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CLASSIFICAÇÃO DO RN
Classificação quanto a IG
A termo: 37 – 41 + 6
- Termo precoce: 37 – 38 + 6
- Termo pleno: 39 – 40 + 6 → idade indicada para cesariana
- Termo tardio: 41 – 41 + 6
PIG e GIG tem maiores chances de fazer hipoglicemia, cada um por um mecanismo diferente
Tipos de CIUR
Tipo 1/ simétrico/ proporcionado: alteração na embriogênese, pequeno em todas as partes → infecção congênita,
alteração genética
Tipo 2/ assimétrico/ desproporcionado: alteração no 3º trimestre (hipertrofia), com cabeça e ossos pouco
comprometidos → insuficiência placentária, hipertensão
Idade corrigida
Faz quando IG < 34 semanas
40 – IG = X
Capurro
Método Ballard
Amamentação na 1ª hora Perda de peso até 10% nos primeiros 2-3 dias
Anamnese
História familiar
História materna: gestações, uso de ocitocina, uso de anestésicos, hábitos de vida, doenças prévias
Parto de risco
Dados do RN
Apgar
Exame da placenta
- IG, PC, PT, PA → lembrar que ao nascer o PC tem que ser maior que o PT
- Temperatura, FR (40-60), FC (120-160)
- Pele, respiração, cardiovascular, abdome, neurológico, malformações, eliminações
- Atitude do RN
APGAR
Feito no 1º e 5º minuto → tem que ser maior que 7 → se não, mantém de 5 em 5 minutos
Reanimação neonatal
Se:
- FC < 100
- Cianose ou palidez
- Ausência de movimentos respiratórios
Até 24 horas de vida, sendo melhor ser feito nas primeiras 12 horas
Pele
Exemplos: eritema tóxico, mancha mongólica, mancha café com leite, mancha salmão (hemangioma), miliária,
melanose pustular, hiperplasia sebácea, nevo sebáceo
Face
Avaliar simetria
Fenda palatina
Face sindrômica
Cabeça e pescoço
Bossa serossanguinolenta: sangue abaixo do couro cabeludo, mas acima dos ossos do crânio, cacifo positivo
Céfalo-hematoma: ruptura de vasos abaixo do periósteo, cacifo negativo → desaparece em 2-3 meses
Suturas acavalgadas
Fontanelas
Craniossinostose
- Escafocefalia: sagital
- Braquiocefalia: coronal bilateral + comum
- Plagiocefalia: coronal unilateral
- Plagiocefalia: lambdoide unilateral
- Trigonocefalia
Cabelo
Olhos
Fendas
Narinas
Orelhas
Cavidade bucal
Pescoço
Tórax
Abdome
Defeitos:
Masculina:
Extremidades
Dedos extranuméricos:
Pé torto:
Sustentação da cabeça
Exame neurológico
Nervos: V, VII, XII são responsáveis pela sucção, reflexo dos pontos cardeais
ADAPTAÇÃO À VIDA EXTRA-UTERINA
Adaptações: respiratória, cardiovascular, regulação da temperatura, metabolismo de energia, TGI, renais, hematológico
Trabalho de parto
Catecolaminas: adrenalina (força cardíaca e contratilidade), noradrenalina (pressão e liberação da glicose) → ocorre
pela suprarrenal e gânglios aórticos
Adaptação pulmonar
Ocorrerá maturação de: alvéolos e rede capilar, sistema de surfactante e do centro respiratório
Baixa de O2 ou elevação de CO2 → estimula bulbo e ponte e receptores carotídeos → informação chega no bulbo e
na ponte → nervo vaga carrega informação para o diafragma que se abre e permite entrada de ar
Desenvolvimento anatômico
Inicialmente tem poucos vasos e muito tecido conjuntivo, a medida que as semanas progridem ocorre redução do
tecido conjuntivo, desenvolvimento das estruturas de troca e aproximação dos capilares com os alvéolos
- Pneumócito tipo 1: forma parede do alvéolo → se lesão, pode se transformar em pneumócito tipo 2
- Pneumócito tipo 2: produção do surfactante
Surfactante
Funções:
Surfactante exógeno: existem indicações específica e pode ser feito em até 2 vezes
