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Completo de DP
Módulo 1 e 2
6. CAGED ........................................................................................................................................................... 46
MÓDULO II ............................................................................................................................................................ 52
6. APRENDIZ ...................................................................................................................................................... 91
Última atualização
07/06/2022
DEPARTAMENTO PESSOAL
Nos últimos anos, as organizações têm dado mais importância para o setor de departamento pessoal, conhecido
popularmente como DP, pois seus administradores passaram a entender, que os funcionários que ali “habitam”, são
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responsáveis pelo coração da empresa, ou seja, são responsáveis pelo maior patrimônio de uma organização, seus
colaboradores.
Passaram a enxergar, que o setor de departamento pessoal tem como objetivo administrar as relações entre o
empregador e o empregado, além de ser responsável por toda rotina trabalhista da organização, pois atua junto aos
empregados, desde o recrutamento e seleção até o seu desligamento.
Logo, ao contratar um empregado para atuar nesse setor, as empresas esperam desse colaborador o conhecimento de
toda legislação trabalhista, nela incluída a CLT – Consolidação das Lei do Trabalho, Constituição Federal, decretos, leis,
súmulas, portarias, resoluções, notas técnicas, orientações jurisprudenciais, precedentes normativos e normas
regulamentadoras.
São responsáveis pela elaboração da folha de pagamento, verificação do cumprimento do horário e da jornada de
trabalho pelos empregados, cuidam da concessão de férias e do pagamento do décimo terceiro salário, calculam
rescisões, efetuam os recolhimentos do FGTS, das contribuições previdenciárias e do Imposto de Renda. Ainda atuam
como consultores internos de suas empresas, com o objetivo de zelar pelo fiel cumprimento de toda legislação trabalhista
e previdenciária, evitando assim, demandas judiciais e multas por parte das autoridades fiscalizadoras.
Sendo assim, podemos concluir que ao investir na área de departamento pessoal, os empregadores estarão investindo na
própria empresa, e as melhorias poderão ser observadas no dia-a-dia da organização.
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MÓDULO I
ROTINAS DE ADMISSÃO
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1. RECRUTAMENTO E SELEÇÃO
1.1. INTRODUÇÃO
O processo de admissão de empregados envolve uma série de etapas que as empresas devem observar.
Esse processo é de suma importância para a empresa, pois a escolha certa do empregado e o cumprimento eficiente de
todas as rotinas do departamento pessoal vão representar uma enorme economia.
O mercado de trabalho formal é baseado nas oportunidades de empregos oferecidos pelas empresas, em determinado
lugar e em determinada época. Quanto maior o número de empresas em determinada localidade, maior será a
oportunidade de empregos.
O mercado de recursos humanos é constituído pelo conjunto de indivíduos aptos ao trabalho, em determinado lugar e em
determinada época.
A figura do empregado não pode ser confundida com a do prestador de serviço. Empregado, conforme definido na
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), é a pessoa física que presta serviço de natureza não eventual a empregador, sob
a dependência deste e mediante salário.
O processo de admissão de empregados começa pelo recrutamento e pela seleção.
O recrutamento tem como papel principal atrair os trabalhadores para a empresa, enquanto a seleção deve escolher o
melhor candidato para o cargo a ser preenchido.
1.2. RECRUTAMENTO
Para preencher o cargo vago, a empresa sempre procura escolher o melhor profissional. Para isto, o processo de
recrutamento deve ser desenvolvido de forma a atrair candidatos potencialmente qualificados e capazes de ocupar o
cargo oferecido.
O recrutamento é basicamente um sistema de informações através do qual a empresa divulga e oferece ao mercado de
trabalho oportunidades de emprego que pretende ocupar.
Portanto, o recrutamento é um conjunto de técnicas e procedimentos que visa atrair candidatos potencialmente
qualificados e capazes de ocupar os cargos da organização.
Para que o processo de recrutamento se inicie, é necessário que o órgão que possui a vaga a ser preenchida dê ordem,
fazendo a requisição de pessoal, informando, dentre outros, o nome do cargo, o número de vagas oferecidas, salário
inicial, escolaridade, idade, sexo e atribuições do cargo.
Para atrair os candidatos que atendam a seus interesses, a empresa deve procurar os meios de recrutamento mais
adequados, já que o mercado apresenta fontes diversificadas.
O recrutamento externo é efetuado com pessoas estranhas ao quadro de pessoal da empresa, podendo processar-se
através de inúmeras técnicas, dentre as quais podemos destacar:
a) apresentação dos pretendentes pelos empregados da própria empresa;
b) contatos com sindicatos, associações de classe e órgãos governamentais;
c) consulta aos cadastros de pretendentes que já se apresentaram anteriormente à empresa;
d) cartazes ou anúncios na portaria da empresa;
e) anúncios em jornais e demais veículos de comunicação;
f) contatos com universidades, escolas técnicas, centros de integração empresa-escola etc.;
g) agências de recrutamento; e
h) contatos com outras empresas que atuem no mesmo mercado.
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A título de ilustração, inserimos a seguir um modelo de anúncio que acreditamos alcançar os objetivos de uma empresa:
Terminado o processo de recrutamento, a empresa deve dar início ao processo de seleção, quando definirá o profissional
adequado para o cargo.
1.3. SELEÇÃO
O processo de seleção pode ser resumido como sendo a escolha do profissional certo para o cargo a ser ocupado.
Como existem inúmeros candidatos para o cargo, é necessário que se escolha o mais adequado, de forma a manter ou
aumentar a eficiência e o desempenho do pessoal.
A seleção é necessária, uma vez que os indivíduos são diferentes, e não reúnem, portanto, as mesmas condições para
aprender e trabalhar.
Para que a seleção seja otimizada, é necessário que se conheçam os dados e informações de análise e especificações do
cargo a ser preenchido.
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Conhecidas as informações do cargo e de seu ocupante, deve ser feita a escolha das técnicas de seleção mais adequadas.
Dentre elas, podemos relacionar as seguintes, como as mais utilizadas:
a) entrevistas de seleção;
b) provas de conhecimento e/ou de capacidade;
c) testes psicotécnicos;
d) testes de personalidade; e
e) técnicas de simulação.
No ato da comunicação da decisão ao interessado, fica garantida, ao candidato considerado inabilitado e reprovado a
vaga, a fundamentação por escrito com a identificação de sua recusa pela empresa.
O não cumprimento do disposto anteriormente sujeitará às empresas responsáveis o pagamento de indenização ao
candidato aprovado e preterido, correspondente ao valor do salário do cargo em questão, por ocorrência, com a devida
comunicação a Promotoria de Justiça para os procedimentos legais cabíveis.
1.3.2. ENTREVISTA
No processo de seleção, o fator que mais influencia a decisão final a respeito da contratação ou não do candidato é a
entrevista, que, por constituir importante elemento de avaliação, deve ser feita com bastante critério.
A entrevista de seleção é uma situação de avaliação do comportamento e performance profissional do indivíduo para
ocupar um determinado cargo.
A entrevista pode ser conduzida de forma a levar o candidato a descrever situações vividas por ele, a partir das quais
imagina-se a existência ou não das habilidades necessárias ao cargo.
As perguntas podem ser elaboradas com o objetivo de saber como o candidato se comportou em situações passadas para
prever seu comportamento futuro.
As principais vantagens do planejamento e organização da entrevista estão em obter informações de qualidade, auxiliar
no controle da entrevista, assegurar a preparação do entrevistador e aumentar o prestígio da organização.
Antes da entrevista, deve-se estudar o perfil do cargo, ler os currículos dos candidatos e elaborar o roteiro das perguntas.
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Como o sistema de recrutamento e seleção não é regido por normas legais, deve ser dinâmico, adaptando-se às
necessidades da empresa e ao mercado de trabalho. Assim, ele não precisa funcionar rigidamente.
Além dessas proibições cada estado e município tem poder de determinar outros atos como discriminatórios e impor suas
penalidades. Vejamos algumas situações:
As empresas sediadas no Município do Rio de Janeiro estão proibidas, pela Lei 3.699/2003, de exigirem a colocação de
fotografia em Curriculum Vitae, caracterizando tal exigência como ato discriminatório.
A Lei 3.699/2003 também estabeleceu que as empresas privadas que descumprirem o mencionado anteriormente terá
cassado o seu Alvará de Funcionamento.
Através da Lei 4.852/2006, foi proibida, no âmbito do Estado do Rio de Janeiro, a cobrança prévia de taxa para
cadastramento de curriculum vitae em agências de empregos, inclusive as virtuais. Estarão sujeitas às penalidades
previstas no Código de Defesa do Consumidor, as agências de emprego que não observarem o parágrafo precedente.
O Governo do Estado do Rio de Janeiro, através da Lei 4.858/2006, proibiu a todas as empresas estabelecidas no Estado
de excluírem de seu processo de seleção para admissão ao seu quadro de empregados, os candidatos aprovados que
estejam eventualmente inscritos nos cadastros de restrição ao crédito do SPC, SERASA, CADIN e outros de mesma
finalidade que existam ou venham a existir. A inscrição do candidato nos cadastros mencionados não poderá, em qualquer
hipótese ser fator impeditivo ao seu ingresso ou reingresso ao mercado de trabalho.
A Lei 11.644/2008 determinou que, a partir de 11-3-2008, para fins de contratação, o empregador não exigirá do
candidato a emprego comprovação de experiência prévia por tempo superior a 6 meses no mesmo tipo de atividade.
No Município do Rio de Janeiro, as empresas públicas e privadas não podem exigir de candidatos a emprego a
comprovação de nada consta, SPC e SERASA, para fins de comprovação da existência de problemas de crédito. A referida
norma determinou, ainda, que tal exigência caracteriza ato discriminatório, sujeitando as empresas privadas, quando do
descumprimento desta norma, à cassação do Alvará de Funcionamento.
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A Lei 12.984/2014 determinou que, a partir de 03-6-2014, constitui crime punível com reclusão, de 1 a 4 anos, e multa,
dentre outras, as seguintes condutas discriminatórias contra o portador do HIV e o doente de aids: negar emprego ou
trabalho; exonerar ou demitir de seu cargo ou emprego; segregar no ambiente de trabalho; e divulgar a condição do
portador do HIV ou de doente de aids, com intuito de ofender-lhe a dignidade.
A Prefeitura do RJ, através da Lei 5.876/2015, proíbe expressão “boa aparência” nos anúncios de recrutamento pessoal
para ofertas de emprego, na imprensa escrita, falada, televisiva ou em qualquer meio eletrônico. Neste mesmo sentido, a
Prefeitura de Goiânia, através da Lei 9.414/2014 proíbe expressão “boa aparência” ou outros termos similares na
veiculação de anúncios que visam o recrutamento e seleção de pessoal.
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2. EXAME MÉDICO
2.1. INTRODUÇÃO
Após a realização do processo de recrutamento e seleção, o próximo passo da empresa é encaminhar o candidato
selecionado à realização do exame médico, quando então será determinada a sua admissão ou não.
O fato de o candidato realizar o exame médico pré-admissional não cria vínculo com a empresa. A contratação ficará
condicionada ao resultado do exame. Caso seja satisfatório, a empresa poderá, se assim desejar, contratar o empregado.
Sendo o candidato considerado inapto, a empresa recorre a um dos demais candidatos já aprovado no processo de
recrutamento e seleção e o encaminha para o exame médico.
A aprovação do candidato no exame médico não obriga a empresa a contratá-lo.
O exame médico admissional, como qualquer outro exame, está incluído no PCMSO – Programa de Controle Médico de
Saúde Ocupacional, que tem como objetivo a promoção e preservação da saúde do conjunto de trabalhadores.
2.3. ESTRUTURA
A legislação não fixou nenhum modelo padrão para a elaboração do programa.
A complexidade do Programa depende basicamente dos riscos existentes em cada empresa, das exigências físicas e
psíquicas das atividades desenvolvidas e das características de cada grupo de empregados.
Isto significa dizer que, para algumas empresas, o Programa pode se resumir à simples realização de avaliações clínicas de
rotina; em outras, entretanto, poderá ser muito complexo, contendo avaliações clínicas especiais, exames toxicológicos
com curta periodicidade, avaliações epidemiológicas, dentre outras providências.
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2.5.1.1. Atribuições
Ao médico coordenador do PCMSO compete:
a) realizar os exames médicos ou encarregar os mesmos a profissional médico familiarizado com os princípios de patologia
ocupacional e suas causas, bem como com o ambiente, as condições de trabalho e os riscos a que está ou será exposto
cada empregado da empresa a ser examinado;
b) encarregar-se dos exames complementares, profissionais e/ou entidades devidamente capacitados, equipados e
qualificados.
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O profissional encarregado pelo médico coordenador de realizar os exames médicos, uma vez que pratica ato médico e
assina o ASO – Atestado de Saúde Ocupacional, deve estar registrado no CRM – Conselho Regional de Medicina da
Unidade da Federação em que atua.
Quando o médico coordenador do PCMSO delegar a outro profissional a realização dos exames, recomenda-se que esse
ato seja feito por escrito, e este documento fique arquivado na empresa.
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a) avaliação clínica, abrangendo anamnese ocupacional (que é uma entrevista realizada pelo médico com a intenção de
diagnosticar uma doença) e exames físico e mental;
b) exames complementares a critério do médico.
Os exames médicos complementares solicitados pelo médico do trabalho também devem ser custeados pela empresa.
2.6.3. PERIÓDICO
A avaliação clínica no exame médico periódico deve observar os seguintes intervalos:
a) para empregados expostos a riscos ocupacionais identificados e classificados no PGR e para portadores de doenças
crônicas que aumentem a susceptibilidade a tais riscos:
1. a cada ano ou a intervalos menores, a critério do médico responsável;
2. de acordo com a periodicidade especificada no Anexo IV desta Norma, relativo a empregados expostos a condições
hiperbáricas;
b) para os demais empregados, o exame clínico deve ser realizado a cada dois anos.
2.6.6. DEMISSIONAL
O exame médico demissional poderá deixar de ser exigido, dependendo da data em que o empregado realizou seu último
exame.
Com base na legislação, ficou definido que o exame médico demissional deve ser realizado, obrigatoriamente, até 10 (dez)
dias contados a partir do término do contrato, desde que o último exame tenha ocorrido há mais de:
a) 135 dias, quando se tratar de empresas com grau de risco 1 ou 2, podendo esse prazo ser ampliado por mais 135 dias
em decorrência de negociação coletiva;
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b) 90 dias, no caso de empresas enquadradas em grau de risco 3 ou 4, esse prazo também poderá ser ampliado por até
mais 90 dias, em decorrência de negociação coletiva.
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Os laboratórios devem entregar ao trabalhador laudo laboratorial detalhado em que conste a relação de substâncias
testadas, bem como seus respectivos resultados, sendo assegurado a ele o direito à contraprova e à confidencialidade dos
resultados dos exames e o acesso à trilha de auditoria do seu exame.
Os resultados detalhados dos exames e da cadeia de custódia devem ficar armazenados em formato eletrônico pelo
laboratório executor por no mínimo 5 anos.
É assegurado ao trabalhador o direito à contraprova e à confidencialidade dos resultados dos exames; e o acesso à trilha
de auditoria do seu exame.
Os laboratórios devem disponibilizar Médico Revisor para proceder a interpretação do laudo laboratorial e emissão do
relatório médico, sendo facultado ao empregador optar por outro Médico Revisor de sua escolha.
Cabe ao Médico Revisor emitir relatório médico, concluindo pelo uso indevido ou não de substância psicoativa, que deve
conter:
a) nome e CPF do trabalhador;
b) data da coleta da amostra;
c) número de identificação do exame;
d) identificação do laboratório que realizou o exame;
e) data da emissão do laudo laboratorial;
f) data da emissão do relatório;
g) assinatura e CRM do Médico Revisor.
O relatório médico deve concluir pelo uso indevido ou não de substância psicoativa, sem indicação de níveis ou tipo de
substância.
