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DA ADMINISTRAÇÃO
FUNDAMENTOS
DA ADMINISTRAÇÃO
ÍNDICE
Fundamentos Organizacionais .................................................................................. 6
Cultura Organizacional .............................................................................................. 7
Poder Organizacional ................................................................................................ 8
Política Organizacional .............................................................................................. 9
Valores Organizacionais ............................................................................................ 9
Símbolos Organizacionais ......................................................................................... 9
Missão da Organização ............................................................................................. 9
Visão da Organização .............................................................................................. 10
Características Funcionais ...................................................................................... 12
Estruturas Organizacionais ..................................................................................... 14
Burocracia ............................................................................................................... 24
Estado, Mercado e Sociedade Civil ......................................................................... 25
Renovação Organizacional ...................................................................................... 35
Ética e Responsabilidade Social nas Organizações .................................................. 37
FUNDAMENTOS
DA ADMINISTRAÇÃO
Fundamentos Organizacionais
As organizações representam a forma de união de uma sociedade moderna. Todo
homem depende das organizações para sobreviver. Ele nasce, cresce, vive, aprende,
evolui e morre nos arranjos organizacionais. São exemplos de organizações as esco-
las, as igrejas, os hospitais, as prisões, as fábricas, as lojas etc.
• O compromisso com as pessoas que dela fazem parte, com a clientela, com o gover-
no, com a sociedade.
No entanto, existem algumas que, além de objetivo social, possuem o objetivo opera-
cional: o lucro. Caso a organização não tenha fins lucrativos, ela é considerada Entida-
de, e, caso vise ao lucro, é considerada Empresa.
Quanto à Finalidade
Empresas Agropecuárias:
6 FUNDAMENTOS DA ADMINISTRAÇÃO
comercializando bens - lojas, bares, magazines, butiques, feiras, farmácias, restauran-
tes, supermercados etc.
Empresas de Serviços:
Nenhuma organização é igual à outra. Elas são diferentes e em cada uma delas os
seus funcionários devem possuir certas características de personalidade.
Para existirem, as organizações devem evoluir. Elas evoluem graças às mudanças tec-
nológicas, às regras do mercado, em função da qualidade, principalmente, em função
do cliente.
Cada organização é limitada por recursos escassos e por isso não pode tirar vantagens
de todas as oportunidades que surgem.
Cultura Organizacional
Cultura organizacional é um conjunto de crenças, hábitos, valores, tradições, relações
pessoais que se desenvolvem dentro de uma organização e que servem de referência
para o comportamento dos demais membros.
FUNDAMENTOS DA ADMINISTRAÇÃO 7
Nível externo ou aberto: aqueles componentes da cultura organizacional que são
percebidos facilmente e publicados para o mercado, a sociedade e os clientes. Com-
ponentes como as construções a organização, a maneira como as pessoas se vestem,
a linguagem utilizada, a disposição dos móveis, entre outros, são exemplos dos com-
ponentes externos da cultura organizacional.
Poder Organizacional
O poder é a capacidade de influência que uma pessoa tem na conduta e no comporta-
mento de outra, de maneira que, sem o apoio dessa pessoa, nada se concretizaria.
Outros autores sugerem que exista mais uma subdivisão nos tipos de poder: formal-le-
gítimo, formal-ilegítimo, informal-legítimo e informal-ilegítimo.
8 FUNDAMENTOS DA ADMINISTRAÇÃO
as, mas reconhecido pelas demais pessoas em face das características daquele que
exerce o poder. O informal-ilegítimo caracteriza-se pelo fato de não ser concedido pela
organização e não considerado adequado pelas pessoas sobre as quais é exercido.
Política Organizacional
Política organizacional é o conjunto de declarações escritas a respeito das intenções
da organização em relação a sua atuação externa e interna. As políticas são estabe-
lecidas de forma ampla e abrangente, não sendo detalhadas, podendo ser chamadas
também de “diretrizes organizacionais”.
Além disso, essas políticas orientam toda a organização tanto nas decisões mais im-
portantes quanto na formulação de objetivos, metas e normas da empresa.
Valores Organizacionais
Os valores fazem parte da cultura organizacional. Na verdade, eles fazem parte do nível
interno ou oculto da cultura organizacional.
