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PJI I

5.ª Sessão – Princípios Gerais Processo Civil


Casos Práticos

Numa ação declarativa, tendo já sido realizada a audiência prévia e estando o processo
a aguardar o julgamento que está agendado para 18.12.2023, o R. vem, no dia
09.11.2023 requerer a junção aos autos de um conjunto de documentos - ao abrigo do
disposto no art.º 423.º, n.º 2 do CPC - para prova dos factos a que se reporta um dos
Temas da Prova elencados pelo Tribunal no Despacho a que alude o disposto no art.º
596.º do CPC (identificação do objeto do litígio e temas da prova)

No dia 10.11.2023 o juiz profere o seguinte despacho

“por terem relevância para a boa decisão da causa admite-se a junção dos
documentos requerida.”

Que princípios fundamentais de PC poderão ter sido violados nesta situação?

II

Numa ação declarativa de condenação discute-se o incumprimento de um contrato


de prestação de serviços de contabilidade e assessoria fiscal.

A A. peticiona uma indemnização de € 120.000,00 correspondente a uma liquidação


adicional de imposto que lhe foi feita pela AT porque, tendo presente que a sua atividade
registada nas finanças (CAE) não incluía a compra de imóveis para revenda, não
poderia ter deduzido um conjunto de despesas em sede de IRC que foram deduzidas.

A R., em sede de Contestação, entre outras questões, alega que não sabia nem tinha
porque saber se a A. tinha ou não alterado o seu objeto social.

Discute-se, entre outras questões, se foi dado conhecimento à R. da alteração de


atividade da A. e se a R. tendo tido conhecimento dessa alteração tinha ou não o
dever de alertar/proceder À alteração do CAE da A. junto da AT.

Na audiência prévia, a A. requereu a prova pericial elencando o conjunto de questões


que pretende ver colocados ao Perito e a R., tendo-lhe sido facultada oportunidade
para se pronunciar, em resposta, requereu que fosse aditada a seguinte questão ao
objeto da perícia:

LISBOA Edifício Amoreiras Square – Rua Carlos Alberto da Mota Pinto, n.º17, 2.º andar | 1070-313 Lisboa
PORTO Rua Eugénio de Castro, 352, 2.º andar, sala 26 | 4100-225 Porto
BRAGA Rua de Janes, n.º 20, 1.º andar, sala 101 | 4700-318 Braga

ESPANHA | PORTUGAL | CHILE |EUA | HONDURAS | COSTA RICA | REPÚBLICA DOMINICANA | NICARÁGUA
GUATEMALA| EL SALVADOR | PORTO RICO | PANAMÁ | MÉXICO | EQUADOR | BRASIL | ARGENTINA | COLÔMBIA
➢ Se tendo em conta o conjunto de documentação contabilística que foi sendo
entregue à R e que consta do processo, era percecionável a um contabilista
certificado que ao cliente tinha alterado a sua atividade?

O requerimento da R. foi objeto do seguinte despacho:

“Indefere-se o aditamento requerido porquanto o meio probatório requerido pela A. e


cumpria à R., querendo, ter requerido ela própria prova pericial o que não fez. “

Que princípios fundamentais de PC poderão ter sido violados nesta situação?

III

Uma ação declarativa de condenação o A. é um sinistrado de um acidente de viação


que vem intentar uma ação contra a companhia de seguros.
Alega na sua PI, todos os factos constitutivos da ilicitude, nomeadamente as
circunstâncias em que ocorreu o acidente e as regras de transito violadas.

Alega que sofreu danos que concretiza, nomeadamente. danos corporais (ficou cego
de uma vista e incapacitado para o trabalho porque era piloto de aviação comercial);
danos materiais (contas de médicos e tratamentos); danos morais (dores, sofrimento,
perda de autoestima, etc.)
Finaliza peticionando uma indenização global de € 250.000,00.

Tramitado o processo e realizado o julgamento é proferida sentença que considerou


integralmente procedente por provado o pedido, provados os factos alegados pelo A.
e condena a Seguradora ao pagamento do valor de € 250.000,00, acrescido de juros
desde a data do acidente até integral pagamento.

Que princípios fundamentais de processo civil poderão ter sido violados nesta situação?

IV

Ação declarativa para exercício da responsabilidade civil contra um Advogado, com


fundamento na violação dos deveres profissionais, por interposição intempestiva de um
recurso para o STJ.
Pedido indemnizatório de € 55.000,00 – valor a que o cliente foi condenado pelo tribunal
O A. alega que deu instruções expressas ao advogado para recorrer e junta prova – um
SMS e contas de telemóvel com descritivos.

O R., Advogado, alega que nunca recebeu instruções e impugna os documentos por
desconhecimento da sua autoria e por se tratar de mera reprodução fotográfica (print)

Na audiência de julgamento as partes são ouvidas em declarações de parte e


depoimento de parte.
O A. reitera que enviou o sms – que está junto ao processo – e que o seu envio pode ser
verificado no descritivo da conta do telemóvel.
O R. em depoimento e declarações de parte simplesmente nega tê-lo recebido.

Os advogados das partes nada mais requereram.

O tribunal absolveu o R. com fundamento no facto de o A. não ter feito prova do envio
do SMS mas não ter resultado apurado que o R. o recebeu.

Que princípios fundamentais poderão ter aqui sido violados?

Numa ação declarativa de condenação:

Em sede de requerimento probatório a A. requer que seja oficiada a empresa


fornecedora de eletricidade para juntar aos autos o contrato celebrado com a R.

O tribunal – após contraditório - admite o requerimento probatório e oficia a empresa


fornecedora de eletricidade para juntar O documento em 10 dias.

A empresa nada faz. Há inclusivamente várias insistências do tribunal e a empresa persiste


em nada juntar aos autos.

Que princípios fundamentais poderão ter aqui sido violados e quais as consequências que
poderiam ser retiradas da conduta da EDP?

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