O trabalhador deve entregar ao empregador o relatório médico emitido pelo Médico Revisor em até 15 dias após o
recebimento.
3. INSCRIÇÃO NO INSS
3.1. INTRODUÇÃO
Considera-se inscrição, para os efeitos na Previdência Social, o ato pelo qual a pessoa física, é cadastrada no CNIS –
Cadastro Nacional de Informações Sociais, mediante informações prestadas dos seus dados pessoais e de outros
elementos necessários e úteis à sua caracterização.
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Para os trabalhadores, este número será utilizado para identificá-lo no recolhimento/recebimento do FGTS, no
requerimento do Seguro-Desemprego, no processamento do Abono Salarial e também no ato da aposentadoria.
Para os demais cadastrados, o número é utilizado para realizar o pagamento de benefícios ou como chave de identificação
nas Políticas Públicas ou emissão de documentos como, por exemplo, a Carteira de Trabalho.
3.6. CADASTRAMENTO
O cadastramento é feito pela empresa, através da internet, por meio do canal criado pela Caixa chamado Conectividade
Social, com utilização do certificado digital padrão ICP-Brasil. O cadastramento pode ser feito em Lote ou On-line.
O formulário antigo, denominado DCN – Documento de Cadastramento do NIS foi utilizado até 31.10.2014.
4.1. INTRODUÇÃO
Após os procedimentos pré-admissional (processo de recrutamento e seleção e exame médico) o candidato selecionado
vai ser contratado na condição de empregado. Para isto, ele deve apresentar sua Carteira de Trabalho e Previdência Social,
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para que esta seja anotada e assinada. Na hipótese de CTPS em meio digital, a comunicação pelo trabalhador do número
de inscrição no CPF ao empregador equivale à apresentação da CTPS em meio digital.
Nenhum emprego ou atividade profissional pode ser exercido sem que o interessado esteja de posse da CTPS – Carteira
de Trabalho e Previdência Social.
Na CTPS deverão ser registrados todos os dados do Contrato de Trabalho, elementos básicos para o reconhecimento dos
direitos do trabalhador perante a Justiça do Trabalho, bem como para a obtenção de aposentadoria e demais benefícios
previdenciários.
4.2. OBRIGATORIEDADE
A CTPS é obrigatória para o exercício de qualquer emprego, inclusive o rural e doméstico, ainda que em caráter
temporário, e para o exercício por conta própria de atividade profissional remunerada.
A CTPS será, ainda, obrigatória:
a) para quem, proprietário rural ou não, trabalhe individualmente ou em regime de economia familiar assim entendido o
trabalho dos membros da mesma família, indispensável à própria subsistência, e exercido em condições de mútua
dependência e colaboração;
b) para aquele que, em regime de economia familiar e sem empregado, explore área não excedente do módulo rural ou
de outro limite que venha a ser fixado, para cada região pelo ME– Ministério da Economia.
4.3. EMISSÃO
A CTPS será emitida pelo Ministério da Economia preferencialmente em meio eletrônico. Excepcionalmente, a CTPS
poderá ser emitida em meio físico, desde que:
I – nas unidades descentralizadas do Ministério da Economia que forem habilitadas para a emissão;
II – mediante convênio, por órgãos federais, estaduais e municipais da administração direta ou indireta;
III – mediante convênio com serviços notariais e de registro, sem custos para a administração, garantidas as condições de
segurança das informações
A Carteira de Trabalho Digital terá como identificação única o número de inscrição do trabalhador no CPF.
4.4.1. ESTRANGEIROS
O estrangeiro não poderá trabalhar temporária ou permanentemente sem estar de posse de sua Carteira de Trabalho e
Previdência Social (CTPS).
A CTPS será fornecida ao estrangeiro, mediante apresentação de duas fotos 3x4cm, fundo branco, coloridas ou em preto e
branco, iguais e recentes, e documentos no original ou em cópia autenticada por cartório competente ou por servidor da
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Administração, em bom estado de conservação (sem rasuras e em condições de leitura), que contenham as informações
necessárias ao preenchimento da qualificação civil do solicitante.
Na expedição da primeira CTPS ao trabalhador estrangeiro, o Ministério da Economia fará também o seu cadastramento
no PIS/Pasep.
A emissão ocorrerá no prazo mínimo de 3 e máximo de 15 dias úteis, nas seguintes condições:
a) ao estrangeiro permanente, ao asilado político e refugiado e ao estrangeiro com registro provisório, mediante
apresentação de Cédula de Identidade do Estrangeiro (CIE), original, acompanhada de cópia frente/verso, ou
excepcionalmente, pelo prazo de 180 dias, até que esta seja emitida, de Protocolo de sua solicitação à Polícia Federal, da
Consulta de dados de Identificação, emitida pelo Sincre – Sistema Nacional de Cadastramento de Registro de Estrangeiros
– e do passaporte com o respectivo visto;
b) ao refugiado cuja Cédula de Identidade de Estrangeiro ainda não tenha sido expedida pelo Departamento de Polícia
Federal, a CTPS será fornecida mediante apresentação do original do Protocolo expedido pelo Departamento de Polícia
Federal acompanhado de cópia, desde que contenha as informações necessárias ao preenchimento da qualificação civil do
interessado, e cópia da publicação no Diário Oficial do ato de concessão do status de refugiado;
c) ao estrangeiro com visto temporário, mediante a apresentação do extrato do contrato de trabalho visado pela
Coordenação-Geral de Imigração, publicado no Diário Oficial da União, e passaporte com respectivo visto.
O prazo de validade da CTPS será idêntico ao da Carteira de Identidade, ou ao do contrato de trabalho, ou ao do protocolo
expedido pelo Departamento de Polícia Federal, conforme o caso, sendo lançado no local reservado para carimbos
utilizando-se modelo padronizado.
A validade inicial da CTPS poderá ser prorrogada mediante apresentação de documento que justifique o pedido.
4.4.2. ÍNDIO
Ao índio são assegurados todos os direitos trabalhistas e previdenciários como a qualquer outro trabalhador. Assim sendo,
o mesmo também deve ter CTPS, emitida da mesma forma que aos demais brasileiros, sem qualquer discriminação.
4.4.3. ARTESÃO
Quando da emissão da CTPS do artesão, devidamente habilitado, será aposto carimbo que especifica a sua qualificação.
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O recibo de entrega da CTPS física e o comprovante de devolução podem ser elaborados de acordo com os seguintes
modelos:
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II- S-2200- até o dia 15 do mês subsequente ao mês em que o empregado foi admitido:
a) nome completo, sexo, grau de instrução, endereço, nacionalidade, raça, cor e, desde que requerido pelo empregado, o
nome social;
b) descrição do cargo e, quando for o caso, da função;
c) descrição do salário variável, quando for o caso;
d) nome e dados cadastrais dos dependentes;
e) horário de trabalho ou informação de enquadramento conforme disposto no art. 62 do Decreto-Lei nº 5.452, de 1943 -
CLT;
f) identificação do estabelecimento ao qual o empregado está vinculado ou, no caso do empregado doméstico,
identificação do endereço onde o trabalhador exerce suas atividades;
g) informação de empregado com deficiência ou reabilitado, constatado em laudo caracterizador de deficiência ou em
certificado de reabilitação, bem como se a contratação está sendo computada na cota de pessoa com deficiência;
h) indicação do empregador para o qual a contratação de aprendiz está sendo computada no cumprimento da cota, nos
casos em que a contratação é feita por entidade sem fins lucrativos;
i) identificação do alvará judicial em caso de contratação de trabalhadores com idade inferior à legalmente permitida;
j) data de opção do empregado pelo FGTS, nos casos de admissão anterior a 1º de outubro de 2015, para empregados
domésticos ou anterior a 5 de outubro de 1988, para os demais empregados;
k) informação relativa a registro sob ação fiscal ou por força de decisão judicial, quando for o caso;
l) número do Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas - CNPJ do sindicato representativo da categoria preponderante da
empresa ou da categoria diferenciada e, se houver, a sua data-base;
m) condição de ingresso no Brasil do trabalhador de nacionalidade estrangeira e indicação se sua permanência no País é
por prazo determinado ou indeterminado;
n) indicação da existência de cláusula assecuratória do direito recíproco de rescisão e a descrição do fato ao qual se
vincula o término do contrato por prazo determinado, se for o caso;
o) tipo de admissão, conforme classificação adotada pelo eSocial; e
p) data do ingresso na sucessora, CNPJ da sucedida e matrícula do trabalhador na sucedida em caso de transferência;
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Os dados de desligamento quando acarretar extinção do vínculo empregatício, com a indicação da data e do motivo do
desligamento, da data do aviso prévio e, se indenizado, da data projetada para término do contrato de trabalho. A
contagem do prazo de dez dias, exclui o dia do desligamento e inclui o do vencimento.
O envio das informações supracitadas prestadas, quando do registro eletrônico de empregados, dispensa o seu reenvio
para fins de anotação na Carteira de Trabalho Digital.
As anotações serão disponibilizadas ao trabalhador por meio do aplicativo Carteira de Trabalho Digital ou de página
eletrônica específica, após o processamento dos respectivos registros, e constituem prova do vínculo de emprego para o
trabalhador, inclusive perante a Previdência Social.
Não comporão a Carteira de Trabalho Digital informações que desabonam a conduta do empregado.
A anotação do contrato de trabalho na CTPS não impede a empresa de efetuá-lo em documento à parte.
Isto deve ocorrer, principalmente nos contratos por prazo determinado que é o caso, por exemplo, do contrato de
experiência.
Assim sendo, uma vez realizado o contrato de experiência é aconselhável que se faça, na parte destinada a “Anotações
Gerais” da CTPS, a anotação da duração do contrato e, quando for o caso, a sua respectiva prorrogação.
Essas anotações podem ser feitas da seguinte forma:
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O empregador que contratar empregados por prazo determinado com base na Lei 9.601/98 deve anotar tal condição na
CTPS, indicando o número de regência da lei. Esta anotação deve ser feita na folha de “Anotações Gerais”.
A Lei 9.601/98 autoriza a contratação por prazo determinado somente no caso de acréscimo de pessoal.
Os empregados que exercem atividade externa incompatível com a fixação de horário devem ter tal condição anotada na
CTPS e no registro de empregados.
a) Alterações Salariais
A atualização será efetuada na data-base da categoria a que pertença o empregado, salvo na rescisão contratual ou a seu
pedido, para fins previdenciários. O empregador fica obrigado, quando solicitado elo trabalhador, a informar as alterações
salariais havidas posteriormente à última constante da CTPS.
A CTPS tem campo próprio para essa anotação, que pode ser preenchido da seguinte forma:
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b) Férias
O empregado não pode entrar em gozo de férias sem apresentar ao empregador sua CTPS, para que nela seja anotada a
respectiva concessão.
Nos casos em que o empregado possua a CTPS em meio digital, a anotação será feita nos sistemas eletrônicos do
empregador.
A CTPS tem campo específico para anotação das férias, devendo a primeira linha conter as datas de início e do término do
gozo, e a segunda linha o ano que se iniciou e o que terminou o período aquisitivo das férias, como demonstramos a
seguir:
c) Contribuição Sindical
Com a publicação da Lei 13.467/2017 – Reforma Trabalhista, o recolhimento da contribuição passou a ser facultativa.
Contudo, caso o empregado autoriza prévia e expressamente o desconto da contribuição sindical, a empresa deve
prosseguir com a seguinte anotação na CTPS. No antigo modelo da CTPS, a anotação era feita na folha própria da seguinte
forma:
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Nas carteiras novas, a anotação pode ser realizada na parte destinada a “Anotações Gerais”, com a assinatura do
empregador ou seu representante. Essa anotação pode ser realizada da seguinte forma:
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4.11. ESTAGIÁRIOS
O Ofício-Circular 2 CIRP-SPES-ME/99 dispensou a anotação do estágio curricular na CTPS, uma vez que este é,
obrigatoriamente, celebrado mediante Termo de Compromisso de Estágio, sendo este documento necessário para
comprovar a inexistência de vínculo empregatício entre o estagiário e a empresa concedente.
O titular desta Carteira de Trabalho presta serviço temporário, nos termos da Lei 6.019/74, conforme contrato escrito
em separado, a contar de ______/_____/_____, pelo prazo máximo de 180 dias, como determina o, § 1º do artigo 10
da citada Lei, auferindo o salário de R$ _________________ por _________________.
4.14. APRENDIZ
A contratação do aprendiz deve ser formalizada por meio da anotação em CTPS e no livro de registro/ficha ou sistema
eletrônico de registro de empregado. No campo cargo, deve ser aposta a palavra aprendiz seguida da função constante no
Programa de Aprendizagem.
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Em “Anotações Gerais”, deve ser especificada a data de início e término do contrato de aprendizagem, não existindo a
obrigatoriedade de registro do contrato de aprendizagem perante os órgãos emitentes da Carteira de Trabalho.
A mencionada anotação pode ser feita da seguinte forma:
4.16. PENALIDADES
A empresa que infringir as disposições da CLT concernentes às anotações da Carteira de Trabalho e Previdência Social
incorrerá na multa de valor igual a R$ 402,53. O extravio ou inutilização da CTPS por culpa da empresa sujeitará esta à
multa de valor igual a R$ 201,27.
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Constitui crime de falsidade, que poderá ser punido com as penalidades estabelecidas no Código Penal, anotar
dolosamente em CTPS ou registro de empregado, ou ainda confessar ou declarar em juízo ou fora dele, data de admissão
em emprego diversa da verdadeira.
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5. REGISTRO DE EMPREGADO
5.1. INTRODUÇÃO
O registro de empregados é um dos meios utilizados para comprovação de tempo de serviço perante a Previdência Social,
servindo também para provar a vinculação entre empregado e empregador. Atualmente, o registro pode ser feito em livro
ou ficha, bem como através de sistema informatizado. As empresas que já transmitem as informações por meio do
eSocial, estão dispensadas do registro de empregados em fichas ou em livro de registro.
5.2. OBRIGATORIEDADE
As empresas individuais ou coletivas que, assumindo os riscos da atividade econômica, admitem, assalariam e dirigem a
prestação pessoal de serviços estão obrigadas a registrar seus empregados, inclusive aposentados, que retornam à
atividade, menores e estrangeiros, em livro, fichas próprios ou sistema eletrônico. Esta obrigatoriedade é extensiva aos
empregadores rurais.
5.2.1. EQUIPARAÇÃO
A obrigatoriedade de registrar os empregados estende-se aos profissionais liberais, às instituições beneficentes, às
associações recreativas ou outras instituições sem fins lucrativos que admitirem trabalhadores, em virtude de sua
equiparação, para os efeitos da relação empregatícia, aos empregadores em geral.
5.2.4. ESTAGIÁRIOS
As empresas que contratarem estagiários ficarão, em relação a estes, excluídas da obrigação do preenchimento do
registro de empregados, por não haver vínculo empregatício.
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5.3.1. Anotações
O registro de empregados sempre foi um meio utilizado para comprovação de tempo de serviço ou tempo de contribuição
perante a Previdência Social, servindo também para provar a vinculação entre empregado e empregador.
As anotações na CTPS em meio eletrônico, denominada Carteira de Trabalho Digital, bem como o registro eletrônico de
empregados serão realizados por meio das informações prestadas ao eSocial - Sistema de Escrituração Digital das
Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas Evento S-2190 - Registro Preliminar e S-2200 - Cadastro Inicial do
Vínculo e Admissão Ingresso do Trabalhador código 101 Empregado e código 102 Empregado Aprendiz.
