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CAPÍTULO I
a. Fundamentos metodológicos
Toda interpretação procura alcançar uma evidência que pode ser de caráter:
racional (lógico, matemático) ou compreensivo (afetivo, emocional).
Racional= que se compreende intelectualmente
Compreensivo= parte da ideia de que existem fatos de experiência que são
considerados como conhecidos.
Essas evidências podem ser tanto de grau elevado (que seria um bom nível de
certeza acerca da evidência apreendida sobre determinada ação). Contudo, é
possível que as vezes haja situações nas quais não seja possível compreender
os fins de determinada ação. Sob essa ideia o autor menciona que impulsos
afetivos podem resultar em reações irracionais, a depender do nível de
propensão do indivíduo àquele afeto. Só que essas reações nada mais são do
que desvios de uma ação puramente orientada para um fim. Então, para
contornar isso, Weber percebe que a melhor forma é analisar a ação sem a
influência das reações irracionais, pois somente dessa foram será possível
imputar a causalidade dos desvios às irracionalidades. É por isso que o método
da sociologia é considerado como racionalista (que não se deve ser confundido
como uma ideia de supremacia do racional sobre a vida). É somente uma
metodologia.
Outro conceito trazido por Weber é o de compreensão, que poderia ser visto
como algo que figura o lado oposto de quem realiza uma ação social, por se
referir à capacidade interpretativa. Existe a compreensão atual de sentido
visado que se se relaciona, em outras palavras, em entender como
determinado indivíduo agiu. A compreensão explicativa, por sua vez, não se
limita a entender o que foi feito, mas si em entender os motivos que
culminaram naquela ação, ou seja, o sentido por traz daquela ação. Por isso o
nome “explicativo”, porque vai buscar explicar o porquê daquela ação.
Por motivo, Weber entende que é uma conexão de sentido que representa a
razão de determinado comportamento. Se for adequado quanto ao seu
sentido, o motivo é visto como uma uma maneira toda articulada de
componentes, ou seja, uma formação de conexão de sentido típica (correta).
Já por outro lado, o motivo pode ser casualmente adequado quando há uma
sequência de fenômenos que, em virtude da experiência, se torne “correta”
por diversas vezes (entra aqui a questão da probabilidade)
b. Conceito de ação social
c.
Define sociologia como ciência que visa compreender a ação social.
Ação social, por sua vez, é um comportamento humano atrelado que possui sentido
subjetivamente tanto para o agente quanto para o observador. Sempre tem uma
intenção
3. A relação social
Relação social é um desdobramento das ações sociais e pode ser vista como
comportamento recíproco por uma pluralidade de agentes, está atrelada à expectativa
de que os agentes tenham entre si o mínimo de interação. É o que Weber chama de
ações reciprocamente referidas quanto ao seu sentido.
Importante frisar que não necessariamente a relação deve ter um sentido único, isso
porque numa relação social (seria uma relação objetivamente unilateral).. Mas mesmo
nessa situação, a relação é sim considerada recíproca isso porque o agente foram sua
expectativa frente a ação do outro e orienta a sua ação embasada nessa
probabilidade .. isso acaba guiando, digamos assim, o curso da ação e a forma da
relação entre os agentes.
Uma delas é o uso. Pelo meu entendimento, esse tipo seria basicamente a ideia de que
certa conduta não tem nenhuma restrição, mas pode não ser socialmente bem vista
por outros agentes. Weber fala que a moda pode ser incluída na ideia de uso e a moda
é justamente isso né.
Outro tipo é o costume que se embasa nos hábitos, simplesmente. Weber define
costume como uma norma não garantida externamente mas que o agente se atém a
ela, por comodidade ou qualquer outra razão. Ou seja, os agentes de um círculo
simplesmente obedecem de maneira constante e uniforme determinada norma por
hábito. (Isso é exatamente o conceito de costume no direito.. Costume é uma das
fontes do direito)
5. Conceito de ordem legítima
A ordem legítima, outro conceito trazido pela obra de weber, pode ser vista como uma
máxima a qual as ações sociais e, consequentemente, as relações sociais, devem ser
orientadas. As chances dessa orientação acontecer é o que se chama vigência. Por
vigência, é fato que a gente pense inicialmente como algo está válido, algo que surte
efeitos , porém, a ideia de vigência de uma ordem é mais abrangente por estar
atrelada ao que weber chamou de sentimento de dever, ou seja, é um mandamento
cuja violação não seria vista com bons olhos sob a ótica da racionalidade referentes a
valores.
8. Conceito de luta
Se caracteriza quando as ações de determinado agente ou grupo visam impor de sua
própria vontade. Essas lutas podem ser pacíficas, quando não há uso de violência física
, pode ser vista como “concorrência” que se traduz como uma forma pacífica de obter
poder sobre algo que outras pessoas também desejavam. No que tange a ideia de
existência, a luta é denominada de seleção social quando se refere à possibilidades
que pessoas concretas tem na vida, e seleção biológica, referente a sobrevivência da
genética. Então, perceba que a ideia de luta tá inerente em qualquer intenção de se
obter prestígio, de se obter poder.
9. Relação comunitária e relação associativa
Relação comunitária se refere às relações cujas ações sociais estão pautadas em um
sentimento mais subjetivo, algo mais afetivo para um grupo.
Relação associativa, por sua vez, é denominada quando se situa em ações mais
voltadas a uma união de interesses racionalmente motivados
10. Relações abertas e relações fechadas
Tipos de dominação
tradicional tem como base uma relação de respeito entre aquela pessoa que detém o
poder, força de habito, costumes. Nesse tipo de dominação não há uma eleição ou
designação para alguém ser o líder de determinado grupo, essa definição quem dá é a
própria “tradição”. Por isso que nesse tipo de dominação há um certo tipo de
perpetuidade na dominação. Relação entre pai e filho éum exemplo