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Primeiramente, vamos ser apresentados a noção de soberania, obviamente como algo

absoluto e total, como essa soberania é colocada varia conforme o autor que comenta sobre
isso, portanto, o primeiro a nos apresentar uma breve concepção de soberania é Jean Bodin,
na qual, vai afirmar que a soberania pressupõe uma distinção entre quem manda e quem
obedece, pois para ele não havia relação entre esses polos, na medida em que as leis só
poderiam ser dadas por essa autoridade superior, tal concepção se exprime na ideia que Bodin
tem quando relaciona a soberania com o poder do príncipe que seria escolhido por deus.
Entretanto, rosseuae inverte tais conceitos de maneira exemplar, na medida em que para ele
essa distinção ganha uma outra perspectiva, pois quem obedece as leis são aqueles que que
criam elas, portanto a uma relação de obediência e liberdade, na medida em que você é livre
para contribuir em uma determinada lei, e por essa lei esta ligada a sua participação você está
obedecendo a si mesmo e não necessariamente a um agente externo que dita maneira
autoritária a regra, portanto, já podemos observar que a soberania se encontra na mão povo
e o governante é simplesmente um agente que vai auxiliar na consolidação dessa lei

Dessa forma, partindo desses pressupostos o autor vai detalhar de maneira mais especifica
como funciona tal perspectiva de Rousseau, começando pela justiça que ele vai dizer que ela é
uma necessidade criada diante da necessidade de leis, como se a partir da sociedade
tivéssemos essa característica que seria a lei, no entanto a lei não é unanime no sentido de ser
honesta, ela está diante da corrupção humana então necessitaria da justiça para regular seu
caminho para uma forma mais igual, mas o que Rousseau quer com isso é moldar uma forma
de justiça que seja legitima tanto como existia no estado de natureza , e pra ser legitima
Rousseau vai falar que os interesses que constituem a lei não podem estar envolvidos em
apenas interesses simplesmente particulares, pois assim não haveria uma garantia que todos
obedecessem as lei, a lei deveria partir de algo mutuo pois assim poderíamos manter o laço
obrigatório tendo em vista o caráter reciproco, por este motivo se faz necessário o poder
executivo, na medida em que vai servir de base para manter a igualdade entre os acordos
humanos.

Outra questão é a noção diferenciada de soberania que Rousseau vai ter diante de Bodin, na
qual soberania nada mais é do que o exercício da vontade geral e a vontade geral seria a
vontade social que tende para o bem comum, essa soberania teria outras características como
também seu caráter absoluto, inalienável e indivisível. o poder até pode ser divido em
executivo e legislativo, mas a soberania tem caráter absoluto, o legislativo seria dado pela
criação de leis que teriam por base as próprias pessoas, o executivo estaria subordinado as leis
do soberano e por isso o executivo apenas executaria as leis. É outras características dessa
soberania que vai ser diferente, é o seu caráter inalienável, pois ela não pode ser
representada, tendo em vista que o poder de legislar não poderia ser dado apenas para uma
pessoa específica, esse pode tem que ser do povoe não o favorecimento de um pequeno
grupo em detrimento do bem comum. A segunda questão seria sobre o caráter absoluto na
medida em que o pacto social dá para os seus associados a possiblidade de legislar.

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