Compõem o registro de empregados os dados relativos à admissão no emprego, duração e efetividade do trabalho, férias,
acidentes e demais circunstâncias que interessem à proteção do trabalhador que deverão ser informados nos seguintes
prazos:
I- S-2190 - até o dia anterior ao início das atividades do trabalhador:
a) número do CPF;
b) data de nascimento;
c) data de admissão;
d) matrícula do empregado;
e) categoria do trabalhador, conforme classificação adotada pelo eSocial;
f) natureza da atividade (urbano ou rural);
g) código da CBO;
h) valor do salário contratual; e
II- S-2200- até o dia 15 do mês subsequente ao mês em que o empregado foi admitido:
a) nome completo, sexo, grau de instrução, endereço, nacionalidade, raça, cor e, desde que requerido pelo empregado, o
nome social;
b) descrição do cargo e, quando for o caso, da função;
c) descrição do salário variável, quando for o caso;
d) nome e dados cadastrais dos dependentes;
e) horário de trabalho ou informação de enquadramento conforme disposto no art. 62 do Decreto-Lei nº 5.452, de 1943 -
CLT;
f) identificação do estabelecimento ao qual o empregado está vinculado ou, no caso do empregado doméstico,
identificação do endereço onde o trabalhador exerce suas atividades;
g) informação de empregado com deficiência ou reabilitado, constatado em laudo caracterizador de deficiência ou em
certificado de reabilitação, bem como se a contratação está sendo computada na cota de pessoa com deficiência;
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h) indicação do empregador para o qual a contratação de aprendiz está sendo computada no cumprimento da cota, nos
casos em que a contratação é feita por entidade sem fins lucrativos;
i) identificação do alvará judicial em caso de contratação de trabalhadores com idade inferior à legalmente permitida;
j) data de opção do empregado pelo FGTS, nos casos de admissão anterior a 1º de outubro de 2015, para empregados
domésticos ou anterior a 5 de outubro de 1988, para os demais empregados;
k) informação relativa a registro sob ação fiscal ou por força de decisão judicial, quando for o caso;
l) número do Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas - CNPJ do sindicato representativo da categoria preponderante da
empresa ou da categoria diferenciada e, se houver, a sua data-base;
m) condição de ingresso no Brasil do trabalhador de nacionalidade estrangeira e indicação se sua permanência no País é
por prazo determinado ou indeterminado;
n) indicação da existência de cláusula assecuratória do direito recíproco de rescisão e a descrição do fato ao qual se
vincula o término do contrato por prazo determinado, se for o caso;
o) tipo de admissão, conforme classificação adotada pelo eSocial; e
p) data do ingresso na sucessora, CNPJ da sucedida e matrícula do trabalhador na sucedida em caso de transferência;
V-S-2210 - de imediato:
a) o acidente de trabalho ou doença profissional que resulte morte; e
b) afastamento por acidente ou doença relacionados ou não ao trabalho, com qualquer duração, quando ocorrer dentro
do prazo de 60 dias do retorno de afastamento anterior pela mesma doença, que tenha gerado recebimento de auxílio-
incapacidade.
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Quando se esgotarem os espaços para anotações na ficha de registro de empregados, a empresa deve providenciar a
abertura de ficha de continuação, que receberá o mesmo número daquela que se esgotou.
Em se tratando de livro, as anotações podem continuar a ser feitas em outra folha, sendo que, nesse caso,
consequentemente, a nova folha deve ter numeração diferente da anterior. Estes procedimentos não são necessários
para os casos em que a empresa adote controle único centralizado.
5.7. READMISSÃO
A folha do livro ou a ficha de registro pode ser utilizada mais de uma vez para o mesmo empregado, nos casos de
readmissão, desde que contenha espaço próprio suficiente para o registro de cada novo contrato de trabalho, com todos
os seus elementos indispensáveis, notadamente a data de admissão, cargo ou função, salário, forma de pagamento,
outras remunerações e data da dispensa.
Embora exista a possibilidade de utilizar-se a mesma folha do livro ou ficha, na prática, na readmissão usa-se outra folha
ou ficha, tendo em vista que os modelos de Registro de Empregados padronizados não comportam novo registro.
5.8.3. EXTRAVIO
A SRTb-RJ – Superintendência Regional de Trabalho do Estado do Rio de Janeiro orienta que, no caso de extravio ou
imprestabilidade do livro ou da ficha-mestra ou inicial do grupo anteriormente registrado, o novo registro de livro ou
grupo de fichas deve ser obtido, mediante requerimento em duas vias e Termo de Responsabilidade no verso da primeira
folha do livro ou da ficha, que constituirá processo próprio e será submetido à apreciação do órgão.
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5.12. PENALIDADES
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O empregador que mantiver empregado não registrado ficará sujeito a multa no valor de R$ 3.000,00 por empregado não
registrado, acrescido de igual valor em cada reincidência. Quando se tratar de Microempresa ou Empresa de Pequeno
Porte o valor da multa será de R$ 800,00.
Na hipótese de não serem informados no registro de empregados os dados a seguir, o empregador ficará sujeito à multa
de R$ 600,00 por empregado prejudicado:
• qualificação civil ou profissional;
• admissão no emprego;
• duração e efetividade do trabalho;
• férias;
• acidentes; e
• demais circunstâncias que interessem à proteção do trabalhador.
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6. CAGED x ESOCIAL
6.1. INTRODUÇÃO
No Caged – Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, instituído pela Lei 4.923/65, registrávamos as admissões,
transferências e desligamentos de empregados sob o regime da CLT – Consolidação das Leis do Trabalho.
As informações prestadas no CAGED eram utilizadas pelo Programa de Seguro-Desemprego para conferência de dados
referentes aos vínculos trabalhistas bem como para liberação das parcelas do referido seguro.
São estas informações que o Governo Federal e a sociedade como um todo, utilizavam para elaboração de estatísticas e
posterior formulação de Políticas de Emprego e Salário, bem como para realização de pesquisas e estudos sobre mercado
de trabalho.
O CAGED foi substituído pelo eSocial a partir da competência janeiro/2020, conforme definido pela Portaria SEPRT nº
1.127 de 14/10/2019, mas o uso do Sistema CAGED permanece para os ainda não obrigados ao eSocial como é o caso
do grupos 4 (Órgãos Públicos), sendo assim as comunicações de admissão, demissão e transferência passaram a ser
cumpridas por meio do Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas – eSocial.
Não podemos esquecer que o CAGED continuará a ser usado para a prestação de informações fora do prazo até a
competência dezembro/2019.
Diferente do CAGED, no eSocial são declarados todos os trabalhadores com ou sem vínculo.
6.4. TRANSFERÊNCIA
Podemos definir transferência como a movimentação do empregado, seja entre estabelecimentos da mesma empresa,
seja entre empresas do mesmo grupo.
A transferência pode ocorrer dentro do próprio município ou para localidade diversa da residência do empregado.
Somente deveria ser informada ao ME, com o consequente preenchimento do Caged, a transferência em caráter
definitivo que implicava a movimentação do empregado, de um estabelecimento para outro da mesma empresa, ou entre
empresas do mesmo grupo econômico.
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Apesar não utilizarmos mais o CAGED, devemos informar a transferência definitiva através do eSocial com o envio dos
eventos específicos que podem ser S-2206 quando a transferência é entre matriz ou filial e vice-versa, ou S-2299 quando
se tratar de transferência entre empresas de um grupo econômico.
6.5. DESLIGAMENTO
No caso de rescisão do contrato de trabalho, seja ele por prazo determinado, neste incluídos o de experiência e o da Lei
9.601/98, ou indeterminado, a comunicação deve ser feita ao ME independentemente da forma como se processe o
desligamento.
Assim, no término de contrato, na dispensa com ou sem justa causa, no pedido de demissão, no desligamento por
aposentadoria ou por morte, ou na rescisão por culpa recíproca, a comunicação era feita ao ME pelo CAGED.
No entanto, hoje essa informação é declarada dentro do eSocial com a transmissão do evento S-2299 observando o prazo
legal.
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a) até o décimo dia, contado da data da extinção do vínculo, nas hipóteses previstas nos incisos I, I-A, II, IX e X do art. 20
da Lei nº 8.036, de 11 de maio de 1990;
b) até o dia 15 (quinze) do mês seguinte em que ocorrer a extinção do vínculo, nos demais casos;
IV - último salário do empregado, que deverá ser prestada até o dia 15 (quinze) do mês seguinte em que ocorrer a
alteração salarial;
V - transferência de entrada e transferência de saída, que deverão ser prestadas até o dia 15 (quinze) do mês seguinte a
ocorrência;
VI - reintegração, que deverá ser prestada até o dia 15 (quinze) do mês seguinte a ocorrência.
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A partir de 13-9-2017, foi obrigatória a utilização de certificado digital válido, padrão ICP-Brasil, para a transmissão das
informações, por todos os estabelecimentos que possuissem 10 empregados ou mais no primeiro dia do mês de
movimentação.
As informações prestadas fora do prazo eram declaradas obrigatoriamente com a utilização de certificado digital válido.
As declarações podiam ser transmitidas com o certificado digital de pessoa jurídica, emitido em nome do estabelecimento,
tipo e-CNPJ, ou com certificado digital do responsável pela entrega da declaração, sendo que este pode ser e-CPF ou o e-
CNPJ.
A certificação digital tem como função garantir a autenticidade, integridade, segurança e confidencialidade dos dados,
uma vez que era assegurada a identidade e as informações transmitidas por determinado usuário, legitimando o processo.
Na prática, a certificação digital nada mais é do que uma carteira de identidade para o mundo virtual.
A exigência de certificado digital ICP para envio do Caged no prazo legal não se aplicava para os estabelecimentos que
possuissem até 9 trabalhadores, cuja utilização da certificação digital continuou facultativa, com a opção de transmitirem
sua declaração por meio dessa chave privada, caso possuam.
6.11. PENALIDADES
O empregador que não prestava as informações nos prazos previstos, omitir informações ou prestar declaração falsa ou
inexata, ficava sujeito às seguintes penalidades administrativas.
O empregador ainda ficava sujeito a multa que varia entre R$ 425,64 a R$ 45.564,00, segundo a natureza da infração, sua
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extensão e intenção do infrator, a serem aplicadas em dobro, no caso de reincidência, oposição à fiscalização ou desacato
à autoridade.
Além das penalidades administrativas, os responsáveis por meios fraudulentos na habilitação ou na percepção do Seguro-
Desemprego serão punidos civil e criminalmente, nos termos da lei.
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MÓDULO II
CONTRATO DE TRABALHO
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1. NORMAS GERAIS
1.1. INTRODUÇÃO
Terminada a fase pré-admissional, a empresa deve definir a forma do contrato de trabalho que vai firmar com o novo
empregado.
Para isso, ela tem que saber o trabalho que o empregado vai realizar para então decidir o tipo de contrato de trabalho que
vai adotar.
Isto porque, de acordo com o trabalho a ser realizado, ela poderá optar pelo contrato de trabalho por prazo determinado
ou indeterminado, conforme as condições estabelecidas pela legislação.
A definição correta da modalidade do contrato de trabalho vai representar economia para a empresa, evitando custos
desnecessários na hora do desligamento do empregado.
1.2.1. EMPREGADOR
Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite,
assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço.
Equiparam-se ao empregador, para os efeitos exclusivos da relação de emprego, os profissionais liberais, as instituições de
beneficência, as associações recreativas ou outras instituições sem fins lucrativos, que admitirem trabalhadores como
empregados.
1.2.2. EMPREGADO
A legislação caracteriza como empregado todo aquele que é contratado para prestar serviços de natureza não eventual a
empregador, sob a dependência deste e mediante salário.
Assim, a relação de emprego se caracterizada pelos seguintes pressupostos:
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a) pessoalidade da contratação;
b) não eventualidade da prestação de serviços;
c) subordinação hierárquica; e
d) serviço prestado mediante pagamento de salário.
Em outras palavras, o empregado sujeita o exercício de suas atividades laborais à vontade do empregador, que na relação
detém poderes para dirigir, regulamentar, fiscalizar e punir.
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2.1. INTRODUÇÃO
Embora seja uma exceção, pois em nosso ordenamento jurídico, figura como regra geral o contrato de trabalho por tempo
indeterminado, respeitando-se assim o princípio da continuidade da relação de emprego, o contrato de trabalho por
tempo determinado é utilizado pelos empregadores para contratar, temporariamente, empregados para suprirem suas
necessidades específicas em dado momento.
O contrato de experiência, modalidade de contrato por prazo determinado, representa uma economia para a empresa,
evitando custos desnecessários na hora do desligamento do empregado.
2.2. CONCEITO
Considera-se como de prazo determinado o contrato de trabalho cuja vigência depende de termo prefixado ou da
execução de serviços especificados, ou, ainda, da realização de certo acontecimento suscetível de previsão aproximada.
2.2.1. VALIDADE
A contratação de empregado por prazo determinado somente é válida nos seguintes casos:
c) Contrato de experiência;
São reconhecidos ainda, nesse caso, os contratos de safra e por obra certa em construção civil.
d) Contrato de Aprendizagem
Contrato de aprendizagem é um contrato de trabalho especial, ajustado por escrito e por prazo determinado, com
duração máxima de 2 anos, em que o empregador se compromete a assegurar ao adolescente com idade superior a 14
anos até os 18 anos e ao jovem a partir dos 18 anos até os 24 anos, inscritos em programa de aprendizagem, formação
técnico-profissional metódica, compatível com o seu desenvolvimento físico, moral e psicológico, e o aprendiz a executar,
com zelo e diligência, as tarefas necessárias a esta formação.
Como se pode observar, a contratação por prazo determinado não se aplica na substituição momentânea de empregado
afastado. Nesse caso, deve ser adotado o sistema de substituição através de Empresa de Trabalho Temporário.
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2.2.3. FORMA
A CLT – Consolidação das Leis do Trabalho não exige forma especial para o contrato de trabalho, podendo ser verbal ou
escrito, decorrente de acordo tácito ou expresso.
Entende-se por acordo tácito quando não são estabelecidas as condições de sua execução.
Já no expresso, que é o escrito, pela sua própria natureza, as obrigações são preestabelecidas.
A jurisprudência tem demonstrado que não é prudente a celebração de contrato verbal, pois este gera conflitos, e pode
levar a justiça a decidir a favor do empregado, já que este é a parte mais fraca na relação de trabalho.
São absolutamente incapazes para firmar o contrato de trabalho, segundo o Código Civil, os menores de 16 anos; os que,
por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário discernimento para a prática desses atos; os que,
mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade.
2.2.4. PRAZO
O contrato de trabalho por prazo determinado não pode ser superior a:
a) 90 dias, no caso de experiência; e
b) 2 anos, nos demais casos.
2.2.5. DURAÇÃO
Existem diversas modalidades de determinação do prazo de vigência do contrato por prazo certo, quais sejam:
a) indicando-se o dia do seu término ou o número de dias, meses ou anos de sua duração;
b) indicando-se ou especificando-se a obra em que o empregado vai trabalhar ou o serviço que irá executar, cujo prazo
coincidirá com o término da obra ou do serviço;
c) sujeitando o término do contrato à ocorrência de acontecimento determinado.
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2.4.1. PRAZO
O prazo do contrato de trabalho do atleta profissional não pode ser inferior a 3 meses, nem superior a 5 anos.
Não se aplica ao atleta profissional a norma prevista na CLT de que o contrato por prazo determinado não pode exceder a
2 anos.
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O contrato deve ser obrigatoriamente anotado na CTPS do empregado pelo construtor desse modo constituído em
empregador, desde que exerça a atividade em caráter permanente.
Concluída a obra ou o serviço e sendo, consequentemente, o contrato rescindido, o empregado deve ser indenizado,
desde que tenha mais de 12 meses de serviço. Essa indenização será de um mês de remuneração mensal por ano
completo de serviço e fração igual ou superior a 6 meses, cujo total terá redução de 30%.
Essa é uma exceção legislativa aos contratos por prazo determinado, uma vez que, regra geral, ao término do ajuste
nenhum valor a título de indenização é devido ao trabalhador. Além disso, a indenização por tempo de serviço é típica dos
contratos sem determinação de prazo. Por outro lado, se o contrato for rescindido antes do término da obra ou do
serviço, o empregador ficará obrigado a pagar a indenização equivalente a metade da remuneração a que teria direito o
trabalhador até o término do contrato, desincumbindo-se do ônus da primeira.
