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AtualizAristo
Clínica 3
Meningite e endocardite 3
Asma e DPOC 5
Terapia intensiva 7
Injúria renal 9
Insuficiência cardíaca 10
Síndromes coronarianas 11
Saúde Coletiva 12
Atenção Primária à Saúde 12
Vigilância epidemiológica 13
Medicina Legal 16
Ética Médica 17
Indicadores de Saúde 18
Ginecologia e obstetrícia 19
Infecções na gestação 19
Pediatria 21
Síndromes gastrointestinais e desidratação na infância 21
Infecções respiratórias I 37
Imunizações 43
2
AtualizAristo
Clínica
Meningite e endocardite
Endocardite infecciosa
1. Critérios maiores:
• Nova categoria: evidência cirúrgica:
• Evidências intraoperatórias de EI (vegetações, abscessos, destruição valvular, deiscência
ou afrouxamento de válvula protética, ou outra evidência direta de EI) agora contam
como critério maior.
• Na categoria “Microbiologia/patologia”:
• Não há mais intervalo de tempo necessário entre os pares de amostras colhidas para
hemocultura.
• Na categoria “Imagem”:
• Uso de novos exames: tomografia cardíaca como método para identificação das
alterações.
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AtualizAristo
Endocardite definida
Endocardite descartada
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AtualizAristo
Asma e DPOC
Atualização do GINA (Global Initiative for Asthma) para o tratamento da asma
1. Mudança na via alternativa de tratamento de alívio das exacerbações de asma
Como era:
O guia do GINA de 2023 trouxe uma atualização em relação à via alternativa de tratamento
de alívio da asma. Até 2023, a via alternativa de tratamento de alívio da asma era baseada
nos broncodilatadores de curta ação (SABA), que eram usados para alívio das exacerbações
se necessário, e em seguida com um corticoide inalatório associado, geralmente 30 minutos
depois.
Como ficou:
Em sua mais nova versão, o GINA traz a possibilidade do uso de corticoide inalatório para
alívio, que pode ser no mesmo dispositivo inalatório do SABA (CI-SABA). Apesar disso,
atente-se ao fato de que a via preferencial de tratamento se mantém a mesma, na qual a
orientação é o uso de um corticoide inalatório em dose baixa + um broncodilatador de longa
ação (LABA), o formoterol, para alívio.
Como ficou:
• A partir de agora, temos 02 novas classificações:
• Pré-DPOC = indivíduos com sintomas respiratórios e/ou alterações estruturais ou
funcionais detectáveis, mas sem nenhuma obstrução ao fluxo aéreo na espirometria
(VEF1/CVF >70).
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AtualizAristo
• PRISm (preserved ratio impaired spirometry) = aqueles com relação VEF1/CVF normal,
mas com espirometria anormal, ou seja, VEF1 e/ou CVF < 80% do valor de referência
após o broncodilatador.
• Temos uma terapia farmacológica capaz de reduzir a mortalidade: LABA + LAMA + ICS
(terapia tripla), indicada para pacientes sintomáticos com exacerbações frequentes e/ou
pacientes com exacerbações graves.
• Definição de agudização: piora da dispneia e/ou tosse com secreção que ocorre em menos
de 14 dias e que pode ser acompanhada por taquipneia e/ou taquicardia comumente
associada a aumento da inflamação local e sistêmica causada por infecção, poluição ou
outros insultos.
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AtualizAristo
Terapia intensiva
Síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA)
Como era: critérios de Berlim 2012
• Edema pulmonar de caráter inflamatório que cursa com insuficiência respiratória e
hipoxemia grave, na ausência de disfunção cardíaca.
• Surgimento súbito dentro de uma semana após exposição a fator de risco ou piora de
sintomas respiratórios.
• Imagem em radiografia ou tomografia com opacidades bilaterais não explicadas por
derrames, atelectasias ou nódulos.
• Insuficiência respiratória não completamente explicada por insuficiência cardíaca ou
hipervolemia.
