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Constextualizacao
A leitura mais comum do signo é a do arbitrário. De fato, o signo é arbitrário, porém a
compreensão do
signo em Saussure só se dá cotejando o arbitrário com a teoria do valor. O valor de um signo
está
relacionado ao seu papel na “totalidade solidária” da língua e, segundo Saussure, é dela que
devemos partir
para compreender o signo (os elementos da língua). O problema em permanecer no arbitrário
seria de
imaginar que partir do signo isolado é a melhor maneira para compreender tanto a língua como
o signo:
A leitura mais comum do signo é a do arbitrário. De fato, o signo é arbitrário, porém a
compreensão do signo em Saussure só se dá cotejando o arbitrário com a teoria do valor. O
valor de um signo está relacionado ao seu papel na “totalidade solidária” da língua e, segundo
Saussure, é dela que devemos partir para compreender o signo (os elementos da língua). O
problema em permanecer no arbitrário seria de imaginar que partir do signo isolado é a melhor
maneira para compreender tanto a língua como o signo:
Defini-lo assim [...] seria acreditar que é possível começar pelos termos e
construir o sistema quando,
pelo contrário, cumpre partir da totalidade solidária para obter, por análise, os
elementos que encerra.
(SAUSSURE, 1994, p. 132).
Afirmar que os valores são relativos é dizer que um signo guarda relações com outros dentro de
um dado
sistema. Se um signo é definido como negativo, se ele é no sistema aquilo que os outros não
são, é porque
um está em contraste necessário com o outro, o que significa que as relações dos signos uns
com os outros
num sistema são necessárias ao menos em parte
Arbitrariedades
Imutabilidade
Competência linguística
Autor: Luiz Carlos Travaglia,
Instituição: Universidade Federal de Uberlândia-UFU / Instituto de Letras e Linguística-ILEEL,
Competência linguística é um termo que denomina a capacidade do usuário da
língua de produzir e entender um número infinito de sequências linguísticas
significativas, que são denominadas sentenças, frases ou enunciados, a partir
de um número finito de regras e estruturas. Segundo alguns, é o conjunto de
normas ou regras que temos em nossa mente (internalizadas, portanto) que
nos permite emitir e receber frases, e julgar se elas são ou não bem formadas
ou se podem ou não ser consideradas como frases que pertencem à língua.
Assim julgamos que “O menino comeu a maçã” é uma frase da língua
portuguesa, gramatical, isto é, produzida de acordo com a gramática da língua,
as regras ou normas internalizadas. Por outro lado, uma frase como “Menino o
comeu maçã a” é considerada como agramatical, ou seja, como uma frase
estranha ou que não é boa e, portanto, não pertencente à língua, porque há
uma regra da língua que não permite colocar o artigo depois do substantivo.
Fala e linguagem
Críticas
Uma ampla frente de linguistas criticou a noção de competência linguística, muitas vezes
severamente. Funcionalistas, que defendem uma abordagem linguística baseada no uso,
argumentam que a competência linguística é derivada e informada pelo uso da linguagem
(desempenho), tendo a visão diretamente oposta ao modelo generativo. [29][30] Como
resultado, nas teorias funcionalistas a ênfase é colocada em métodos experimentais para
compreender a competência linguística dos indivíduos.
Os sociolinguistas argumentaram que a distinção competência / desempenho serve
basicamente para privilegiar dados de certos gêneros linguísticos
e registros sociolinguísticos como usados pelo grupo de prestígio, enquanto desconta
evidências de gêneros e registros de baixo prestígio como sendo simplesmente mau
desempenho.[31]
O famoso linguista John Lyons, que trabalha com semântica, disse:
O uso de Chomsky do termo desempenho para abranger tudo o que não se
enquadra no âmbito de um conceito deliberadamente idealizado e teoricamente
restrito de competência linguística foi talvez infeliz.[32]
Dell Hymes, citando Lyons como acima, diz que "provavelmente agora há uma
aceitação generalizada" da declaração acima.[33]
Muitos lingüistas, incluindo MAK Halliday e Labov, argumentaram que a distinção
competência / desempenho torna difícil explicar a mudança de linguagem e
a gramaticalização, que podem ser vistas como mudanças no desempenho ao invés
de competência.[34]
Outra crítica ao conceito de competência linguística é que ele não se ajusta aos dados
do uso real, onde a felicidade de um enunciado muitas vezes depende muito do
contexto comunicativo.[34][35]
O neurolinguista Harold Goodglass argumentou que desempenho e competência
estão interligados na mente, uma vez que, "como o armazenamento e a recuperação,
estão inextricavelmente ligados a danos cerebrais".[36]
A Lingüística Cognitiva é uma coleção de sistemas que dá mais peso à semântica e
considera todos os fenômenos de uso, incluindo metáforas e mudanças de linguagem.