Exemplo Prático
Como exemplo, podemos citar um empregado que trabalhou em uma determinada obra por 1 ano e 10 meses e que teve
seu contrato rescindido por término de contrato, tendo como remuneração mensal um valor de R$ 2.200,00, receberá o
valor da indenização como segue:
R$ 2.200,00 x 2 anos (1 ano e 10 meses) = R$ 4.400,00
R$ 4.400,00 x 30% = R$ 1.320,00
R$ 4.400,00 – R$ 1.320,00 = R$ 3.080,00 (Valor da Indenização)
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As alterações unilaterais, realizadas pelo empregador e aquelas prejudiciais ao empregado, serão consideradas nulas de
pleno direito.
Exemplo Prático
Como exemplo, podemos citar um empregado que trabalhou como safreiro por 8 meses e que teve seu contrato
rescindido por término de contrato, tendo como remuneração mensal um valor de R$ 1.200,00, receberá o valor da
indenização como segue:
R$ 1.200,00 ÷ 12 = R$ 100,00
R$ 100,00 x 8 = R$ 800,00 (Valor da Indenização)
2.10.1. DURAÇÃO
A duração do Contrato de Experiência não pode ser superior a 90 dias, o que, entretanto, não impede que possa o seu
limite ser fixado em período inferior.
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Contudo, considerando que a finalidade da contratação a título experimental é dar a conhecer às partes as peculiaridades
de cada uma, não é aconselhável a celebração de Contratos de Experiência por períodos demasiado curtos, como, por
exemplo, uma ou duas semanas.
2.10.3. Prorrogação
A prorrogação do Contrato de Experiência somente é admitida por uma única vez, mesmo que a sua duração tenha sido
estipulada em período inferior a 90 dias.
Assim, se um contrato celebrado pelo prazo de 30 dias for prorrogado por mais 30 dias, não será passível de nova
prorrogação.
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Assim sendo, se no curso do contrato a prazo certo o empregado se afasta por motivo de doença ou de acidente do
trabalho, os 15 primeiros dias do afastamento serão normalmente computados na fluência do contrato, ficando suspensa
a contagem do mesmo a partir do 16º dia do afastamento.
Exemplificando, suponhamos que uma empresa contrate determinado empregado por 60 dias, e que, no 46º dia de
vigência do contrato, o mesmo se afaste por motivo de doença por mais de 15 dias. Neste caso, uma vez que no período
de afastamento (interrupção do contrato) a remuneração do empregado correrá por conta do empregador (primeiros 15
dias), o contrato se extinguirá normalmente na data prevista para a sua terminação, pois não houve suspensão do pacto
laboral. Contudo, segundo a jurisprudência trabalhista, a rescisão do contrato somente poderá efetivar-se após a cessação
do benefício previdenciário, quando for o caso.
Agora, imaginemos que outro empregado admitido na situação anterior, e que o seu afastamento tenha ocorrido no 31º
dia de vigência do contrato. Nessa hipótese, após a cessação do benefício o empregado deverá trabalhar mais 15 dias para
completar o prazo do contrato, de vez que do 46º dia em diante o contrato manteve-se suspenso. Por outro lado, existem
correntes que entendem não ser o acidente do trabalho motivo causador de suspensão do contrato de trabalho, tanto
durante os primeiros 15 dias de afastamento, a cargo do empregador, como após o 16º dia (concessão do benefício pela
Previdência Social).
Nessa linha de entendimento, uma vez que não há suspensão e sim interrupção do contrato, a contagem do prazo flui
normalmente até a ultimação do prazo preestabelecido, o que nos parece injusto, sobretudo por não haver distinção, do
ponto de vista social, entre incapacidade por motivo de doença e a decorrente de acidente do trabalho.
Esse entendimento decorre do fato de a CLT considerar como tempo de serviço efetivo, para efeito de indenização e
estabilidade, os períodos de afastamento do empregado em virtude de acidente do trabalho.
O fato de o Regulamento do FGTS assegurar os depósitos para aquele fundo em relação ao empregado acidentado,
durante todo o curso do afastamento, também serve de lastro para esse entendimento, segundo alguns doutrinadores.
2.10.6. JURISPRUDÊNCIA
Os Tribunais do Trabalho vêm proferindo decisões, aplicando por analogia a regra prevista no § 2º do artigo 472 da CLT,
qual seja, a de que nos contratos de prazo determinado, o tempo de afastamento, se assim acordarem as partes
interessadas, não será computado na contagem do prazo para a respectiva terminação.
Assim, se o empregado, durante o curso do contrato por prazo determinado, vier a perceber benefício em virtude de
acidente do trabalho ou doença, não havendo acordo entre as partes, o período de afastamento será computado para
efeito de contagem do prazo do contrato.
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2.10.8.1. CONSEQUÊNCIAS
Além de observar de quem partiu a cessação do vínculo empregatício, deve, ainda, ser verificada a modalidade do
contrato celebrado, pois a legislação vigente admite 2 tipos de contrato com prazo certo:
a) com direito recíproco de rescisão antecipada;
b) sem referência ao direito de rescisão antecipada.
Pelo presente, confirmo o ajuste feito entre mim e esta Empresa para minha admissão como empregado, a título de
experiência, pelo prazo de _________ dias a partir desta data, para o cargo de
______________________________________ mediante o salário mensal de R$ _______________, com jornada de
trabalho de _________ horas às _________ horas, com intervalo para refeição de __________ horas às _________ horas.
Fica estabelecido que, durante o decorrer do prazo referido ou no seu término, qualquer das partes terá pleno direito de
rescindir ou dar por findo o presente ajuste, firmado a título provisório, conforme artigo 481 da CLT.
Outrossim, declaro que aceito a minha admissão sob as condições mencionadas e a minha efetivação no cargo após o
prazo fixado, por novo acordo escrito.
__________________________________
Assinatura do Empregador
__________________________________
Assinatura do Empregado
Assinatura das Testemunhas:
1ª ___________________________
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2ª ___________________________
Pelo presente, confirmo o ajuste feito entre mim e esta Empresa para minha admissão como empregado, a título de
experiência, pelo prazo de _________ dias a partir desta data, para o cargo de
______________________________________________ mediante o salário mensal de R$ _______________, com jornada
de trabalho de _________ horas às _________ horas, com intervalo para refeição de __________ horas às _________
horas.
Fica estabelecido que, findo o prazo acima, este contrato poderá ser prorrogado ou rescindido, nada podendo ser
reclamado fora do presente acordo e após o prazo fixado para o mesmo, conforme artigos 479 e 480 da CLT.
Outrossim, declaro que aceito a minha admissão sob as condições mencionadas e a minha efetivação no cargo após o
prazo fixado, por novo acordo verbal ou escrito.
__________________________________
Assinatura do Empregado
__________________________________
Assinatura do Empregado
Assinatura das Testemunhas:
1ª ___________________________
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2ª ___________________________
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Todavia, o TST revendo o texto da Súmula 378, que vigora desde 27-9-2012, garantiu a estabilidade provisória ao
empregado vítima de acidente do trabalho, mesmo quando submetido a contrato por prazo determinado.
2.15.1. Consequências
Pode ocorrer de o empregador rescindir o contrato com a finalidade de, por meio da nova contratação, retirar vantagens
presentes no contrato anterior, dentre elas podemos citar a hipótese de demitir o empregado e readmiti-lo em seguida
com salário mais baixo.
Se constatado que a readmissão se deu com este intuito, a rescisão poderá ser considerada nula, tendo em vista que o
artigo 9º da CLT – Consolidação das Leis do Trabalho, estabelece que “Serão nulos de pleno direito os atos praticados com
o objetivo de desvirtuar, impedir ou fraudar a aplicação dos preceitos contidos na presente Consolidação”.
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A legislação que rege o seguro-desemprego, estabelece que além das penas administrativas, os responsáveis por meios
fraudulentos na habilitação ou percepção do seguro-desemprego ficam também sujeitos às sanções civis e criminais.
2.16. UNIFORME
Cabe ao empregador definir o padrão de vestimenta no meio ambiente laboral, sendo lícita a inclusão no uniforme de
logomarcas da própria empresa ou de empresas parceiras e de outros itens de identificação relacionados à atividade
desempenhada.
A higienização do uniforme é de responsabilidade do trabalhador, salvo nas hipóteses em que forem necessários
procedimentos ou produtos diferentes dos utilizados para a higienização das vestimentas de uso comum.
Cláusula primeira
O contrato de trabalho em questão está sendo regido pelo art. ___ da CLT.
O prazo do presente contrato será de ______ dias a contar desta data tendo como termo final a data de ____/____/____.
Findo o prazo estipulado, ou terminado o prazo de prorrogação, e não sendo o empregado dispensado, o presente
instrumento passará a vigorar por prazo indeterminado, respeitadas as condições estipuladas abaixo.
(Definir se o contrato será regido pelo art. 479 ou 481 da CLT)
Cláusula segunda
O empregado irá exercer a função de _______________________, de acordo com as condições gerais previstas no
presente contrato, e mais as funções que vierem a ser objetos de ordens verbas e/ou escritas, por meio de avisos,
segundo as necessidades do empregador desde que compatíveis com a atribuições do empregado, observando as
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Cláusula terceira
O empregado perceberá o salário de R$__________ (__________________________________) por _____ (mês/dia/hora)
O pagamento do salário será efetuado (neste tópico, a empresa irá definir se a data do recebimento do salário será no
ultimo dia do mês ou no 5º dia útil do mês subsequente ao vencido)
O empregado autoriza o desconto em seus salários das importâncias que lhe forem concedidas a título de "adiantamento
salarial".
Além dos descontos previstos em lei, reserva-se a empregadora o direito de descontar do empregado, as importâncias
correspondentes aos prejuízos por ele causados, quando da ocorrência de culpa, conforme preconiza o § 1º do art. 462
da CLT.
Cláusula quarta
O empregado trabalhará no estabelecimento do empregador situado à rua _______________________________,n.º
_____,prestando expressa concordância a ser transferido no futuro, de forma provisória ou definitiva, a qualquer
estabelecimento que oportunamente venha dispor o empregador.
Cláusula quinta
A jornada diária do empregado será das _____ às _____, com intervalo de _____ hora(s) para repouso e alimentação, de
segunda-feira a sexta-feira, e aos sábados, das _____ às _____, totalizando a jornada de 44 horas semanais, prevista no
art. 7º, XIII da Constituição da República.
As horas excedentes da jornada normal de trabalho serão remuneradas como horas extraordinárias, conforme determina
o art. 59 da CLT.
Cláusula sexta
O empregado fica ciente do Regulamento Interno da Empresa e das normas que regulam suas atividades, e, se for o caso,
se compromete a utilizar os equipamentos de segurança fornecidos pelo empregador, sob pena de ser punido por falta
grave, nos termos da legislação vigente e demais disposições inerentes à Segurança e Medicina do Trabalho.
Cláusula sétima
O empregado se compromete a manter atualizado seus dados, bem como dar ciência ao empregador da sua residência e
demais dados pessoais e familiares que estabeleça ou altere durante toda a vigência do presente contrato de trabalho.
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Cláusula oitava
__________________________________________________________________
Tendo assim contratado, assinam o presente instrumento, em duas vias, na presença de duas testemunhas.
__________________________________________ _____________________________________________
Empregado Empregador
Testemunhas:
__________________________________________
Nome testemunha
__________________________________________
Nome testemunha
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
__________________________________________ _____________________________________________
Empregado Empregador
Testemunhas:
__________________________________________
Nome testemunha
__________________________________________
Nome testemunha
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3. TRABALHO TEMPORÁRIO
3.1. INTRODUÇÃO
O trabalho temporário é regido pela Lei 6.019/74, onde a atividade principal da empresa é fornecer mão de obra
temporária para qualquer outra atividade empresarial.
Em regra, esse tipo de mão de obra é fornecida quando se tem uma demanda complementar de serviço de uma empresa
ou para substituir empregados afastados do trabalho, dentre outras hipóteses.
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c) empresas com mais de vinte e com até cinquenta empregados - capital mínimo de R$ 45.000,00 (quarenta e cinco mil
reais);
d) empresas com mais de cinquenta e com até cem empregados - capital mínimo de R$ 100.000,00 (cem mil reais); e
e) empresas com mais de cem empregados - capital mínimo de R$ 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais).
f) férias proporcionais, no caso de dispensa sem justa causa ou no término normal do contrato, calculadas na base de 1/12
do último salário percebido, por mês trabalhado, considerando-se como mês completo a fração igual ou superior a 15
dias, com o acréscimo do terço constitucional;
g) vale-transporte;
h) décimo terceiro salário, correspondente a 1/12 da última remuneração, por mês trabalhado, ou fração igual ou superior
a 15 dias;
i) salário-família;
j) seguro-desemprego no caso de demissão sem justa causa.
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3.6.1.1. Vínculo
Independentemente do ramo da empresa tomadora de serviços ou cliente, não existe vínculo empregatício entre esta e os
trabalhadores contratados pelas empresas de trabalho temporário.
3.7. INFORMAÇÃO AO ME
A partir de 1-7-2014, as empresas de trabalho temporário deverão informar, até o dia 7 de cada mês, os dados relativos
aos contratos de trabalho temporário celebrados no mês anterior.
As informações serão prestadas no Sirett, por meio de preenchimento do formulário eletrônico ou pela transmissão de
arquivo digital com formato padronizado.
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a) saldo de salários;
b) férias proporcionais, com mais 1/3;
c) 13º Salário proporcional;
d) salário-família;
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de trabalho quando a empresa de trabalho temporário ou a empresa tomadora ou cliente, praticarem uma das situações
listadas no artigo 483 da CLT.
3.11. PENALIDADES
Cabe à fiscalização do trabalho exigir da empresa de trabalho temporário e da tomadora dos serviços a perfeita
observância da Lei 6.019/74, aplicando-se a empresa infratora, em caso de descumprimento, a multa de R$ 170,26 por
empregado, dobrada no caso de reincidência, sem prejuízo do cancelamento do registro para funcionamento da empresa
de trabalho temporário.
3.12. RESPONSABILIDADE
A empresa tomadora de serviços ou cliente responderá subsidiariamente pelas obrigações trabalhistas referentes ao
período em que for realizado o trabalho temporário.
Na hipótese de falência da empresa de trabalho temporário, a empresa tomadora de serviços ou cliente responderá
solidariamente pelas verbas relativas ao período para o qual o trabalhador tenha sido contratado.
3.13.1. REQUISITOS
Pela nova redação do conceito de empresa prestadora de serviço (contratada), fica expresso que a terceirização poderá
ocorrer em quaisquer atividades da empresa contratante, ou seja, tanto nas atividades de apoio da contratante (atividade
meio) quanto nas atividades-fim.
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4. TRABALHO INTERMITENTE
4.1. INTRODUÇÃO
Com a edição da Lei 13.467/2017, popularmente conhecida como Reforma Trabalhista, que promoveu uma série de
modificações na CLT – Consolidação das Leis do Trabalho, foi instituída uma nova modalidade de contrato de trabalho
chamada intermitente.
4.2. CONCEITO
Considera-se como intermitente, o contrato de trabalho no qual a prestação de serviços, com subordinação, não é
contínua, ocorrendo com alternância de períodos de prestação de serviços e de inatividade, determinados em horas, dias
ou meses, independentemente do tipo de atividade do empregado e do empregador, exceto para os aeronautas, regidos
por legislação própria.
Como exemplos de contratação de empregado na modalidade intermitente, podemos citar aqueles profissionais que
atuam:
a) nos períodos de grande movimento em hotéis, restaurantes, bares e similares;
b) nos períodos de maior demanda do comércio, como: Natal, Dia das Mães, dos Namorados e das Crianças;
c) no fluxo turístico, como: Reveillon, Carnaval, Semana Santa, entre outros.
