Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Apostila 2
Apostila 2
Libras Básico I
Apostila
Governador do Distrito Federal
Ibaneis Rocha
www.egov.df.gov.br
SÚMARIO
APRESENTAÇÃO........................................................................................................................................... 3
INSTRUTORES............................................................................................................................................... 4
HISTÓRIA DOS SURDOS........................................................................................................................... 5
PARÂMETROS LINGUÍSTICOS.............................................................................................................. 7
ALFABETO MANUAL.................................................................................................................................. 8
NÚMEROS......................................................................................................................................................... 9
SAUDAÇÕES.................................................................................................................................................... 10
VOCABULÁRIO.............................................................................................................................................. 13
CALENDÁRIO................................................................................................................................................. 18
VERBOS............................................................................................................................................................. 26
CORES................................................................................................................................................................ 34
FAMÍLIA............................................................................................................................................................ 37
ESTADO CIVIL................................................................................................................................................ 46
ADJETIVOS...................................................................................................................................................... 48
CIDADES DO DF............................................................................................................................................ 51
CIDADES DO ENTORNO DO DF............................................................................................................. 59
TRABALHO...................................................................................................................................................... 62
MEIOS DE TRANSPORTES..................................................................................................................... 65
MEIOS DE COMUNICAÇÃO...................................................................................................................... 68
PROFISSÕES................................................................................................................................................... 70
DICAS.................................................................................................................................................................. 73
CONSIDERAÇÕES FINAIS......................................................................................................................... 74
REFERÊNCIAS................................................................................................................................................ 75
3
APRESENTAÇÃO
INSTRUTORES
Em todo o mundo, são poucos os registros referentes à história das Pessoas Surdas (PSs) na
Antiguidade. O pouco que se encontra mostra que essas pessoas tinham dificuldades até
mesmo de serem reconhecidas como seres humanos.
Grandes filósofos da Antiguidade acreditavam que quando as pessoas não falavam,
consequentemente, não possuíam linguagem, tampouco pensamento. Dessa forma,
consideravam as PSs como não competentes, seres sem pensamento e incapazes. Até o
século XV, o surdo foi considerado um ser primitivo, que não possuía qualquer direito
assegurado. A situação das PSs era, de fato, uma calamidade. Se não ouve, não pensa.
Foi somente no século XVI, na Europa, por intermédio da religião, que surgiu a noção de que
a compreensão das ideias não dependia de ouvir palavras. Girolamo Cardano, um dos
primeiros educadores de surdos, defendeu a ideia de que todo surdo deveria ser educado. O
monge Pedro Ponce de Leon (1520-1584) ensinou surdos de diversas famílias nobres a falar
e inventou o alfabeto manual, e Juan Martin Pablo Bonet (1573-1633) publicou, na Espanha,
o livro: Reducción de las letras y artes para enseñar a hablar a los mudos.
No século XVII, na França, o abade Charles Michel de L’Epée ficou conhecido como o “Pai dos
Surdos” e criou os “Sinais Metódicos”. L’Epée acreditava que todos os surdos,
independentemente de nível social, deveriam ter acesso à educação, e esta deveria ser
pública e gratuita. Foram criadas diversas escolas para educar os surdos na França e em
outros países Europa.
Nessa mesma época, na Alemanha, surgem as primeiras noções da filosofia oralista, com as
ideias de Samuel Heinick. Ele foi o fundador de uma escola pública apenas na língua oral para
nove alunos surdos. As metodologias de L’Epée e de Heinick se confrontavam.
No século XIX, Thomas Hopkins Gallaudet, professor americano, foi à Europa obter
informações sobre a educação dos surdos. Ele retornou a seu país na companhia de Laurent
Clerc, surdo, e fundaram a primeira escola para surdos dos EUA, que utilizava, como forma
de comunicação, um tipo de francês sinalizado. Mais tarde, a escola transformou-se em uma
universidade para surdos, a Universidade Gallaudet. Em 1869, com a morte de Laurent Clerc,
o método oral começa a ganhar força.
O mais importante e poderoso dos representantes oralistas foi Alexandre Graham Bell, o
inventor do telefone. Em 1880, em Milão, foi realizado o Congresso Internacional de
Educadores de Surdos, momento crítico da História, no qual foi proibido o uso das Línguas
de Sinais e instituído o método oral como a melhor filosofia para alfabetizar as PSs.