Aqui, vários pioneiros como George Lakoff, Ronald Langacker e Michael Tomasello se
opuseram fortemente à distinção de competência-desempenho. O texto de Vyvyan
Evans e Melanie Green escreve:
"Ao rejeitar a distinção entre competência e desempenho, os linguistas cognitivos
argumentam que o conhecimento da linguagem é derivado dos padrões de uso da
linguagem e, além disso, que o conhecimento da linguagem é o conhecimento de
como a linguagem é usada." (tradução livre) p. 110[37]
Crítica em psicolinguística
Numerosos experimentos com bebês nas últimas duas décadas mostraram que eles
são capazes de segmentar palavras (freqüentemente sequências de sons que
ocorrem simultaneamente) de outros sons em um fluxo de sílabas sem sentido.[38] Isso,
juntamente com os resultados computacionais de que as redes neurais recorrentes
podem aprender padrões semelhantes à sintaxe,[39] resultou em um amplo
questionamento das suposições nativistas subjacentes ao trabalho psicolinguístico até
os anos noventa.[40]
De acordo com o lingüista experimental NS Sutherland, a tarefa
da psicolinguística não é confirmar a descrição de Chomsky da competência
lingüística realizando experimentos. É fazendo experimentos, para descobrir quais são
os mecanismos que estão por trás da competência linguística.[41] A psicolinguística
geralmente rejeita a distinção entre desempenho e competência.[42]
Os psicolinguistas também condenaram a distinção entre competência e desempenho
na capacidade de modelar o diálogo:
O diálogo não se coaduna com a distinção competência / desempenho assumida
pela maioria da linguística generativa (Chomsky, 1965), porque é difícil determinar
se um determinado enunciado é "bem formado" ou não (ou mesmo se essa noção
é relevante para o diálogo). O diálogo é inerentemente interativo e contextualizado.
[43]
Críticas
Uma ampla frente de linguistas criticou a noção de competência linguística, muitas vezes
severamente. Funcionalistas, que defendem uma abordagem linguística baseada no uso,
argumentam que a competência linguística é derivada e informada pelo uso da linguagem
(desempenho), tendo a visão diretamente oposta ao modelo generativo. [29][30] Como
resultado, nas teorias funcionalistas a ênfase é colocada em métodos experimentais para
compreender a competência linguística dos indivíduos.
Os sociolinguistas argumentaram que a distinção competência / desempenho serve
basicamente para privilegiar dados de certos gêneros linguísticos
e registros sociolinguísticos como usados pelo grupo de prestígio, enquanto desconta
evidências de gêneros e registros de baixo prestígio como sendo simplesmente mau
desempenho.[31]
O famoso linguista John Lyons, que trabalha com semântica, disse:
O uso de Chomsky do termo desempenho para abranger tudo o que não se
enquadra no âmbito de um conceito deliberadamente idealizado e teoricamente
restrito de competência linguística foi talvez infeliz.[32]
Dell Hymes, citando Lyons como acima, diz que "provavelmente agora há uma
aceitação generalizada" da declaração acima.[33]
Muitos lingüistas, incluindo MAK Halliday e Labov, argumentaram que a distinção
competência / desempenho torna difícil explicar a mudança de linguagem e
a gramaticalização, que podem ser vistas como mudanças no desempenho ao invés
de competência.[34]
Outra crítica ao conceito de competência linguística é que ele não se ajusta aos dados
do uso real, onde a felicidade de um enunciado muitas vezes depende muito do
contexto comunicativo.[34][35]
O neurolinguista Harold Goodglass argumentou que desempenho e competência
estão interligados na mente, uma vez que, "como o armazenamento e a recuperação,
estão inextricavelmente ligados a danos cerebrais".[36]
A Lingüística Cognitiva é uma coleção de sistemas que dá mais peso à semântica e
considera todos os fenômenos de uso, incluindo metáforas e mudanças de linguagem.
