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PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA
@ (PROCESSO ELETRÔNICO)
IBL
Nº 70085768273 (Nº CNJ: 0003927-61.2023.8.21.7000)
2023/CRIME
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ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA
@ (PROCESSO ELETRÔNICO)
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Nº 70085768273 (Nº CNJ: 0003927-61.2023.8.21.7000)
2023/CRIME
B.A.L. IMPETRANTE
..
V.M.M. IMPETRANTE
..
J.S. PACIENTE
.
J.D.1.J.V.R.N.H. COATOR
..
ACÓRDÃO
RELATÓRIO
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VOTOS
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No mérito, pela análise dentro dos limites da estreita via do writ, entendo
que a ordem deve ser concedida.
Na espécie, J. S. cumpre pena total de 36 (trinta e seis) anos de reclusão,
atualmente em regime fechado, pela prática do crime de estupro de vulnerável, com início
em 01/03/2013. Pleiteia, na presente ação constitucional, a prorrogação da prisão
domiciliar, considerando a gravidade de seus problemas de saúde, incompatíveis com a sua
permanência no cárcere.
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do novo laudo médico acostado aos autos da execução, atestando que o paciente apresenta
sequelas de AVC, disfonia, diminuição da força à d(ireita), necessitando de auxílio para
atividades da vida diária. Apresenta doença grave e permanente, com incapacidade severa e
limitação, necessitando de cuidados permanentes, que não podem ser fornecidos no sistema
prisional (seq. 194.2 e 197.1).
Com a devida vênia ao ilustre magistrado a quo, entendo que está
devidamente demonstrada a situação excepcional do paciente a autorizar a prorrogação da
prisão domiciliar, mesmo não preenchidos os requisitos do art. 117 da LEP, em respeito ao
princípio da dignidade da pessoa humana.
De fato, da análise dos inúmeros laudos médicos apresentados pela defesa e
pela casa prisional, desde o ano de 2017, conclui-se que o quadro de saúde do paciente não
foi atenuado. Em verdade, constata-se o agravamento dos sintomas decorrentes do AVC
sofrido, aliados ao seu natural envelhecimento, atualmente com setenta e oito anos de idade,
inexistindo fato superveniente a evidenciar, por ora, alteração dos fundamentos que
permitiram o deferimento do benefício, seis anos antes.
Veja-se que, após a concessão da prisão domiciliar, na primeira
oportunidade, o paciente foi acometido de incontinência fecal e urinária, afonia, dificuldade
de locomoção e compreensão, além de paralisia do lado direito do corpo, havendo indicação
expressa, em diversos laudos médicos, da doença grave e permanente que possui. Ademais, o
último documento apresentado pela defesa reitera as limitações de J.S., demonstrando estar a
exigir, a sua atual condição de saúde, ao menos nesse momento, cuidados especiais, sendo
incompatível com o retorno ao cárcere.
Em conclusão, por todos estes fundamentos, impõe-se a concessão da ordem,
para prorrogar a prisão domiciliar de J. S., pelo prazo de 180 (cento e oitenta) dias, devendo
permanecer no sistema de monitoramento eletrônico, nas condições anteriormente
estipuladas pelo juízo da origem, período após o qual deverá ser reavaliada a sua condição de
saúde, bem como a necessidade de manutenção da benesse.
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deverá ser reavaliada a sua condição de saúde, bem como a necessidade de manutenção da
benesse.
Julgador(a) de 1º Grau: