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ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA

@ (PROCESSO ELETRÔNICO)
IBL
Nº 70085768273 (Nº CNJ: 0003927-61.2023.8.21.7000)
2023/CRIME

HABEAS CORPUS. EXECUÇÃO PENAL. MESMO


QUE CABÍVEL, EM RAZÃO DA MATÉRIA,
RECURSO DE AGRAVO, DEVE SER CONHECIDO O
PRESENTE HABEAS CORPUS, A FIM DE SE
VERIFICAR A EXISTÊNCIA DE COAÇÃO ILEGAL
SOFRIDA PELO APENADO, ORA PACIENTE.
PLEITO DE PRORROGAÇÃO DA PRISÃO
DOMICILIAR. AUSÊNCIA DOS REQUISITOS DO
ART. 117 DA LEP. PACIENTE PORTADOR DE
SEQUELAS DECORRENTES DE AVC.
POSSIBILIDADE, DIANTE DAS
PARTICULARIDADE DO CASO CONCRETO.
ORDEM CONCEDIDA.
A prisão domiciliar é resguardada a casos especialíssimos,
conforme estabelecido no art. 117 da LEP, quando o
apenado estiver cumprindo a sua reprimenda no regime
aberto, não sendo esse o presente caso. Na espécie, restou
devidamente demonstrada a situação excepcional do
paciente, a autorizar a concessão da prisão domiciliar, ainda
que não preenchidos os requisitos do referido dispositivo,
em respeito ao princípio da dignidade da pessoa humana.
Desde a concessão da prisão domiciliar, mediante inclusão
no sistema de monitoramento eletrônico, ainda no ano de
2017, sobrevieram diversos laudos médicos denotando
agravamento do quadro de saúde do paciente, acometido de
sequelas decorrentes de AVC, como incontinência fecal e
urinária, dificuldades de locomoção, fala e compreensão,
paralisia do lado direito do corpo e déficit de memória,
apresentando incapacidade severa e exigindo cuidados
contínuos, os quais não podem ser prestados no interior do
estabelecimento prisional. Ademais, o último atestado
médico apresentado pela defesa reitera as limitações do
paciente, demonstrando que a sua atual condição de saúde
está a exigir cuidados especiais, sendo incompatível, ao
menos nesse momento, com o retorno ao cárcere. Assim,
impõe-se a prorrogação da prisão domiciliar, pelo prazo de
180 (cento e oitenta) dias, devendo permanecer no sistema
de monitoramento eletrônico, nas condições anteriormente
estipuladas pelo juízo da origem, período após o qual deverá
ser reavaliada a sua condição de saúde, bem como a
necessidade de manutenção da benesse.

HABEAS CORPUS CONHECIDO. ORDEM


CONCEDIDA.

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ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA

@ (PROCESSO ELETRÔNICO)
IBL
Nº 70085768273 (Nº CNJ: 0003927-61.2023.8.21.7000)
2023/CRIME

HABEAS CORPUS OITAVA CÂMARA CRIMINAL

Nº 70085768273 (Nº CNJ: 0003927- COMARCA DE NOVO HAMBURGO


61.2023.8.21.7000)

B.A.L. IMPETRANTE
..
V.M.M. IMPETRANTE
..
J.S. PACIENTE
.
J.D.1.J.V.R.N.H. COATOR
..

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos os autos.


Acordam as Desembargadoras integrantes da Oitava Câmara Criminal do
Tribunal de Justiça do Estado, à unanimidade, em conceder a ordem de habeas corpus, a fim
de prorrogar a prisão domiciliar de J. S., pelo prazo de 180 (cento e oitenta) dias, nas
condições anteriormente estipuladas pelo juízo da origem, período após o qual deverá ser
reavaliada a sua condição de saúde, bem como a necessidade de manutenção da benesse.
Custas na forma da lei.
Participaram do julgamento, além da signatária, as eminentes Senhoras
DES.ª NAELE OCHOA PIAZZETA (PRESIDENTE) E DES.ª FABIANNE BRETON
BAISCH.
Porto Alegre, 26 de julho de 2023.

DES.ª ISABEL DE BORBA LUCAS,


Relatora.

