Você está na página 1de 54

EXERCÍCIOS NA AMPLITUDE DE

MOVIMENTO-AM
Profa. Dra. Nívia Cecília Kruta de Araújo
INTRODUÇÃO
• Movimento resulta da ação de forças internas
e externas;
• Amplitude de movimento (AM): é a AM
completa.
• A integridade e a flexibilidade dos tecidos
articulares e periarticulares afetam a AM

(Kisner; Colby, 2016)


INTRODUÇÃO
• Excursão funcional: é a distância que um músculo é capaz de se encurtar
após ter sido alongado ao máximo.

• Insuficiência ativa e passiva:


• Insuficiência ativa (Ex. Mm. Flexores do punho)
• Insuficiência passiva (Ex. Mm. Extensores do punho; Mm. Isquiotibiais)

(Kisner; Colby, 2016)


FATORES QUE PODEM LEVAR
A REDUÇÃO DA AM
• Doenças sistêmicas, articulares, neurológicas
ou musculares;
• Agressões cirúrgicas ou traumáticas;
• Inatividade ou imobilização por qualquer
razão.

(Kisner; Colby, 2016)


CICLO
AUTOPERPETUANTE
DE IMOBILIDADE
É tentador concentrar-se
apenas no tecido
lesionado após a
imobilização. No entanto,
todos os tecidos
circundantes também
estão imobilizados e a
compreensão dos efeitos
da imobilização sobre
esses tecidos garante um
curso de reabilitação
seguro e efetivo.

(BRODY, HALL; 2019)


EFEITOS DA IMOBILIZAÇÃO E
REMOBILIZAÇÃO SOBRE OS MÚSCULOS E
TENDÕES

(BRODY, HALL; 2019)


EFEITOS DA IMOBILIZAÇÃO E DA
REMOBILIZAÇÃO SOBRE O LIGAMENTO E
SEUS LOCAIS DE INSERÇÃO

(BRODY, HALL; 2019)


EFEITOS DA IMOBILIZAÇÃO E DA
REMOBILIZAÇÃO SOBRE A
CARTILAGEM ARTICULAR

(BRODY, HALL; 2019)


EFEITOS DA IMOBILIZAÇÃO E DA
REMOBILIZAÇÃO SOBRE O OSSO

(BRODY, HALL; 2019)


TIPOS DE EXERCÍCIOS DE
AM
• AM passiva: a AM passiva é o movimento de
um segmento dentro da AM livre, sendo
produzido inteiramente por uma força externa.
• AM ativa: é o movimento de um segmento
dentro da AM livre produzido pela contração
ativa dos músculos que cruzam aquela
articulação.
• AM ativo-assistida: é um tipo de exercício de
AM ativo no qual uma força externa manual
ou mecânica oferece assistência quando os
músculos mobilizadores primários precisam de
ajuda para completar o movimento.

(Kisner; Colby, 2016)


INDICAÇÕES E METAS DA
TÉCNICA DE AM
• Indicações para a AM passiva
• Tecidos com inflamação aguda;
• Quando o paciente não é capaz
ou não está autorizado a
movimentar ativamente um
segmento ou segmentos do
corpo (paciente comatoso,
paralisado ou em repouso
absoluto).
(Kisner; Colby, 2016)
INDICAÇÕES E METAS DA
TÉCNICA DE AM
• Metas da AM passiva
• Manter a mobilidade da articulação e do tecido
conjuntivo;
• Minimizar os efeitos da formação de contraturas;
• Manter a elasticidade mecânica do músculo;
• Auxiliar a circulação e a dinâmica vascular;
• Favorecer o movimento sinovial para a nutrição da
cartilagem e difusão de materiais dentro da
articulação;
• Diminuir ou inibir a dor;
• Auxiliar o processo de cicatrização;
• Ajudar a manter no paciente a percepção dos
movimentos.
(Kisner; Colby, 2016)
INDICAÇÕES E METAS DA
TÉCNICA DE AM

• Outros usos para a AM passiva


• Quando um fisioterapeuta examina estruturas inertes para determinar limitações
de movimento, estabilidade articular e elasticidade dos músculos e outros
tecidos moles.
• Quando um fisioterapeuta ensina um programa de exercícios ativos;
• Quando um fisioterapeuta prepara um paciente para o alongamento.

(Kisner; Colby, 2016)


INDICAÇÕES E METAS DA
TÉCNICA DE AM
• Indicações para a AM ativa
• Sempre que um paciente for capaz de contrair os músculos ativamente;
• Quando um paciente possui uma musculatura fraca e é incapaz de mover uma
articulação por toda a AM desejada;
• A AM ativa pode ser usada para programas de condicionamento aeróbico;
• Quando um segmento do corpo permanece imobilizado por algum tempo, faz-
se uso da ADM ativa nas regiões acima e abaixo do segmento lesionado.

(Kisner; Colby, 2016)


INDICAÇÕES E METAS DA
TÉCNICA DE AM
• Metas da AM ativa
• Manter a elasticidade fisiológica e a contratilidade dos músculos
participantes;
• Fornecer feedback sensorial proveniente dos músculos em
contração;
• Fornecer estímulos para a integridade dos ossos e dos tecidos
articulares;
• Favorecer a circulação e prevenir a formação de trombos;
• Desenvolver a coordenação e as habilidades motoras para
atividades funcionais.