Não constitui descumprimento da letra “b” ou discriminação salarial pagar ao trabalhador intermitente remuneração
horária ou diária do trabalhador intermitente pode ser superior à paga aos demais trabalhadores da empresa contratados
a prazo indeterminado, dadas as características especiais do contrato de trabalho intermitente. Depreendemos contudo,
que o dispositivo, se adotado, pode ser questionado judicialmente, isto porque, além de ferir fortemente o princípio da
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isonomia salarial, extrapola o texto constitucional que confere competência aos Ministros de Estado, apenas, para expedir
instruções para a execução das leis, decretos e regulamentos, e não para legislar.
4.6. CONVOCAÇÃO
O empregador convocará o empregado, por qualquer meio de comunicação eficaz, para a prestação de serviços,
informando qual será a jornada, com, pelo menos, 3 dias corridos de antecedência.
Recebida a convocação, o empregado terá o prazo de 24 horas para responder ao chamado, presumida, no silêncio, a
recusa. A recusa da oferta não descaracteriza a subordinação para fins do contrato de trabalho intermitente.
Aceita a oferta para o comparecimento ao trabalho, a parte que descumprir, sem justo motivo, pagará à outra parte, no
prazo de 30 dias, multa de 50% da remuneração que seria devida, permitida a compensação em igual prazo.
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4.10. FÉRIAS
A cada 12 meses, o empregado adquire direito a usufruir, nos 12 meses subsequentes, 1 mês de férias, período no qual
não poderá ser convocado para prestar serviços pelo mesmo empregador.
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Considera-se ocorrido o fato gerador da obrigação previdenciária principal e existentes seus efeitos, em relação ao
empregado contratado para trabalho intermitente, quando for paga, devida ou creditada, o que ocorrer primeiro, a
remuneração acrescida das férias proporcionais com 1/3, do 13º Salário proporcional, do repouso semanal remunerado e
dos adicionais legais.
4.16. FGTS
No contrato de trabalho intermitente, o empregador efetuará o depósito do FGTS com base nos valores pagos no período
mensal. Vale ressaltar que o empregador fica obrigado a depositar a importância correspondente a 8% da remuneração
paga ou devida, no mês anterior, a cada trabalhador.
4.18. SALÁRIO-MATERNIDADE
O salário-maternidade devido à empregada contratada para trabalho intermitente constitui base de cálculo da
contribuição previdenciária devida pelo empregador.
A base de cálculo da contribuição será o valor correspondente à soma das remunerações pagas no período de 12 meses
anteriores à data de início do pagamento do salário-maternidade, dividido pelo número de meses em que houve
pagamento de remuneração.
4.20. AUXILIO-DOENÇA
O auxílio-doença é devido ao segurado empregado contratado para trabalho intermitente que, havendo cumprido o
período de carência de 12 contribuições mensais, ficar incapacitado para o seu trabalho ou para a sua atividade habitual
por mais de 15 dias consecutivos.
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O auxílio-doença será devido a contar do 16º dia do afastamento da atividade e enquanto ele permanecer incapaz.
Desta forma, desde que completada a carência exigida, o empregado com contrato intermitente terá direito ao auxílio-
doença.
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5. TRABALHO DO MENOR
5.1. INTRODUÇÃO
Apesar de as empresas poderem contratar menores como seus empregados, a eles não pode ser dispensado o mesmo
tratamento dado aos empregados maiores de 18 anos de idade. Isto porque a legislação estabelece normas especiais de
proteção ao trabalho do menor.
Cabe ao empregador cumprir os requisitos legais quando da contratação dos trabalhadores menores de 18 anos.
5.3.1. EXCLUSÃO
O trabalho do menor é regido pelas disposições estabelecidas na CLT – Consolidação das Leis do Trabalho, constantes do
Capítulo de Proteção do Trabalho do Menor, exceto quando o serviço for prestado em oficinas em que trabalhem,
exclusivamente, pessoas da família do menor e desde que esteja sob a direção do pai, mãe ou tutor, observadas,
entretanto, as proibições relativas ao exercício de determinadas atividades e ao horário de trabalho.
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Perderá, ainda, o poder familiar ou será destituído da tutela, sem prejuízo da multa aplicável, o pai, mãe ou tutor, que
contribuir, por ação ou omissão, para que o menor trabalhe nas atividades sujeitas a condições insalubres ou perigosas.
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A proibição poderá ser elidida para os empregados com mais de 16 anos na hipótese de ser o emprego ou trabalho,
autorizado pelo ME – Ministério da Economia, após consulta às organizações de empregadores e de trabalhadores
interessadas, desde que fiquem plenamente garantidas a saúde, a segurança e a moral dos adolescentes; e na hipótese de
aceitação de parecer técnico circunstanciado, assinado por profissional legalmente habilitado em segurança e saúde no
trabalho, que ateste a não exposição a riscos que possam comprometer a saúde, a segurança e a moral dos adolescentes,
depositado na unidade descentralizada do ME da circunscrição onde ocorrerem as referidas atividades.
Integram as piores formas de trabalho infantil:
– todas as formas de escravidão ou práticas análogas, tais como venda ou tráfico, cativeiro ou sujeição por dívida,
servidão, trabalho forçado ou obrigatório;
– a utilização, demanda, oferta, tráfico ou aliciamento para fins de exploração sexual comercial, produção de pornografia
ou atuações pornográficas;
– a utilização, recrutamento e oferta de adolescente para outras atividades ilícitas, particularmente para a produção e
tráfico de drogas; e
– o recrutamento forçado ou compulsório de adolescente para ser utilizado em conflitos armados.
A classificação dos locais ou serviços como perigosos ou insalubres decorre do princípio da proteção integral à criança e ao
adolescente, não sendo extensiva aos trabalhadores maiores de 18 anos.
A Lista TIP será periodicamente examinada e, se necessário, revista em consulta com as organizações de empregadores e
de trabalhadores interessadas.
Compete ao Ministério da Economia organizar os processos de exame e consulta.
Os trabalhos técnico ou administrativo serão permitidos, desde que realizados fora das áreas de risco à saúde e à
segurança.
Atividade: Pesca
Na cata de iscas aquáticas;
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Na cata de mariscos;
Que exijam mergulho, com ou sem equipamento;
Em condições hiperbáricas;
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Atividade: Construção
Construção civil e pesada, incluindo construção, restauração, reforma e demolição;
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Em ruas e outros logradouros públicos (comércio ambulante, guardador de carros, guardas mirins, guias turísticos,
transporte de pessoas ou animais, entre outros);
Em artesanato;
De cuidado e vigilância de crianças, de pessoas idosas ou doentes;
Atividade: Todas
De manutenção, limpeza, lavagem ou lubrificação de veículos, tratores, motores, componentes, máquinas ou
equipamentos, em que se utilizem solventes orgânicos ou inorgânicos, óleo diesel, desengraxantes ácidos ou básicos ou
outros produtos derivados de óleos minerais;
Com utilização de instrumentos ou ferramentas perfurocortantes, sem proteção adequada capaz de controlar o risco;
Em câmaras frigoríficas;
Com levantamento, transporte, carga ou descarga manual de pesos, quando realizados raramente, superiores a 20 quilos,
para o gênero masculino e superiores a 15 quilos para o gênero feminino; e superiores a 11 quilos para o gênero
masculino e superiores a 7 quilos para o gênero feminino, quando realizados frequentemente ao ar livre, sem proteção
adequada contra exposição à radiação solar, chuva, frio;
Em alturas superiores a 2,0 (dois) metros;
Com exposição a ruído contínuo ou intermitente acima do nível previsto na legislação pertinente em vigor, ou a ruído de
impacto;
Com exposição ou manuseio de arsênico e seus compostos, asbestos, benzeno, carvão mineral, fósforo e seus compostos,
hidrocarbonetos, outros compostos de carbono, metais pesados (cádmio, chumbo, cromo e mercúrio) e seus compostos,
silicatos, ácido oxálico, nítrico, sulfúrico, bromídrico, fosfórico, pícrico, álcalis cáusticos ou substâncias nocivas à saúde
conforme classificação da Organização Mundial da Saúde (OMS);
Em espaços confinados;
De afiação de ferramentas e instrumentos metálicos em afiadora, rebolo ou esmeril, sem proteção coletiva contra
partículas volantes;
De direção, operação, de veículos, máquinas ou equipamentos, quando motorizados e em movimento (máquinas de
laminação, forja e de corte de metais, máquinas de padaria, como misturadores e cilindros de massa, máquinas de fatiar,
máquinas em trabalhos com madeira, serras circulares, serras de fita e guilhotinas, esmeris, moinhos, cortadores e
misturadores, equipamentos em fábricas de papel, guindastes ou outros similares);
Com exposição a radiações ionizante e não ionizantes (micro-ondas, ultravioleta ou laser);
De manutenção e reparo de máquinas e equipamentos elétricos, quando energizados.
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c) de produção, composição, entrega ou venda de escritos, impressos, cartazes, desenhos, gravuras, pinturas, emblemas,
imagens e quaisquer outros objetos que possam, a juízo da autoridade competente, prejudicar sua formação moral;
d) consistente na venda, a varejo, de bebidas alcoólicas;
e) aqueles prestados de qualquer modo em prostíbulos, boates, bares, cabarés, danceterias, casas de massagem, saunas,
motéis, salas ou lugares de espetáculos obscenos, salas de jogos de azar e estabelecimentos análogos;
f) de produção, composição, distribuição, impressão ou comércio de objetos sexuais, livros, revistas, fitas de vídeo ou
cinema e cds pornográficos, de escritos, cartazes, desenhos, gravuras, pinturas, emblemas, imagens e quaisquer outros
objetos pornográficos que possam prejudicar a formação moral;
g) com exposição a abusos físicos, psicológicos ou sexuais.
5.8.1. COMPENSAÇÃO
A duração normal do trabalho do menor pode ser elevada em duas horas, no máximo, independentemente de acréscimo
salarial, desde que o excesso de horas em um dia seja compensado com a diminuição ou supressão do trabalho em outro
dia da semana e que não seja ultrapassado o limite de 44 horas semanais ou outro inferior legalmente fixado.
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5.8.2. PRORROGAÇÃO
Somente em casos excepcionais, por motivo de força maior e desde que o trabalho do menor seja imprescindível ao
funcionamento do estabelecimento, pode a duração do trabalho do menor elevar-se além do limite legal ou
convencionado, até o máximo de 12 horas. O salário-hora, nessa hipótese, deve ser, pelo menos, 50% superior ao da hora
normal.
5.8.3. INTERVALO
Quando havia prorrogação do horário normal de trabalho do menor, era obrigatória a concessão de um intervalo de 15
minutos, no mínimo, antes do início do período extraordinário de trabalho, porém essa previsão foi revogada pela Lei
13.467/2017.
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5.10. SALÁRIO
A remuneração mínima devida ao empregado menor de 18 anos não pode ser inferior ao valor do salário-mínimo ou ao
piso salarial.
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5.14. PRESCRIÇÃO
Contra os trabalhadores menores de 18 anos não corre qualquer prazo de prescrição.
5.15. PENALIDADES
As empresas que não cumprirem com as disposições concernentes à proteção do trabalho do menor ficam sujeitos à
multa de valor igual a R$ 402,53, aplicada tantas vezes quantos forem os menores empregados em desacordo com a
legislação vigente.
A soma das multas não poderá, todavia, exceder a R$ 2.012,66 exceto no caso de reincidência, circunstância em que
aquele total poderá ser elevado ao dobro.
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6. APRENDIZ
6.1. INTRODUÇÃO
A legislação obriga as empresas a contratar aprendizes, a partir de 14 anos de idade, em número proporcional aos
empregados maiores que exerçam funções que exijam formação profissional.
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II – as entidades sem fins lucrativos que tenham por objetivo a educação profissional, nos termos do disposto
no § 1º-A do art. 429 da Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1943.
Na hipótese de empresas que prestem serviços especializados para terceiros, independentemente do local onde sejam
executados, os empregados serão incluídos exclusivamente na base de cálculo da prestadora.
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Caso o aprendiz seja portador de deficiência, não haverá limite máximo de idade (24 anos) para a contratação, bem como
o contrato de aprendizagem não terá limite máximo de prorrogação.
6.7. VALIDADE
São condições de validade do contrato de aprendizagem:
I - a anotação na Carteira de Trabalho e Previdência Social;
II - a matrícula e a frequência do aprendiz à escola, na hipótese de este não ter concluído o ensino médio; e
II - a inscrição em programa de aprendizagem profissional desenvolvido sob a orientação de entidade qualificada em
formação técnico-profissional metódica.
A comprovação da escolaridade de aprendiz com deficiência psicossocial considerará, sobretudo, as habilidades e as
competências relacionadas com a profissionalização
O descumprimento das disposições legais e regulamentares importará a nulidade do contrato de aprendizagem, nos
termos do disposto no art. 9º da CLT, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1943, situação em que fica estabelecido o
vínculo empregatício diretamente com o empregador responsável pelo cumprimento da cota de aprendizagem.
Na hipótese de os serviços nacionais de aprendizagem não oferecerem cursos ou vagas suficientes para atender à
demanda dos estabelecimentos, esta poderá ser suprida por outras entidades qualificadas em formação técnico-
profissional metódica.
A insuficiência de cursos ou vagas será aferida na forma estabelecida em ato do Ministro de Estado do Trabalho e
Previdência.
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Na hipótese de contratação de aprendiz diretamente pelo estabelecimento que se obrigue ao cumprimento da cota de
aprendizagem, este assumirá a condição de empregador, devendo inscrever o aprendiz em programa de aprendizagem a
ser ministrado pelas entidades qualificadas em formação técnico-profissional metódica.
II - de forma indireta:
a) pelas entidades a que se referem os incisos III e IV do caput do art. 50, da Portaria 671/21;
b) por entidades sem fins lucrativos não abrangidas pelo disposto na alínea “a”, entre outras, de:
1. assistência social;
2. cultura;
3. educação;
4. saúde;
5. segurança alimentar e nutricional;
6. proteção do meio ambiente e promoção do desenvolvimento sustentável;
7. ciência e tecnologia;
8. promoção da ética, da cidadania, da democracia e dos direitos humanos;
9. desporto; ou
10. atividades religiosas; ou
c) por microempresas ou empresas de pequeno porte.
Na contratação direta, o estabelecimento assumirá a condição de empregador e deverá inscrever o aprendiz em programa
de aprendizagem profissional a ser ministrado pelas entidades habilitadas conforme a lei.
Para fins do cumprimento da obrigação da cota, a contratação de aprendiz de forma indireta somente será formalizada
após ser firmado contrato entre o estabelecimento cumpridor da cota de aprendizagem profissional e essas entidades ou
empresas. Desta forma, na contratação indireta as entidades ou empresas assumirão a condição de empregador, com
todos os ônus dela decorrentes, e assinarão a Carteira de Trabalho e Previdência Social do aprendiz, na qual anotarão, no
espaço destinado às anotações gerais, a informação de que o contrato de trabalho específico decorrerá de contrato
firmado com determinado estabelecimento para fins do cumprimento de sua cota de aprendizagem profissional.
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Ao aprendiz não é permitido o aos domingos e feriados, ainda que previsto em contrato ou no programa de
aprendizagem, em conformidade com a proibição disposta no Art. 432 da CLT.
6.13. REMUNERAÇÃO
Ao aprendiz, salvo condição mais favorável, é garantido o direito ao salário-mínimo hora, considerado para tal fim:
a) o valor do salário-mínimo nacional;
b) o valor do salário-mínimo regional fixado em lei;
c) o piso da categoria previsto em instrumento normativo, quando houver previsão de aplicabilidade ao aprendiz;
d) o valor pago por liberalidade do empregador, superior aos valores previstos nas letras “a” a “c”.