• Necessidade de ventilação mecânica invasiva (formas graves e moderadas) ou não invasiva
(formas leves) para diagnóstico e classificação da SDRA.
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AtualizAristo
Como ficou:
• O alvo de PA sistólica é de 130 a 150 mmHg. Esse valor deve ser atingido nas primeiras
2 horas para melhores desfechos. As evidências mostram segurança na redução rápida
da PA (nas primeiras 2 horas) com diminuição da expansão do hematoma e melhores
desfechos funcionais em 90 dias.
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AtualizAristo
Injúria renal
Doença renal crônica
Alvos de controle pressórico mais estritos
KDIGO 2012:
• Se DRC A1: alvo PA < 140 × 90 mmHg
• Se DRC A2 ou A3: alvo PA < 130 × 80 mmHg
KDIGO 2023:
• DRC não dialítico: PAS < 120 mmHg (independente do grau de albuminúria)
• Controle menos intensivo se houver: fragilidade, alto risco de queda, muito baixa
expectativa de vida ou hipotensão postural sintomática
KDIGO 2023:
• Indicações (1A): iniciar se TFGe > = 20 mL/min/1,73 m2 e só interromper se início de TRS
• DM 2 e DRC independente da albuminuria
• DRC e IC independente da albuminúria
• DRC e albuminúria ≥ 200 mg
KDIGO 2023:
• Indicação (1B): DRC e DM 2 que não tenham atingido alvo de controle glicêmico com
iSCLT2 e metformina em doses máximas toleradas (quando possível a prescrição das
mesmas)
• Preferir agentes de ação prolongada com benefício cardiovascular comprovado, tais
como liraglutida, semaglutida e dulaglutida
• Não há necessidade de ajuste de dose na DRC
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AtualizAristo
Insuficiência cardíaca
Manejo de pacientes com insuficiência cardíaca
Como era
• Não havia recomendação de uso de inibidor de SGLT2 (ISGLT2) para manejo crônico de
paciente com insuficiência cardíaca de fração de ejeção preservada (ICFEP) ou levemente
reduzida (ICFELR).
Como ficou:
• ISGLT2 são recomendados em pacientes com ICFEP e ICFLR para diminuir sintomas e
morte de causa cardiovascular.
• Em pacientes com insuficiência cardíaca + diabetes tipo 2 + insuficiência renal crônica é
recomendado o uso de ISGLT2 e finerona (antagonista do receptor mineralocorticoide não
esteroide) para redução da internação e morte de causa cardiovascular.
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AtualizAristo
Síndromes coronarianas
Manejo das síndromes coronarianas agudas
Novidades:
• Paciente com infarto agudo do miocárdio sem supra de ST (IAMSSST) de alto risco devem
ser estratificados de forma invasiva em menos de 24 horas
• Pode-se considerar a monoterapia com um antiplaquetário inibidor de P2Y12 em pacientes
ao invés de AAS. Além disso, em pacientes de baixo risco isquêmico e que receberam
DAPT por 3 a 6 meses após um evento isquêmico, também podemos considerar a
continuação da monoterapia, especialmente com um inibidor de P2Y12.
• Caso o(a) paciente use anticoagulação oral, após 6 meses em uso de terapia
antiplaquetária após evento isquêmico miocárdico, podemos considerar deixar apenas a
anticoagulação.
• Alguns pacientes podem ter DAPT reduzida para monoterapia após um mês de evento em
caso de alto risco de sangramento - pesar risco-benefício.
• Pacientes em choque cardiogênico e pós-evento de síndrome coronariana aguda com
doença multiarterial devem ser operados durante a internação ou no máximo em até 45
dias.
• Pacientes com terapia medicamentosa otimizada pós-síndrome coronariana ou que não
tenham fatores de risco controlados e tenham recorrência de síndrome coronariana podem
ser considerados candidatos ao uso de colchicina em baixa dose.