Aqui, vários pioneiros como George Lakoff, Ronald Langacker e Michael Tomasello se
opuseram fortemente à distinção de competência-desempenho. O texto de Vyvyan
Evans e Melanie Green escreve:
"Ao rejeitar a distinção entre competência e desempenho, os linguistas cognitivos
argumentam que o conhecimento da linguagem é derivado dos padrões de uso da
linguagem e, além disso, que o conhecimento da linguagem é o conhecimento de
como a linguagem é usada." (tradução livre) p. 110[37]
Crítica em psicolinguística
Numerosos experimentos com bebês nas últimas duas décadas mostraram que eles
são capazes de segmentar palavras (freqüentemente sequências de sons que
ocorrem simultaneamente) de outros sons em um fluxo de sílabas sem sentido.[38] Isso,
juntamente com os resultados computacionais de que as redes neurais recorrentes
podem aprender padrões semelhantes à sintaxe,[39] resultou em um amplo
questionamento das suposições nativistas subjacentes ao trabalho psicolinguístico até
os anos noventa.[40]
De acordo com o lingüista experimental NS Sutherland, a tarefa
da psicolinguística não é confirmar a descrição de Chomsky da competência
lingüística realizando experimentos. É fazendo experimentos, para descobrir quais são
os mecanismos que estão por trás da competência linguística.[41] A psicolinguística
geralmente rejeita a distinção entre desempenho e competência.[42]
Os psicolinguistas também condenaram a distinção entre competência e desempenho
na capacidade de modelar o diálogo:
O diálogo não se coaduna com a distinção competência / desempenho assumida
pela maioria da linguística generativa (Chomsky, 1965), porque é difícil determinar
se um determinado enunciado é "bem formado" ou não (ou mesmo se essa noção
é relevante para o diálogo). O diálogo é inerentemente interativo e contextualizado.
[43]
Fonética e fonologia
Os fonemas são considerados entidades opositivas porque retiram a sua signifi cação da
oposição com todos os outros fonemas de uma língua. O que importa nos fonemas são as
diferenças, que servem para distinguir palavras. Esse é o único valor linguístico do fonema. O
valor de /p/ está em sua oposição a um /b/, a um /t/, a um /d/ como em pato, bato, tato, dato,
mato, cato, gato etc... Os fonemas são entidades relativas porque seu valor está na relação
entre eles, ou seja, os mesmos fonemas /m/, /a/, /l/, /a/ podem formar tanto a palavra mala,
quanto lama, quanto alma, se modifi carmos apenas a relação entre os mesmos fonemas. Os
fonemas são entidades negativas porque não são unidades possuidoras de signifi cado. Um v
não signifi ca nada, mas se você trocar o v de vela por b encontrará bela que tem signifi cado
diferente.
SEMÂNTICA NA ELUCIDAÇÃO DE ALGUMAS PRESCRIÇÕES GRAMATICAIS
Perini (2005, p. 244) afirma que a descrição da semântica de uma língua apresenta dois
aspectos principais: a semântica dos itens lexicais e a semântica das formas gramaticais.
A
primeira se ocupa do significado individual dos itens lexicais e a segunda trata das
contribuições
da estrutura morfossintática à interpretação semântica. Percebe-se que os itens lexicais
têm um
significado próprio, porém de acordo com sua posição sintática, podem adquirir novos
significados.
Ilari e Geraldi (1995) no livro Semântica, mais especificamente no capítulo II, cujo
título é
“A significação das construções gramaticais”, discutem a relação entre sintaxe e
semântica. A
partir desta análise feita pelos autores, pode-se depreender algumas considerações
importantes.
Um dos pontos tratados por Ilari e Geraldi (1995, p. 8) é a crítica imediata em relação a
alguns conceitos adotados pela Gramática Tradicional no que diz respeito à definição de
oração.
De acordo com a maioria das Gramáticas Normativas, a oração é descrita como a junção
de um
sujeito e de um predicado, inclusive é prescrito que sujeito e predicado são termos
essenciais da
oração. Contudo, observa-se que esse conceito é inconsistente, uma vez que há oração
sem
sujeito como nos exemplos (i) e (ii):
Choveu muito.
(ii
Há muitos homens
)
na fila
Perini (1999) também chama a atenção para a concepção gramatical de sujeito. Para a
gramática de Cunha (1975), por exemplo, o sujeito é o termo sobre o qual se faz uma
declaração.