(Kisner; Colby, 2016)


LIMITAÇÕES DOS EXERCÍCIOS
DE AM
• Limitações do movimento passivo
• Não previne a atrofia muscular;
• Não aumenta a força ou a resistência à fadiga;
• Não auxilia a circulação na mesma extensão
que a contração muscular ativa, voluntária.
• Limitações da AM ativa
• Nos músculos fortes a AM ativa não mantém ou
aumenta a força;
• Não desenvolve a habilidade ou coordenação,
exceto nos padrões de movimento usados.
(Kisner; Colby, 2016)
PRECAUÇÕES E CONTRAINDICAÇÕES
PARA OS EXERCÍCIOS DE ADM

• Exercícios de AM não devem ser feitos quando interferirem de modo


negativo no processo de cicatrização.
• O movimento controlado de forma cuidadosa, dentro dos limites
de movimento indolor, durante as fases iniciais de cicatrização, é
benéfico à cicatrização e à recuperação inicial.
• Sinais de movimento excessivo ou errado incluem aumento de dor
e inflamação.

(Kisner; Colby, 2016)


PRECAUÇÕES E CONTRAINDICAÇÕES
PARA OS EXERCÍCIOS DE AM
• Exercícios de AM não devem ser feitos quando a resposta do
paciente ou sua condição colocarem em risco a vida.
• A AM passiva pode ser iniciada de forma cuidadosa nas grandes
articulações, e a AM ativa, em tornozelos e pés para minimizar a
estase venosa e a formação de trombos.
• Após infarto do miocárdio, cirurgia de revascularização do miocárdio
ou angioplastia coronária, a AM ativa de MMSS e as pequenas
caminhadas são, em geral toleradas com monitoramento cuidadoso
dos sintomas.

(Kisner; Colby, 2016)


PRINCÍPIOS E PROCEDIMENTOS PARA
APLICAÇÃO DE TÉCNICAS DE AM
• Exame, avaliação e plano de tratamento
• Examinar e avaliar o grau de comprometimento e função;
• Determinar a habilidade do paciente para participar da atividade de AM
passiva, ativo-assistida ou ativa;
• Decidir quais padrões podem alcançar as metas de forma mais adequada;
• Monitorar as condições gerais do paciente e suas respostas durante e após a
intervenção;
• Reavaliar e modificar a intervenção se necessário.

(Kisner; Colby, 2016)


TÉCNICAS DE AM
• Membros superiores
• Ombro: flexão e
extensão

(Kisner; Colby, 2012; 2016)


TÉCNICAS DE AM

• Membro superior
• Hiperextensão

(Kisner; Colby, 2012; 2016)


TÉCNICAS DE AM
• Membro superior
• Ombro: Abdução e
adução

(Kisner; Colby, 2012; 2016)


TÉCNICAS DE AM
• Membro superior
• Rotação interna
(medial) e externa
(lateral)

(Kisner; Colby, 2012; 2016)


TÉCNICAS DE AM
• Membro superior
• Ombro:Abdução
horizontal (extensão) e
adução horizontal
(flexão)

(Kisner; Colby, 2012; 2016)


TÉCNICAS DE AM
• Membro superior
• Escápula: elevação/depressão,
protração/retração e rotação para cima/para
baixo

(Kisner; Colby, 2012; 2016)


TÉCNICAS DE AM
• Membro superior
• Cotovelo: flexão e
extensão

(Kisner; Colby, 2012; 2016)


TÉCNICAS DE AM
• Membro superior
• Amplitude de
movimento final para o
músculo bíceps braquial

(Kisner; Colby, 1998, 2016)


TÉCNICAS DE AM
• Membro superior
• Amplitude de
movimento final para a
cabeça longa do
músculo tríceps braquial

(Kisner; Colby, 2012; 2016)


TÉCNICAS DE AM
• Membro superior
• Radioulnar: pronação e
supinação

(Kisner; Colby, 2012; 2016)


TÉCNICAS DE AM
• Membro superior
• Punho: flexão, extensão,
desvio radial (abdução)
e desvio ulnar (adução)

(Kisner; Colby, 2012; 2016)


TÉCNICAS DE AM
• Membro superior
• Mão: Arqueamento e
achatamento do arco
da mão nas articulações
carpometacarpal e
intermetacarpal

(Kisner; Colby, 2012; 2016)


TÉCNICAS DE AM
• Membro superior
• Articulações do polegar
e dos dedos: flexão,
extensão, abdução e
adução

(Kisner; Colby, 2012; 2016)


TÉCNICAS DE AM
• Membro superior
• Final da amplitude dos flexores e
extensores extrínsecos dos dedos

(Kisner; Colby, 2012; 2016)


TÉCNICAS DE AM

• Membro inferior
• Quadril e joelhos combinados:
flexão e extensão

(Kisner; Colby, 2012; 2016)