Símbolos Organizacionais
Símbolos são comportamentos que transmitem mensagens e significados: cerimônias,
rituais, imagens, hábitos e linguagens.
Missão da Organização
A missão consiste na razão de existência da organização e na delimitação de suas ati-
vidades dentro do espaço que deseja ocupar em relação às oportunidades de negócio.
Ela compreende quais produtos e/ou serviços são ou serão oferecidos e para quais
clientes.
FUNDAMENTOS DA ADMINISTRAÇÃO 9
Além de refletir as oportunidades, a missão da organização reflete as ameaças, os
valores e a sua vocação do negócio. Ela pode permanecer ou variar no tempo. As mu-
danças no ambiente frequentemente forçam a redefinição da missão da empresa.
Em síntese, a missão identifica a razão de ser da organização, isto é, o que ela repre-
senta. Tanto as organizações lucrativas como as não lucrativas precisam especificar
com muita clareza a sua missão.
Visão da Organização
É a habilidade para visualizar a organização como um todo, como um conjunto inte-
grado. É perceber como todas as funções da organização dependem uma da outra,
como se fossem a engrenagem de um motor. Qualquer alteração dessas funções pode
interferir nas demais funções. É perceber também como é o relacionamento da organi-
zação com o ambiente no qual está inserida.
Vamos praticar?
Com base no conteúdo
aprendido. Vamos definir a
missão, visão e valores de
nossa empresa.
10 FUNDAMENTOS DA ADMINISTRAÇÃO
FUNDAMENTOS DA ADMINISTRAÇÃO 11
Características Funcionais
Forma Jurídica, Objetivo, Legalização.
Empresário
Autônomo
Não existe, no novo Código Civil, uma definição do que venha a ser o autônomo. O
Artigo 966, porém, deixa subentendido que quem não é considerado empresário, mas
desenvolve atividades de forma individual, enquadra-se perfeitamente na figura de au-
tônomo.
Assim, autônomo é aquele que atua por conta própria, individualmente, sem sócio,
como os dentistas, os advogados, os médicos, os engenheiros etc.
12 FUNDAMENTOS DA ADMINISTRAÇÃO
Sociedade
Portanto, sempre que duas pessoas ou mais se reunirem com o objetivo de juntas,
organizarem uma empresa para explorar uma atividade qualquer e partilhar seus resul-
tados, elas estarão constituindo uma sociedade.
Sociedade Empresária
Sociedade Simples
Tipos de Sociedade
Ltda.: Sociedade limitada: forma jurídica mais utilizada no Brasil. É um tipo de socie-
dade que permite que a responsabilidade de alguns sócios seja limitada ao montante
de dinheiro que fornecem à sociedade. A sociedade limitada é dividida em cotas que
são definidas em um contrato social.
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Estruturas Organizacionais
Conceito
A estrutura organizacional é a representação de como a organização está dividida
(órgãos), os níveis hierárquicos, as atribuições dos colaboradores, as relações formais
entre os níveis hierárquicos, as autoridades e responsabilidades e as formas como
esses níveis se comunicam.
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• Controle ad hoc (“para isso” ou “para esse caso”): enfatizam a profissionali-
zação. A cultura do individualismo (cada pessoa conhece bem um assunto es-
pecífico) busca o consenso para o bem da organização.
A organização formal é aquela baseada em uma divisão de trabalho racional que es-
pecializa órgãos e pessoas em determinadas atividades. É a organização planejada,
sacramentada pela direção e informada para todos os funcionários. É aquela formaliza-
da oficialmente, que abrange as estruturas, as normas e os métodos de trabalho.
Organização Tradicional
Nesta primeira modelagem, a organização era um sistema fechado, ou seja, não intera-
gia com o ambiente. Ela era uma simples máquina, e as pessoas que trabalhavam nela
também eram consideradas máquinas.
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Organização Moderna
Organização Contemporânea
A organização tem confiança nos seus empregados, que são chamados de “colabo-
radores”; estes participam efetivamente dos processos organizacionais. Esse tipo de
organização valoriza também a parceria com os fornecedores.