No início do século XX, a maioria das escolas já haviam deixado de utilizar a língua de sinais,
e a filosofia oralista dominou o mundo até a década de 1960, ano em que Willian Stokoe
publicou um artigo sobre a língua de sinais. Surge, então, a filosofia da comunicação total.
Em Congresso Internacional sobre a Educação dos Surdos, foi deliberado que a filosofia
oralista não deveria ser a única utilizada. E, somente a partir de 1980, as ideias em relação à
terceira filosofia educacional, o bilinguismo, começaram a ser divulgadas.
Em 1855, chega ao Brasil o professor Surdo francês Hernest Huet, trazido pelo Imperador
D. Pedro II. E, em 1857, é fundado o Instituto Nacional de Surdos Mudos, atual Instituto
Nacional de Educação de Surdos (INES), que utilizava a língua de sinais. Em 1911, o INES,
seguindo a tendência mundial, estabeleceu o oralismo puro. No fim da década de 1970, chega
ao Brasil a comunicação total e, na década de 1980, começa no Brasil o bilinguismo.
6
O bilinguismo tem como presunção a necessidade de o surdo ser bilíngue, ou seja, adquirir a
Língua de Sinais, que é considerada a língua natural dos surdos, como língua materna, e como
segunda língua, a língua oral utilizada em seu país. No caso do Brasil, a Língua Portuguesa na
modalidade escrita.
Em 2002, a Libras foi reconhecida pela lei no 10.436/2002 como meio legal de comunicação
e expressão, e, em 2005, foi publicado o Decreto no 5.626/2005 que a regulamenta. A partir
desse aparato legal, a comunidade Surda apoderou-se de sua língua, conquistando a garantia
de espaços bilíngues que respeitem e assegurem acessibilidade linguística às PSs.
7
PARÂMETROS LINGUÍSTICOS
ORIENTAÇÃO DA PALMA
8
ALFABETO MANUAL
9
NÚMEROS
Quantidade
Ordinais
10
SAUDAÇÕES
OI
BOM DIA
BOA TARDE
BOA NOITE
12
MEU NOME...
PRAZER EM CONHECER
13
VOCABULÁRIO
SURD@
OUVINTE
14
FALAR SINALIZAR
COMUNICAR REPETIR
AJUDAR ME AJUDA
15
ENSINAR
APRENDER
SABER
NÃO SABER
DESCULPA OBRIGADA
18
CALENDÁRIO
CALENDÁRIO
MÊS ANO
DIAS DA SEMANA
SEGUNDA-FEIRA TERÇA-FEIRA
QUARTA-FEIRA QUINTA-FEIRA
22
SEXTA-FEIRA SÁBADO
DOMINGO
FERIADO FÉRIAS
23
MESES DO ANO
JANEIRO FEVEREIRO
MARÇO
24
ABRIL
MAIO
JUNHO
25
JULHO
AGOSTO SETEMBRO
VERBOS
VERBOS
ACONTECER
AMAR APRESENTAR
27
CHEGAR COMBINAR
28
COMPRAR
CONSEGUIR CONVERSAR
CORRER DESCOBRIR
29
EMPRESTAR ENCONTRAR
ESCOLHER
FAZER FORMAR
30
OBEDECER PAGAR
PASSEAR PARAR
31
RESPONDER
REUNIR
32
TER TRABALHAR
VER
VIAJAR VIVER
33
VOLTAR
34
CORES
CORES
AZUL AMAREL@
ROX@
VERDE VERMELH@
37
FAMÍLIA
FAMÍLIA
PESSOA 1 PESSOA 2
ADULTO JOVEM
CRIANÇA MENINO
MENINA
39
MAMÃE
PAPAI
FILH@
40
MÃE ADOTIVA
PAI ADOTIVO
FILH@ ADOTIV@
41
MADRASTA
PADRASTO
ENTEAD@
42
IRMÃ@ 1 IRMÃ@ 2
IRMÃO
IRMÃ
43
VELH@
VOVÔ
VOVÓ
44
NET@ PRIM@
TITI@ SOBRINH@
SOGRO
SOGRA