Entende-se por condição mais favorável aquela fixada no contrato de aprendizagem ou prevista em convenção ou acordo
coletivo de trabalho, onde se especifique o salário mais vantajoso ao aprendiz, bem como o piso regional.
Além das horas destinadas às atividades práticas, deverão ser computadas no salário também as horas destinadas às aulas
teóricas, o descanso semanal remunerado e os feriados civis ou religiosos.
- Cálculo
Para apuração do salário mensal do aprendiz deve ser observada a seguinte fórmula:
Salário Mensal = Salário-hora x horas trabalhadas semanais x semanas do mês x 7
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Vale ressaltar que o número de semanas varia de acordo com o número de dias do mês. A saber:
Exemplo: Digamos que o aprendiz foi contratado para trabalhar 36 horas semanais e que seu salário-hora é de R$ 4,90.
Com base nos dados mencionados, como será calculado o seu salário do mês de janeiro de 2020:
6.13.1. Desconto
É vedado efetuar qualquer desconto no salário do aprendiz, salvo quando este resultar de adiantamentos, de dispositivos
de lei ou de convenção ou acordo coletivo que lhes seja aplicável.
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A contratação de aprendizes menores de dezoito anos de idade é vedada nas hipóteses de:
I- a execução de atividades práticas da aprendizagem profissional ocorrer no interior do estabelecimento e sujeitar os
aprendizes à insalubridade ou à periculosidade;
II - a lei exigir licença ou autorização para o desempenho das atividades práticas, vedado para pessoa com idade inferior a
dezoito anos;
III - a natureza da atividade prática for incompatível com o desenvolvimento físico, psicológico e moral dos aprendizes;
IV - o exercício de atividades práticas ocorrer no período noturno; e
V - a realização das atividades práticas forem realizadas em horários e locais que não permitam a frequência à educação
básica.
Excepcionalmente para as atividades relacionadas ao disposto no inciso I, o programa de aprendizagem profissional
poderá ser realizado por menores de dezoito anos de idade, desde que:
I - os riscos de periculosidade e insalubridade sejam eliminados nos termos do disposto no Decreto nº 6.481, de 12 de
junho de 2008; ou
II - as atividades sejam desenvolvidas integralmente em ambiente simulado e que fiquem garantidas plenamente a saúde,
a segurança e a moral dos aprendizes.
6.15. FÉRIAS
O aprendiz possui o mesmo direito a férias que os demais empregados da empresa, inclusive podendo as mesmas serem
fracionadas.
Todavia, as férias do aprendiz com idade inferior a 18 anos devem coincidir, obrigatoriamente, com um dos períodos de
férias escolares, sendo vedado o fracionamento.
Já com relação ao aprendiz com idade igual ou superior a 18 anos, as férias devem coincidir, preferencialmente, com as
férias escolares, sendo vedado ao empregador fixar período diverso daquele definido no programa de aprendizagem.
6.17. VALE-TRANSPORTE
É assegurado o vale-transporte para o deslocamento residência-empresa e vice-versa ou residência-instituição formadora
e vice-versa.
Caso, no mesmo dia, o aprendiz tenha que se deslocar para empresa e para instituição formadora, devem ser fornecidos
vales-transporte suficientes para todo o percurso.
6.18.1. FGTS
A alíquota do FGTS é de 2% sobre a remuneração paga ou devida, no mês anterior, ao aprendiz, devendo ser recolhida
pela GRF – Guia de Recolhimento do FGTS, gerada pelo Sefip – Sistema Empresa de Recolhimento do FGTS e Informações
da Previdência Social, sendo informado o código 07, que corresponde à categoria de aprendiz.
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O arquivo Sefip deve ser transmitido pela internet, utilizando o canal de relacionamento eletrônico denominado
Conectividade Social, com as informações dos demais trabalhadores, obedecendo ao mesmo prazo previsto em lei.
6.21. RAIS
Na Rais – Relação Anual de Informações Sociais de cada estabelecimento devem ser relacionados todos os vínculos
empregatícios havidos ou em curso no ano-base abrangendo, dentre outros, o aprendiz (maior de 14 anos e menor de 24
anos), contratado na forma do artigo 428 da CLT.
6.22. CAGED
Como empregado contratado sob o regime da CLT, qualquer movimentação referente ao aprendiz deve ser informada por
meio do Caged – Cadastro Geral de Empregados e Desempregados. Contudo, a partir de janeiro/2020 a informação será
prestada por meio do eSocial no evento S-2200/S-2190.
6.23. ESTABILIDADE
O Auditor-Fiscal do Trabalho deve observar as disposições referentes à garantia provisória de emprego gravídica e
acidentária aos aprendizes, ainda que implique prorrogação do contrato de aprendizagem e que tal medida resulte em
contrato superior a dois anos ou mesmo que o aprendiz ultrapasse vinte e quatro anos de idade.
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III - ausência injustificada à escola que implique perda do ano letivo, caracterizada por meio de declaração da instituição
de ensino;
IV - a pedido do aprendiz; e
V - quando o estabelecimento cumpridor de cota de aprendizagem profissional contratar o aprendiz por meio de contrato
por tempo indeterminado.
Descaracterizada a aprendizagem, caberá a lavratura dos autos de infração pertinentes, e o contrato de trabalho passará a
ser considerado por prazo indeterminado, com as consequências jurídicas e financeiras decorrentes.
Quando a contratação do aprendiz ocorrer por intermédio de entidade sem fins lucrativos ou entidades de práticas
desportivas, o ônus da descaracterização caberá ao estabelecimento responsável pelo cumprimento da cota de
aprendizagem, com o qual o vínculo empregatício será estabelecido diretamente.
A nulidade do contrato de aprendizagem firmado com menor de dezesseis anos implica a imediata rescisão contratual,
sem prejuízo das sanções pertinentes e do pagamento das verbas rescisórias devidas.
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6.24.4. Homologação
Desde que os contratos tenham duração superior a 1 ano a rescisão do contrato de trabalho do aprendiz deve ser
homologada na empresa. Caso seja menor de 18 anos, a quitação das verbas rescisórias pelo aprendiz deverá ser assistida
pelo seu representante legal.
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O aprendiz contratado por prazo indeterminado pela empresa ao término do seu contrato de aprendizagem profissional
continuará a ser contabilizado para fins de cumprimento da cota de aprendizagem profissional enquanto estiver
contratado, observando os prazos abaixo:
I - o período máximo a ser considerado será de doze meses;
II - o aprendiz poderá ser contratado em qualquer estabelecimento da empresa, hipótese em que a cota será contabilizada
no estabelecimento cumpridor da cota de aprendizagem profissional.
6.28. SEGURO-DESEMPREGO
O seguro-desemprego é devido a todo empregado dispensado sem justa causa.
Assim, considerando que ao aprendiz são assegurados os direitos trabalhistas e previdenciários, entendemos que na
hipótese do contrato ser rescindido antecipadamente em razão da cessação da atividade empresarial, falecimento do
empregador constituído em empresa individual e falência da empresa, o aprendiz fará jus ao seguro-desemprego, desde
que sejam preenchidos os requisitos legais para direito ao benefício.
6.29. CERTIFICADO
Aos aprendizes que concluírem os programas de aprendizagem com aproveitamento será concedido pela entidade
qualificada em formação técnico-profissional metódica o certificado de qualificação profissional.
O certificado de qualificação profissional deverá enunciar o título e o perfil profissional para a ocupação em que o
aprendiz tenha sido qualificado.
6.30. PENALIDADES
O descumprimento das disposições legais e regulamentares relativas à aprendizagem, bem como a ausência de correlação
entre as atividades práticas executadas pelo aprendiz e as previstas no programa de aprendizagem, acarretará, além da
lavratura dos autos de infração pertinentes, a nulidade do contrato de aprendizagem, que passará a ser considerado um
contrato de trabalho por prazo indeterminado, com as consequências jurídicas e financeiras decorrentes desse fato, a
incidir sobre todo o período contratual. As empresas que não cumprirem com as disposições concernentes à proteção do
trabalho do menor ficam sujeitos à multa de valor igual a R$ 402,53, aplicada tantas vezes quantos forem os menores
empregados em desacordo com a legislação vigente.
A soma das multas não poderá, todavia, exceder a R$ 2.012,66 exceto no caso de reincidência, circunstância em que
aquele total poderá ser elevado ao dobro.
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7.1. INTRODUÇÃO
A Constituição Federal proíbe qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do trabalhador com
deficiência.
Como é difícil o acesso das pessoas portadoras de deficiência ao mercado de trabalho, a Lei 8.213/91 garante a reserva de
vagas junto às empresas, para o beneficiário reabilitado ou pessoa portadora de deficiência, habilitada.
Para efeito de aferição dos referidos percentuais será considerado o número de empregados da totalidade dos
estabelecimentos da empresa.
As frações de unidade no cálculo darão lugar à contratação de mais um trabalhador.
A proporção de vagas exclui o segurado acidentado, tendo em vista que o mesmo tem garantida, pelo prazo mínimo de 12
meses, a manutenção do seu contrato de trabalho na empresa.
7.3. DEFICIÊNCIA
Deficiência é toda perda ou anormalidade de uma estrutura ou função psicológica, fisiológica ou anatômica que gere
incapacidade para o desempenho de atividade, dentro do padrão considerado normal para o ser humano.
A pessoa portadora de deficiência enquadra-se nas seguintes categorias:
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a) deficiência física – alteração completa ou parcial de um ou mais segmentos do corpo humano, acarretando o
comprometimento da função física, apresentando-se sob a forma de paraplegia, paraparesia, monoplegia, monoparesia,
tetraplegia, tetraparesia, triplegia, triparesia, hemiplegia, hemiparesia, ostomia, amputação ou ausência de membro,
paralisia cerebral, nanismo, membros com deformidade congênita ou adquirida, exceto as deformidades estéticas e as
que não produzam dificuldades para o desempenho de funções;
b) deficiência auditiva – perda bilateral, parcial ou total, de quarenta e um decibéis (dB) ou mais, aferida por audiograma
nas frequências de 500HZ, 1.000HZ, 2.000Hz e 3.000Hz;
c) deficiência visual – cegueira, na qual a acuidade visual é igual ou menor que 0,05 no melhor olho, com a melhor
correção óptica; a baixa visão, que significa acuidade visual entre 0,3 e 0,05 no melhor olho, com a melhor correção
óptica; os casos nos quais a somatória da medida do campo visual em ambos os olhos for igual ou menor que 60º; ou a
ocorrência simultânea de quaisquer das condições anteriores;
d) deficiência mental – funcionamento intelectual significativamente inferior à média, com manifestação antes dos
dezoito anos e limitações associadas a duas ou mais áreas de habilidades adaptativas, tais como: comunicação; cuidado
pessoal; habilidades sociais; utilização dos recursos da comunidade; saúde e segurança; habilidades acadêmicas; lazer; e
trabalho;
e) deficiência múltipla – associação de duas ou mais deficiências.
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7.8. PENALIDADES
A empresa que descumprir com a obrigação de preencher de 2% a 5% dos seus cargos com beneficiários reabilitados ou
pessoas portadoras de deficiência, habilitadas, ficará sujeita a multa administrativa variável.
Desde 1-1-2020, o parâmetro para gradação da multa, corresponde ao mínimo de R$ 2.519,31 e ao máximo de R$
251.929,36, pelo descumprimento das empresas no preenchimento de cargos com pessoas portadoras de deficiência ou
beneficiários reabilitados. A multa será calculada na seguinte proporção:
a) para empresas com 100 a 200 empregados, multiplica-se o número de trabalhadores portadores de deficiência ou
beneficiários reabilitados que deixaram de ser contratados pelo valor mínimo legal, acrescido de 0 a 20%;
b) para empresas com 201 a 500 empregados, multiplica-se o número de trabalhadores portadores de deficiência ou
beneficiários reabilitados que deixaram de ser contratados pelo valor mínimo legal, acrescido de 20 a 30%;
c) para empresas com 501 a 1.000 empregados, multiplica-se o número de trabalhadores portadores de deficiência ou
beneficiários reabilitados que deixaram de ser contratados pelo valor mínimo legal, acrescido de 30 a 40%;
d) para empresas com mais de 1.000 empregados, multiplica-se o número de trabalhadores portadores de deficiência ou
beneficiários reabilitados que deixaram de ser contratados pelo valor mínimo legal, acrescido de 40 a 50%.
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8. ESTAGIÁRIO
8.1. INTRODUÇÃO
A legislação do estagiário visa principalmente à formação do estudante, propiciando a complementação do ensino e da
aprendizagem, a serem planejados, executados, acompanhados e avaliados em conformidade com os currículos,
programas e calendários escolares, possibilitando que o mercado de trabalho venha a ter uma mão de obra qualificada.
8.2. ESTÁGIO
O estágio é definido como um ato educativo supervisionado, em ambiente de trabalho, com o objetivo de preparar para a
profissão pessoas que estejam frequentando o ensino regular.
O estágio faz parte do projeto pedagógico do curso, além de integrar o itinerário formativo do educando, visa ao
aprendizado de competências próprias da atividade profissional e à contextualização curricular, objetivando o
desenvolvimento do educando para a vida cidadã e para o trabalho.
8.3.2. MODALIDADES
De acordo com a legislação, o estágio poderá ser obrigatório ou não obrigatório, conforme determinação das diretrizes
curriculares da etapa, modalidade e área de ensino e do projeto pedagógico do curso.
• Estágio obrigatório é aquele definido como tal no projeto do curso, cuja carga horária é requisito para aprovação e
obtenção de diploma.
• Estágio não obrigatório é aquele desenvolvido como atividade opcional, acrescida à carga horária regular e obrigatória.
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O professor orientador deve ser da área a ser desenvolvida no estágio, e será o responsável pelo acompanhamento e
avaliação das atividades do estagiário.
Além da instituição de ensino, os estabelecimentos que ofertarem vagas deverão disponibilizar um empregado para
acompanhar o estagiário, com formação ou experiência profissional na área de conhecimento desenvolvida no curso do
estagiário, para orientá-lo e supervisioná-lo, certificando-se de que a contratação ocorra de forma adequada.
O supervisor da parte concedente somente pode orientar e supervisionar até 10 estagiários simultaneamente.
8.3.4. CONVÊNIO
É facultado às instituições de ensino celebrar com entes públicos e privados convênio de concessão de estágio, nos quais
se explicitem o processo educativo compreendido nas atividades programadas para seus educandos e as suas condições.
A celebração de convênio de concessão de estágio entre a instituição de ensino e a parte concedente não dispensa a
celebração do Termo de Compromisso de Estágio.
8.3.5. DURAÇÃO
A duração do estágio, na mesma parte concedente, não poderá exceder 2 anos, exceto quando se tratar de estagiário
portador de deficiência.
8.4.2. GESTANTE
Não há nenhum empecilho da estudante gestante estagiar. Como todo programa de estágio, a estagiária gestante
também se sujeita às regras da Lei 11.788/2008.
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8.5.1. OBRIGAÇÕES
As pessoas físicas e jurídicas que oferecerem estágio devem observar as seguintes obrigações:
– celebrar termo de compromisso com a instituição de ensino e o educando, zelando por seu cumprimento;
– ofertar instalações que tenham condições de proporcionar ao educando atividades de aprendizagem social, profissional
e cultural;
– indicar funcionário de seu quadro de pessoal, com formação ou experiência profissional na área de conhecimento
desenvolvida no curso do estagiário, para orientar e supervisionar até 10 estagiários simultaneamente;
– contratar em favor do estagiário seguro contra acidentes pessoais, cuja apólice seja compatível com valores de mercado,
conforme fique estabelecido no termo de compromisso;
– por ocasião do desligamento do estagiário, entregar termo de realização do estágio com indicação resumida das
atividades desenvolvidas, dos períodos e da avaliação de desempenho;
– manter à disposição da fiscalização documentos que comprovem a relação de estágio;
– enviar à instituição de ensino, com periodicidade mínima de 6 meses, relatório de atividades, com vista obrigatória ao
estagiário.