A organização dá ênfase ao cliente interno, ao cliente externo e ao não cliente. Ela pas-
sa a buscar o não cliente como forma de sobrevivência.
Estrutura Hierárquica
16 FUNDAMENTOS DA ADMINISTRAÇÃO
Muitas empresas têm seu organograma – um gráfico que apresenta o esqueleto da
organização, no qual procuram retratar, sucintamente, como se constitui cada uma de
suas partes, qual a hierarquia e as inter-relações existentes entre essas partes e até
mesmo o limite das atribuições de cada um.
Organograma
Exemplo 1:
Exemplo 2:
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Funcionograma
O funcionograma deve respeitar as O funcionagrama é um gráfico que amplia as
partes setoriais de um orgonograma, tendo como
características estruturais do organo-
finalidade principal o detalhamento das atividades
grama, tornando claras as atividades e tarefas que compõem uma função da qual se
que o justificam e possibilitando co- originou um órgão no orgonograma.
nhecer a interdependência das partes
que compõem o organismo.
Exemplo 1:
Departamentalização
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Critérios Básicos para a Departamentalização
Integração – Este princípio estabelece que, quanto mais as atividades trabalham inte-
gradas, maior razão há para ficarem no mesmo departamento. Os fatores que levam à
integração são:
• Necessidade de coordenação;
• Economia de escala.
Tipos de Departamentalização
• Departamentalização funcional;
• Departamentalização por produto (ou serviço);
• Departamentalização por área de consumo ou cliente;
• Departamentalização territorial (ou geográfica);
• Departamentalização por projeto.
Exemplo:
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Departamentalização por Produto
Exemplo:
Voltada para o mercado consumidor diferenciado, esta empresa pode ser uma grande
casa de comércio que separa o atacado e o varejo em departamentos específicos.
20 FUNDAMENTOS DA ADMINISTRAÇÃO
Várias outras formas de departamentalização são possíveis. Muitas empresas apre-
sentam esse tipo de estrutura, principalmente aquelas de grande porte ou que atuam
em diversas áreas. As empresas podem também empregar formas de departamentali-
zação combinada utilizando mais de um critério de divisão departamental.
Exemplo:
Uma empresa com departamentalização geográfica pode adotar uma divisão departa-
mental por função para cada unidade regional.
Departamentalização Geográfica
Os departamentos são formados com base nas diversas regiões em que a empresa
atua sendo assim uma empresa que trabalhe em todo o Brasil pode fazer a departa-
mentalização pelas regiões do país. Por exemplo: Nordeste, Sul e Sudeste. Da mesma
forma uma empresa internacionalizada pode criar departamentos em cada um dos
países em que atua.
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Estrutura Matricial
Arquitetura Organizacional
A arquitetura de uma organização pode ser definida como sendo todos aqueles prin-
cípios e padrões de uma empresa que a orientam sobre quais atividades executar e
quais decisões tomar para que ela possa assim executar uma estratégia pré-estabele-
cida. É preciso entender sobre o negócio da empresa o ramo em que atua o mercado
no qual se encontra ambiente externo seus processos sistemas de informação e ca-
pital humano ambiente interno aliando tudo isso as suas estratégias organizacionais
para atingir os objetivos desejados, resumindo é preciso alinhar a sua estratégia a todo
o seu contexto.
A arquitetura de uma empresa consiste em um modelo que pode ser usado para repre-
sentar seu completo ciclo de vida ao modo pode auxiliar no processo de planejamento
e análise da organização sem a arquitetura organizacional executivo de uma empresa
andam às cegas no tocante às decisões de caráter fundamental.
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Características de uma Organização que usa Arquitetura Organizacional
• Confiança;
• Comprometimento;
• Co-criação;
• Conexão;
• Comunicação;
• Celebração e correção do curso;
• Clima bom.
Centralização e Descentralização
VANTAGENS DA DESVANTAGENS DA
CENTRALIZAÇÃO CENTRALIZAÇÃO
• Decisões são tomadas por quem • Decisões são distantes dos fatos
tem visão global da organização; locais;
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Descentralização significa dispersão a desconcentração de poder e do processo
decisório para os diversos níveis da organização.