Observe a oração:
Carlinhos machucou Camilo
Nessa oração, embora Carlinhos seja o sujeito, há, sem dúvida, uma declaração sobre
Camilo que não é o sujeito da oração.
Dessa forma, muitos conceitos prescritos pela Gramática Normativa se tornam frágeis,
no entanto, as relações semânticas possibilitam estabelecer uma versão com maior
fundamentação em relação às prescrições gramaticais e aos próprios fatos da língua.
3 SINTAXE Em relação a sintaxe, por definição temos que ela, um ramo da linguística, é o
estudo dos processos de estruturação dos elementos nos sintagmas oracionais e as relações
de determinação que entre eles se estabelecem. Numa linguagem mais simples, poder-se-ia
dizer que a sintaxe é a forma como uma pessoa transmite certa informação ou ainda como ela
organiza e relaciona as palavras em uma oração. Para Ibanõs (2009) a Sintaxe é uma subteoria
linguística que investiga as propriedades da sentença em linguagem natural. Ela faz interface
interna, em suas relações intradisciplinares, com as outras subteorias linguísticas, a Fonologia
(Fonética), a Morfologia, a Lexicologia, a Semântica e a Pragmática. Os tópicos mais
investigados são exatamente os relevantes para que a investigação pura e ou aplicada esteja
numa relação adequada. Inferências como acarretamento, hiponímia, pressuposição e
implicaturas estão no centro dessas relações intradisciplinares. Estudar a sintaxe de uma língua
significa identificar e compreender as maneiras como as palavras se associam para formar
estruturas maiores como frases, orações, períodos e textos. Assim, analisar sintaticamente os
enunciados da língua é explicitar as estruturas sintáticas e as relações e funções dos seus
termos constituintes.
Pragmática
60 línguas
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Ferramentas
Gramática
Classificação
Comunicação
Fonética
Fonologia
Morfologia
Sintaxe
Semântica
Etimologia
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. Estilística
Descritiva
Gerativa
Formal
Funcional
Normativa
Transformacional
Diagrama
Universal
esclarecedor e redutor dos níveis de análise
linguística segundo Paulo Nunes da Silva. [1]
Implícita
Gramática
Gramática da língua portuguesa é o estudo objetivo e sistemático dos elementos
(fonemas, morfemas, palavras, frases, etc.) e dos processos (de formação,
construção, flexão e expressão) que constituem e caracterizam o sistema do idioma
português.
Tipos de gramática
Tipos de gramática
Tipo de
Descrição Ref.
gramática
Gramática
explícita ou Buscam explicitar a estrutura, constituição e funcionamento da língua. [5]
teórica
geral
Gramática
Classifica os fatos linguísticos que se observam e realizam universalmente. [5]
universal
Gramática Estuda a origem e evolução de um idioma, desde o seu aparecimento até [5]
Gramática Faz a análise comparativa da evolução nas mais diversas línguas, buscando [5]
Notas
Conclusão
Os diversos enfoques da gramática (normativa, histórica, comparativa, funcional e
descritiva) estudam a morfologia e a sintaxe, as quais tratam, somente, dos aspectos
estruturais, constituindo, uma parte da linguística que se distingue da fonologia e da
semântica (que seriam estudos independentes), conquanto estas duas possam
compreender-se, também, dentro do escopo amplo da gramática.
Referencias bibliográficas
ALMEIDA FILHO, José Carlos Paes de. O Professor de Língua Estrangeira em
Formação 2ª ed.. Campinas: Pontes 2005.
BASSO, Edcléia. As competências na Contemporaneidade e a formação do
professor de LE. In: ALVAREZ, Maria Luisa Ortiz; SILVA Kleber Aparecido
Perspectivas de Investigação em Linguística Aplicada. Campinas: Pontes,
2008.
CANALE, Michael. From Communicative Competence to communicative
language Pedagogy. Londres: Longman, 1982
CHOMSKY, Noam. Aspectos da Teoria da Sintaxe. Coimbra: Armênio Amado.
1978.
HYMES, Dell. On Communicative Competence. In: Linguistic Background.
University of Pennsylvania Press. s/a 1972
KENEDY, Eduardo. Gerativismo. In Manual de linguística. MARTELOTTA,
Mario Eduardo. São Paulo: Contexto. 2008.