Líquido intrapulmonar
Inicia a produção na 28ª semana e começa a finalizar na 32ª, com posterior reabsorção
Secretado ativamente por canais de cloro dos pneumócitos tipo 1 e eliminado por canais de sódio
Desenvolvimento neurológico
Células do centro respiratório sensíveis a baixa de O2, aumento de CO2 e acidose do líquor
Adaptação cardíaca
Após nascimento:
- Contração do esfíncter do ducto venoso impedindo passagem de sangue para a VCI. Veia umbilical atrofia e
forma o ligamento teres e o venoso
- Aeração pulmonar aumenta o fluxo sanguíneo por diminuir a resistência, assim aumenta-se o volume que
chega no AE, aumentando também a pressão no mesmo, fechando o forame oval (fechamento fisiológico). Em
até 1 ano ocorre o fechamento anatômico
- Fechamento do ducto arterioso. As primeiras respirações do bebê fazem com que haja produção de bradicinina
e que se aumente a pressão de O2 no sangue. Esses dois fatores fazem a musculatura lisa da parede do ducto
arterioso (que é mais espessa no RN) contrair-se até fechá-lo
Termorregulação
Quanto mais prematuro, menos camada de gordura e menos tecido estratificado → maior perda de calor
Monitorização:
- Temperatura axilar
- Retal: meio interno
- Esôfago ou membrana timpânica
- Pele do abdome: servo control na incubadora
Produção de calor
Metabolização da gordura marrom presente no pescoço, região interescapular, mediastino, ao redor dos rins e ao redor
da suprarrenal
Hipotermia
Classificação:
- Leve: 36-36,5
- Moderada: 36-32
- Grave: < 32
Perda de calor:
- < 28 semanas e < 1800 g: ensacola o RN ainda molhado com o líquido amniótico (quentinho), touca de plástico
e de pano por cima
Riscos da hipotermia:
Sinais clínicos:
- Hipotensão - Hiporreatividade
- Bradicardia - Sucção débil
- Bradipneia - Hiporreflexia
- Hipoatividade
Tratamento:
- Reaquecimento rápido: 1ºC para cada hora (não fazer mais rápido por risco de choque) → se < 28 semanas,
< 1200 g ou temperatura < 32, não exceder 0,5ºC por hora
- Monitorar → risco de apneia e hipotensão
- Corrigir acidose, glicemia e eletrólitos
- Alimentar após temperatura > 35
- Cuidar de infecção
Hipertermia
Causas:
- Febre materna
- Ambiente quente
- Bebê muito agasalhado
- Pouco leite
- Desidratação
- Infecção
- Disfunção do SNC
- Medicações (anestésicos)
- Fototerapia (a de LED não aquece)
Fontes de energia
Fetal
Glicose materna → em determinadas circunstâncias usa lactato, ácido graxo e corpos cetônicos
Glicogênio hepático inicia a ser produzido no final do 2º tri e armazenamento no 3º tri (estoque de gordura como maior
fonte de armazenamento)
Preocupar com: PIG, pré-termo, GIG (filhos de mães diabéticas) e doentes (sépticos)
Ao nascimento
Hipoglicemia
Causas:
Conduta:
Glicose IV:
Sucção inicia com 34 semanas → quanto mais prematuro, menos motilidade, menos enzimas, menos organização
neural
Função renal
Resistência a infecção
Imunologicamente incompetente
Imunização da mãe aumenta a imunidade do bebê → anticorpos passados no 3º tri
Vacinas com vírus vivos podem não funcionar até que os níveis de IgG recebidos da mãe reduzam
Hematológico
No 3º mês de vida tem anemia do RN (Hb de 9-10) → clampeamento tardio do cordão (1-3 minutos) para evitar (causa
transfusão de 25 a 50 mL)
Vitamina K importante para prevenir doença hemorrágica → importante porque no início não há colonização do intestino
adequado (bactérias produtoras da vitamina K