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AtualizAristo
Saúde Coletiva
Atenção Primária à Saúde
Criação das eMulti na APS
Como ficou:
Com a liberação da Portaria GM/MS n.º 635/2023, foi criado o programa eMulti, que consiste
em uma forma de incentivo financeiro federal para implantação e custeio para as equipes
multiprofissionais na Atenção Primária à Saúde.
Essas equipes serão compostas por profissionais de saúde de diferentes áreas de conhecimento
que atuam de maneira complementar e integrada às demais equipes da APS, com atuação
corresponsável pela população e pelo território, em articulação intersetorial e com a Rede de
Atenção à Saúde (RAS).
De acordo com a portaria, as eMulti serão classificadas em 3 modalidades, sendo elas:
• Equipe multiprofissional ampliada (300 horas semanais e 10 a 12 equipes vinculadas).
• Equipe multiprofissional complementar (200 horas semanais e 5 a 9 equipes vinculadas).
• Equipe multiprofissional estratégica (100 horas semanais e 1 a 4 equipes vinculadas).
Os repasses mensais do Ministério da Saúde para custeio dessas equipes podem variar
entre R$ 12 mil e R$ 36 mil, sendo que o custeio também poderá variar de acordo com os
indicadores de desempenho de cada localidade.
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AtualizAristo
Vigilância epidemiológica
Mpox - Lista Nacional de Notificação Compulsória de Doenças, Agravos e
Eventos de Saúde Pública
Como ficou:
Em agosto de 2022 foi divulgada a Portaria GM/MS n.º 3.328 que dispõe sobre a obrigatoriedade
de notificação compulsória e imediata (em até 24h) de todos os resultados de testes diagnósticos
para detecção do Monkeypox virus.
Além disso, em novembro de 2022, a OMS recomendou a mudança do nome da doença,
de Monkeypox (“varíola dos macacos”) para Mpox (“varíola M”). Desde o surgimento
da epidemia, a ONU começou a receber relatos de expressões racistas e estigmas na
internet e em outras situações em certas comunidades. Várias pessoas e países membros
demonstraram inquietação com esses relatos, solicitando à OMS medidas para substituir
a terminologia.
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AtualizAristo
Como ficou:
A partir de março de 2022, para os acidentes graves com animais não suspeitos, não se
indica a profilaxia imediatamente. A recomendação é observar o animal por 10 dias. Apenas
se ele morrer ou apresentar sinais sugestivos de raiva, indica-se a vacina (nos dias 0, 3, 7 e
14) e soro.
Além disso, no caso de morcegos, mesmo se tratando de um contato indireto, deve-se iniciar
a profilaxia: vacina (nos dias 0, 3, 7 e 14) e soro (SAR ou IGHAR).
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AtualizAristo
Animal agressor
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AtualizAristo
Medicina Legal
Nova Lei da Laqueadura (Lei n.º 14.443, 2 de setembro de 2022)
A nova Lei da laqueadura (Lei n.º 14.443, 2 de setembro de 2022) altera a Lei n.º 9.263
de 12 de janeiro de 1996, que determina o prazo para oferecimento de métodos e técnicas
contraceptivas e disciplina as condições para esterilização no âmbito do planejamento
familiar. Com essa nova lei, houve redução da idade mínima para a esterilização cirúrgica
voluntária, indo de 25 para 21 anos.
Além disso, houve diminuição do tempo entre a manifestação do interesse pela laqueadura e
a realização da cirurgia, de fato, para 60 dias. Por fim, também não há mais a necessidade
de consentimento do cônjuge para a esterilização ser realizada, podendo ser feita logo
após o parto. A lei estipula o prazo máximo de 30 dias para a disponibilização de métodos
contraceptivos.
O procedimento pode ser realizado logo após o parto, respeitando o período mínimo
de 60 dias entre a manifestação do desejo e a realização do procedimento.