VIZINH@ EMPREGAD@
46
ESTADO CIVIL
SOLTEIR@ 1 SOLTEIR@ 2
SEPARAD@
47
DIVORCIAD@
VIÚV@
48
ADJETIVOS
CIUMENT@ CORAJOS@
ESPERT@
49
FRAC@
INTELIGENTE INVEJOS@
LEGAL MEDROS@
50
NERVOS@ RAIVOS@
TÍMID@
51
CIDADES DO DF
CIDADE
CRUZEIRO ESTRUTURAL
FERCAL GAMA
GUARÁ
53
LAGO NORTE
LAGO SUL
54
NOROESTE
NÚCLEO BANDEIRANTE
RIACHO FUNDO
SAMAMBAIA
56
SANTA MARIA
SÃO SEBASTIÃO
SIA
57
SOBRADINHO SUDOESTE
TAGUATINGA VARJÃO
VICENTE PIRES
58
VILA PLANALTO
59
CIDADES DO ENTORNO DO DF
CIDADE DE GOIÁS
CIDADE OCIDENTAL
NOVO GAMA
PLANALTINA DE GOIÁS
PIRENÓPOLIS VALPARAÍSO
61
TRABALHO
TRABALHO
PÚBLICO PRIVADO
PAPEL DOCUMENTO
63
CÓPIA
CADERNO
64
LIVRO CHAVE
BANHEIRO
RESTAURANTE
65
MEIOS DE TRANSPORTES
TRANSPORTES
NAVIO ÔNIBUS
67
SUBMARINO TÁXI
TREM UBER
68
MEIOS DE COMUNICAÇÃO
JORNAL TELEVISÃO
E-MAIL WHATSAPP
69
FACEBOOK INSTAGRAM
70
PROFISSÕES
PESSOA
AUXILIAR DE LIMPEZA
71
PROFESS@R
72
SECRETÁRI@ VIGIA
73
DICAS
FILMES
A MÚSICA E O SILÊNCIO
AMY
BLACK
FAMÍLIA BELIER
FILHOS DO SILÊNCIO
HELLEN KELLER
O PAÍS DOS SURDOS
SEU NOME É JONAS
SOU SURDO E NÃO SABIA
THE HAMMER
APLICATIVOS
HAND TALK
PRO DEAF
SPREAD THE SIGN
TV INES
VLIBRAS
WEB
http://culturasurda.net
http://editora-arara-azul.com.br/portal/
http://filmessurdez.blogspot.com.br/
http://www.acessobrasil.org.br/libras/
http://www.feneis.org.br
http://www.ines.org.br
http://www.portaldosurdo.com/
http://www.prodeaf.net/
http://www.surdo.org.br/
http://www.vlibras.gov.br/
https://blog.surdoparasurdo.com.br/
https://www.handtalk.me/
74
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Parabéns! Você concluiu o nível Básico I do curso de Libras da EGOV. Agora, você precisa
continuar treinando a Libras. É de suma importância praticar bastante, frequentar eventos
da comunidade Surda e se lançar nesse universo tão interessante. Quanto mais prática, mais
fluência na língua e, consequentemente, mais contato com as pessoas Surdas. Esse é só o
começo da nossa caminhada, e lhe desejamos sucesso na continuidade dos próximos níveis.
Fique de olho! Esperamos todos vocês!
REFERÊNCIAS
FALCÃO, Luiz Albérico Barbosa. Surdez, cognição visual e libras. 3 ed. Recife: Ed. do autor,
2012.
FELIPE, Tanya A.; MONTEIRO, Myrna Salerno. Libras em contexto: curso básico. 7. ed. Rio
de Janeiro: WallPrint, 2008.
QUADROS, Ronice Muller; STUMPF, Marianne Rossi; LEITE, Tarcísio de Arantes (Org.).
Estudos da língua brasileira de sinais I. Florianópolis: Insular, 2013. (Série Estudos de
Língua de Sinais, v. I).
QUADROS, Ronice Muller; STUMPF, Marianne Rossi; LEITE, Tarcísio de Arantes (Org.).
Estudos da língua brasileira de sinais II. Florianópolis: Insular, 2014. (Série Estudos de
Língua de Sinais, v. II).
SKILIAR, Carlos. A Surdez: um olhar sobre as diferenças. Porto Alegre: Mediação, 2013.