OUTRAS ANEMIAS HEMOLÍTICAS E COLESTASE
Suspeitar quando: icterícia por BI por tempo prolongado em que RN é Rh negativo (não tem incompatibilidade Rh) e
que não haja incompatibilidade ABO
Clínica:
Complicação mais séria: kernicterus → BI 20-22 atravesse barreira hematoencefálica e impregna nos núcleos da base
→ RN adquire posição de opistótono → prejuízo no desenvolvimento neuropiscomotor
Diagnóstico:
- Furazolidona - Nitrofurantoína
- Azul de metileno - Primaquina
- Ácido nalidíxico - Sulfametoxazol
Céfalo-hematoma
Equimose
Hemorragia pulmonar: ocorre mais em PIG, os quais nascem com alterações morfológicas de células pulmonares que
favorecem o sangramento
Coleção de sangue no espaço extravascular → aumento do catabolismo das hemácias → hemólise → icterícia
Policitemia
Ocorre em (1,5-4% dos RN): cardiopatia congênita, insuficiência placentária (hipóxia fetal crônica) → menos sangue,
menos O2 → aumenta produção sanguínea para tentar carrear mais O2
Ocorre retardo no trânsito intestinal → maior tempo para desconjugação da bilirrubina no intestino → reabsorção
- Além disso, há ausência de bactérias e altos níveis de beta glucuronidase → microbiota moldada até os 3 anos,
mais bem formada quando há amamentação adequada
Hipotireoidismo
BD/ bilirrubina conjugada aumentada ocorre quando há defeitos nos canalículos intra ou extra-hepáticos, seja ele
estrutural, genético, metabólico, tóxico, infeccioso
Aumento de BD > 1 já é patológico e diagnóstico deve ser feito o mais cedo possível
Etiologias:
Causas (60-80%:
Quadro clínico:
Colestase importante evolui com cirrose biliar progressiva que por sua vez pode evoluir para hipertensão portal
- Desnutrição
- Prejuízo no crescimento
- Deficiência de vitamina lipossolúvel: A (visão), D (metabolismo ósseo), E (degeneração neuromuscular), K
(coagulação)
- Diarreia, perda de cálcio
Diagnóstico laboratorial:
Rara, progressiva
Causa: obstrução fibroinflamatória da árvore biliar de etiologia incerta → genética, infecção viral, autoimune
Variantes:
- 1ª (menos frequente):
• Malformação esplênica e de simetria visceral
• Meninas
• Mãe com DM ou tireotoxicose
• Associação com malformação sindrômica (pior prognóstico e não sindrômica
- 4ª: viral
• Causas mais frequentes: hepatite neonatal de células gigantes, vírus Reovirus, CMV, Rotavirus
• Lesão hepática inicia na vida intra-uterina com hepatite neonatal de células gigantes
Quadro clínico:
- Alterações surgem após 1 mês (4ª semana) → icterícia tardia e prolongada, colúria, acolia
- Pode haver associação de icterícia fisiológica com a icterícia por BD
- Biópsia: bile dentro dos canalículos, rolhas de bile nos espaços canaliculares, associado à lesão celular
secundária (células necróticas)
- Provas de atividade hepática (GGT, TGO, TGP, AFT) pouco alteradas
- Para atresia: GGT e biópsia
Quanto mais precoce, melhor prognóstico e o transplante tem melhor prognóstico quando realizado após 1º ano de
vida
Etiologia incerta
Quadro clínico:
Diagnóstico: biópsia → transformação dos hepatócitos em células gigantes multinucleadas em até 36% dos hepatócitos
Sobrecarga de bilirrubina com USG mostrando dilatação dos ductos proximais e bile espessada
Possíveis mecanismos: imaturidade do sistema biliar, ausência de alimentação oral, excesso de crescimento bacteriano
ou sepse, administração elevada de aminoácidos e lipídios
Conduta:
Cisto de colédoco
Infecções