VANTAGENS DA DESVANTAGENS DA
DESCENTRALIZAÇÃO DESCENTRALIZAÇÃO
Burocracia
Ideias de Weber:
• Hierarquia - Cada unidade de trabalho de nível inferior está sob o controle e a subor-
dinação de outra de nível superior;
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penho de tarefas da instituição. Divisão do trabalho;
O Estado possui ainda um governo, que tem soberania reconhecida interna e externa-
mente.
Análise sociológica
Sociologicamente, o Estado é uma corporação territorial dotada de um poder de man-
do originário (JELLINEK, s.d.p).
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Análise política
No âmbito político, podemos dizer que o Estado é uma comunidade de homens fixada
sobre um território, potestade superior de ação, de mando e de coerção (MALBERG,
2001).
Análise constitucional
Sob a abordagem constitucional, o Estado é tratado como uma pessoa jurídica territo-
rial soberana (BISCARETTI DI RUFFIA, 1984).
Desse modo, como dito, podemos verificar que três elementos legítimos inseparáveis
formam o Estado:
Personalidade jurídica
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Descentralização
Quando se pensa em descentralização, deve-se ter em mente a ideia de transferência
de poder para a tomada de decisões. A descentralização pode ser entendida como
uma distribuição de competências, em que se transferem poderes de decisão sobre
assuntos específicos a entidades dotadas de personalidade jurídica próprias. Ao se
descentralizar, as partes afetadas, por não assumir em relações de subordinação entre
si, não estabelecem nenhum tipo de controle hierárquico. No Brasil, a descentrali-
zação acontece com os entes da administração indireta: Empresas Públicas, Autar-
quias, Fundações e Sociedades de Economia Mista.
Desconcentração
É a distribuição interna de competências dentro de uma mesma pessoa jurídica. Onde
houver desconcentração, haverá controle hierárquico, uma vez que desconcentração
implica a permanência de vínculos entre os órgãos envolvidos e não há transferência
de poder de decisão. Administração pública desconcentração serviço público criando
órgãos que não possuem personalidade jurídica própria e que se encontram sujeitos
ao ente que os criou.
Órgãos
Assim como os órgãos no corpo humano, os órgãos na organização estatal são uni-
dades de ação com competências específicas. Esse nome foi escolhido em razão da
gama de funções diferentes que cada órgão pode assumir. Além de suas funções, os
órgãos utilizam cargos e agentes públicos para se estruturar e são adaptados aos Três
Poderes: Legislativo, Executivo e Judiciário.
Entidades
As entidades são pessoas jurídicas, públicas ou privadas, classificadas de acordo
com a organização política e administrativa brasileira. Classificam-se em: Entidades
Estatais, Autarquias, Fundacionais, Empresariais, Paraestatais e Agências Regulado-
ras. Detalharemos, a seguir, as Estatais, as Paraestatais e as Agências Reguladoras.
• União;
• Estados-membros;
• Municípios;
• Distrito Federal.
Entidades paraestatais
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tor, que não compõem a administração direta e indireta. Podem ser subdivididas em
dois segmentos:
Agências reguladoras
Exemplos:
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Administração direta
Administração direta e o conjunto de órgãos integrados na estrutura da chefia do exe-
cutivo e na estrutura dos órgãos auxiliares da mesma chefia.
Administração indireta
Conforme dito, a administração indireta é formada por entidades de personalidade
jurídicas com atribuições bem específicas. Elas detêm direitos e encargos próprios,
sendo ainda submetidas a um controle administrativo. Vejamos, a seguir, as entidades
da administração indireta.
Autarquias
A expressão autarquia quer dizer “poder próprio”. No Brasil, as autarquias tomaram
forma a partir da década de 1920 e 1930. Atualmente são regidas pelos ordenamentos
definidos no Decreto-Lei nº 200/1967:
FUNDAMENTOS DA ADMINISTRAÇÃO 29
Exemplos:
Autarquias especiais
Referem-se as formas institucionais das Universidades públicas, as quais possuem
as seguintes características: autonomia didático-científica, administrativa, de gestão
financeira e patrimonial, bem como normas e regras detalhadas em um estatuto e regi-
mento interno.