RELATÓRIO

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@ (PROCESSO ELETRÔNICO)
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Nº 70085768273 (Nº CNJ: 0003927-61.2023.8.21.7000)
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DES.ª ISABEL DE BORBA LUCAS (RELATORA)


Trata-se de habeas corpus, com pedido liminar, impetrado por defensoras
constituídas, em favor de J. S., tendo em vista a decisão que indeferiu o seu pedido de
prorrogação da prisão domiciliar, nos autos do processo de execução nº 0001664-
66.2015.8.21.0071 (seq. 176.1).
As impetrantes afirmaram, em síntese, que o paciente, idoso, contando com
setenta e oito anos de idade, possui graves sequelas decorrentes de AVC, ocorrido no interior
da casa prisional, ainda no ano de 2017, fazendo uso de fraldas em tempo integral e
necessitando de auxílio para a execução de tarefas básicas diárias, como locomoção,
alimentação e higiene, hoje prestado por sua filha. Referiram que, à época, a própria
administração do estabelecimento prisional requereu a concessão da prisão domiciliar ao
paciente, a qual foi concedida com a concordância do Ministério Público e renovada
sucessivas vezes, pelo período de seis anos, diante da manutenção do grave estado de saúde
do apenado e da impossibilidade de tratamento no interior do cárcere, inexistindo fato novo
capaz de ensejar a revogação do benefício. Além disso, atualmente, o paciente apresenta
sintomas de Alzheimer, sendo impositiva a renovação da prisão domiciliar.
Com base nessas considerações, requereram a imediata prorrogação da
prisão domiciliar do paciente, ainda que por prazo determinado, com posterior concessão
definitiva da ordem.
A liminar foi indeferida, dispensadas informações da autoridade apontada
como coatora, diante da possibilidade de acesso integral aos autos originários.
Apresentado pedido de reconsideração, pelas impetrantes, a liminar foi
parcialmente deferida, a fim de conceder ao paciente a prisão domiciliar, até o julgamento do
presente mandamus, considerando a sua situação de saúde e recomendações atestadas por
novo laudo médico, datado de junho do corrente ano.
Em parecer, o ilustre Procurador de Justiça, Dr. Luiz Henrique Barbosa
Lima Faria Corrêa, opinou pela concessão da ordem.
Vieram conclusos.
É o relatório.

VOTOS
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DES.ª ISABEL DE BORBA LUCAS (RELATORA)


De início, cumpre salientar ser entendimento desta relatora a admissão do
remédio constitucional, nos casos em que pleiteada a concessão de prisão domiciliar
humanitária por razões de saúde, mesmo em se tratando de matéria passível de agravo em
execução penal, como na hipótese.
A título de exemplificação, colaciono o seguinte precedente do Supremo
Tribunal Federal:
HABEAS CORPUS – ATO INDIVIDUAL – ADEQUAÇÃO. O habeas corpus
é adequado em se tratando de impugnação a ato de colegiado ou individual.
HABEAS CORPUS – RECURSO ORDINÁRIO – SUBSTITUIÇÃO. Em jogo,
na via direta, a liberdade de ir e vir do cidadão, cabível é o habeas corpus,
ainda que substitutivo de recurso ordinário constitucional. LIBERDADE
CONDICIONAL – NOVA INFRAÇÃO – SUSPENSÃO. A superveniência da
prática de nova infração penal autoriza a suspensão da liberdade
condicional e a expedição de mandado de prisão – artigo 145 da Lei de
Execuções Penais. LIVRAMENTO CONDICIONAL – SUSPENSÃO –
AUDIÇÃO PRÉVIA – DISPENSABILIDADE. A audição prévia, versada nos
artigos 118, § 2º, e 143 da Lei de Execuções Penais, somente constitui
providência indispensável quando for o caso de revogação definitiva do
livramento condicional. (HC 163096, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO,
Primeira Turma, julgado em 03/09/2019, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-
202 DIVULG 17-09-2019 PUBLIC 18-09-2019)

Ora, se há coação ilegal contra o paciente, deve ser obrigatoriamente


afastada, portanto, necessário que se conheça do writ para que se verifique sobre esta
possibilidade, inexistindo lógica em não o conhecer e dar, de ofício, a ordem, no caso da
presença daquela.
Assim, conheço do presente pedido de habeas corpus.

No mérito, pela análise dentro dos limites da estreita via do writ, entendo
que a ordem deve ser concedida.
Na espécie, J. S. cumpre pena total de 36 (trinta e seis) anos de reclusão,
atualmente em regime fechado, pela prática do crime de estupro de vulnerável, com início
em 01/03/2013. Pleiteia, na presente ação constitucional, a prorrogação da prisão
domiciliar, considerando a gravidade de seus problemas de saúde, incompatíveis com a sua
permanência no cárcere.

