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Boa leitura!
Índice
Introdução SGI 5
O que é o SGI? 5
Principais Objetivos
Benefícios
6
Sigla ISO 7
Contexto ISO 9001:2015, ISO 14001:2015 e ISO 45001:2018. 7
Anexo SL 9
Princípios do Conceito da Qualidade 11
Modelo PDCA: SGQ, SGA e SSO 21
Requisitos Normativos 27
Item 4: Contexto da organização 28
Item 5: Liderança 32
Item 6: Planejamento 36
Item 7: Apoio 42
Item 8: Operação 51
Item 9 Avaliação de Desempenho 68
Item 10: Melhoria 73
FICHA TÉCNICA
Material Técnico: Fabiana Brant
Revisão do Material Técnico: Marcelo de Souza
Revisão Bibliográfica: Davi Maia
Projeto Gráfico e Diagramação: Felipe Marinho
IUS NATURA
Endereço: R. São João Evangelista, 359 - São Pedro, Belo Horizonte - MG
CEP: 30330-152
www.iusnatura.com.br
E para fechar esta parte introdutória do SGI, quando todos os sistemas de gestão estão integrados, ocorre
a otimização das atividades da organização, pois com os processos definidos e controles bem estruturados
é possível obter dados para agir e realizar a tão almejada melhoria contínua. Decisões se tornam menos
burocráticas e mais transparentes, há maior engajamento entre os colaboradores e alinhamento de regras.
Diante desta mensagem, você sabe identificar alguns benefícios do SGI? São várias as vantagens nessa parte,
separamos algumas para você, veja:
O SGQ contribui significativamente na padronização dos processos, otimização das atividades organizacionais,
permite uma tomada de decisão assertiva, considerando sempre o foco no cliente.
A ISO 9001 é a norma de gestão mais certificada no mundo e no Brasil, a mesma visa criar oportunidades
para aumentar a satisfação dos clientes, padronização e otimização de processos e foco no cliente.
Em sua evolução histórica, desde a versão inicial de 1987 até a versão atual, publicada em 2015, são quatro revisões.
Essas atualizações foram extremamente importantes para alinhar os conceitos da norma com uma visão mais atual,
sem deixar de ter como princípios básicos a melhoria contínua da gestão e a satisfação do cliente.
Com a chegada do Anexo SL todas as normas da família ISO seguem a mesma estrutura a seguir:
Escopo Planejamento
Liderança Melhoria
Ressalta-se que é um requisito da ISO que todas as normas sejam revisadas a cada 5 anos. Sendo assim, acredita-se
que logo a ISO 9001 e ISO 14001 serão revisadas.
Ao longo dessas três décadas, novos requisitos relacionados à preocupação com as partes interessadas (stakeholders)
e a análise de riscos foram incorporados, proporcionado essa conectividade da norma com as grandes mudanças
no sistema econômico mundial.
Muitos são os benefícios alcançados pelas instituições que implementam um sistema de gestão da qualidade,
baseado na ISO 9001, sendo:
A capacidade de prover consistentemente produtos e serviços que atendam aos requisitos do cliente
e aos requisitos estatutários e regulamentares aplicáveis;
Atrelados aos objetivos de negócio, os conceitos da qualidade trazem vantagens como o aumento da
competitividade, organização e excelência nos processos de produção, resultando na potencialização dos resultados.
Uma boa prática para esse princípio da qualidade é bastante simples: acorde na negociação as necessidades
atuais e futuras dos clientes, trate como requisitos fundamentais a serem cumpridos.
Procure exceder as suas expectativas, afinal, ao fazê-lo agrega-se mais valor ao produto que passa a ser mais
valorizado que o básico “feijão com arroz”.
Liderança
É a capacidade de conduzir uma equipe de forma tática e direcionada para que o time realize suas tarefas com
qualidade. Líderes possibilitam o engajamento e o comprometimento dos colaboradores, assegurando que todo
o time esteja alinhado com os propósitos da empresa.
Abordagem de processos
está atrelada a definição e a gestão de processo e suas interações, tendo como finalidade contribuir para a eficácia
e a eficiência da empresa em atingir os resultados desejados.
Gestão de relacionamento
Estabelecer um bom relacionamento com as partes interessadas como, por exemplo, com os fornecedores,
é muito importante para identificar necessidades e evitar riscos que impactem as estratégias de negócio.
Construir um relacionamento com as partes interessadas favorece o senso de responsabilidade no que tange
ao crescimento organizacional.
A norma se refere aos benefícios de adotar a abordagem sistemática à gestão ambiental numa perspectiva
estratégica para as Organizações.
