não relacionada, a teoria financeira sugere que
são erradas.
Diversificação e desempenho:
A integração vertical:
A integração vertical descreve a entrada em atividades em que a organização se
torna fornecedor e/ou cliente de si mesma:
- Integração para montante: refere-se ao seu envolvimento em atividades fornecedoras do
negócio atual da empresa (de modo a garantir a qualidade dos produtos, controlar os
custos e os preços);
- Integração para jusante: refere-se ao seu envolvimento em atividades clientes do
negócio atual da empresa.
Opções de diversificação e integração:
Notas:
- Gestão partilhada: gestora de sinergias e de desenvolvimento;
- Diversificação conglomerada: gestora de investimentos.
Problemas e Sintomas:
Problemas Sintomas
Excesso de “estrelas “ Investimento excessivo;
Necessidade excessiva de controlo e
crescimento e lucros instáveis.
Excesso de “pontos de interrogação” Fluxo de caixa inadequado e lucro
inadequado.
Excesso de “vacas leiteiras” Fluxo de caixa excessivo a curto prazo;
Crescimento inadequado e poucas
oportunidades de pesquisa e crescimento.
Excesso de “cães” Fluxo de caixa inadequado;
Lucros inadequados e crescimento
inadequado.
RESUMO:
- Muitas empresas incluem várias unidades de negócios e, às vezes, muitas. As
decisões e atividades acima do nível de unidades de negócio competem à entidade
que neste capítulo chamamos de empresa matriz ou parental;
- O âmbito ou escopo da organização (gama de atividades e mercados alvo) foram
aqui considerados em termos de diversificação relacionada e não relacionada;
- As matrizes corporativas podem procurar acrescentar valor às suas participadas
através da adoção de diversos papéis parentais: o de gestor de carteira, o de gestor de
sinergias ou o de potenciador parental;
- Existem vários modelos de matriz para ajudar as empresas corporate a gerir as suas
carteiras de negócios, dos quais os mais comuns são: a matriz BCG e a matriz GE;
- O desinvestimento e a terciarização devem ser considerados a par da diversificação,
especialmente à luz das aptidões estratégicas relativas e os custos de transação
decorrentes do oportunismo.