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Disciplina

Introdução ao Estudo do
Direito (IED)
1. Definição de Direito
2. O Direito, Ciência e Justiça

AULA 02
TEXTO: Empatia e Solidariedade em meio
à Crise pandêmica do COVID-19.
https://geruzaadv.jusbrasil.com.br/artigos/918587700/empatia-e-
solidariedade-em-meio-a-crise-pandemica-do-covid-19
LATIM
O latim é uma língua
pertencente ao grupo itálico
da grande família das línguas Foi língua de literatura
indo-européias. Falado na
cidade de Roma e na e língua franca na
província do Lácio no século I Europa inteira durante
a.C estendeu-se a toda a Itália a antiguidade romana
e seguidamente à parte e a idade média.
ocidental da Europa, desde a
atual Romênia até Portugal,
vindo dar origem às línguas
latinas.
O latim é um idioma original da região itálica do Lácio
que ganhou grande importância por ser o idioma oficial
do antigo Império Romano. Foram muitas as influências
da língua grega no latim. O latim deu origem a um
grande número de línguas européias, denominadas
românicas, ou neo-latinas, como o português, o
espanhol, o francês, o sardo, o italiano, o romeno, o
galego, o occitano, o rético, o catalão e o dalmático -
este, já extinto.

Durante séculos depois da Queda do Império Romano, o


latim continuou a ser utilizado em toda a Europa como
língua culta. Nos últimos 50 anos, o leque de utilização
cultural do latim se fechou, tornando-se, para muitos,
uma língua morta (porém não é), sendo o idioma oficial
do Estado do Vaticano, sendo hoje por esse motivo
restrita, ao contexto eclesiástico.
ETIMOLOGIA

A palavra Direito vem do latim directum,


que também deu origem ao português
"directo". Directum, por sua vez, era o
particípio passado do verbo dirigere que
significa "dirigir" ou "alinhar". Para outros
autores, a palavra faz referência à deusa
romana da justiça, Justitia, que segurava
em suas mãos uma balança com fiel. Dizia-
se que havia justiça quando o fiel estava
absolutamente perpendicular em relação ao
solo: de rectum.
CONCEITO BÁSICO DE DIREITO

O estudo da História revela que o


homem nunca procurou ficar
completamente isolado dos seus
semelhantes para viver e sobreviver,
ou seja, o homem nunca adotou a
solidão como forma habitual de vida,
demonstrando que a sociabilidade é
característica fundamental de nossa
espécie.
A CIÊNCIA DO DIREITO

Se considerarmos ciência qualquer tipo de conhecimento racional


que engloba dados da realidade natural, social ou cultural, não
teremos problemas para falar de uma ciência jurídica, visto que essa
estuda dados da realidade, embora de forma racional.

Segundo Angel La Torre, um dos maiores problemas da ciência do


Direito é a sua arbitrariedade, por ser constituída de leis arbitrárias
que se modificam com o tempo, pois uma mera palavra do legislador
“converte bibliotecas inteiras em lixo”, ou seja, uma mudança na
legislação torna inúteis a maioria dos manuais de Direito. Não
podemos exagerar esse feito, pois um ordenamento jurídico num
todo não se modifica, mas evolui.
FORMA RACIONAL
A Ciência do Direito, classificada entre as disciplinas
jurídicas fundamentais, constitui um conjunto ordenado e
sistemático de princípios e regras que tem por tarefa definir e
sistematizar o ordenamento jurídico (Direito positivo ou direito
posto, vale dizer, produzido pelo Estado) que o Estado impõe à
sociedade e apontar solução para os problemas ligados à sua
interpretação e aplicação.

Seu objeto é o Direito positivo (ou direito posto), mas


considerado o Direito positivo de um Estado determinado, num
dado momento histórico-cultural, ou como direito em certo ponto
do espaço-tempo, com suas peculiaridades histórico-sócio-
culturais.
Qual a função precípua da Ciência do
Direito?

É a importância do estudo do Direito. Daí


se dizer que a função
precípua do Direito é trazer segurança
jurídica, tendo como fim concretizar a
justiça, isto é, o que é justo. Para fazer
isso, são firmados enunciados
prescritivos, ou seja, frases que
prescrevem alguma coisa, que
determinam algo.
Como o direito pode ser definido
pela ciência jurídica?

A Ciência do Direito pode ser


definida como: “[...] estudo metódico
das normas jurídicas com o objetivo
de descobrir o significado objetivo
das mesmas e de construir o
sistema jurídico, bem como de
estabelecer as suas raízes sociais e
históricas.”
HANS KELSEN E A CIÊNCIA DO DIREITO

O conceito de ciência jurídica apresentado por Hans Kelsen é o de uma


ciência purificada de qualquer valor, tanto social como ético ou moral. Tal
postura tornou-se algo realmente polêmico e bastante discutido, porém são
poucos os que ousam desafiar essas premissas com competência e clareza
de afirmações.

Para constituir uma ciência tão purificada e limpa, sem quaisquer


“impurezas”, o fundamental para Hans Kelsen é que o Direito se resuma
exclusivamente à norma. Cabe, portanto, à ciência jurídica transformar essas
normas em regras, criar a forma lógica do jurídico. Aqui o objeto é a norma e
não o fato. Todos os fatos deverão obedecer ao que a lei ordena.

Hans Kelsen é considerado o principal representante da chamada Escola


Positivista do Direito.
O positivismo é uma corrente filosófica que surgiu na
França no começo do século XIX.

Os principais idealizadores do positivismo foram os


pensadores Auguste Comte e John Stuart Mill.
Esta escola filosófica ganhou força na Europa na
segunda metade do século XIX e começo do XX.