E para entender melhor o papel do SGA é necessário internalizar a pergunta: O que é o desenvolvimento sustentável?
De uma forma bem objetiva, o desenvolvimento sustentável é o equilíbrio entre os aspectos ambientais, sociais
e econômicos que permite satisfazer as necessidades de hoje sem comprometer a capacidade das gerações futuras,
A norma vem relembrar que as expectativas da sociedade são crescentes e abrangem agora todos os aspetos
da proteção ambiental para além da prevenção da poluição e o aumento da expectativa das partes interessadas.
Para que as empresas tenham um sucesso no sistema de gestão ambiental, depende do compromisso de todos
os níveis e funções da organização, e iniciar pela Alta Direção que deve integrar a gestão ambiental aos processos
de negócios, bem como o direcionamento estratégico alinhado ao SGA.
A evolução da norma, vem de 1996 no lançamento da Família ISO 14000 (série de normas de Sistemas de Gestão
Ambiental), no ano de 2004 teve a revisão da ISO 14001 (sistema de gestão ambiental – Requisitos com orientações
para uso) e ISO 14004 (sistema de gestão ambiental – Diretrizes Gerais para a implementação), tendo como objetivo
melhoria da integração com a ISO 9001 e introdução do conceito de desempenho ambiental, e até o momento,
em 2015 a mais recente publicação da ISO 14001, com grandes mudanças e principalmente com a estrutura
do Anexo SL citado neste documento anteriormente, em destaque em: liderança, foco em estratégia e meio ambiente,
foco em gestão de riscos, mensuração de objetivos, comunicação e consciência.
Atualmente é impossível falar de SGA sem abordar o conceito do ESG, não é mesmo? De modo geral, as organizações
que exemplificam sua realidade em ESG, tendo o objetivo de avaliar e gerenciar com transparência os impactos
positivos e negativos que uma empresa causa na sociedade, nas pessoas e no meio ambiente, identificando os riscos
e responsabilidade, chamamos de: práticas em ESG (Ambiental, Social e de Governança).
Muitas empresas que são certificadas pela família ISO, e nesse caso, a ISO 14001 já conseguem apresentar
desempenho e prática nas temáticas e desafios relacionados as emissões de gases de efeito estufa - GEE, gestão
de resíduos, uso eficiente de água, aumento da poluição, perda de diversidade, restrição de recursos hídricos e etc.
Em resumo, o ESG abrange um conjunto de práticas atreladas para a preservação ambiental, responsabilidade
com a sociedade e transparência empresarial.
Um SGSSO baseado na ISO 45001:2018 permite que a organização venha conhecer e gerenciar melhor os seus riscos,
estabelecendo controles e estabelecendo objetivos que visam a prevenção, bem como o alinhamento à estratégia
da empresa.
Você conhece alguns dos benefícios da implantação da ISO 45001:2018? Veja a seguir os principais ganhos
com a implementação da norma:
• Melhora o ambiente e posto de trabalho, assim como a qualidade de vidas dos trabalhadores;
• Evita e/ou minimiza os riscos e os custos com os acidentes de trabalho;
• Facilita o meio de comunicação e a conscientização com os envolvidos com a temática de SSO, sempre
enfatizando a eliminação e/ou redução dos riscos da saúde e segurança ocupacional;
• Implementa e monitora controles operacionais, com o objetivo de eliminar ou reduzir os possíveis efeitos potenciais
em suas atividades;
• Fomenta o alinhamento da cultura de saúde e segurança ocupacional às estratégias organizacionais;
• Identifica e realiza a gestão de forma ativa, efetiva e assertiva quantos aos perigos, riscos e oportunidades
atreladas ao SGSSO;
• Reduz o índice de afastamento, absenteísmo e taxa de rotatividade de colaboradores nas empresas;
• Evita possíveis prejuízos financeiros com embargos, multas e/ou passivos trabalhistas e muito mais.
Logo, pode-se confirmar que a existência de sistema de gestão de saúde e segurança ocupacional – SGSSO
em uma empresa favorece significativamente as instituições que desejam criar e implementar
os indicadores, assim como, demonstrar a performance nas questões ambientais, sociais e de governança.
