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1) Vida:
- Nascimento: Atenas, 428 a.C./ Morte: Atenas, 348 a.C.;
- Foi discípulo de Sócrates;
- Filósofo e matemático;
- Fundador da Academia, sua escola em Atenas.
2) Obras:
A maioria de suas obras são escritas em forma (literária) de diálogos. Temos uma divisão
dos diálogos platônicos em três grandes grupos:
1) Diálogos de juventude (ou de primeira fase): textos nos quais Platão somente
reproduziria os ensinamentos próximos aos do Sócrates histórico. (Apologia, Criton,
Laques, Lísis, Cármides, Eutífron, Hipias Menor e (?) Maior, Protágoras, Górgias, Íon);
2) Diálogos de maturidade (ou de segunda fase): os diálogos dessa fase corresponderia a
um afastamento intelectual de Platão da influência do Sócrates histórico. Neste grupo de
diálogos da maturidade, Platão estrutura e apresenta plenamente seu sistema metafísico-
filosófico apresentando sua tão famosa Teoria das Ideias. (Mênon, Fédon, República,
Banquete, Fedro, Eutidemo, Menexeno, Crátilo);
3) Diálogos de velhice (ou de terceira fase): é a fase que os diálogos apresentam uma
postura revisional de sua Teoria das Ideias. (Parmênides, Teeteto, Sofista, Político, Timeu,
Crítias, Filebo, Leis).
4) A aquisição do conhecimento:
(Menôn, 85d – 86b)
“SÓCRATES: E não é verdade ainda que a ciência que ele tem agora, ou bem ele
adquiriu em algum momento ou bem sempre teve?
MENÔN: Sim.
SO.: Ora, se sempre teve, ele sempre foi alguém que sabe; mas, se adquiriu em algum
momento, não seria pelo menos na vida atual que adquiriu, não é? Ou alguém lhe ensinou
a geometria? <Pergunto> porque ele fará estas mesmas <descobertas> a respeito de toda
a geometria e mesmo de todos os outros conhecimentos sem exceção. Ora, há quem lhe
tenha ensinado todas estas coisas? <Pergunto-te> porque estás, penso, em condição de
saber, quanto mais não seja porque ele nasceu e foi criado na tua casa.
MEN.: Mas eu bem sei que ninguém jamais <lhe> ensinou.
SO.: Mas ele tem ou não essas opiniões?
MEN.: Necessariamente <tem>, Sócrates, é evidente.
SO.: Mas se não é por ter adquirido na vida atual <que as tem>, não é evidente, a partir
daí, que em outro tempo as possuía e as tinha aprendido?
MEN.: É evidente.
SO.: E não é verdade que esse tempo é quando ele não era um ser humano?
MEN.: Sim.
SO.: Se, então, tanto durante o tempo em que ele for quanto durante o tempo em que não
for um ser humano, deve haver nele opiniões verdadeiras, que, sendo despertadas pelo
questionamento, se tornam ciências, não é por todo o sempre que sua alma será <uma
alma> que <já> tinha aprendido? Pois é evidente que é por todo o tempo que ele existe
ou não existe como ser humano.
MEN.: É evidente.
SO.: E se a verdade das coisas que são está sempre na nossa alma, a alma deve ser imortal,
não é?, de modo que aquilo que acontece não saberes agora - e isto é aquilo de que não te
lembras- é necessário, tomando coragem, tratares de procurar e de rememorar.”