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AtualizAristo
Ética Médica
Sigilo médico
Em janeiro de 2022, a Lei nº 14.289/22 tornou obrigatória a preservação do sigilo sobre a
condição de pessoas portadoras de infecção pelo HIV, de hepatites crônicas (B e C), de
hanseníase e de tuberculose (a quebra é permitida nos casos determinados por lei, por justa
causa ou por autorização expressa da pessoa acometida, ou, quando se tratar de criança, de
seu responsável legal).
O sigilo deve ser observado por todos os profissionais de saúde, sendo o atendimento,
público ou privado, organizado de forma a não permitir a identificação, pelo público em
geral, da condição da pessoa que vive com alguma dessas infecções. A notificação dessas
condições continua sendo obrigatória, mas tem caráter sigiloso.
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AtualizAristo
Indicadores de Saúde
As principais causas de morte no Brasil
Atenção aluno:
Temos aqui alguns dados epidemiológicos que com frequência aparecem nas questões de
forma direta que foram atualizados em 2023. Se atente: de acordo com o INCA as neoplasias
mais incidentes e letais no Brasil, são:
• No Brasil (geral):
• Mais incidente: Câncer de pele não-melanoma
• Mais letal: Câncer de pulmão
• Homens:
• Mais incidente: Câncer de próstata (desconsiderando o câncer de pele não-melanoma)
• Mais letal: câncer de pulmão
• Mulheres:
• Mais incidente: Câncer de mama (desconsiderando o câncer de pele não-melanoma)
• Mais letal: câncer de mama
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AtualizAristo
Ginecologia e obstetrícia
Infecções na gestação
Atualização da recomendação do intervalo entre doses de benzilpenicilina
benzatina no tratamento de sífilis em gestantes
Como era:
Até junho/2023, gestantes com indicação de tratamento de sífilis com penicilina benzatina
na dose de 2,4 milhões de UI por semana, por três semanas (7,2 milhões de UI) deveriam
ter o esquema reiniciado se alguma dose fosse perdida ou se houver um intervalo de tempo
superior a oito dias entre as doses.
Como ficou:
O tratamento completo para sífilis na gestante, quando se tratar de 3 (três) doses de 2,4
milhões de unidades de benzilpenicilina benzatina, deve ter um intervalo de sete a nove
dias entre as doses, tanto entre a primeira e segunda dose quanto entre a segunda e a
terceira dose. O intervalo recomendado de sete a nove dias entre as doses também deve ser
observado para definir o tratamento adequado durante a gestação, auxiliando na definição
dos casos de sífilis congênita.
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AtualizAristo
Como ficou:
O Ministério da Saúde incorporou a vacinação contra o HPV também para vítimas de violência
sexual, tanto homens quanto mulheres, com idades entre 9 e 45 anos. Essa abordagem se
junta aos grupos já identificados para a vacinação: meninas e meninos entre 9 e 14 anos, bem
como pessoas de 9 a 45 anos com condições médicas especiais, como HIV/aids, transplantes
de órgãos, câncer e tratamentos que afetam o sistema imunológico.
Para as pessoas de 9 a 14 anos que foram vítimas de violência sexual e têm um sistema
imunológico saudável, a administração da vacina segue um esquema de duas doses, com um
intervalo de 6 meses entre elas (dose 0 e dose 6 meses).
Já para as pessoas de 15 a 45 anos, também vítimas de violência sexual e
imunocompetentes, o esquema consiste em 3 doses. São administradas duas doses, com
um intervalo de 2 meses entre a primeira e a segunda dose, seguido por uma terceira dose 6
meses após a primeira (doses 0, 2 e 6 meses).
Para pessoas de 9 a 45 anos com condições médicas especiais (vivendo com HIV/
aids, transplantados de órgãos sólidos ou medula óssea e pacientes oncológicos,
imunossuprimidos por doenças e/ou tratamento com drogas imunossupressoras) que foram
vítimas de violência sexual, o esquema de vacinação é o mesmo das vítimas de violência
sexual na faixa etária de 15 a 45 anos: 3 doses, com intervalos de 2 meses entre as primeiras
duas doses e 6 meses entre a primeira e a terceira dose (doses 0, 2 e 6 meses).
