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Belo Horizonte
2024
Danilo Fujise
Belo Horizonte
2024
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A unidade I da matéria Filosofia e Educação Física consistiu em 3 fontes de
informação: debates em sala de aula, os textos “Para que Filosofia?” da autora Marilena
Chauí e “Filosofia: o que é para que serve” de Pinzetta e Trombeta e finalmente, a
“Alegoria da Caverna”, de Platão.
Se fosse preciso resumir filosofia em uma única frase segundo todas essas
fontes, a primeira coisa que vêm à cabeça seria: é a ciência de fazer perguntas sobre
todas as coisas.
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Ao estar sempre se questionando e questionar as coisas, a filosofia nos
impulsiona a buscar conhecimento, sobre as coisas e consequentemente a nós mesmos.
Paramos de reproduzir, tomar atitudes de forma automática porque isso foi naturalizado
por nossos pais ou avós, ou pelas pessoas a nossa volta e começamos a nos questionar
o porquê (ou se) isso é bom (para nós mesmos ou para as pessoas que nos cercam).
Esse mito ou alegoria pode muito bem ser utilizado para ilustrar o que
acontece nos dias de hoje. Na pressa de consumir o máximo de informações possíveis
que nos é apresentada, a grande maioria não se dá o trabalho de fazermos as perguntas
que a filosofia nos propõe.
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Vendo pelo ponto que geralmente as pessoas que detém o poder político e
econômico, pode-se enxergar um possível motivo para a filosofia ser colocada em
segundo plano, em detrimento de outras disciplinas consideradas mais úteis, como
“Aprender a ler e escrever e fazer contas”, como dito pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.
Ter uma massa de pessoas que são úteis, que não tem o hábito de
questionar coisas ou normas pré-estabelecidas, é algo muito desejado por aqueles que
detém os meios de produção, pois produzirão riquezas sem questionar, e dependendo
do quanto a pessoa está envolvida na sua caverna de Platão, agirá para defender a sua
realidade de sombras na parede. Isso é demonstrado de forma metafórica no filme Matrix,
(1999), em que as pessoas que estavam dentro de uma rede de simulação da realidade
se apegavam tanto a ela, que ao ver coisas que as faziam duvidar que aquela simulação
era a realidade, as faziam ser invadidas, se transformando nos agentes que tinham a
missão de defender aquele lugar.