Estatais
As empresas públicas e sociedades de economia mista representam as Estatais. Cria-
das nas décadas de 1960 e 1970, elas foram propostas com o objetivo de dar maior
agilidade às atividades da administração pública, garantindo maior eficiência e efi-
cácia na prestação de serviços. O campo de atuação das estatais abrange, com
maior frequência, as seguintes áreas: Petróleo, Bancos, Energia Elétrica, Ferro-
via, Água, Gás, Transportes Urbanos, Processamento de Dados e Habitações Popula-
res.
Exemplos:
Empresas públicas:
Fundações públicas
O termo advém do Direito Civil, que define fundação como um patrimônio personaliza-
do para determinada finalidade:
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Fundação é a entidade dotada de personalidade jurídica de direito priva-
do, sem fins lucrativos, criada em virtude de autorização Legislativa, para
o desenvolvimento de atividades Que não exijam execução por órgãos ou
entidades de direito público, com autonomia administrativa, patrimônio pró-
prio gerido pelos respectivos órgãos de direção e funcionamento custeado
por recursos da união e de outras fontes (BRASIL, 1967)
Exemplos:
Mercado
Sociedade civil
Pela interpretação da lei citada, podemos dizer que OSCIP’s são organizações não
governamentais (ONGs), ou seja, entendemos que há um entendimento social de
que ONGs são entidades às quais as pessoas se vinculam por identificação pessoal
qual causa que elas promovem.
Essas entidades, por natureza, não têm finalidade lucrativa, mas uma finalidade
maior, genericamente filantrópica, humanitária, de defesa de interesses que costumam
ser de toda a população e que, historicamente, deveriam ser objeto de atividade do
poder público. Destinam-se a atividade de caráter eminentemente público, sendo a
parcela da sociedade civil, como um todo, que se organiza na defesa de seus interes-
ses coletivos.
FUNDAMENTOS DA ADMINISTRAÇÃO 31
As ONGs normalmente exercem alguma função pública, Isto é, embora não pertençam
ao Estado, ofertam serviços sociais, de caráter assistencial, que atendem a um conjun-
to da sociedade maior que apenas aos fundadores e/ou administradores da organiza-
ção. Assim, a esfera de sua atuação é a esfera pública, embora não estatal.
Todavia, nem todas as ONGs tem uma função direcionada a promoção do bem-estar
social (educacionais, de tratamento médico, de caridade aos pobres, científicas, cultu-
rais etc.) e apresentam diferentes graus de institucionalização.
Há ONGs cuja função é única e exclusivamente atender aos interesses do seu grupo
fundador e/ ou administrador, como alguns sindicatos, cooperativas, associações de
seguro mútuo, etc. Elas se caracterizam, normalmente, por serem organizações cons-
tituídas para fins não econômicos e finalidade não lucrativa, em grande medida com
trabalho voluntário, e, na maioria das vezes, dependente financeiramente de doações
privadas e estatais. Nada impede, contudo, que tenham fins econômicos ou atividades
de cunho econômico, mas cumprir saber distingui-las das sociedades comerciais, cuja
característica é ter atividade econômica, produzir lucro e dividi-lo entre os sócios. Por
isso, em sua maior parte, sua natureza é civil.
• Associações civis;
• Sem fins lucrativos;
• De direito privado;
• De interesse público.
Empreendedorismo
Definição
32 FUNDAMENTOS DA ADMINISTRAÇÃO
centivo dos governos de instituições de diferentes tipos.
1. Assumir riscos
Esta é a primeira, e uma das maiores qualidades do verdadeiro empreendedor. Arris-
car conscientemente é ter coragem de enfrentar desafios, de tentar um novo empreen-
dimento, de buscar, por si só, os melhores caminhos. É ter autodeterminação.
Os riscos fazem parte de qualquer atividade e é preciso saber lidar com eles.
2. Identificar oportunidades
3. Conhecimento
Quanto maior for o domínio de um empresário sobre o ramo de negócio, maior é a sua
chance de êxito. Esse conhecimento pode vir da experiência prática, de informações
obtidas em publicações especializadas, em centros de ensino, ou mesmo de “dicas”
de pessoas que montaram empreendimento semelhantes.
4. Organização
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É bom não se esquecer de que, na maioria das vezes, a desorganização (principalmen-
te no início do empreendimento) compromete seu funcionamento e desempenho.