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AtualizAristo
Pediatria
Síndromes gastrointestinais
e desidratação na infância
Manejo do paciente com diarreia
O Ministério da Saúde publicou, em 2023, uma atualização quanto ao manejo do paciente com
diarreia. Foram várias mudanças, vamos discutir com calma cada uma delas:
Relembre abaixo:
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AtualizAristo
Etapas A B C
Estado Comatoso,
Bem alerta Irritado, intranquilo
geral hipotônico*
Muito fundos e
Olhos Normais Fundos
Observe secos
Lágrimas Presentes Ausentes Ausentes
Bebe normal, sem Sedento, bebe Bebe mal ou não é
Sede
sede rápido e avidamente capaz de beber*
Desaparece muito
Sinal da Desaparece Desaparece
lentamente (mais
prega rapidamente lentamente
Explore de dois segundos)
Muito fraco ou
Pulso Cheio Rápido, fraco
ausente*
Se apresentar
dois ou mais
Se apresentar dois sinais incluindo
Sem sinais de
Decida ou mais sinais com pelo menos um
desidratação
desidratação dos destacados
com asterisco (*):
desidratação grave
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AtualizAristo
Secas ou levemente
Boca/língua Úmidas Muito secas
secas
Perda
Sem perda Até 10% Acima de 10%
de peso²
Se apresentar dois
ou mais sinais,
Se apresentar
Sem sinais sendo, ao menos
Decida dois ou mais sinais:
de desidratação um, destacado com
com desidratação
asterisco (*):
desidratação grave
Trate PLANO A PLANO B PLANO C
1: variáveis para avaliação do estado de hidratação do paciente que têm maior relação de
sensibilidade e especificidade, segundo a Organização Mundial da Saúde.
2: a avaliação da perda de peso é necessária quando o paciente está internado e evolui com
diarreia e vômito.
OBSERVAÇÃO: caso haja dúvida quanto à classificação (variáveis de desidratação ou de
desidratação grave), deve-se estabelecer o plano de tratamento considerado no pior cenário.
Fonte: adaptado do Ministério da Saúde, 2023.
Foi inserida também uma observação importante: se houver dúvida quanto à classificação
do estado de hidratação, deve-se estabelecer o plano de tratamento considerado no pior
cenário. Por exemplo, se estiver na dúvida se um paciente está com desidratação ou se está
com desidratação grave, deve-se optar por realizar o plano C.
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AtualizAristo
• Sinais de alerta:
• Especificado o que seria a piora da diarreia: aumento da frequência das evacuações e/
ou do volume das fezes.
Para você, aristoter, que tem uma memória visual, veja a seguir a comparação:
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AtualizAristo
De 1 a 10 anos 100-200 ml
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AtualizAristo
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AtualizAristo
3. Plano B
Ministério da Saúde - 2015
Plano B - Para tratar a desidratação por via oral na unidade de saúde
A orientação era não utilizar antieméticos.
Alertado também, que se após 6 horas do tratamento o paciente não tiver apresentado
melhora da desidratação, este deve ser encaminhado ao hospital de referência para
internação.
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AtualizAristo
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AtualizAristo
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AtualizAristo
4. Plano C
Ministério da Saúde - 2015
Plano C - Para tratar a desidratação grave na unidade hospitalar
Fase de hidratação rápida ou de expansão.
Era dividida conforme a idade de 5 anos:
• Menores de 5 anos:
• Iniciar com SF 0,9% 20 mL/kg de peso em 30 min.
• Iniciar com 10 mL/kg de peso em recém-nascido ou cardiopatas graves.
• Maiores de 5 anos:
• Iniciar com SF 0,9% 30 mL/kg em 30 min.
• Posteriormente, Ringer lactato (ou solução polieletrolítica) 70 mL/kg em 2 horas e 30
minutos.
• Maiores de 1 ano:
• Iniciar com SF 0,9% ou RL 30 mL/kg em 30 min.