Plan (planejar) - estabelecer objetivos do sistema e seus processos e recursos necessários para entregar
resultados de acordo com os requisitos dos clientes e com as políticas da organização;
Organização Apoio
e seu contexto Plan (7) Do
(4) (Planejar)
Operação
(8) (Fazer) Satisfação
do cliente
Necessidades Produtos
e expectativas Act Check e serviços
Melhoria
de partes (Agir) (10) (Checar)
interessadas
pertinentes (4)
Escopo
do SGA
Necessidades
Questões Internas e Expectativas
Planejar
e Externas das Partes
Interessadas
Suporte
A Melhorar Liderança e
Operação
D
Avaliação
do
Desempenho
C
Resultados pretendidos do “Sistema de Gestão Ambiental”
Avaliação
do
Desempenho
Exemplos de questões internas: política de SGI, objetivos, novas tecnologias, estratégias da empresa, diretrizes
da organização, relacionamento, valores humanos, conhecimento e desempenho da organização.
Com o SGI bem implementado, buscamos prevenir e evitar falhas, defeitos, retrabalhos, desperdícios, atrasos
(qualidade). Já na questão ambiental, ações que pretendem promover a proteção ambiental, prevenção da poluição,
aumento do desempenho ambiental, gestão de requisitos legais, e por fim, a parte de SSO que tem como premissa
oferecer ambientes de trabalho seguros e saudáveis, eliminado perigos e reduzindo os riscos de SSO, bem como
cuidando da vida dos colaboradores que representam as empresas.
Atentar também quanto as questões de requisitos legais e outros requisitos com relação às necessidades
e expectativas identificadas neste item normativo.
Devemos determinar as entradas e saídas de cada processo da organização, bem como a sequência e interação
desses processos, objetivando o aumento do desempenho do sistema de gestão integrada.
Os processos da organização devem estar escritos e disponíveis a todos os envolvidos da empresa.
Para a ABNT NBR ISO 9001:2015 fique atento (a) para todos os requisitos exigidos neste item normativo.
A Alta direção deve proporcionar maior comprometimento, envolvimento, participação ativa em todas
as etapas do SGI.
A direção da organização é responsável por estabelecer as políticas e objetivos do SGI, identificar os requisitos
dos clientes, regulamentares e estatutários, promover o uso da abordagem de processos, engajamento na gestão
ambiental eficaz, mentalidade de riscos, e os deveres na prevenção de lesões, doenças originadas no ambiente
de trabalho atrelada à ISO 45001. Ressalto que o sistema de gestão integrado é da Alta direção.
Salienta-se também a análise de riscos e oportunidades, que podem afetar os requisitos dos produtos e serviços
referentes ao sistema de gestão da qualidade.
Uma dica: para elaborar uma política de SGI que irá atender as 3(três) normas, recomenda-se incluir os termos:
natureza; escala; objetivos SGI; melhoria contínua; satisfação dos clientes; proteção do meio ambiente, incluindo
a prevenção da poluição; atendimento aos requisitos legais e outros; compromisso de eliminar perigos e reduzir
os riscos de SSO e engajamento de consulta e participação dos trabalhadores.
Deve ser comunicada para todos os colaboradores aos que seja afetada a conformidade dos produtos e serviços
e/ou tenha impacto frente aos requisitos das partes interessadas. Todos os envolvidos devem entendê-la e aplicá-la
no desempenho de suas atividades.
O termo “consulta” aborda o levantamento de opiniões antes da tomada de decisão, com os assuntos ligados aos
trabalhadores em interface com o responsável pelo SSO, comitê de saúde e segurança e/ou representantes dos
trabalhadores.
Já o termo de “participação”, vem com o objetivo de envolver na tomada de decisão. Para que esse item normativo
tenha uma efetiva implementação devemos respeitar as sequências e ações dos termos.
A consulta e participação devem ocorrer em todos os níveis e funções aplicáveis, considerando, se existir,
o representante dos trabalhadores conforme a norma menciona a ISO 45001.
Fase que tem como premissa incentivar e contribuir com os trabalhos de segurança e saúde ocupacional
na organização, auxiliando com a melhoria da capacitação, participação de conscientização sobre perigos e riscos
para o SSO, apresentação de informações e comunicação com os trabalhadores, determinação de medidas de
controle, investigação de incidentes e não conformidades, bem como atender a todos os itens exigidos neste requisito
normativo (quando aplicáveis).
A empresa deve considerar as FORÇAS X FRAQUEZAS que são FATORES INTERNOS: atividades da empresa,
equipamentos, recursos, localização OPORTUNIDADES X AMEAÇAS que são os FATORES EXTERNOS: Concorrência,
mercado, fornecedor, legislação e etc.
Após esse levantamento, devemos cruzar os quadrantes e levantar as estratégias e planos de ações. Recomenda-se
analisar os riscos e oportunidades nos processos operacionais neste item normativo, isso porque a parte estratégica
e de negócio é bem enfatizada no item 4 – Contexto da Organização, mas não impede de abordar aqui também.