No caso de estágio obrigatório, a responsabilidade pela contratação do seguro contra acidentes pessoais poderá,
alternativamente, ser assumida pela instituição de ensino.
8.6.1. OBRIGAÇÕES
São obrigações das instituições de ensino, em relação aos estágios de seus educandos:
I – celebrar termo de compromisso com o educando ou com seu representante ou assistente legal, quando ele for
absoluta ou relativamente incapaz, e com a parte concedente, indicando as condições de adequação do estágio à
proposta pedagógica do curso, à etapa e modalidade da formação escolar do estudante e ao horário e calendário escolar;
II – avaliar as instalações da parte concedente do estágio e sua adequação à formação cultural e profissional do
educando;
III – indicar professor orientador, da área a ser desenvolvida no estágio, como responsável pelo acompanhamento e
avaliação das atividades do estagiário;
IV – exigir do educando a apresentação periódica, em prazo não superior a 6 (seis) meses, de relatório das atividades;
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V – zelar pelo cumprimento do termo de compromisso, reorientando o estagiário para outro local em caso de
descumprimento de suas normas;
VI – elaborar normas complementares e instrumentos de avaliação dos estágios de seus educandos;
VII – comunicar à parte concedente do estágio, no início do período letivo, as datas de realização de avaliações escolares
ou acadêmicas.
O plano de atividades do estagiário, elaborado em acordo entre o educando, a parte concedente do estágio e a instituição
de ensino, será incorporado ao Termo de Compromisso por meio de aditivos à medida que for avaliado,
progressivamente, o desempenho do estudante.
8.7.1.1. Penalidade
Os agentes de integração serão responsabilizados civilmente se indicarem estagiários para a realização de atividades não
compatíveis com a programação curricular estabelecida para cada curso, e se indicarem estagiários matriculados em
cursos ou instituições para as quais não há previsão de estágio curricular.
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Quando o cálculo do percentual resultar em fração, poderá ser arredondado para o número inteiro imediatamente
superior.
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Nesse caso, a instituição de ensino deverá comunicar à parte concedente do estágio, no início do período letivo, as datas
de realização de avaliações escolares ou acadêmicas.
8.11.3. IR/FONTE
As quantias pagas a estagiários, a qualquer título, estão sujeitas ao desconto do Imposto de Renda na Fonte, de acordo
com a Tabela Progressiva.
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8.12. RECESSO
É assegurado ao estagiário, sempre que o estágio tenha duração igual ou superior a 1 ano, período de recesso de 30 dias,
ou seja, o afastamento temporário das atividades práticas do estágio, a ser gozado preferencialmente durante suas férias
escolares.
Os dias de recesso serão concedidos de maneira proporcional, nos casos de o estágio ter duração inferior a 1 ano.
8.12.2. INDENIZAÇÃO
Como a legislação determina que é assegurado ao estagiário o período de recesso, integral ou proporcional, e este deve
ser gozado antes do término do período de estágio, entendemos que não há que se falar em indenização quando este não
for concedido no decorrer do estágio.
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Contudo, alguns agentes de integração entendem que este recesso poderá ser indenizado, por ocasião do término do
período do estágio.
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8.16.1. REQUISITOS
Na elaboração do Termo de Compromisso de estágio devem ser observados alguns requisitos, dentre os quais podemos
citar:
a) compatibilidade entre as atividades desenvolvidas no estágio e aquelas previstas no Termo de Compromisso;
b) indicação das condições de adequação do estágio à proposta pedagógica do curso, à etapa e modalidade da formação
escolar do estudante e ao horário e calendário escolar.
Recomenda-se constar no Termo de Compromisso todas as cláusulas que nortearão o contrato de estágio, tais como:
a) dados de identificação das partes, inclusive cargo e função do supervisor do estágio da parte concedente e do
orientador da instituição de ensino;
b) as responsabilidades de cada uma das partes;
c) objetivo do estágio;
d) definição da área do estágio;
e) plano de atividades com vigência;
f) jornada de atividades do estagiário;
g) horário da realização das atividades de estágio;
h) definição do intervalo na jornada diária, se for o caso;
i) vigência do Termo de Compromisso de Estágio;
j) motivos de rescisão;
l) concessão do recesso dentro do período de vigência do Termo de Compromisso de Estágio;
m) valor da bolsa, auxílio-transporte e a concessão de benefícios, quando for o caso;
p) número da apólice e a companhia de seguros.
8.16.3. MODELOS
A título de ilustração, reproduzimos a seguir um modelo de Termo de Compromisso de Estágio, bem como o Plano de
Atividades, que poderão ser utilizados, adaptando-os a cada caso:
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1. INSTITUIÇÃO DE ENSINO
Identificação:
CNPJ:
Endereço:
Bairro: Cidade: CEP: UF:
Representada por: Cargo:
Orientador do Estágio: Cargo:
Fone/Celular: E-mail:
2. CONCEDENTE
Identificação:
CNPJ/CPF: Registro Profissional:
Endereço:
Bairro: Cidade: CEP: UF:
Representada por: Cargo:
Supervisor do Estágio: Cargo:
Fone/celular: E-mail:
3. ESTAGIÁRIO (A)
Nome: Data de nascimento:
Matrícula: Curso:
Endereço:
Bairro: Cidade: CEP: UF:
Fone/celular: E-mail:
Firmam o presente Termo de Compromisso para a realização de estágio curricular, de conformidade com o disposto na Lei
11.788, de 25-9-2008, publicada no Diário Oficial da União de 26-9-2008, mediante as seguintes cláusulas e condições:
CLÁUSULA PRIMEIRA – O estágio curricular, obrigatório ou não, é ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no
ambiente de trabalho e visa ao aprendizado de competências próprias da atividade profissional e à contextualização
curricular, objetivando o desenvolvimento do educando para a vida cidadã e para o trabalho.
CLÁUSULA SEGUNDA – O (A) ESTAGIÁRIO (A) desenvolverá atividades dentro de sua área de formação, respeitados a
etapa, modalidade de formação do aluno e o horário do calendário escolar.
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§ 1º – Em se tratando de estagiário menor de 18 (dezoito) anos, as atividades não poderão ser insalubres, perigosas ou
penosas.
CLÁUSULA TERCEIRA – Caberá ao Supervisor, com formação na área a ser desenvolvida no estágio, a orientação e
avaliação das atividades do (da) ESTAGIÁRIO (A).
CLÁUSULA QUARTA – O (A) ESTAGIÁRIO (A) deverá apresentar relatórios de atividades, de acordo com as normas
definidas pela INSTITUIÇÃO DE ENSINO, em prazo não superior a 6 meses.
CLÁUSULA QUINTA – O Supervisor deverá enviar ao Orientador de Estágio, relatório de atividades, com periodicidade
mínima de 6 meses, com vista obrigatória ao (à) ESTAGIÁRIO (A).
CLÁUSULA SEXTA – Nos termos do artigo 3º da Lei, o (a) ESTAGIÁRIO (A) não terá, para quaisquer efeitos, vínculo
empregatício com a CONCEDENTE, ficando, protegido contra acidentes pessoais, coberto pela APÓLICE
Nº .............................. relativa ao seguro contratado com a Companhia de Seguros.
...................................................................................................................
CLÁUSULA SÉTIMA – É compulsória a concessão, pela CONCEDENTE, de bolsa e auxílio transporte ao aluno na hipótese de
estágio não obrigatório.
CLÁUSULA NONA – É assegurado ao (à) ESTAGIÁRIO (A), nos termos do artigo 13 da Lei, período de recesso, a ser gozado,
preferencialmente, no período de férias escolares.
CLÁUSULA DÉCIMA – Nos períodos de férias escolares, a jornada de estágio será estabelecida de comum acordo entre o
ESTAGIÁRIO (A) e a CONCEDENTE, com o conhecimento da INSTITUIÇÃO DE ENSINO.
CLÁSULA DÉCIMA PRIMEIRA – Nos períodos de avaliação, a carga horária do estágio será reduzida pelo menos à metade,
para garantir o bom desempenho do estudante.
CLÁUSULA DÉCIMA SEGUNDA – O estágio será desenvolvido de acordo com as seguintes condições:
§ 1º – O período de estágio poderá ser prorrogado mediante prévio entendimento entre as partes através da emissão de
Termo Aditivo, respeitada a duração máxima de 2 anos.
§ 2º – Tanto a INSTITUIÇÃO DE ENSINO/CONCEDENTE como o (a) ESTAGIÁRIO (A) poderá, a qualquer momento, dar por
encerrado o estágio, mediante comunicação escrita.
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CLÁUSULA DÉCIMA TERCEIRA – Constituem motivos para a cessação automática da vigência do presente Termo de
Compromisso com o (A) ESTAGIÁRIO (A):
I – a conclusão ou abandono do curso e o trancamento de matrícula;
II – o não cumprimento do convencionado neste Termo de Compromisso com o (a) ESTAGIÁRIO (A);
III – a denúncia do convênio pela EMPRESA CONCEDENTE.
CLÁSULA DÉCIMA QUARTA – O (A) ESTAGIÁRIO(A) declara concordar com as normas mencionadas anteriormente,
propondo-se a atuar com empenho, interesse e ética no desenvolvimento das atividades e submeter-se às avaliações
relativas ao seu desempenho.
CLÁUSULA DÉCIMA QUINTA – Por ocasião do desligamento do (da) ESTAGIÁRIO (A), o Supervisor deverá entregar o Termo
de Realização de Estágio, com o resumo das atividades desenvolvidas, o período do estágio e a avaliação de desempenho
do aluno.
CLÁUSULA DÉCIMA SEXTA – A não observância do estabelecido neste Termo de Compromisso implicará configuração de
vínculo empregatício com a parte CONCEDENTE do estágio para todos os fins da legislação trabalhista e previdenciária.
CLÁUSULA DÉCIMA SÉTIMA – FORO – Fica eleito o Foro da Cidade de (o)................................. para nele dirimir qualquer
questão oriunda deste Termo.
E, por estarem assim, plenamente de acordo, as partes assinam o presente Termo de Compromisso em quatro vias de
igual teor e forma.
......................., ..........de ................de ...............
______________________________________________
REPRESENTANTE DA EMPRESA CONCEDENTE
______________________________________________
ESTAGIÁRIO
______________________________________________
RESPONSÁVEL DO ESTAGIÁRIO
(Obrigatório para menor de 18 anos)
______________________________________________
DIRETOR DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO
DADOS DO ESTÁGIO
( ) Estágio Obrigatório ( ) Estágio Não Obrigatório
Departamento/Setor:
Período de realização:
Horário:
Carga horária total: Jornada de Atividade: Intervalo:
Auxílio-Transporte: ( ) Sim ( ) Não
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PLANO DE ATIVIDADES %
8.19. FISCALIZAÇÃO
A manutenção de estagiários em desacordo com a Lei 11.788/2008 caracteriza vínculo empregatício do educando com a
parte concedente do estágio para todos os fins da legislação trabalhista e previdenciária.
8.19.1. PENALIDADE
A instituição privada ou pública que reincidir na irregularidade citada anteriormente, ficará impedida de receber
estagiários por 2 anos, contados da data da decisão definitiva do processo administrativo correspondente.
Essa penalidade limita-se à filial ou agência em que for cometida a irregularidade
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9. TRABALHO DA MULHER
9.1. INTRODUÇÃO
A Constituição Federal/88, em seu artigo 5º, preceitua que todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer
natureza, estabelecendo, inclusive, a igualdade em direitos e obrigações entre homens e mulheres.
Já o artigo 7º da Carta Magna inclui, entre os direitos dos trabalhadores, a proibição de diferenças de salários, de exercício
de funções e de critério de admissão por motivo de sexo, idade, cor e estado civil.
A CLT – Consolidação das Leis do Trabalho estabelece que as disposições que regulam o trabalho masculino são aplicáveis
ao trabalho feminino, naquilo em que não colidirem com a proteção especial instituída em seu Capítulo III, que trata “Da
Proteção do Trabalho da Mulher”, constante no Título III, que disciplina as “Normas Especiais de Tutela do Trabalho”.
Considerando os princípios constitucionais, todas as disposições do trabalho masculino serão aplicáveis ao trabalho
feminino sem restrições, uma vez que qualquer distinção será tida como inconstitucional.
Logo, não há diferença entre o trabalho masculino e o trabalho feminino referente as normas de duração do trabalho,
prorrogação da jornada, trabalho noturno, trabalho em ambiente insalubre e perigoso, períodos de descanso e intervalo
durante a jornada.
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9.5. LICENÇA-MATERNIDADE
A empregada gestante tem direito à licença-maternidade de 120 dias, sem prejuízo do emprego e do salário.
Para tanto, cabe à empregada, mediante atestado médico, notificar o seu empregador da data do início do afastamento
do emprego, que poderá ocorrer entre o 28º dia antes do parto e a ocorrência deste.
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9.5.1. PRORROGAÇÃO
Em casos excepcionais, o período de repouso antes e depois do parto pode ser aumentado de mais duas semanas (14
dias) cada um, mediante atestado médico específico.
A prorrogação dos períodos de repouso anteriores e posteriores ao parto consiste em excepcionalidade, compreendendo
as situações em que exista algum risco para a vida do feto, da criança ou da mãe, devendo o atestado médico ser
apreciado pela perícia médica do INSS, exceto nos casos de segurada empregada, por ser o benefício pago diretamente
pela empresa.
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A Constituição Federal proíbe a dispensa arbitrária ou sem justa causa da empregada gestante, desde a confirmação da
gravidez até 5 meses após o parto.
Assim, neste período, a empregada tem garantia de emprego.
Contudo, pode ocorrer de determinada entidade sindical representativa da categoria profissional assegurar, em
instrumento coletivo, estabilidade provisória por período superior àquele estabelecido pela Constituição.
A Súmula 244 do TST – Tribunal Superior do Trabalho firmou posição no sentido de que o desconhecimento do estado
gravídico pelo empregador não afasta o direito ao pagamento da indenização decorrente da estabilidade.
A mesma Súmula 244 TST estabeleceu que a garantia de emprego à gestante só autoriza a reintegração se esta se der
durante o período de estabilidade. Do contrário, a garantia restringe-se aos salários e demais direitos correspondentes ao
período de estabilidade.
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Assim, tanto a licença-maternidade (artigo 392-A da CLT) como o salário-maternidade (artigo 71-A da Lei 8.213/91) devem
ser concedidos por 120 dias, sem qualquer vinculação à idade da criança ou do adolescente adotado.
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A Lei 10.224/2001, que acrescentou artigo ao Código Penal, dispôs sobre o crime de assédio sexual no trabalho, fixando
pena de detenção de 1 a 2 anos, a quem constranger alguém com o intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual,
prevalecendo-se da sua condição de superior hierárquico ou ascendência inerentes ao exercício do emprego, cargo ou
função.
Se o assédio é praticado pelo empregador ou por outro superior hierárquico, a empregada poderá reivindicar a rescisão
indireta do contrato de trabalho, com base nas alíneas “d” e “e” do artigo 483 da CLT, que tem o seguinte teor:
“d” – não cumprir o empregador as obrigações do contrato;
“e” – praticar o empregador ou seus prepostos, contra ele ou pessoas de sua família, ato lesivo da honra e boa fama.
Se o assédio partir de colega de trabalho, a empregada também poderá pleitear a rescisão indireta do contrato de
trabalho, com base na alínea “d” do artigo 483 da CLT, pois é dever do empregador zelar pela ordem na empresa.
Portanto, a empresa que mantenha mulheres sob contrato de trabalho deve tomar medidas preventivas a fim de coibir o
assédio sexual no local de trabalho.
9.12. PENALIDADES
Por infração de qualquer dispositivo do Capítulo da CLT, relativo à “Proteção ao Trabalho da Mulher”, é imposta ao
empregador a multa de R$ 80,51 a R$ 805,07 aplicada pelas Superintendências Regionais do Trabalho ou por aqueles que
exerçam funções delegadas.