• Posteriormente, SF 0,9% ou RL 70 mL/kg em 2h30.
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AtualizAristo
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AtualizAristo
Plano C - Para tratar a desidratação grave por via endovenosa no estabelecimento de saúde/hospital
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AtualizAristo
Tratamento de adultos
• Ciprofloxacino: 500 mg de 12/12h, via oral, por 3 dias
Nos pacientes (sem especificar idade) com manutenção da presença de sangue nas fezes ou
melena após 48 horas do início do tratamento, avaliar:
• Se o paciente estiver em um bom estado geral, iniciar ceftriaxona 2 g, via intramuscular, 1
vez ao dia, por 2 a 5 dias.
• Se estiver com comprometimento do estado geral, encaminhar para internação hospitalar.
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AtualizAristo
Nos pacientes com manutenção da presença de sangue nas fezes ou melena após 48 horas
do início do tratamento, avaliar:
• Se criança < 10 anos: encaminhar para internação.
• Se criança > 10 anos, adolescente ou adulto:
• Em bom estado geral: seguir Planos A, B ou C, conforme estado de hidratação – não usar
antibioticoterapia.
• Com comprometimento do estado geral: administrar ceftriaxona 50 a 100 mg/kg, via
intramuscular, 1 vez ao dia, por 3 a 5 dias, ou encaminhar para internação hospitalar.
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AtualizAristo
D.1 Verificar se o paciente tem sangue nas fezes (disenteria) e avaliar o seu estado geral.
D.1.1 Se apresentar sangue nas fezes e comprometimento do estado geral, conforme o quadro de avaliação
do estado de hidratação do paciente e/ou febre alta persistente, dor abdominal, tenesmo ou comprometimento
sistêmico:
D.1.1.1 Reidratar o paciente conforme os Planos A, B ou C definido segundo estado de hidratação.
D.1.1.2 Iniciar antibioticoterapia:
a) Crianças com até 30 kg (até 10 anos): (a partir de 3 meses e sem imunodeficiência)
Azitromicina: 10 mg/kg/dia, via oral, no primeiro dia e 5 mg/kg/dia por mais 4 dias
Ceftriaxona: 50 mg/kg intramuscular 1 vez ao dia, por 3 a 5 dias, como alternativa
Nota: crianças menores de 3 meses ou criança com imunodeficiência:
• Ceftriaxona: 50 a 100 mg/kg endovenosa 1 vez ao dia. Se não estiver hospitalizada, administrar a 1.ª dose
intramuscular e referenciar ao hospital.
b) Crianças com mais de 30 kg (com mais de 10 anos), adolescentes e adultos:
Ciprofloxacino: 1 comprimido de 500 mg de 12/12h, via oral, por 3 dias
Ceftriaxona: 50 a 100 mg/kg intramuscular 1 vez ao dia, por 3 a 5 dias, como alternativa
Observação: crianças com quadro de desnutrição devem ter o primeiro atendimento em qualquer
estabelecimento de saúde, devendo-se iniciar hidratação e antibioticoterapia de forma imediata, até que
chegue ao hospital.
D.1.1.3 Orientar o paciente ou acompanhante para aumento da ingestão de líquidos e manter a alimentação
habitual, caso o tratamento seja realizado no domicílio.
D.1.1.4 Reavaliar o paciente após 2 dias.
D.1.1.5 Se persistir a presença de sangue nas fezes após 48 horas do início do tratamento:
Se criança (até 10 anos): encaminhar para internação hospitalar.
Se adulto, adolescente ou crianças com mais de 10 anos:
• Condições gerais boas: seguir Planos A, B ou C, conforme estado de hidratação - não usar antibioticoterapia.
• Condições gerais comprometidas: administrar ceftriaxona 50 a 100 mg/kg, via intramuscular, 1 vez ao dia, por
3 a 5 dias, ou encaminhar para internação hospitalar.
D.2 Identificar diarreia persistente/crônica.