Para a ISO 14001:2015 e ISO 45001:2018 deve-se manter informação documentada sobre riscos, oportunidades
e processos.
Lembre-se: deve-se analisar e definir quais dos aspectos ambientais das suas atividades a empresa pode controlar
e influenciar, bem como considerar a perspectiva do ciclo de vida dos impactos ambientais identificados na sua
determinação de aspectos e impactos ambientais.
Lembre-se: os aspectos ambientais significativos devem ser comunicados com diversos níveis da organização, assim
como manter informação documentada neste item normativo.
O termo de perigo é fonte com potencial para causar lesões e problemas de saúde. Em resumo: é a situação/ambiente
à qual o trabalhador está exposto. Para chegarmos na análise do risco, é relevante considerar primeiro o dano
da exposição ao perigo, que tem o papel da “consequência” da exposição (perigo), isso significa a possível ocorrência
de alguma lesão, doenças aos trabalhadores e/ou combinação dos danos. E por fim, o risco que tem
como finalidade (conforme a norma ISO 45001) a combinação das consequências de um evento perigoso
e/ou exposição perigosas com a probabilidade associada.
Quando se trata da Avaliação dos Riscos/Oportunidades de SSO e Outros Riscos/Oportunidades para o SGSSO,
a empresa deve determinar e avaliar os riscos/oportunidades de SSO que estejam relacionados aos perigos
levantados, com base na eficácia dos controles operacionais, bem como as mudanças planejadas, processos,
políticas e/ou atividades desenvolvidas pela empresa.
Outra questão bem explícita é quanto aos outros riscos/oportunidades atrelados a operação e manutenção
do SGSSO, que abrange aquelas situações que possam impactar no negócio e também no sistema de gestão de SSO
da empresa, que pode ser abordada Matriz SWOT no item 4 – Contexto da organização.
Destaca-se que neste item de acesso aos requisitos legais podem resultar em riscos e oportunidades.
Lembre-se: as normas ISO exigem informação documentada para este item normativo, por exemplo: Sistema Cal
que identifica e monitora os requisitos legais aplicáveis ao seu negócio, assegurando o levantamento das legislações
atualizada da sua empresa.
Para SSO, a empresa tem que realizar o planejamento das ações citadas neste item normativo, onde os mesmos terão
que integrar e implementar as ações nos processos de seu sistema de gestão de SSO, e/ou outros processos
de negócio, avaliando a eficácia dessas ações.
Lembre-se: consideram-se os objetivos como o propósito, é o que a empresa quer alcançar. Já as metas é a definição
em termos quantitativos, e com um prazo determinado, e por fim, o programa é o detalhamento das atividades para
os objetivos e metas que foram citados anteriormente, sempre coerente com a Política de SGI da empresa.
Qualquer alteração no SGQ deve ser feita de forma que a integridade do SGQ seja mantida durante qualquer
modificação, mesmo que seja para uma melhoria substancial.
7.1.2 Pessoas
Podemos contextualizar que cada organização sabe o cenário em que está inserida. Sendo assim, a organização
deve determinar e disponibilizar pessoas compatíveis para a devida implementação do sistema de gestão
da qualidade, bem como para a operação e controle de seus processos.
A organização deve avaliar o conhecimento atual das pessoas e encontrar formas de conseguir aquilo que se deseja,
além de reter o conhecimento adicional necessário ao sucesso do seu negócio!
7.1.3 Infraestrutura
A organização, por meio de sua Alta Direção, deve definir, prover e manter uma estrutura física adequada para que
o colaborador exerça suas atividades da melhor forma possível a fim de atender com sucesso os requisitos do cliente.
Essa infraestrutura inclui edifícios, espaços para realização das atividades, maquinários, computadores, programas,
telefones, serviços de transporte e outros.
Um ambiente adequado pode ser a combinação de fatores humanos e físicos, tais como: social, psicológico e físico
que podem interferir diretamente na qualidade dos produtos e serviços ofertados.
Na determinação e gerenciamento do ambiente de trabalho, a organização deve criar controles que garantam a
conformidade do produtos e serviços. Esses controles podem estar relacionados à infraestrutura descrita no item 7.1.3.
Prover proteção contra ajustes que invalidem os resultados das medições. Balanças, por exemplo,
possuem lacres específicos para evitar eventuais ajustes;
A frequência e os critérios de aceitação das medições realizadas devem ser determinados pela organização
e/ou padrões de medições nacionais e internacionais.
Deve-se realizar o mapeamento do conhecimento existente, a fim de auxiliar de forma muito eficaz a disseminação
de competências e reforçar conscientização de pessoas por todos os processos realizados.