A principal ideia do positivismo era a de que o


conhecimento científico devia ser reconhecido como o
único conhecimento verdadeiro.
O DIREITO E A JUSTIÇA

Eis que os dois dividem o


mesmo palco do jurídico.

A importância da justiça foi bem


demonstrada por Platão, para
quem «sem justiça não
sobrevive nem mesmo uma
sociedade de ladrões».
O DIREITO E A JUSTIÇA

Igualmente prescreveu o jurista italiano Del Vecchio: A


noção de justo é a pedra angular de todo o edifício
jurídico.

Platão cuidou de definir o justo, e assim o coloca como


uma aceitação e o empenho de cada cidadão no
exercício da função que lhe é atribuída dentro do
Estado, tendo em vista a construção de uma cidade
feliz.
Essa função seria definida de
acordo com a virtude de cada
cidadão.

A justiça social é aquela que


Aristóteles considerou a mais bela
de todas: ”Nem a estrela da manhã,
nem a estrela vespertina são tão
belas quanto a justiça geral”. Como
em qualquer outra virtude, esta
também diz respeito a dar a cada
um o seu.
• A igualdade ocorre quando todas as partes
IGUALDADE é estão nas mesmas condições, possuem o
a ausência de mesmo valor ou são interpretadas a partir
do mesmo ponto de vista, seja na
diferença. comparação entre coisas ou pessoas.

EQUIDADE é o • Este conceito também revela o uso da


substantivo feminino imparcialidade para reconhecer o direito de
com origem no cada um, usando a equivalência para se
latim aequitas, que tornarem iguais.
significa igualdade, si • A equidade adapta a regra para um
metria, retidão, imparci determinado caso específico, a fim de deixá-la
alidade, conformidade .
mais justa.
A FINALIDADE DA JUSTIÇA E A
TRANSFORMAÇÃO SOCIAL

E o que é uma sociedade justa? A


própria Constituição nos responde. É
uma sociedade sem preconceitos e
discriminação de raça, sexo, cor ou
idade; uma sociedade livre, solidária,
sem pobreza e desigualdades sociais,
na qual a cidadania e a dignidade da
pessoa humana estão no topo da
pirâmide jurídica.
A FINALIDADE DA JUSTIÇA E A
TRANSFORMAÇÃO SOCIAL

Se a finalidade do Direito, como


enfatizado, é a realização da Justiça,
Art. 3º Constituem objetivos fundamentais
qual seria a finalidade da Justiça? da República Federativa do Brasil:

Essa é a segunda questão que I — construir uma sociedade livre, justa e


solidária;
gostaria de destacar. A finalidade da II — garantir o desenvolvimento nacional;
III — erradicar a pobreza e a marginalização
Justiça é a transformação social. É a e reduzir as desigualdades sociais e
regionais;
construção de uma sociedade justa, IV — promover o bem de todos, sem
preconceitos de origem, raça, sexo, cor,
como expressamente previsto no idade e quaisquer outras formas de
discriminação.
artigo 3º da nossa Constituição
Federal de 1988.
O PROBLEMA DA LEI INJUSTA

Com frequência ouvimos dizer que a questão da lei


justa ou injusta é problema do legislador e não do
juiz. Quem fez a lei é que tem que responder pelos
seus efeitos sociais, positivos ou negativos. Isso
não deixa de ser verdade. Mas até que ponto isso
exclui a responsabilidade do juiz e dos operadores
do direito em geral?

Afinal, quem aplica o direito? Quem aplica a lei


injusta? O resultado prático e concreto de uma lei
só se verifica quando ela é aplicada, e isso não é
tarefa do legislador. Logo, assim como a má lei é
responsabilidade ética do legislador, a má
sentença, a eficácia de vida que dela resulta é
responsabilidade ética do juiz.
A CRIAÇÃO DO DIREITO NÃO É OBRA EXCLUSIVA DO
LEGISLADOR

A criação do Direito não é obra exclusiva do legislador,


como comumente se pensa e se ensina, mas também, e
principalmente, do jurista, do magistrado, do advogado,
enfim, de todos os operadores do direito. O que o
legislador faz é criar a lei, mas o direito é muito maior que
a lei. Mário Moacyr Porto já dizia que a lei não esgota o
direito assim como a partitura não esgota a música. A boa
ou má execução da música dependerá da virtuosidade do
intérprete.
A CRIAÇÃO DO DIREITO NÃO É OBRA
EXCLUSIVA DO LEGISLADOR

O mesmo ocorre no mundo jurídico;


não basta conhecer bem a lei para fazer
justa aplicação do direito, porque a
justiça nem sempre estará na lei. O
mau operador do direito, advogado ou
juiz, transforma uma lei boa em má, ao
passo que o bom operador é capaz de
dar boa aplicação até a uma lei ruim.
Fazer justiça pelas próprias mãos é crime!
Saia da sala de espera
Não dá para viver esperando que as vitórias
caiam em nosso colo, como se aguardássemos
um prêmio de loteria ou qualquer jogada de
sorte. Se desejamos alcançar algo, precisamos
batalhar por isso e fazer as coisas acontecerem.
A sorte é um mero acaso, algo bom quando se
tem, mas não dá para contar com ela. Temos que
planejar, determinar aonde queremos chegar e os
passos que vamos dar para que isso aconteça.
Acredite em sua capacidade, busque
conhecimento e dê sempre o seu melhor!
Lembre-se de que nenhum esforço é em vão.
Quem espera as coisas caírem do céu vai passar
a vida na sala de espera. Quem luta, uma hora
alcança.

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