D.2.1 Se tiver mais de 14 dias de evolução da doença:
D.2.1.1 Encaminhar o paciente para a uma unidade hospitalar se:
• For menor de 6 meses.
• Apresentar sinais de desidratação. Nesse caso, reidrate-o primeiro e, em seguida, encaminhe-o a uma
unidade hospitalar.
Observação: quando não houver condições de encaminhar para a unidade hospitalar, orientar o
responsável/acompanhante para administrar líquidos e manter a alimentação habitual no domicílio
enquanto aguarda referência hospitalar. Caso apresente algum sinal de alerta (vide item A 3.2), levar
imediatamente a um estabelecimento de saúde para atendimento.
D.2.1.2 Pacientes maiores de 6 meses sem sinais de desidratação: encaminhar para consulta médica para
investigação e tratamento.
D.3 Observar se há desnutrição grave.
D.3.1 Se o paciente estiver com desnutrição grave:
D.3.1.1 E estiver hidratado: encaminhar para o tratamento no estabelecimento de saúde.
D.3.1.2 E estiver desidratado: iniciar imediatamente a reidratação e em seguida encaminhar o paciente para
o tratamento no estabelecimento de saúde. Entregar ao paciente ou responsável envelopes de SRO em
quantidade suficiente e recomendar que continue a reidratação até que chegue ao estabelecimento de
saúde em que receberá o tratamento.
D.4 Verificar a temperatura.
D.4.1 Se o paciente estiver com a temperatura de 39 °C ou mais, além do quadro diarreico, investigar e tratar
outras possíveis causas, por exemplo, pneumonia, otite, amigdalite, faringite, infecção urinária.
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AtualizAristo
Zinco: deve ser administrado, conforme descrito no Plano A, para crianças menores
de 5 anos.
Antiemético: apenas deve ser usado se o paciente apresentar vômitos persistentes,
conforme descrito no Plano B, para garantir que consiga ingerir a solução de SRO e ser
reidratado.
Antidiarreicos não devem ser usados.
Fonte: adaptado do Ministério da Saúde, 2023.
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AtualizAristo
Infecções respiratórias I
Síndrome gripal/SRAG
O Ministério da Saúde publicou, em 2023, um novo Guia de Tratamento e Manejo de Influenza.
Discutiremos cada uma das mudanças a seguir:
Síndrome gripal
Na ausência de outro diagnóstico específico, considerar o paciente com febre, de início súbito, mesmo que
referida, acompanhada de tosse ou dor de garganta e pelo menos um dos sintomas: mialgia, cefaleia ou artralgia.
Obs: em crianças com menos de 2 anos de idade, considerar, na ausência de outro diagnóstico específico, febre
de início súbito, mesmo que referida, e sintomas respiratórios: tosse, coriza e obstrução nasal.
• Dispneia
• Desconforto respiratório
• Saturação de O₂ menor que 95% ou
• Exacerbação de doença preexistente
NÃO SIM
• Choque
• Disfunção de órgãos vitais
• Insuficiência respiratória ou
• Instabilidade hemodinâmica
Fonte: Ministério da Saúde. Síndrome Gripal/SRAG - Classificação de Risco e Manejo do Paciente, 2013.
• Oseltamivir
• Medicamentos
• Oseltamivir
37• Antibioticoterapia
•
•
Oseltamivir
Antibioticoterapia
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sintomáticos
• Medicamentos • Hidratação venosa • Hidratação venosa
• Exames radiográficos
sintomáticos • Exames radiográficos • Exames radiográficos
AtualizAristo
Como ficou:
Apesar de o fluxograma atual manter os critérios, ao longo do documento, o Ministério da
Saúde elabora cada um deles.
Síndrome gripal
Na ausência de outro diagnóstico específico, considerar o paciente com febre,
de início súbito, mesmo que referida, acompanhada de tosse ou dor de gar-
ganta, e pelo menos um dos sintomas: mialgia, cefaleia ou artralgia.