Vale ressaltar que o departamento de Gestão de Pessoas, juntamente com a Alta direção, tem mais percepção
e assertividade no sucesso neste tópico.
7.2 Competência
Neste item, independente de afetar direta ou indiretamente a conformidade com os requisitos dos produtos e serviços,
as pessoas que executam as atividades devem ser competentes. Ou seja, devem possuir educação, experiência,
treinamento e habilidades específicas na matéria.
Uma das formas de fazê-lo é estabelecendo uma descrição de cargos, na qual estão definidas qualificações
necessárias, responsabilidades e atividades. É importante destacar que as informações documentadas de educação,
treinamento, habilidades e experiência devem ser mantidas. Essas informações podem ser lista de presença em
treinamentos, certificados de cursos, currículos, carteiras de trabalho, diplomas de cursos de graduação, entre outros.
7.3 Conscientização
A organização deve assegurar que as pessoas estão conscientes quanto à pertinência e importância das atividades
que desempenham e como elas contribuem para o cumprimento da política SGI, atendimento dos objetivos de SGI,
aspectos ambientais significativos, perigos e riscos, eficácia do SGI e outros pontos citados nas normas.
Isso significa que todos devem saber como contribuir para a melhoria de desempenho do SGI.
Destaca-se a relevância de responder as comunicações externas originadas do SGI. A empresa dever reter
informação documentada com as suas comunicações aplicáveis.
Aprovação de informações documentadas. A avaliação deve ser feita antes de sua emissão;
Análise crítica e atualização das informações documentadas, sempre que necessário. A cada atualização,
eles devem ser aprovados novamente;
Identificar o que foi revisado em cada informação documentada e indicar a situação da revisão atual;
Identificar as informações documentadas de origem externa necessários para o SGQ e garantir que
estejam devidamente distribuídos;
A informação documentada de origem externa que a organização julgar aplicável, deverá ser identificada pelo SGI
e controlada.
Pode-se concluir que a organização é quem define quais informações devem ser documentadas ou não.
Esta definição depende da importância que elas têm para o Sistema de Gestão Integrada.
Quando aborda a temática da qualidade – QL – todos os processos da empresa são planejados e desenvolvidos
para a realização dos produtos e serviços, onde as tarefas são descritas nos procedimentos e seus resultados devem
ser anotados nos registros para demostrar que os processos, produtos e serviços realizados atendem
aos requisitos dos clientes. Esse planejamento nos ajuda a evitar falhas, atrasos e desperdícios, reduzir custos,
aumentar a produtividade e garantir a qualidade e confiabilidade dos nossos produtos e serviços. A forma do
planejamento deve ser adequada à operação de cada organização e pode ser denominado como Plano de Controle
da Qualidade. Ressalta-se que o Plano de Controle da Qualidade deve ser atualizado sempre que necessário.
Na área ambiental - MA não é diferente, a organização deve identificar os controles operacionais que necessitam
de informações documentadas atreladas ao seu escopo de SGI, contemplando, por exemplo a gestão de resíduos,
monitoramento atmosféricos, geração de efluentes líquidos, produtos químicos, áreas contaminadas e outros.
A empresa pode utilizar implementar a hierarquia de controles citada logo a seguir. Assegurar também que
os processos terceirizados sejam controlados e influenciados pela empresa.
Já a parte de saúde e segurança operacional - SSO, pode-se exemplificar a gestão e informações documentadas
(quando necessário) ao: trabalho em altura, espaço confinado, máquinas e equipamentos, manuseio de produtos
químicos e inflamáveis; manutenção em caldeiras e vasos de pressão entre outros. Destaca-se a relevância da
utilização do controle de hierarquia citados na norma (item 8.1.2 de SSO): eliminar os perigos, substituir os processos,
Destaca-se que a informação documentada depende do risco e é decisão da organização. Fazendo uma ponte
com o mapeamento de processos, avaliação de aspectos ambientais e perigos e riscos.
Para esse item normativo deve-se manter informação documentada para o SGI.
O item 8.1.3 Gestão de Mudanças (SSO) é uma etapa que tem por objetivo desenvolver e controlar as mudanças
temporárias e permanentes planejadas que impactam o desempenho de SSO. Exemplos de processos que possam
ter mudanças: novos produtos, serviços; requisitos legais, informações de perigos e riscos, tecnologia, equipamentos,
procedimentos de trabalho, especificações de projeto, matérias-primas e outros, conforme citado na norma de SSO.
