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Diário de Campo

03 de abril de 2024

Objetivo: Conhecer cada criança e reconhecer suas dificuldades para criar um plano de
atividades para o projeto de intervenção.

Contando com 12 crianças participantes com idade entre 3 e 4 anos, com o objetivo de
conhecer suas dificuldades e estabelecer um plano de atividades para um projeto de
intervenção. As crianças apresentam desafios relacionados à expressão, socialização,
problemas de agressividade e dificuldades na fala e linguagem. Através da observação das
atividades propostas e do comportamento das crianças, foram identificadas questões
significativas que direcionarão as ações futuras para promover o desenvolvimento integral
destes participantes, ressaltando as dificuldades encontradas e as decisões tomadas para os
próximos encontros, com foco no estímulo sensorial e no desenvolvimento global das crianças.

Observações:

A primeira atividade foi a transmissão de músicas infantis, pedindo que as crianças se


movimentassem e cantassem juntas. No entanto, foi observado que as crianças tiveram
dificuldades em cantar, saindo poucas palavras, normalmente apenas as palavras finais de cada
verso musical.

A segunda atividade foi a leitura de uma história com um livro de contos infantil. No entanto,
foi observado que as crianças não prestaram total atenção na atividade, enquanto outras
tiveram resistência em se manter quietas. Algumas crianças agiram com certa agressividade
com os colegas, atrapalhando as poucas crianças que estavam em atenção com a atividade.

A terceira e última atividade foi uma brincadeira ao ar livre com bolas de futebol e vôlei. Nessa
atividade, as crianças tiveram maior participação e menos dificuldades, sendo uma das
dificuldades encontradas quando uma das crianças optou por brincar sozinha.

Análise:

A maioria das crianças apresenta dificuldade na fala e na linguagem. Apenas algumas crianças
conseguem formular frases completas, enquanto outras têm dificuldade em articular palavras e
frases. As crianças tiveram dificuldade em se concentrar e permanecer atentas durante as
atividades. Algumas crianças ficaram inquietas e começaram a brincar com coisas que estavam
ao seu redor. As crianças tiveram mais facilidade em participar das atividades ao ar livre,
especialmente quando envolviam brincadeiras com bolas. No entanto, algumas crianças
tiveram dificuldade em se concentrar e se coordenar com os outros participantes, e outra
escolheu brincar sozinha.

Decisões:

* Para os próximos encontros, trabalharemos habilidades e atividades sensoriais para estimular


os cinco sentidos das crianças, usando itens como areia, grãos de arroz, alimentos com odor
acentuado, sons e outros objetos com texturas diferentes.
* O contato com a natureza é um grande aliado no desenvolvimento de habilidades
psicomotoras e dos sentidos, com isso as crianças tendem a aprender mais quando os sentidos
são estimulados.

* As atividades sensoriais são importantes para o desenvolvimento infantil, pois criam


possibilidades para que as crianças conheçam o mundo por meio dos cheiros, texturas, sons e
sabores. Com elas, as crianças desenvolvem mais do que habilidades físicas, mas também a
criatividade, a capacidade de raciocínio e a coordenação motora (Vygotsky, 1978).

Sintese:

Para promover o desenvolvimento integral de 12 crianças de 3-4 anos, um plano de atividades


focado em habilidades e atividades sensoriais foi decidido, devido às dificuldades encontradas
em expressão, socialização, agressividade, e fala/linguagem. As crianças tiveram dificuldade em
se concentrar e permanecer atentas durante as atividades, especialmente aquelas relacionadas
à música e leitura. No entanto, houve maior participação e menos dificuldades durante as
atividades ao ar livre, especialmente aquelas envolvendo brincadeiras com bolas. O contato
com a natureza e a estimulação dos sentidos são fundamentais para o desenvolvimento
infantil, promovendo habilidades psicomotoras, criatividade, raciocínio e coordenação motora.

Referências:

Vygotsky, L. S. (1978). A formação social da mente: o desenvolvimento dos processos


psicológicos superiores. Martins Fontes.

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