5. Tomar decisões
6. Liderança
Liderar é saber definir objetivos, orientar tarefas, combinar métodos, estimular as pes-
soas no rumo das metas traçadas e favorecer relações equilibradas dentro da equipe
de trabalho, em torno do empreendimento. Dentro e fora da empresa, o homem de ne-
gócios faz contatos, seja com clientes, seja com fornecedores, seja com empregados.
A liderança tem de ser uma qualidade sempre presente.
7. Dinamismo
8. Independência
Determinar os próprios passos, abrir os próprios caminhos, ser o próprio patrão, enfim,
buscar a independência é meta importante para o sucesso.
O empreendedor deve ser livre, evitando protecionismos que, mais tarde, possam se
tornar obstáculos aos negócios. Só assim surge a força necessária para fazer valer
seus direitos de cidadão - empresário.
9. Otimismo
Esta é uma característica das pessoas que enxergam sucesso, em vez de imaginar o
fracasso. Capaz de enfrentar obstáculos, o empresário de sucesso sabe olhar além e
acima das dificuldades.
34 FUNDAMENTOS DA ADMINISTRAÇÃO
10. Tino empresarial
O que muita gente acredita ser um “sexto sentido”, intuição, faro empresarial, típicos
de gente bem-sucedida nos negócios é, na verdade, na maioria das vezes, a soma de
todas as qualidades descritas aqui. Se o empreendedor reúne a maior parte dessas
características, ele terá grandes chances de obter êxito, conquistando o mercado ex-
terno, já que sabe que clientes, fornecedores e mesmo concorrentes só respeitam os
que se mostram à altura do desafio.
Renovação Organizacional
Fontes de incerteza
FUNDAMENTOS DA ADMINISTRAÇÃO 35
Mudança organizacional
No mundo atual, onde existe um mercado global com grandes fontes de incerteza, as
mudanças nas organizações são impostos da noite para o dia.
Novas organizações
Organização virtual
36 FUNDAMENTOS DA ADMINISTRAÇÃO
Organização sem fronteiras
A organização sem fronteiras é aquela que procura eliminar a cadeia de comando, criar
margens ilimitadas de controle, substituir departamentos por equipes e minimizar ou-
tros limites verticais e horizontais.
Nessas organizações, o elo tecnológico é o que possibilita que as pessoas sejam livres
e ao mesmo tempo controladas pela empresa.
Para entender ética, é preciso, primeiramente, fazer uma distinção entre moral e ética.
• Moral é uma hierarquia de valores, como: O que é importante para mim? Qual o sen-
tido que dou a vida?
Assim, a moral, sendo uma ordenação de valores, orienta o posicionamento que assu-
mimos em função das decisões que tomamos a cada instante de nossa vida.
• A ética, por sua vez, é ação. É a maneira de pôr em prática os valores morais. É a
forma de traduzir a moral em atos.
Daí, a prática de princípios éticos é bastante complexa, uma vez que a ética se exerce
no espaço que se situa entre o que “é” e o que “deveria ser”.
Como a ética é a maneira de pôr em prática nossa hierarquia de valores morais, o exer-
FUNDAMENTOS DA ADMINISTRAÇÃO 37
cício da Responsabilidade Social da empresa é fruto dessa prática.
Define-se Responsabilidade Social como todo e qualquer ato das organizações, que
vai além do que a lei exige, e que possa contribuir positivamente, e de maneira ampla,
para melhoria da qualidade de vida da sociedade na qual a empresa está inserida.
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Referências
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co). São Paulo: Ed. Revista dos Tribunais, 1984, p.160.
JELLINEK, Georg. Teoria General Del Estado. Tradução de Fernando de Los Rios
Urruti. México, D.F: Compañia Editorial Continental, s.d.p., 496 e 497.
MALBERG, Carré de. Teoria General Del estado. Segunda edición em esoañol, se-
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ROCHA, Ângela da; MELLO, Renato Cotta de. Marketing de serviços. Coleção Co-
ppead de Administração. 1.ed. São Paulo: Atlas,2000.
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octatreinamentos TreinamentosOcta
www.octatreinamentos.com.br
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