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10. AUTÔNOMO
10.1. INTRODUÇÃO
Visando reduzir custos, as empresas estão constantemente buscando novas formas de executar o trabalho, optando em
contratar trabalhadores autônomos.
Entretanto, essa opção pode não alcançar o objetivo pretendido, pois se o serviço não for executado com autonomia,
ficará caracterizado o vínculo empregatício, gerando, algumas vezes, custos ainda maiores do que aqueles resultantes da
contratação normal de um empregado.
10.2. FORMALIDADES
A contratação do autônomo, cumpridas por este todas as formalidades legais, com ou sem exclusividade, de forma
contínua ou não, afasta a qualidade de empregado.
a) Elaboração de contrato de prestação de serviços;
b) Providenciar a inscrição do contribuinte individual, no caso de o prestador de serviço não ser inscrito na
Previdência Social;
c) Preparar folha de pagamento da remuneração paga ou creditada ao contribuinte individual que lhe preste
serviços, discriminando nome, número de inscrição, serviço prestado e valor do serviço, bem como efetuar os
correspondentes lançamentos em títulos próprios de sua contabilidade;
d) Fornecer a este, comprovante do pagamento de remuneração, consignando a identificação completa da
empresa, inclusive com o seu número no CNPJ – Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica, o número de inscrição do
segurado na Previdência Social, o valor da remuneração paga e o desconto feito a título de contribuição
previdenciária e o compromisso de que a remuneração paga será informada no Sefip – Sistema Empresa de
Recolhimento do FGTS e Informações à Previdência Social e a contribuição correspondente será recolhida. O
comprovante deve ser mantido à disposição da fiscalização durante 5 anos; e
e) Prestar as informações relativas à remuneração paga, utilizando a categoria adequada no Sefip;
10.3.1. AUTONOMIA
O autônomo para se distinguir do empregado não pode estar de qualquer forma subordinado à figura do empregador,
tendo total liberdade para executar o seu trabalho durante o tempo que for necessário a sua conclusão e não tendo
horário fixo de trabalho.
10.3.3. EXEMPLO
Podemos citar, como exemplo, o serviço executado por um profissional autônomo, chamado por uma escola, para realizar
a pintura em suas instalações.
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Nesse caso, após o término do serviço, o autônomo pintor receberá a remuneração acordada entre as partes, não
continuando a trabalhar na escola, salvo na hipótese de contratação para uma futura prestação de serviços de pintura.
10.4.2. Atividades
Motoristas, representantes comerciais, corretores de imóveis, parceiros, e trabalhadores de outras categorias
profissionais reguladas por leis específicas relacionadas a atividades compatíveis com o contrato autônomo, desde que
cumpridos os requisitos, não possuirão a qualidade de empregado.
10.6. JURISPRUDÊNCIA
Sobre o tema, segue algumas jurisprudências:
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11.1. INTRODUÇÃO
Pode ocorrer de, na vigência do contrato de trabalho, a empresa ter a necessidade de transferir o empregado para local
diverso daquele para o qual foi contratado.
A transferência não depende tão-somente da vontade do empregador. Isto porque, qualquer alteração nas condições do
contrato de trabalho somente pode ser realizada por consentimento mútuo e, ainda assim, desde que o empregado não
tenha prejuízos, diretos ou indiretos, sob pena de nulidade da transferência.
Como o empregado é contratado para trabalhar em determinado estabelecimento e em determinada localidade, qualquer
alteração nestas condições será considerada uma alteração contratual, e portanto poderá ser implementada com
autorização do mesmo, salvo se já houver previsão contratual.
11.2. TRANSFERÊNCIA
O artigo 469 da CLT – Consolidação das Leis do Trabalho determina que ao empregador é vedado transferir o empregado,
sem a sua anuência, para localidade diversa da que resultar do contrato, não se considerando transferência a que não
acarretar necessariamente a mudança do seu domicílio.
Assim, a transferência nada mais é do que a movimentação/deslocamento do empregado seja entre estabelecimentos da
mesma empresa, matriz para filial ou vice-versa, ou entre empresas do mesmo grupo, feita para localidade diversa do
local da contratação e da residência ou domicílio do empregado, desde que com o seu consentimento.
11.2.1.2. LOCALIDADE
A expressão “localidade” refere-se, em princípio, ao mesmo município, ou a municípios distintos que, comprovadamente,
pertençam à mesma região metropolitana.
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Quando as empresas estiverem na mesma localidade, a transferência poderá ser feita independentemente de
concordância, pois haveria somente o deslocamento do empregado, não implicando a mudança de residência ou
domicílio.
Da mesma forma, se a movimentação do empregado se der para estabelecimento em outro município, que pertença à
mesma região metropolitana, cuja proximidade não implique mudar sua residência ou domicílio, também, neste caso, não
seria considerada como transferência, mas apenas o deslocamento.
Nestas situações, a movimentação do empregado poderia ser feita sem a sua concordância expressa.
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Nesta situação, não tem de existir autorização do empregado, tampouco há alteração contratual, já que por ocasião da
celebração do contrato de trabalho ficou determinado que o local de trabalho seria em outro Município.
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ordem técnica, econômica ou financeira que justifica a despedida de membro da CIPA, devendo ser pagas ao mesmo as
parcelas normais de uma rescisão sem justa causa.
Mantendo outros estabelecimentos na mesma localidade, a empresa poderá, independentemente de autorização do
empregado, deslocá-lo para outra filial.
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É a chamada ajuda de custo, em que a empresa se obriga a custear em parcela única as despesas de mudança do
empregado e de sua família.
A ajuda de custo paga ao empregado, que não ultrapasse 50% do valor de seu salário, não integra o contrato de trabalho e
nem possui incidências das contribuições do INSS, FGTS e do IR/Fonte.
No caso de transferência provisória, além do adicional de 25%, a empresa deverá pagar também a ajuda de custo para
efetivar a transferência e o retorno do empregado à residência ou domicílio de origem.
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Para efetivar a transferência, a empresa ou o estabelecimento em que o empregado está saindo (empresa cedente)
deverá informar no SEFIP/GFIP a movimentação, com as datas de afastamento e admissão, bem como um dos seguintes
códigos de transferência:
a) N1 – Transferência de empregado para outro estabelecimento da mesma empresa;
b) N2 – Transferência de empregado para outra empresa que tenha assumido os encargos trabalhistas, sem que tenha
havido rescisão de contrato de trabalho.
Já a empresa ou o estabelecimento que está recebendo o empregado transferido (empresa receptora), também deverá
informar no SEFIP/GFIP a movimentação, lançando a data da transferência, bem como o código N3 – Empregado
proveniente de transferência de outro estabelecimento da mesma empresa ou de outra empresa, sem rescisão de
contrato de trabalho.
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Essa comunicação era realizada através do CAGED – Cadastro-Geral de Empregados e Desempregados até a competência
dezembro/2019. A partir da competência Janeiro/2020 essa informação é feita por meio do eSocial.
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12.1. INTRODUÇÃO
O contrato de trabalho pode ser paralisado sem que ocorra sua extinção. As paralisações temporárias são caracterizadas
como período de suspensão ou interrupção do contrato.
Segundo entendimento doutrinário, a distinção entre interrupção e a suspensão ocorre, principalmente, quanto aos seus
efeitos no contrato de trabalho.
12.2.1.1. GREVE
A participação em greve suspende o contrato de trabalho, e as relações obrigacionais, durante o período, devem ser
regidas pelo acordo, convenção, laudo arbitral ou decisão da Justiça do Trabalho.
Isto significa dizer que os dias de ausência do empregado grevista poderão ser considerados ausências justificadas, caso a
paralisação da prestação do serviço seja considerada legítima.
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12.3.1. FÉRIAS
As faltas legais ou justificadas não prejudicam o direito do empregado ao período integral de férias. Portanto, nos casos de
interrupção do contrato de trabalho, o período de férias do empregado não ficará prejudicado.
Já com relação ao período em que o contrato fica suspenso, regra geral, não há perda do período de férias, mas sim
suspensão do cômputo do período aquisitivo.
Com relação ainda à suspensão, a legislação que disciplina as férias estabelece que o empregado perderá as férias e terá o
período aquisitivo alterado, quando ficar afastado nas seguintes situações:
a) em gozo de licença, com percepção de salários, por mais de 30 dias (na verdade este seria um caso de interrupção e não
de suspensão);
b) percebendo da Previdência Social prestações de acidente do trabalho ou de auxílio-doença por mais de 6 meses,
embora descontínuos.
13.5. JURISPRUDÊNCIA
Sobre o tema, segue algumas jurisprudências:
=> APOSENTADORIA POR INVALIDEZ - FALÊNCIA DA EMPRESA - CONTRATO DE TRABALHO SUSPENSO (RO 303-2015-057-
03-00-1)
A aposentadoria por invalidez é causa de suspensão do contrato de trabalho, nos termos do que prevê o artigo 475 da
CLT. A falência da empresa no curso dessa suspensão não autoriza, por si, a rescisão contratual do pacto laboral, salvo se
comprovado o encerramento das atividades empresárias, com a devida baixa do registro na Junta Comercial.
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13.1. INTRODUÇÃO
A legislação trabalhista prevê hipóteses em que a ausência do empregado ao trabalho é considerada justificada,
impossibilitando o empregador de efetuar desconto no salário.
Há situações ainda em que o atraso e a falta não têm previsão legal para abono, mas são justificados, como por exemplo:
doença em pessoas da família, engarrafamentos e enchentes. Nestes casos, embora o empregador não esteja obrigado a
remunerar o atraso ou o dia ausente, deve agir com bom senso, pois os motivos foram relevantes.
13.2. HIPÓTESES
A legislação do trabalho vem instituindo ao longo do tempo inúmeras situações que são consideradas como faltas legais
ao trabalho, implicando para o empregador a obrigatoriedade do pagamento da respectiva remuneração, o que
caracteriza as ausências como interrupção do contrato de trabalho, das quais destacamos:
a) férias anuais;
b) até 3 dias consecutivos, em virtude de casamento. Os professores fazem jus a 9 dias;
c) por 5 dias, em caso de nascimento de filho, no decorrer da primeira semana;
d) por 15 dias além dos 5 dias citados na letra “c”, em caso de nascimento de filho, para empregados de pessoa jurídica
que aderiu ao Programa Empresa Cidadã;
e) por um dia, em caso de doação voluntária de sangue devidamente comprovada;
f) até 2 dias, consecutivos ou não, para o fim de se alistar eleitor, nos termos da lei respectiva;
g) no período do tempo em que tiver de cumprir as exigências do Serviço Militar;
h) durante o período de licenciamento compulsório da empregada, em virtude de maternidade ou aborto, bem como para
adoção ou guarda judicial para fins de adoção de criança;
i) pelo tempo em que permanecer à disposição da Justiça, como parte, testemunha ou em virtude de sorteio para
funcionar como jurado no Tribunal do Júri;
j) até 15 dias, por motivo de doença ou acidente do trabalho, uma vez que a legislação previdenciária determina que o
pagamento dos 15 primeiros dias, nesses casos, é de responsabilidade do empregador;
k) a ausência do empregado, justificada, a critério da administração do estabelecimento, mediante documento por esta
fornecido;
l) a paralisação do serviço nos dias em que, por conveniência do empregador, não tenha havido trabalho;
m) ausências ao trabalho dos representantes dos trabalhadores em atividade, decorrente das atividades do Conselho
Nacional de Previdência Social;
n) ausência ao trabalho dos representantes dos trabalhadores no Conselho Curador do FGTS, decorrentes das atividades
desse órgão;
o) nos dias de greve declarada legal;
p) até 2 dias consecutivos, em casos de falecimento do cônjuge, ascendente, descendente, irmão ou pessoa que,
declarada em sua Carteira de Trabalho e Previdência Social, viva sob sua dependência econômica.
Os professores fazem jus a 9 dias no caso de falecimento de cônjuge, pai, mãe ou filho.
Ascendente é a pessoa de quem a outra procede, em linha reta, estando acima dela no grau de parentesco. São
ascendentes os pais, os avós, os bisavós, os trisavós, etc.
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Como descendente, se entende aquele que veio depois ou que lhe sucede, ou seja, os filhos, netos, bisnetos, trinetos,
tetranetos, até os mais afastados;
q) períodos de descanso semanal e em dias de feriados;
r) licença remunerada concedida pelo empregador;
s) pelo dobro dos dias de prestação de serviço, os eleitores nomeados para compor as Mesas Receptoras ou Juntas
Eleitorais e os requisitados para auxiliar seus trabalhos serão dispensados do serviço, mediante declaração expedida pela
Justiça Eleitoral;
t) nos dias em que estiver comprovadamente realizando provas de exame vestibular para ingresso em estabelecimento de
ensino superior;
u) pelo tempo que se fizer necessário, quando, na qualidade de representante de entidade sindical, estiver participando
de reunião oficial de organismo internacional do qual o Brasil seja membro;
v) até 2 dias para acompanhar consultas médicas e exames complementares durante o período de gravidez de sua esposa
ou companheira;
x) por 1 dia por ano para acompanhar filho de até 6 anos em consulta médica.
z) por até 3 (três) dias, em cada 12 (doze) meses de trabalho, em caso de realização de exames preventivos de câncer
devidamente comprovada.
A Lei 13.301/2016 ampliou a licença-maternidade de 120 dias, para 180 dias no caso das mães de crianças acometidas por
sequelas neurológicas decorrentes de doenças transmitidas pelo Aedes aegypti.
Alertamos que relativamente ao início do afastamento, o procedimento mais adequado é de iniciar a contagem em dia útil
de trabalho, devendo a empresa observar se há alguma previsão sobre o assunto no acordo ou convenção coletiva do
sindicato.
A Lei 13.979/2020, publicada em 07/02/2020, definiu que a ausência ao serviço decorrente do coronavírus é falta
justificada.
13.2.2. LICENÇA-PATERNIDADE
A Constituição Federal, ao instituir o direito da licença-paternidade, não disciplinou a forma de sua concessão, o que gera
polêmica sobre o assunto.
O Ministério da Economia entendeu que a licença-paternidade deve ser considerada como ampliação do dispositivo
previsto na Consolidação das Leis do Trabalho que assegura ao empregado a ausência por 1 dia, em caso de nascimento
de filho, no decorrer da primeira semana.
Diante da falta de regulamentação para o assunto, e do entendimento do Ministério da Economia, o posicionamento mais
coerente que se tem adotado é de se computar a licença-paternidade por 5 dias corridos, iniciando-se sempre em dia útil
no decorrer da semana de nascimento da criança.
Por meio da Lei 13.257/2016, foi prorrogada a licença-paternidade por 15 dias, ampliando sua duração de 5 dias para 20
dias, para o empregado de pessoa jurídica que aderir ao Programa Empresa Cidadã, mediante concessão de incentivo
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fiscal.
Para tanto, o empregado deverá requerer a prorrogação da licença-paternidade no prazo de 2 dias úteis após o parto e
comprovar a participação em programa ou atividade de orientação sobre paternidade responsável.
Durante o período de prorrogação da licença-paternidade, o empregado terá direito à sua remuneração integral.
13.4.1. CONTEÚDO
Para terem plena eficácia, todos os atestados médicos devem conter:
– tempo de dispensa concedido ao segurado por extenso e numericamente;
– diagnóstico codificado, conforme o CID – Código Internacional de Doenças, com a expressa concordância do paciente;
– assinatura do médico ou odontólogo sobre carimbo do qual conste o seu nome completo e o número do registro no
respectivo Conselho Profissional.
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primeiros 15 dias de faltas, sendo estes, portanto, válidos, não havendo necessidade dos empregados serem submetidos
ao exame médico na empresa.
- Nº 52 Recebimento do PIS
Garante-se ao empregado o recebimento do salário do dia em que tiver de se afastar para recebimento do PIS.
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