Agentes: treponema pallidum, listeria, CMV, coxsackie, rubéola, adenovírus, vírus da hepatite A, B, C, D, T. gondi,
sepse por E. coli (libera endotoxina de forma maciça
ALOJAMENTO CONJUNTO
DEFINIÇÃO: sistema hospitalar que o RN sadio permanece 24 horas com a mãe após o nascimento, no mesmo
ambiente, até a alta hospitalar
Objetivos
Acompanhar a amamentação
Fluxograma conduta
34-36 semanas e/ ou RN ≤ 2000 g → dificuldade respiratória → enfermaria/ observação por 3 horas → melhora → AC
especial → sem melhora → UCIN, UTIN
< 34 semanas e/ou grandes malformações e/ou RN < 1500 g e asfixia grave → UTIN
Critérios de inclusão do RN
Clinicamente estáveis
Malformação congênita menor sem comprometimento sistêmico (polidactilia, fenda palatina, sindactilia, fenda labial)
Filho de mãe HBsAg positiva → amamentação somente do filho, não pode doar leite
Critérios de exclusão
Alto risco de infecção → mãe com febre na hora do parto, infecção urinária
Recusa da mãe
Patologias diagnosticadas ao exame imediato → quando não realizou USG antenatal
Benefícios do alojamento
Aleitamento
Livre demanda
- Solta a mama
- Molha de 6-8 fraldas/ dia
- Evacua mais que 3x/ dia
Diurese ocorre nas primeiras 12 hrs e mecônio nas primeiras 24-36 horas
- Sistema imune
- Menor colesterol na fase adulta
- Menos susceptíveis a IVAS e infecções no geral
- Leite mais digerível para o bebê
- Desenvolvimento motor e mais estímulos cotidianos
- Lactobacilos compondo a flora intestinal do neném
Alta hospitalar
Critérios:
- Sucção adequada
- Apojadura da mãe
- VDRL negativo da mãe e do bebê
- RN sem icterícia ou icterícia de baixo risco
- Controle térmico adequado
- Controle metabólico (glicemia estável)
Triagens
Cuidados de pele
É indicado retorno 48 hrs após a alta caso o RN tenha apresentado alguma alteração durante a permanência no hospital
- Imunização
- Triagens: pezinho, orelhinha, olhinho, coraçãozinho, linguinha
Sinais de alerta:
Coto umbilical
Banho
Não usar travesseiros, cobertores → só tem reflexo de busca até os 6 meses (reflexo de Muro), não tem o de retirada
Não colocar o bebê de cabeça para baixo → não tem controle cervical
Transporte
Muitos parâmetros são desenvolvidos no final do 3º tri: reserva de glicogênio hepático, reflexo de sucção, gordura
marrom
Epidemiologia
- Pré-eclâmpsia
- Mãe DMG
- Mãe cardiopata descompensada
- Sofrimento fetal
Eletivos (iatrogênicos) → cesáreas eletivas devem ser realizadas apenas após 39 semanas
Maternas:
- Adolescentes e > 40
- Obesidade, DMG, síndromes hipertensivas da gestação
- DPP, placenta prévia, placenta marginal, hemorragia anteparto
- Pré-termo prévio
- Intervalo curto entre gestações (< 12 meses)
Fetais:
- CIUR
- Macrossomia fetal
- Anomalias fetais
- Oligodrâmnio
- Polidrâmnio
Gestações múltiplas
Hipotermia
Imaturidade cerebral
- Imaturidade fisiológica
- Pode ser decorrente de infecção materna
- Investigação: hemograma, PCR, plaqueta, hemocultura
- Causas: TPP, RPMO, infecção materna (ITU)
- Neurotoxicidade → kernicterus
- Ingesta deficiente → não forma fezes e urina → bilirrubina não é eliminada
- Aumento da circulação entero-hepática e imaturidade de enzimas
- Icterícia tardia após alta (no 3º/ 4º dia) → maior causa de retorno
- Para alta, bilirrubina deve estar na zona intermediária ou baixa → importante reavaliar com 48 hrs
Hipoglicemia
- Infecção
- Apneia
- Problemas respiratórios
- Hipotermia
- Icterícia > respiratório > alimentação > hipotermia