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De início, destaco que a regra geral é a impossibilidade de concessão de


prisão domiciliar aos presos que não estejam cumprindo pena em regime aberto, pois o
benefício é restrito às hipóteses do artigo 117 da Lei de Execuções Penais. No caso dos
autos, o paciente se encontra no regime fechado, como já referido, não se enquadrando em
quaisquer das hipóteses do benefício.
Sobre o tema, assim dispõe o artigo 117 da Lei de Execução Penal:
Art. 117. Somente se admitirá o recolhimento do beneficiário de regime
aberto em residência particular quando se tratar de:
I - condenado maior de 70 (setenta) anos;
II - condenado acometido de doença grave;
III - condenada com filho menor ou deficiente físico ou mental;
IV - condenada gestante.

Por outro lado, conforme entendimento jurisprudencial, em situações


excepcionalíssimas, admite-se a concessão do benefício, fora das hipóteses previstas no
acima transcrito dispositivo legal, como já vinha decidindo o juízo da execução, há cerca de
seis anos, no caso dos autos.
Para melhor compreensão acerca da questão aqui debatida, passo a historiar
a sucessão de atos que motivaram a impetração da presente medida.
Em consulta ao PEC nº 0001664-66.2015.8.21.0071, junto ao SEEU,
observa-se que, em 29/09/2017, sobreveio pedido de concessão da prisão domiciliar ao
apenado, formulado pela casa prisional, diante de laudo médico certificando que o paciente
estava acometido de sequelas decorrentes de AVC, ocorrido há cerca de dois meses, e da
necessidade de auxílio para funções básicas, indisponível no interior do cárcere. Já naquela
oportunidade, a profissional responsável pelo atendimento do apenado consignou que se
encontrava emagrecido, com disartria (não articula as palavras), com tomografia
computadorizada de crânio e laudo de atrofia cortical difusa e áreas de hipodensidade por
sequela de processo isquêmico, parecendo pouco entender o que lhe é perguntado (seq. 1.3,
fls. 11/17).
Diante desse contexto, em 30/10/2017, o juízo da execução concedeu a
prisão domiciliar ao paciente, mediante inclusão no sistema de monitoramento eletrônico,
após manifestação favorável do Ministério Público (seq. 1.3, fls. 21/23).

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Desde então, diversos novos laudos técnicos foram acostados ao feito,