Item 8.1.4 – Aquisição (SSO), A organização deve estabelecer, implementar e manter processo para o devido controle
de aquisição de produtos e serviços, tendo como finalidade a melhoria no SGSSO. Quando a norma menciona
esse controle, é possível considerar que a organização deve determinar, avaliar e eliminar perigos e reduzir
os riscos de SSO associados como por exemplo: em produtos; materiais e/ou substâncias perigosas; matérias-primas;
equipamentos e/ou serviços, antes de sua introdução no local de trabalho.
Já no item 8.1.4.2 – Contratados (SSO), a empresa deve identificar o processo de aquisição os perigos e avaliar
e controlar os riscos de SSO decorrentes das atividades que possam causa impactos aos trabalhadores,
à organização e às partes interessadas. Ressalto que neste tópico deve-se realizar a gestão dos contratados
que não fazem parte do negócio principal da organização.
Importante salientar que para a gestão da qualidade – SGQ será visto logo mais à frente no item 8.4 – Controle
de Processos, produtos e serviços providos externamente.
A organização deve manter e reter informação documentada explicando detalhes das ações, assim como brigadistas
capacitados, cronograma de simulado, relatório de simulado e demais informações relevantes.
Solicitações; Consultas;
Esses canais podem ser telefone, chat, sites, e-mails e outros meios. Cada organização pode definir a forma mais
adequada de se comunicar e de manter esses canais sempre ativos.
Além disso, também é importante disponibilizar informações corretas sobre os produtos e serviços utilizando todos
os meios, e identificar com clareza as suas necessidades e expectativas, sabendo ofertar aquilo que foi solicitado.
Os clientes podem não declarar todos os requisitos do produto, porém, a organização deve determinar
o que for necessário para atendimento dessas expectativas.
Este item também menciona que os requisitos devem incluir atividades de entrega e pós-entrega.
O lema é: prometer apenas o que podemos cumprir e cumprir com o que foi prometido.
Você já definiu os requisitos do cliente? Já os analisou? O contrato estabelece novos requisitos? Podemos atender
a esses requisitos? Essas perguntas irão te ajudar a pensar um pouco nessa temática.
Portanto, devemos analisar criticamente os requisitos dos produtos e serviços e reter a informação documentada
do resultado da análise crítica.
Lembrando que toda alteração deve ser disponibilizada de forma adequada a todos os envolvidos.
O objetivo desse requisito da NBR ISO 9001 é sempre assegurar a provisão de produtos e serviços.
Pode ser estabelecido um cronograma com as diversas etapas ou estágios, validando cada um dos estágios,
das análises críticas, verificações e validações aos objetivos do Projeto e Desenvolvimento, além das
responsabilidades e autoridades necessárias.
Ainda, faz-se necessário gerenciar todas as interfaces ocorridas nos diferentes grupos, a fim de manter uma
comunicação eficaz, clara e objetiva.
Nessa fase do projeto, caso seja dado início com informações incompletas ou erradas, todo o projeto pode vir
a ser comprometido. Vale a pena planejar e se preparar adequadamente para o projeto e desenvolvimento.
Para garantir o sucesso ou evitar a tomada de decisões baseadas em informações inconsistentes no projeto
e desenvolvimento, devem-se realizar análises críticas de dados e informações em todas as etapas que
se fizerem necessárias.
Por fim, sempre que houver necessidade, devem ser implementadas ações para corrigir problemas relacionados
à análise crítica, verificação ou validação e reter informação documentada sobre os controles estabelecidos.
Resumo: as saídas do projeto são o resultado, e as Entradas são os requisitos essências para os tipos específicos
de produtos e serviços a serem projetados e desenvolvidos.
Os critérios de avaliação também devem ser determinados, além de manter informação documentada dos resultados
das avaliações de provedores externos.
Sendo assim, neste contexto a organização deve assegurar que os processos externos estejam sob controle do sistema
de gestão da qualidade; definir os controles do provedor externo; considerar o impacto potencial nos provedores
externos com relação a condição de atender aos requisitos do cliente e aos requisitos estatutários e regulamentares;
verificar a eficácia dos controles do provedor externo e outros.
Vale considerar que a organização deve realizar a comunicação de seus requisitos para os provedores externos,
relacionado:
Para que exista a produção e provisão de Serviço, a organização necessita como exemplos da provisão de recursos
financeiros, matéria-prima, ambiente de trabalho, instruções de trabalho, requisitos do cliente, informações e recursos
humanos.
Assim, na ocorrência de qualquer problema, é possível rastreá-lo, identificando a etapa onde ocorreu o problema.