NÂO SIM
38 ↺
AtualizAristo
Em crianças: além dos itens anteriores, observar batimentos de asa de nariz, cianose,
tiragem intercostal, desidratação e inapetência.
*Fator de risco: população indígena; gestantes; puérperas (até 2 semanas após o parto);
crianças (2 anos); adultos (60 anos); pneumopatias (incluindo asma); cardiovasculopatias
(excluindo hipertensão arterial); doenças hematológicas (incluindo anemia falciforme);
distúrbios metabólicos (incluindo diabetes mellitus); transtornos neurológicos e do
desenvolvimento que possam comprometer a função respiratória ou aumentar o risco de
aspiração (disfunção congênita, lesões medulares, epilepsia, paralisia cerebral, síndrome de
Down, AVC ou doenças neuromusculares); imunossupressão (medicamentos, neoplasias, HIV/
aids); nefropatias; hepatopatias.
OU
• Pacientes com sinais de piora do estado clínico**
Como ficou:
Atualmente, o uso do antiviral (fosfato de oseltamivir) está indicado para todos os casos
de SRAG e casos de síndrome gripal associados com condições ou fatores de risco para
complicações por influenza, além dos sinais de piora clínica - independentemente da situação
vacinal, mesmo em atendimento ambulatorial.
As condições e fatores de risco para complicações são:
• Gestantes em qualquer idade gestacional, puérperas até duas semanas após o parto
(incluindo as que tiveram aborto ou perda fetal).
• Adultos ≥ 60 anos.
• Crianças < 5 anos (sendo que o maior risco de hospitalização é em menores de 2 anos,
especialmente as menores de 6 meses que possuem maior taxa de mortalidade).
• População indígena aldeada ou com dificuldade de acesso.
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AtualizAristo
Observe que em relação à faixa etária pediátrica, a principal mudança foi a faixa etária -
em 2013, a indicação de oseltamivir era para crianças abaixo de 2 anos, sendo modificada
para crianças abaixo de 5 anos, em 2023.
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AtualizAristo
Como ficou:
No documento de 2023, o Ministério da Saúde reforça que o tratamento com o antiviral,
de maneira precoce, pode reduzir a duração dos sintomas e, principalmente, a redução da
ocorrência de complicações da infecção pelo vírus Influenza. Essa recomendação é baseada
em estudos observacionais incluindo pacientes hospitalizados, os quais demonstraram maior
benefício clínico quando o fosfato de oseltamivir é iniciado em até 48 horas do início dos
sintomas.
Entretanto, alguns estudos sugerem que o fosfato de oseltamivir pode ainda ser benéfico
para pacientes hospitalizados quando iniciado de quatro a cinco dias após o início do
quadro clínico.
Como ficou:
Indicações para internação em UTI:
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Imunizações
Calendário vacinal
Como era:
A vacina da dengue é uma vacina que vem sendo utilizada e estudada no decorrer dos anos,
ainda mais por ser uma doença endêmica aqui no Brasil. A Sociedade Brasileira de Pediatria
(SBP) possui algumas diferenças com o Plano Nacional de Imunizações (PNI), e a vacina da
dengue, pela SBP era indicada para pessoas entre 6 e 45 anos que tiveram contato com o
vírus da dengue (sorologia positiva). É aplicada em três doses, separadas por seis meses.
Reduz em, aproximadamente, 65% a chance de adoecimento e 93% a chance de dengue
grave. Não deve ser aplicada simultaneamente a outras vacinas.
Atualização:
Em 2023, a Anvisa aprovou uma nova vacina contra a dengue no Brasil, a Qdenga, da
farmacêutica Takeda, que promove proteção contra os quatro sorotipos do vírus. Nesse caso,
estão previstas duas doses com intervalo de três meses entre elas. A vantagem dessa vacina
é a possibilidade de ser aplicada em pessoas de 4 a 60 anos sem necessidade de sorologia
para saber se já houve infecção prévia. Essa vacina pode ser aplicada concomitante a outras
vacinas, desde que em sítios distintos.
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