acrescentando, ao quadro de saúde do paciente, e a denotar seu agravamento ao longo dos
anos, sintomas como incontinência fecal e urinária, necessitando de uso de fraldas, confusão
mental, afonia, perda de força, dificuldades de locomoção, fala e compreensão, paralisia do
lado direito do corpo (hemiplegia) e déficit de memória (seq. 1.3, fls. 41, 67, 87 e 103, seq.
1.4, fls. 19, 47 e 87, seq. 45.1, seq. 76.1, seq. 118.1, seq. 150.2). Os atestados consignaram,
inclusive, que o paciente é acometido de doença grave e permanente, apresentando
incapacidade severa e exigindo cuidados contínuos, que não podem ser prestados no interior
do estabelecimento prisional.
A partir disso, sobrevieram sucessivas decisões do juízo da origem,
prorrogando a prisão domiciliar de J.S., em virtude da sua condição de saúde, com a
concordância do Parquet (seq. 1.3, fls. 45, 71, 91 e 107, seq. 1.4, fls. 07, 21, 29, 57 e 91, seq.
23.1, seq. 57.1, seq. 82.1 e seq. 125.1).
Ocorre que, o Ministério Público, ao se manifestar acerca do laudo médico
apresentado pelos familiares do paciente, em 27/12/2022 (seq. 150.2), documento que, frise-
se, mostrava-se bastante semelhante ao anterior (seq. 118.1), firmado pelo mesmo
profissional, meses antes, e com o qual já havia assentido o Parquet (seq. 121.1), postulou a
confecção de novo documento, com resposta aos quesitos apresentados, referindo estar,
aquele, ilegível (seq. 159.1).
A Defensoria Pública, a seu turno, transcreveu o conteúdo do atestado
médico, pleiteando a prorrogação da prisão domiciliar e, subsidiariamente, a intimação da
casa prisional para juntada de novo documento (seq. 165.1).
Na sequência, o órgão ministerial manifestou-se pelo indeferimento do
benefício, referindo que o laudo então apresentado, além de ser parcialmente ilegível, não
comprova que o apenado está atualmente acometido de doença grave e limitante, na medida
que apenas menciona sequelas decorrentes de infarto cerebral (seq. 169.1).
Então, em decisão datada de 30/05/2023, o ilustre magistrado da origem
indeferiu o pedido de prorrogação da prisão domiciliar, pois juntados documentos pela
defesa que não comprovam que o preso possui doença que não pode ser tratada dentro do
estabelecimento penal. Ainda, sequer aportou aos autos laudo médico oficial, respondendo
aos quesitos solicitados de praxe do Juízo (seq. 176.1). Tal entendimento foi mantido, apesar
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do novo laudo médico acostado aos autos da execução, atestando que o paciente apresenta
sequelas de AVC, disfonia, diminuição da força à d(ireita), necessitando de auxílio para
atividades da vida diária. Apresenta doença grave e permanente, com incapacidade severa e
limitação, necessitando de cuidados permanentes, que não podem ser fornecidos no sistema
prisional (seq. 194.2 e 197.1).
Com a devida vênia ao ilustre magistrado a quo, entendo que está
devidamente demonstrada a situação excepcional do paciente a autorizar a prorrogação da
prisão domiciliar, mesmo não preenchidos os requisitos do art. 117 da LEP, em respeito ao
princípio da dignidade da pessoa humana.
De fato, da análise dos inúmeros laudos médicos apresentados pela defesa e
pela casa prisional, desde o ano de 2017, conclui-se que o quadro de saúde do paciente não
foi atenuado. Em verdade, constata-se o agravamento dos sintomas decorrentes do AVC
sofrido, aliados ao seu natural envelhecimento, atualmente com setenta e oito anos de idade,
inexistindo fato superveniente a evidenciar, por ora, alteração dos fundamentos que
permitiram o deferimento do benefício, seis anos antes.
Veja-se que, após a concessão da prisão domiciliar, na primeira
oportunidade, o paciente foi acometido de incontinência fecal e urinária, afonia, dificuldade
de locomoção e compreensão, além de paralisia do lado direito do corpo, havendo indicação
expressa, em diversos laudos médicos, da doença grave e permanente que possui. Ademais, o
último documento apresentado pela defesa reitera as limitações de J.S., demonstrando estar a
exigir, a sua atual condição de saúde, ao menos nesse momento, cuidados especiais, sendo
incompatível com o retorno ao cárcere.
Em conclusão, por todos estes fundamentos, impõe-se a concessão da ordem,
para prorrogar a prisão domiciliar de J. S., pelo prazo de 180 (cento e oitenta) dias, devendo
permanecer no sistema de monitoramento eletrônico, nas condições anteriormente
estipuladas pelo juízo da origem, período após o qual deverá ser reavaliada a sua condição de
saúde, bem como a necessidade de manutenção da benesse.

EM FACE DO EXPOSTO, voto no sentido de conceder a ordem de habeas


corpus, a fim de prorrogar a prisão domiciliar de J. S., pelo prazo de 180 (cento e oitenta)
dias, nas condições anteriormente estipuladas pelo juízo da origem, período após o qual
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Nº 70085768273 (Nº CNJ: 0003927-61.2023.8.21.7000)
2023/CRIME

deverá ser reavaliada a sua condição de saúde, bem como a necessidade de manutenção da
benesse.

DES.ª NAELE OCHOA PIAZZETA (PRESIDENTE)


Acompanho a eminente Relatora pelas peculiaridades do caso em concreto,
sobretudo considerando o aporte de laudo médico atualizado aos autos da execução,
indicando a necessidade de cuidados permanentes do suplicado, cujo fornecimento não é
possível no interior do sistema carcerário (SEEU, seq. 194.2).

DES.ª FABIANNE BRETON BAISCH - De acordo com o(a) Relator(a).

DES.ª NAELE OCHOA PIAZZETA - Presidente - Habeas Corpus nº 70085768273,


Comarca de Novo Hamburgo: "À UNANIMIDADE, CONCEDERAM A ORDEM DE
HABEAS CORPUS, A FIM DE PRORROGAR A PRISÃO DOMICILIAR DE J. S., PELO
PRAZO DE 180 (CENTO E OITENTA) DIAS, NAS CONDIÇÕES ANTERIORMENTE
ESTIPULADAS PELO JUÍZO DA ORIGEM, PERÍODO APÓS O QUAL DEVERÁ SER
REAVALIADA A SUA CONDIÇÃO DE SAÚDE, BEM COMO A NECESSIDADE DE
MANUTENÇÃO DA BENESSE."

Julgador(a) de 1º Grau:

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