Caso ocorra algum problema com a propriedade do cliente e/ou provedor externo, como por exemplo, danificação ou
perda, a organização deve informar para o cliente/provedor externo o ocorrido e manter informação documentada.
Em resumo: a propriedade do cliente ou provedor externo deve ser controlada de forma a garantir o que foi acordado.
Há uma infinidade de possibilidades de ações cabíveis, especialmente, quando relacionadas aos requisitos
de clientes. Por exemplo, se um cliente adquire um sistema de informação para controle de seus processos
de produção, é comum que seja necessário o acompanhamento, a pós-entrega da organização fornecedora
para verificar se todas as funcionalidades do software estão adequadas e devidamente ativas.
Pode-se perceber que a organização deve assegurar que as atividades pós-entrega associadas aos produtos
e serviços sejam cumpridas de acordo com os requisitos estabelecidos.
Vale destacar que mesmo que determinadas atividades não estejam previamente estabelecidas, uma reclamação,
sugestão do cliente ou desempenho inferior ao esperado podem determinar atividades pós-entrega necessárias
para garantir o atendimento às expectativas do cliente.
É importante que esse controle tenha informação documentada para descrever as análises, autorização
e aprovações realizadas.
Deve haver evidência da indicação de pessoas autorizadas a liberar o produto para entrega ao cliente. Importante
destacar que nenhum produto ou serviço pode ser liberado para entrega até que todas as providências planejadas
tenham sido concluídas de forma satisfatória, bem como com os critérios de aceitação
Em função disso vem o nome “não conforme”, por exemplo, produtos com problemas, defeitos, embalagem
danificada, falhas nos serviços e outros.
As responsabilidades sobre as decisões tomadas, bem como a abertura da não conformidade e tratativa
sobre os produtos que não atingirem os requisitos, devem estar definidas como informação documentada.
Quando um produto se torna “não conforme”, a organização deve tratá-los por meio de ações, tais como:
A execução de ações para eliminar a não- Quando for identificado após a entrega
conformidade do produto (retrabalhar, ao cliente, executar ações apropriadas quanto
reclassificar ou reparar); à magnitude dos riscos de uso do produto fora
das especificações.
Liberação para uso, ação diversa para impedir
o uso do produto não-conforme (descartar
o produto, por exemplo);
É importante destacar que toda vez que um produto não conforme for corrigido, ele deve ser inspecionado
novamente para garantir o atendimento aos requisitos antes de sua entrega. Caso ainda não atenda,
deve ser mantido como produto não conforme.
Entre uma infinidade de fontes de dados existentes interna e externamente, para o SGQ a empresa deve, no mínimo,
analisar dados de satisfação de clientes, de conformidade com requisitos do produto, de resultados e tendências
do desempenho dos processos e produtos, além do desempenho de fornecedores.
Quando se fala em SGA, é importante levar em consideração o gerenciamento do item 9 (monitoramento, medição,
análise e avaliação) com relação ao monitoramento de efluentes, emissões atmosféricas, resíduos, calibração
e manutenção de aparelhos de medição, cumprimento dos programas de gestão ambiental e outros. Já para o SSO,
com o mesmo objetivo abordar temas como: atendimento de requisitos legais, cumprimento dos programas de gestão
de SSO, incidentes e problemas de saúde do trabalhador.
Um dos métodos mais comuns entre organizações que possuem um SGQ é a pesquisa de satisfação de clientes,
quando se cria um questionário padrão e o cliente responde às perguntas.
Entretanto, como qualquer outro requisito da norma, os métodos aplicados devem ser adequados à complexidade
e características de cada organização. O relevante é saber o grau de satisfação dos clientes da empresa!
9.1.2 Avaliação do atendimento aos requisitos legais e outros requisitos (SGA e SSO)
A empresa deve criar meios para avaliar o atendimento dos requisitos legais e outros em períodos planejados
e garantir que sejam implementados, exemplo para atender item normativo: apresentar relatório da VCL – Verificação
de Conformidade Legal ou ACL – Auditoria de Conformidade legal da Ius. Este requisito normativo conecta
com a identificação dos requisitos legais e outros (6.1.3 da ISO 14001:2015 e ISO 45001:2018).
Este item específico menciona que a organização deve fazer auditorias internas em intervalos planejados, projetar
e implementar o programa de auditoria, selecionar auditores, reter informação documentada como evidência
da implementação do programa de auditoria e dos resultados de auditoria entre outros. A auditoria permite
que a organização avalie seu sistema, identifique pontos que precisam ser desenvolvidos ou melhorados.