TÉCNICAS DE AM

• Membro inferior
• Quadril: extensão
(hiperextensão)

(Kisner; Colby, 2012; 2016)


TÉCNICAS DE AM
• Membro inferior
• Colocação do grupo
muscular biarticular dos
isquiotibiais no
comprimento máximo

(Kisner; Colby, 2012; 2016)


TÉCNICAS DE AM
• Membro inferior
• Quadril: abdução e
adução

(Kisner; Colby, 2012; 2016)


TÉCNICAS DE AM
• Membro inferior
• Quadril: rotação interna
(medial) e externa
(lateral)

(Kisner; Colby, 2012; 2016)


TÉCNICAS DE AM
• Membro inferior
• Tornozelo: dorsiflexão e
flexão plantar

(Kisner; Colby, 2012; 2016)


TÉCNICAS DE AM
• Membro inferior
• Articulação subtalar
(região inferior do
tornozelo) inversão e
eversão.

(Kisner; Colby, 2012; 2016)


TÉCNICAS DE AM
• Membro inferior
• Articulações dos dedos
do pé: flexão e extensão
e abdução e adução
(articulações
matatarsofalangeanas e
interfalangeanas)

(Kisner; Colby, 1998, 2009)


TÉCNICAS DE AM
• Coluna cervical
• Flexão
• Extensão
• Inclinação lateral
• Rotação

(Kisner; Colby, 2012; 2016)


TÉCNICAS DE AM
• Coluna lombar
• Flexão
• Rotação

(Kisner; Colby, 2012; 2016)


AM AUTOASSISTIDA

• Formas de AM auto-assistida
• Manual
• Com equipamentos
• Bastão ou régua T
• Escada de dedos, escada de parede, rolamento
de bola
• Polias
• Prancha com rodas (skate)/mesa deslizante

(Kisner; Colby, 2012; 2016)


AM AUTOASSISTIDA

• Diretrizes para ensino de exercícios de AM autoassistida


• Oriente o paciente sobre a importância do movimento;
• Ensine ao paciente o alinhamento e a estabilização
corporais corretos;
• Observe o desempenho do paciente e corrija
movimentos compensatórios ou perigosos;
• Se for usar equipamento, certifique-se de ter eliminado
todos os riscos para que a aplicação seja segura;
• Forneça ilustrações e diretrizes claras sobre o número
de repetições e a frequência.

(Kisner; Colby, 2012; 2016)


AM AUTO-ASSISTIDA
• Braço
• Flexão e extensão de ombro
• Abdução e adução horizontal de
ombro
• Rotação de ombro

(Kisner; Colby, 2012; 2016)


AM AUTOASSISTIDA
• Antebraço
• Flexão e extensão do cotovelo
• Pronação e supinação do antebraço
• Punho e mão
• Flexão e extensão do punho e desvio radial e ulnar
• Flexão e extensão de dedos
• Flexão com oponência e extensão do polegar

(Kisner; Colby, 2012; 2016)


AM AUTOASSISTIDA
• Quadril e joelho
• Flexão de quadril e joelho
• Abdução e adução do quadril
• Abdução do quadril combinada
com rotação externa

(Kisner; Colby, 2012; 2016)


AM AUTOASSISTIDA
• Tornozelo e dedos do pé

(Kisner; Colby, 2012; 2016)


EXERCÍCIOS COM BASTÃO
• Flexão do ombro e retorno
• Abdução e adução horizontal do ombro
• Rotação interna e externa do ombro
• Flexão e extensão do cotovelo
• Hiperextensão do ombro

(Kisner; Colby, 2012; 2016)


POLIAS
ELEVADAS

(Kisner; Colby, 2012; 2016)


AM AUTOASSISTIDA

• Escalada de parede para


elevação de ombro

(Kisner; Colby, 2012; 2016)


MOBILIZAÇÃO PASSIVA
CONTÍNUA (MPC)
• Refere-se ao movimento passivo feito por um dispositivo
mecânico que move uma articulação de forma lenta e
continuada ao longo de uma AM controlada.
• Benefícios da MPC
• Prevenção do desenvolvimento de aderencias e
contraturas
• Efeito estimulante na cicatrização de tendões e
ligamentos
• Favorecimento da cicatrização de incisões sobre a
articulação em movimento;
• Aumento da lubrificação do líquido sinovial da
articulação;
• Prevenção dos efeitos degenerativos da
imobilização;
• Retorno mais rápido da AM;
• Diminuição da dor pós-operatória.

(Kisner; Colby, 2012; 2016)


ATIVIDADES
FUNCIONAIS DE AM
• Segurar um talher;
• Comer;
• Alcançar em prateleiras de alturas
diferentes;
• Escovar ou pentear os cabelos;
• Manter o telefone perto da orelha;
• Colocar ou tirar uma camisa ou
jaqueta;
• Retirar o cartão de estacionamento
pela janela do carro;
• Mudar de decúbito dorsal para
sentado ;
• Ficar em pé, sentar-se e andar;
• Colocar meias e sapatos.

(Kisner; Colby, 2012; 2016)

Você também pode gostar