Neste evento são apresentados os resultados, são discutidas e analisadas novas estratégias, buscando esquematizar
o planejamento da organização, fortalecer os pontos fortes do sistema e encontrar oportunidades de melhoria dos
processos, dos produtos e do próprio SGI. Entretanto, a norma não exige que exista um evento como esse.
Deve-se considerar para as entradas de análise crítica, tais como: resultados de auditorias realizadas (internas
e externas); realimentação de clientes, como satisfação e reclamações; desempenho do SSO e SGA, atendimento
de requisitos legais, riscos e oportunidades, disponibilidades de recursos, mudanças que possam afetar o SGI, como
regulamentações relacionadas aos produtos e serviços, alterações significativas de requisitos de clientes e outros.
Já as Saídas de análise crítica devem incluir decisões e ações relacionadas a oportunidades para melhoria; possíveis
mudanças no SGI, necessidade de recursos e etc.
Importante considerar na análise crítica todas as entradas e saída citadas nas normas da ISO 9001, ISO 14001 e ISO
45001, pois assim, a informação documentada será apresentada de forma completa e robusta.
Vale ressaltar que a norma descreve que seja mantida a informação documentada dos resultados de análises críticas
pela Direção.
A organização deve assumir o compromisso de sugerir e identificar as oportunidades de melhorias como uma prática
constante para a evolução no SGI.
Desta forma, eliminando a causa, evitamos que o problema se repita e promovemos uma melhoria no processo.
É recomendável que organização execute ações para eliminar causas de não-conformidades para evitar
sua repetição. As tratativas podem ser:
Portanto, para a esfera da ISO 45001 é relevante citar a necessidade de participação dos trabalhadores e avaliação
de riscos das modificações advindas da investigação, antes de conduzi-las afim de avaliar novos perigos que podem
surgir.
Para este requisito normativo deve-se reter informação documentada deste item normativo.
Para fechar com chave de ouro, segue abaixo um Quadro com as Principais Evidências para Auditoria Interna voltada
para SGI.
Destaca-se que este material se apresenta em caráter sugestivo, isso porque cada empresa tem sua estrutura
organizacional e também os profissionais da área têm suas interpretações e forma de auditar, sempre claro,
respeitando e seguindo as orientações da NBR ISO 19011:2018 - Diretrizes para Auditoria de Sistema de Gestão.
Ah! Só mais uma dica: separe um tempo para ler as explicações nos Anexos das Normas, pois existem informações
relevantes e esclarecedoras quanto à nova estrutura, terminologia e conceitos.
PRINCIPAIS EVIDÊNCIAS PARA AUDITORIA INTERNA DA ISO 9001:2015, ISO 14001:2015 E ISO 45001:2018
4 • Manual de SGI x
4.1 • Levantamento de questões internas e externas da
x
organização (metodologia SWOT, como exemplificação)
4.2 • Levantamento das partes interessadas x
4.3 • Escopo SGI x
4.4 • Mapeamento de processos e suas interações x
6.2
• Objetivos, metas e programas da organização, x
6.2.1 bem com os planos de ações atrelados aos objetivos
6.2.2
7
7.1
7.1.1 • Verificar a sistemática da organização e verificar através
7.1.2 de entrevistas como colaboradores se comportam x
7.1.3 com relação aos recursos disponíveis, pessoas, infraestrutura
e ambiente
7.1.4
7.1.5
7.1.5.1
• Medição de equipamentos x
7.1.5.2 • Cronograma de calibrações dos equipamentos. x
7.5
• Procedimento e/ou instrução de trabalho de gestão
7.5.1 de informação documentada e Lista Mestra de Informações x
7.5.2 documentadas
7.5.3
8.1.4
8.1.4.2
• Planilha de controle e monitoramento de aquisições,
8.1.4.3 contratados e tercerizados
x
10.3
- Manter e/ou reter: Informações documentadas obrigatórias conforme normas ISO 9001:2015, ISO 14001:2015
e ISO 45001:2018
- Recomendações/Boas práticas: Voltadas as informações documentadas do SGI da organização.
Bom! esperamos que este material possa ajudar nos treinamentos, implantação e até na manutenção do SGI
da organização.
Sucesso nessa jornada do conhecimento!
Caso a sua empresa ou até você precise de consultoria e treinamento de sistema de gestão, entre em contato com a
Ius pelo e-mail negocios@iusnatura.com.br.
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Até mais!
• ABNT NBR ISO 14001:2015 - Sistema de Gestão Ambiental - Requisitos com orientações para uso
• ISO 45001:2018 - Sistema de Gestão de Saúde e Segurança Ocupacional - Requisitos com orientações para uso.